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Teorias interaccionistas

A gestão dos processo


Introdução
 A “era terciária” e a valorização dos sistemas de produção e
processos organizacionais: praticas interligadas de funções e
actividades interdependentes

 Visão positiva, visão negativa e visão evolutiva

 A inovação japonesa no domínio da gestão da produção


(toyotismo, pós-fordismo, produção enxuta e especialização
flexível)

 A progressão de carreira garantida mas lenta, a lealdade e o


emprego para toda a vida e a qualidade total( certificação da
qualidade _ISO (International Standards Organization)
Os novos modos de produção e o paradigma da qualidade

 Conceito Kaizen: a melhoria global e integrada através da


implicação a longo prazo de todos os seus intervenientes

 A personagem principal da narrativa nipónica:


“Qualidade” – círculos de qualidade, filosofia dos zeros
defeitos, Just in time, cooperação e sistemas de sugestões,
disciplina de trabalho

 O Toyotismo e a produção enxuta


▪ O contexto nipónico relativamente à industria automóvel:
▪ outras exigências de mercado, maior diversidade = produção em menor
quantidade e maior variedade, a intolerância face ao desperdício
Os novos modos de produção e o paradigma da qualidade

▪ O novo modelo produtivo, sistemas de produção pós-fordista (Toyota):

▪ Tecnologia de informação e micro-electrónica


▪ Especialização flexível direccionada para nichos de mercado (produto adoptado aos diversos
consumidores, os clientes enquanto elementos com informação valiosa e sugestões importantes
sobre os produtos);
▪ Just in time (produção de apenas as unidades necessárias na quantidade justa no momento
necessário sem necessidade de armazenamento em resultado da colaboração entre fornecedores e
empresa);
▪ Jikoda: principio que consiste no desenho de máquinas que incorporam a detecção de defeitos
permitindo que o erro seja detectado previamente e automaticamente . Defeito zero.
▪ Gestão da cultura organizacional (senioridade e emprego para toda a vida; equipas autogeridas ,
sistema de recompensas colectivo, colaboração e democratização da decisão: os clientes internos de
fluxo de trabalho, envolvimento dos fornecedores através de princípios de colaboração e
aprendizagem mutuas);
▪ Sistemas de produção flexíveis (máquinas inteligentes multifuncionais reconfiguradas para produzir
diferentes tipos de modelos que pediam flexibilidade funcional por parte dos trabalhadores, ).

▪ OBJECTIVO: Melhora da qualidade do produto oferecido envolvendo os clientes internos e externos.


Os novos modos de produção e o paradigma da qualidade: uma visão
crítica

 Multi-especialização ou superação do humano pela máquina inteligente?

 Auto-controlo ou controlo panóptico?

 Envolvimento colectivo ou auto-taylorização (ex. Just in time: eliminação dos tempos


mortos,. Sincronização e diminuição da autonomia do trabalhador, redução do seu
espaço físico, zero defeitos, zero avariais, zero demoras, aumento do stress, não há
tempo para pensar/conversar/partilhar: um erro, hesitação ou atraso significa
desperdício e afecta toda a linha e o (auto)controlo e constante)?

 Desenvolvimento individual ou instrumentalidade deste para concretização dos


objectivos da empresa?

 Democracia ou ilusão democrática?

 Universalidade do modo de produção ou aceitação da sua especificidade?

 Uma preocupação com a qualidade ou a perda no detalhe?


Cultura organizacional e gestão japonesa. Reengenharia.

 “Conjunto de assunções implícitas partilhadas e


tomadas como verdadeiras que um grupo possui
e que determina o modo como ele percepciona,
pensa e reage aos seus vários ambientes”
(Schein)

 A teoria Z de Tom Peters e Robert Waterman


 A empresa Z:forma híbrida que reuniria
características das empresas americanas e
japonesas.
Cultura organizacional e gestão japonesa. Reengenharia.

Empresa Japonesa Empresa americana Empresa Z (empresas


americanas japonizadas)
Emprego para toda a vida Emprego a curto prazo Relação laboral de longo
prazo
Avaliação e promoção Avaliação e promoção Avaliação e promoção
lentas rápidas rápidas

Carreiras não Carreiras especializadas Especialização na empresa


especializadas e não na função
Mecanismos de controlo Mecanismo de controlo Mecanismos implícitos
explícitos implícitos
Tomada de decisão Tomada de decisão Orientação colectivista
colectiva individual
Responsabilidade colectiva Responsabilidade ambas
individual
Preocupação holística Preocupação segmentada ambas
Cultura organizacional e gestão japonesa. Reengenharia.

 Reengenharia:
 A empresa como um computador (conjunto de processos) ao qual
se aplicam sistemas de planeamento de recursos empresariais
▪ Uma receita milagrosa para os males organizacionais…
▪ O fracasso inesperado pelos seus promotores: mal de raiz ou erro de
implementação?
▪ Efeitos perversos: redução do número de trabalhadores através do
rightsizing (downsizing); redução dos níveis intermédios de gestão pelo
achatamento horizontal; níveis de exigência e de pressão maiores para um
numero reduzido de trabalhadores , aumento das remunerações dos
executivos responsáveis pela reengenharia com a perda de direitos dos
restantes trabalhadores
▪ Resultados prometidos (menos burocracia, facilidade de comunicação,
rapidez decisional, empreendedorismo, aumento da produtividade)
raramente alcançados: uma “mistura de propaganda, ideologia e método”
Organizações em rede. Características básicas da rede.

 O abandono de uma concepção da organização com uma


estrutura bem delineada assente em economias de escala

 Desmantelamento das estruturas multidivisionais e


recentramento em torno de competências centrais associadas
à informação e conhecimento, muitas vezes intangíveis

 A emergência das redes: uma combinação do foco


(competência) com a flexibilidade

 Os processo organizacionais como conjuntos de actividades


agregadores de várias organizações.
Organizações em rede. Características básicas da rede.

 Características das redes:

 Entidade económica que engloba um conjunto de organizações ou unidades de negócio com poucos níveis
hierárquicos e o recurso extensivo á subcontratação (outsourcing)
 Multiforme alicerçada na confiança como mecanismo de coordenação, cadeia de valor, …
 Funções produtivas espalhadas por várias organizações autónomas sendo que a organização em analise retém
apenas as suas competências nucleares subcontratando organizações especializadas para realizarem
competências não centrais

 Tipos de redes

 Multicêntricas: empresa líder varia conforme os projectos a desenvolver

 Concentradas - empresa líder como integrador estável e envolvendo um pequeno numero de grandes
organizações
 Redes dispersas - empresa líder como integrador estável envolvendo um número elevado de pequenas
organizações

 redes com um integrador que medeia todas as transacções são descritas como estrelas

 Redes que evoluem relacionalmente sem necessidade de um integrador em cada transacção, sendo que as
próprias empresas passam directamente o processo de umas para as outras são chamadas de anéis.
Organizações em rede. Características básicas da rede.

Virtudes
 Faz desaparecer as fronteiras inter e intra-organizacionais
 Construção de laços fortes com outras organizações
 Compromissos inter-organizacionais que permitem reduzir a incerteza e
facilitar a comunicação e partilha de informação

Perigos
 Não serve para todas as organizações
 Serve sobretudo para produtos modulares e auto-contido e não para
soluções complexas e interdependência forte, com necessidades elevadas de
coordenação
 Quando corre mal, corre muito mal: as subcontratações difíceis de gerir e
perda de competências difíceis de recuperar
 Perda do controlo de qualidade feito agora pelo mercado
 Um mau integrador e oportunismo dos parceiros envolvidos
 Dificuldade com os recurso logísticos e de gestão da cadeia

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