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Profª.

Mônica Lins

DISCIPLINA: GESTÃO
EMPRESARIAL
• MODELOS DE
ORGANIZAÇÕES SÉC.XXI
“Organizações contemporâneas crescem e
prosperam na chamada era do
conhecimento. Muitas delas encontram-se
em pleno processo de transição, entre o
modelo de gestão da era industrial para o
modelo do século 21. Novos fundamentos
irão balizar e direcionar o foco estratégico-
gerencial destas organizações, bem como os
múltiplos relacionamentos no ecossistema
onde atuam.”Paulo Araújo -Cons. de Marketing e Vendas
O novo ambiente, tanto de negócios como o da
sociedade, se caracteriza como um conjunto de
complexidade, cooperação e interatividade nas
múltiplas, e cada vez mais ágeis, relações existentes
entre pessoas, processos e organizações.

A organização do Séc, XXI apresenta fundamentos


de gestão bem diferenciados em relação às
organizações do século passado.

4 importantes fatores sustentam este novo cenário de


negócios, soluções e realizações:
4 FATORES

1. Pensamento sistêmico: entendimento das


relações de interdependência entre os diversos
componentes de uma organização, bem como
entre a organização e o seu ambiente externo.

2. Visão da cadeia e redes de valor: compreensão


dos fatores que afetam o negócio, o mercado e a
sociedade a curto e longo prazo, permitindo o
delineamento de uma perspectiva consistente para
o futuro desejado da organização.
3. Conhecimento:entendimento do cliente e do
mercado, visando a criação de valor de forma
sustentada para o cliente e maior competitividade nos
mercados.

4. Estruturas flexíveis e dinâmicas: estruturas


orgânicas, em contraponto aos modelos hierárquico-
funcionais, são definidas como redes e enfatizam a
especialização horizontal, coordenação pessoal, e
extensas comunicações informais. Elas têm regras
soltas, políticas e procedimentos flexíveis que
permitem respostas rápidas às mudanças no
ambiente.
O DESAFIO?
• O grande desafio que se apresenta aos líderes das
organizações contemporâneas diz respeito à
percepção imediata das mudanças do ambiente
externo, bem como da velocidade de adaptação
e resposta adequada a estas demandas.

• Segundo a Fundação Prêmio Nacional da


Qualidade, “A Excelência em uma organização
depende fundamentalmente de sua capacidade de
perseguir seus propósitos em completa harmonia
com seu ecossistema”.
ECOSSISTEMAS
• Ecossistema (grego oikos (οἶκος), casa + sistema
(σύστημα), sistema: sistema onde se vive), define
o conjunto formado por comunidades que habitam e
interagem em determinada região e pelos fatores que
exercem sobre essas comunidades.

• Segundo Silva J. A.,o ecossistema é constituído


por 2elementos inseparáveis, uma área e
um conjunto de seres, que o ocupa em uma
continua interação mútua.
Management 1.0: É simplesmente fazer a coisa
errada, é tratar as pessoas como fazedoras de
trabalhos rotineiros num sistema.

Management 2.0: É fazer a coisa certa de forma


errada, é uma boa intenção mas com iniciativas
tradicionais e usando hierarquia de cima para baixo.

Management 3.0: É o futuro da gestão. É fazer a


coisa certa para a sua equipa, envolver todos em
melhorar o sistema e favorecer o compromisso do
colaborador.
Em 2010, o Management 3.0 começou inicialmente como o livro
mais vendido sobre a Gestão Ágil -Guru da liderança Jurgen
Appelo.

Em 2014, Jurgen publicou #Workout: Games,Tools & Practices to


Engage People, Improve Work, and Delight Clients.

Estes dois guias bem-sucedidos de gestão pró-ativa e liderança


tornaram-se workshops práticos de um dia ou dois que permitem
a cada membro da equipe trilhar um caminho para o sucesso e
propósito, porque pequenos movimentos inteligentemente
feitos podem colocar grandes coisas em movimento.
O QUE SIGNIFICA?
• Management 3.0 (Gestão 3.0) é um movimento
de inovação, liderança e gestão.

• Está a redefinir a definição de liderança tendo a


gestão como uma responsabilidade de grupo.

• É sobre trabalhar junto para encontrar a forma


mais eficiente para que o negócio atinja os seus
objetivos enquanto mantêm a felicidade dos
trabalhadores como uma prioridade.
• Management 3.0 é uma revolução global da gestão
que trás junto milhares de gestores de projetos,
gestores de nível médio, CEOs, empreendedores e
programadores de soluções juntos, usando jogos
para encorajar os pareceres do empregado e a
colaboração em equipa.

• Quase toda indústria está madura para a mudança e


pronta para uma nova visão sobre a gestão.
Management 3.0 é este futuro da gestão.

• O mais importante: Aprenderá como o trabalho não


tem que ser sentido como um trabalho, mas mais
como aproveitar o melhor da vida e da realização.
COMUNIDADE?

• A entidade Happy Melly é uma rede


profissional de empreendedores dedicada a
fazer da Felicidade no trabalho um objetivo
comum e com o lema

• “We believe that Happiness is the Future of


Work”.
• “Acreditamos que a felicidade é o Futuro do
Trabalho "
MAS QUEM É A MELLY?

• Em 1990 em Roterdão, foi publicada pelo artista Canadiano


(Ken Lum) uma imagem de uma mulher, sentada na sua
mesa com a frase “A Melly Shum odeia o seu trabalho”.

Foi esta arte pública que se tornou uma inspiração aos


fundadores da Happy Melly (e do seu logo), pretendendo
contribuir para um mundo onde empregados infelizes, como
a Melly Shum não existam mais.

A entidade Happy Melly nasceu a 25 de Fevereiro de 2013.


ADMINISTRAÇÃO JAPONESA

Nasceu no chão de fabrica, nos setores


operacionais da manufatura, com a
filosofia básica de evitar qualquer tipo
de desperdício e de promover o
melhoramento contínuo.
(Stephen wood- London School of Economics)
• Com esta filosofia, agregada a permanente
busca de conhecimentos e tecnologias
avançadas de produção (controle estatístico
de processos, planejamento de produção,
engenharia de produtos) e aliados ao
favorecimento da política econômica
governamental, os produtos japoneses
alcançaram um diferencial competitivo no
mercado internacional.
POLÍTICA GOVERNAMENTAL
• Conjunto de ações governamentais que
são planejadas para atingir determinadas
finalidades relacionadas com a
situação econômica de um país, uma
região ou um conjunto de países.
• O sistema de produção japonês tal como é
estruturado atualmente surgiu logo depois
da 2ª Guerra Mundial, na Toyota Motor
Co.

• O surgimento da administração japonesa


pode ser creditado à busca de
transferência de tecnologias das nações
ocidentais mais avançadas, tais como os
Estados Unidos da América – EUA e
Alemanha.
1960
• Seu maior idealizador foi o
engenheiro Taiichi Ohno.

• Daí decorre as duas outras


denominações do método: Sistema
Toyota de Produção ou Ohnoismo.
MODELO DE GESTÃO

• A administração japonesa pode ser


classificada como um modelo de
gestão fortemente embasado na
participação direta dos
funcionários: produtividade e
experiência voltada para a tarefa.
• Tem como objetivo a harmonia e como
filosofia oficial o confucionismo, que
prega a benevolência, adequação,
sabedoria e obediência.

• A família é a sua unidade básica mais


importante, donde o coletivo prevalece
sobre o individual.
Ser pragmático é ter seus objetivos bem definidos, é fugir do
improviso, é se basear no conceito de que as ideias e atos só são
verdadeiros se servirem para a solução imediata de seus problemas.
São características básicas do Ohnoismo ou
Toyotismo:

JUST IN TIME – sincronização do fluxo de


produção, dos fornecedores aos clientes.

KANBAN – sistema de informação visual, que


aciona e controla a produção.
• MUDA – busca da eliminação total de qualquer
tipo de desperdício
• KAIZEN – busca do melhoramento contínuo em
todos os aspectos, portanto se refletindo na
produtividade e na qualidade, sendo os círculos
de controle da qualidade apenas um dos seus
aspectos.
Características Gerais da Administração Japonesa:

ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA – baseada na forma


participativa de gestão. Participação dos funcionários no
processo decisório, negociação de metas trabalha em grupo,
controle exercido através de liderança, comunicação bilateral,
participação nos resultados.

PREVALÊNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – A falta


de planejamento desperdiça mão-de-obra, recursos materiais e
tempo, elevando os custos de produção, gerando perdas de
mercado e desemprego.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
• O Planejamento Estratégico : a empresa ganha
flexibilidade, utilizando seus pontos fortes para
atender às necessidades de seus clientes e
conquistar os clientes da concorrência.
VISÃO SISTÊMICA – A empresa é um sistema, pressupondo o
conhecimento das inter-relações de seus diversos componentes. O
desempenho de cada componente do sistema deve ser
considerado por sua contribuição ao objetivo do sistema.

Os objetivos propostos só podem ser atingidos eficientemente


quando os membros da organização agem de forma eficiente.

O trabalhador tem consciência de que se a empresa alcançar


lucros maiores, ele terá benefícios diretos (melhorando seu nível
de vida) e indiretos (participando dos resultados).
• SUPREMACIA DO COLETIVO – O coletivo prevalece
sobre o individual. O ser humano, visto como o bem
mais valioso das organizações deve ser estimulado a
direcionar seu trabalho para as netas compartilhadas
da empresa, preenchendo suas necessidades
humanas e se auto-realizando através do trabalho.

• Satisfação e responsabilidade também passam a ser


valores coletivos.
BUSCA DA QUALIDADE TOTAL – A Qualidade Total é
assegurada pelo Controle de Qualidade Total – (TQC ou
TQM), baseado em um sistema de métodos estatísticos,
centralizado no melhoramento do desempenho
administrativo.
Seus resultados são garantia da qualidade, redução de
custos, cumprimento dos programas de entrega,
desenvolvimento de novos produtos e administração do
fornecedor.
GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
• A abrangência do TQC ultrapassa os limites
físicos da empresa, começando com os
esforços totais de treinamento de gerentes e
operários.

• Novas atitudes, valores e objetivos ,as


mudanças que as empresas estão adotando
ou virão a adotar, como consequência da
revolução da qualidade.
PRODUTIVIDADE – O aumento da produtividade é um
dos objetivos de qualquer organização.

A administração japonesa propõe que, para atingi-lo


seja adotada uma visão cooperativa dos funcionários,
incentivando o envolvimento de todos na consecução
das metas da empresa.

Além da participação nas decisões e da autorealização


profissional, resultante do sucesso da empresa, as
gratificações por níveis de produtividade são frequentes
nas organizações orientais.
FLEXIBILIDADE – Para responder rapidamente
às flutuações de mercado, a flexibilidade é
refletida em vários aspectos: racionalização do
espaço, equipamentos de utilidade geral e
versáteis, layout celular, nivelamento e
sequenciamento da produção em pequenos
lotes, redução de estoques, quadro de
trabalhadores qualificados e flexíveis.
• RECURSOS HUMANOS – A ênfase é no
trabalho em grupo, na cooperação no
aproveitamento da potencialidade humana.

• Nas grandes empresas existe estabilidade


no emprego, distribuição de bônus e outros
benefícios.
• A ascensão na carreira é lenta.

• O treinamento é intenso e a estrutura de


cargos é extremamente vaga (distanciada).
• TECNOLOGIA E PADRONIZAÇÃO –
busca-se a harmonia entre o homem,
máquina e processo.

• O trabalho padronizado é tido como


fundamental para garantir um fluxo
contínuo de produção.

• Primeiro ocorre à racionalização do


processo, depois se conveniente, a
automação.
MANUTENÇÃO – Os operadores são responsáveis
pela manutenção básica, dispondo de enorme
autonomia para interromper um processo errado. A
manutenção preventiva também é privilegiada.

LIMPEZA E ARRUMAÇÃO - São responsabilidades


de todos, visando à manutenção do ambiente e a
facilitação da administração dos recursos.
RELAÇÃO COM FORNECEDORES E DISTRIBUIDORES – A
subcontratação externa, prática antiga no Japão.

Com o desenvolvimento no pós-guerra, ela evoluiu para uma


relação de apoio técnico e financeiro, cooperação e
confiança.

CULTURA ORGANIZACIONAL – Procura-se estabelecer um


clima de confiança e responsabilidade, baseado no respeito à
hierarquia, na participação das pessoas no desenvolvimento da
tarefa, nas decisões consensuais e na harmonia das relações.
ADMINISTRAÇÃO JAPONESA: É um modelo de gestão
empresarial fortemente embasado na participação direta
dos funcionários, ou seja, na busca do aprimoramento
contínuo com o envolvimento de todos os funcionários e
executivos.
Busca qualidade total e dá ênfase ao
trabalho em equipe com base no
aproveitamento da potencialidade humana.
REFERÊNCIAS

• ALVES, Giovani, 1999b. Toyotismo e


mundialização do capital. In: Trabalho e
mundialização do capital: a nova degradação
do trabalho na era da globalização. Londrina:
Praxis, 1999, p. 93-108. Disponível em: .
Acesso: 01 Jul. 2013

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