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Evolução Transformação
Teorias Clássicas
• Visão micro;
• Objetivo: tornar mais eficiente o trabalho dos seres humanos nas organizações (melhorar a
eficiência organizacional); sistema de motivação dos trabalhadores baseado no incentivo
económico de acordo com a produtividade;
• Pressuposto: redução ao mínimo dos movimentos realizados pelos operários numa tarefa de
forma a multiplicar o seu rendimento;
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• produção do mesmo produto durante • Mudam as condições não há adaptação;
muito tempo; • sem capacidade de inovação;
• comportamento das pessoas de acordo • não tomam decisões, quem resolve é o
com o previsto. superior;
• inibem a capacidade de desenvolvimento
das pessoas,
• preocupação nos objetivos próprios de
Desvantagens: cada departamento e não da empresa.
• Visão macro;
• Objetivo: racionalização do trabalho nas empresas a partir do topo das mesmas, ou seja, da
direção;
Teorias Humanistas
• Existiam muitas queixas, insatisfação e baixas de produtividade por parte dos trabalhadores
embora auferissem salários elevados e tivesse alguns benefícios;
• O objeto central destas teorias são os aspetos sociais da organização e não os aspetos
técnicos;
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• Centra a sua atenção no meio situacional: são as características do meio situacional que
condicionam as características das organizações;
• Não existe uma melhor forma de estruturar ou gerir uma organização, uma vez que esta
depende das condições do meio situacional específico de cada uma delas;
• Não há “the best way” para todas as organizações – um método de gestão eficaz numa
situação pode não funcionar noutras.
SÍNTESE
Como era…
• Organização – máquina Como é…
• Ênfase nas regras e controles rígidos para • Organizações são sistemas dinâmicos;
regular/dirigir as pessoas; • Poucos níveis hierárquicos;
• Muitos níveis hierárquicos; • Flexibilidade e cooperação;
• Eficiência, eficácia, competição; • Foco no cliente e na qualidade
• Foco na produção e no lucro.
2. Evolução da GRH
Serviços especializados
● recrutamento
● relações laborais
● centros de aprendizagem (no posto de trabalho)
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Últimos anos: incipiente desenvolvimento da GERH
● desenvolvimento organizacional
● gestão de competências
● flexibilidade e polivalência
● commitment
Abordagem integrada das áreas funcionais da gestão de recursos humanos, e destas com os
restantes subsistemas da gestão (estratégia de negócio) (Wright, 2000; Huang, 2002).
Enfoque Estratégico: (Wright e Snell, 1991; Becker e Huselid, 1999; Delery e Shaw, 2001)
Gestão
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Portanto, na atualidade a GRH é uma área contingencial, situacional e sistémica sendo
sensível aos diferentes fatores que envolvem as organizações.
SÍNTESE
Como era… Como é…
• Pessoas – peças que compõem a • Foco nas pessoas: recurso estratégico,
máquina; vantagem competitiva;
• Papel reativo; • Papel proactivo;
• Enfase no controlo (regras e disciplina). • Maior participação na tomada de
decisão;
• Empenhamento e commitment.
3. Organizações
• Representa uma instituição que dispõe de meios para desenvolver determinada actividade.
• Para Weick (1973) uma organização só pode ser compreendida através da análise de
processos que estão em funcionamento (actividades de organização).
• Para Holmstrom e Tirole (1989) as organizações podem ser vistas como um contrato
existente entre uma multiplicidade de partes (…), tendo em vista viabilizar a produção e
realizar as transacções económicas entre os vários agentes.
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•Centro operacional: representa o conjunto de pessoas que executam o trabalho básico da
organização e cujas tarefas essenciais são:
4. SÍNTESE
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• Foco na envolvente • Foco internacional
1. O paradigma sistémico
Meio Interno Das Organizações Meio Externo Das Organizações (R. Hall,1972)
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•Propõe-se que ao criar ou mudar uma organização, se faça simultaneamente o desenho do
subsistema tecnológico e do subsistema social ou organizacional.
• Esta abordagem faz apelo a que especialistas da engenharia industrial e os especialistas das
relações humanas trabalhem em conjunto na otimização do sistema.
Causas:
3- Perspetiva Sociotécnica:
• Grupo: competências para o ciclo de trabalho (nem todos têm que dominar todas as tarefas,
mas o colectivo tem que as dominar)
• Alguma especialização funcional; rotatividade interna
• Restabelecimento relações interpessoais privilegiadas (pertenças grupais decididas
internamente e não impostas externamente)
• Eliminação de supervisão externa ao grupo
• Remuneração diferenciada, mas incentivo para o grupo
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“AS ORGANIZAÇÕES SÃO SISTEMAS SOCIOTÉCNICOS”
Paradigma Sistémico
Vantagens:
Limitações:
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1.3 - O FUNCIONAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES: AS ORGANIZAÇÕES COMO UM SISTEMA DE
FLUXOS
O meio envolvente está em constante mudança. Para se adaptarem, as empresas têm que
estar constantemente alerta para captarem essas mudanças a tempo. É crucial o
conhecimento do meio mas também o dinamismo da organização para que esta se mantenha
e se desenvolva.
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Resultados da mudança • Atuação dos concorrentes
• Preferência dos clientes • Exigências aos fornecedores
As organizações têm como fim a combinação p dos recursos – inputs – para potenciar a
capacidade de produção – outputs – a fim de otimizar os lucros a longo prazo.
Mais importante que o valor individual de cada recurso é a capacidade de integração dos
vários elementos da empresa.
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• Não têm um valor ativos intangíveis da confiança dos parceiros
quantificável por si empresa: notoriedade da comercias.
próprios, o seu papel é marca, inovações,
refletido no valor dos informação, estrutura,
Exemplos:
• Visão estratégica
• Coerência/integração das áreas da empresa
• Recursos humanos qualificados/competentes
• Comunicação/Informação eficiente
• Tecnologias de ponta
• Produtos de difícil imitação pelos concorrentes
• Forte capacidade de inovação
• Qualidade
• Etc…
Os pontos fortes em que uma organização mais se destaca dos seus competidores na
satisfação das necessidades dos clientes são as suas competências centrais.
• SONY – Miniaturização
• 3M – Adesivos
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• Philips – Tecnologia de meios ópticos
Ponto Fraco: representa uma limitação da organização para satisfazer as necessidades dos
clientes melhor que a concorrência.
Exemplos:
• Análise SWOT é uma técnica para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa,
que permite desenvolver estratégias tendo por base as condições de mercado e capacidades
da empresa.
Objetivos
Análise SWOT: relaciona os pontos fortes e os O contexto interno e externo: análise SWOT
pontos fracos da empresa com as oportunidades Aplicação da análise SWOT: Exemplo
e ameaças do meio envolvente.
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O contexto interno e externo: nova análise SWOT
• A nova análise SWOT substitui o fator ameaças pelo fator tempo, para enquadrar melhor as
sugestões estratégicas para a empresa e relaciona os pontos fortes e os pontos fracos da
organização com as oportunidades/tempo do meio envolvente.
Vantagem competitiva – pode ser entendida como uma vantagem que uma organização tem
em relação aos seus concorrentes e descreve recursos/atributos que permitem uma
organização superar os mesmos.
• Valioso
• Raro
• Difícil de imitar
•Intransferível
2. A ESTRATÉGIA E A ESCOLHA ESTRATÉGICA: FUNDAMENTOS DE ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
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2.1 A Estratégia e a escolha estratégica
• Para Reading (2002), a estratégia é a chave para desenvolver um negócio de forma eficaz e
eficiente. A estratégia procura dotar a empresa de vantagem competitiva.
Etapas
Processo
A partir da superioridade em pelo menos uma das fontes gerais de vantagem competitiva, a
organização pode alcançar uma maior redução dos custos e/ou uma maior diferenciação do
que a concorrência na produção e
comercialização dos produtos no mercado.
[Atraia a
atenção do
seu leitor
2.1.4 Avaliação da estratégia colocando
Qualquer estratégia, proposta de alteração à estratégia ou sugestão de estratégia alternativa
deve ser avaliada por 3 critérios:
Consonância
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• Grau de adequação das medidas estratégicas à evolução do meio envolvente e, em
particular, dos clientes.
Consistênciafluxos
Superioridade
Definição
São as variáveis cuja gestão poderá afetar significativamente a posição competitiva de uma
organização, no seu ramo de atividade, podendo variar de acordo com o ramo/negócio (Hofer
& Schendel, 1978).
São as (poucas) áreas, de qualquer negócio, nas quais os resultados, se satisfatórios, irão
assegurar um desempenho competitivo e sucesso para a organização (Rockart, 1979).
São as caraterísticas, condições ou variáveis que, quando devidamente geridas, podem ter um
impacto significativo sobre o sucesso da empresa, tendo em consideração o ambiente
competitivo em que se insere (Leidecker & Bruno, 1984).
Áreas críticas de Planeamento e de Gestão que devem ser colocadas em prática para o alcance
da efetividade organizacional (Saraph, Benson e Schroeder, 1989).
• Fatores críticos de sucesso são variáveis estratégicas que pretendem garantir um bom
desempenho da empresa no seu negócio.
• São fatores que contribuem mais do que os outros para o sucesso da organização. Pela
mensuração desses fatores podemos avaliar desempenhos,
recolher Informações que serão fundamentais para a
definição/seleção de estratégias a implementar
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identificar a competitividade relativa de cada concorrente num determinado sector, como
também as variáveis estratégicas que têm de ser melhoradas.
Exemplos
Exemplo prático
• Para a Lever preservar a liderança, deve reforçar a sua vantagem competitiva na área da
comunicação, onde a concorrente está mais próxima, e manter a distância nos restantes
factores.
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2.1.5.2 Modelo BCG
O modelo BCG relaciona a taxa de crescimento do mercado com a quota de mercado relativa
da empresa.
A Matriz BCG é uma análise gráfica desenvolvida por Bruce Henderson para a empresa de
consultoria empresarial americana Boston Consulting Group em 1970.
Modelo
Os produtos devem ser posicionados na matriz e classificados de acordo com cada quadrante:
• tem a pior característica quanto ao fluxo de caixa, pois exige altos investimentos e apresenta
baixo retorno sobre ativos e tem baixa participação de mercado;
• se nada é feito para mudar a participação de mercado, pode absorver um grande
investimento e depois de tornar um "abacaxi“;
• por estar num mercado de alto crescimento pode-se tornar um produto "estrela".
Estrela:
Vaca leiteira:
• os lucros e a geração de caixa são altos;
• como o crescimento do mercado é baixo, não são necessários grandes investimentos;
• pode ser a base de uma empresa.
Matriz
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Limitações: • o crescimento de
• a alta participação de mercado não é o único
mercado não é o único indicador de atratividade
fator de sucesso; de um mercado
3 - O Sistema Organizacional
3.1
Componentes Do Sistema Organizacional
Sistema de responsabilidade
Consiste na obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa:
• Responsabilidade de desempenhar função/atividade/tarefa.
Consiste na obrigação de uma pessoa prestar contas à pessoa que lhe atribuiu essa
função/atividade/tarefa:
• Responsabilidade perante outrém (chefia).
1. Departamentalização
É o agrupamento, de acordo com um critério específico de homogeneidade, das actividades e
correspondentes recursos (humanos, financeiros, materiais e equipamentos) em unidades
organizacionais.
2. Linha e assessoria
Formas de diferenciar as atividades de linha e assessoria:
• unidades organizacionais de linha representam a execução das atividades (atividades-fins).
• unidades organizacionais de assessoria apenas aconselham as unidades de linha no
desempenho de suas atividades (atividades-meios).
3. Especialização do trabalho
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A especialização refere-se ao maior conhecimento dos aspetos específicos que determinado
trabalho exige para ser executado.
Sistema de autoridades
Autoridade é o direito para fazer alguma coisa (direito de tomar decisões, dar ordens,
requerer obediência, desempenhar uma função).
1. Delegação
A delegação advém, sobretudo, de estruturas descentralizadas.
A delegação caracteriza-se quando um poder, antes absoluto, passa a ser repartido. Por
exemplo, quando uma pessoa ou um grupo detém um poder total e absoluto, e reparte-o por
e com outras pessoas ou outros grupos, significa que ele foi descentralizado e repartido.
2 Centralização
A centralização advém sobretudo de estruturas centralizadas.
A centralização carateriza-se pelo poder para a tomada de decisão estar num só local da
organização, nas mãos de uma pessoa/grupo de pessoas (ex. o poder decisório é concentrado
nas mãos do Diretor, no topo da hierarquia, tomando todas as decisões e coordenando sua
execução pela supervisão direta)
Tipos de estrutura:
• Hierárquica – mais níveis hierárquicos.
• Tournement model (achatamento) – menos níveis hierárquicos.
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4 Amplitude do controle
Quanto maior o controle sobre a organização, mais a sua estrutura é centralizada e
formalizada.
A necessidade de poder dos seus membros tende a gerar estruturas que são excessivamente
centralizadas.
Sistema de Comunicações
Comunicação - processo mediante o qual uma mensagem é enviada por um emissor, através
de um canal, e entendida por um recetor.
Fluxos de comunicação:
• Vertical (entre níveis hierárquicos diferentes, mas da mesma área de atuação);
• Horizontal (entre unidades organizacionais diferentes, mas do mesmo nível hierárquico);
• Diagonal ou transversal (entre unidades organizacionais e níveis diferentes).
Sistema de decisões
É importante efetuar uma análise das decisões para se estabelecer qual a estrutura
organizacional ideal.
Fator humano
A organização é constituída por pessoas (definem e preconizam estratégias; definem e
permitem que os objetivos estabelecidos sejam alcançados; realizam as funções/atividades).
Está relacionado com a avaliação contínua das constantes mudanças no ambiente relevante
da organização e o efeito destas na estrutura organizacional.
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• Agentes: clientes, fornecedores, concorrentes, comunidade...
• Condições: económicas, sociais, políticas, legais, etc…
Fator Tecnologia
O fator tecnológico é o conjunto de mecanismos utilizados para operacionalizar as atividades
na empresa para que seus objetivos possam ser alcançados. Ausência de tecnologia pode
implicar a não sobrevivência no mercado atual.
Objetivos:
• Contribui para alcançar os objetivos propostos, bem como para o aumento da eficácia e
eficiência (que resulte numa maior qualidade dos produtos e serviços para o consumidor).
• Analisar a possível evolução/tendências que podem afetar o futuro da empresa.
• Diagnosticar as evoluções/tendências que se nos apresentam como oportunidades e
ameaças.
• Decidir que ações são as mais adequadas para aproveitar as oportunidades e para defender-
se das ameaças
Nível estratégico
O nível estratégico de influência considera a estrutura organizacional de toda a organização e
a melhor interação desta com o ambiente.
O planeamento estratégico processo que possibilita estabelecer o rumo a ser seguido pela
organização, com vista a obter um nível de otimização na relação da organização com seu
ambiente. Tem por objetivo otimizar o resultado da organização como um todo (nível global).
Exemplo: necessidade de criação de uma nova área na organização (área industrial) para
melhor adequação de um produto a seu mercado.
Nível tático
O nível tático de influência considera determinado conjunto de aspetos homogéneos da
estrutura organizacional da empresa.
O planeamento tático tem por objetivo otimizar o resultado de determinada área (nível
intermédio).
Exemplo: divisão de uma área em duas (área industrial – produção e técnica) para ter melhor
administração dos recursos da empresa.
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Nível Operacional
O nível operacional considera uma parte específica da estrutura organizacional da empresa.
ABORDAGEM CONTINGENCIAL
•Envolvente externa (Burns & Stalker)
•Tecnologia (Joan Woodward)
•O modelo das configurações estruturais (Henry Mintzberg)
Pressupostos
•Não há uma melhor forma de estruturar ou fazer funcionar uma organização.
• Diferentes formas de estruturar e fazer funcionar uma organização são igualmente eficazes.
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• A melhor forma de estruturar e fazer funcionar uma organização é contingente, isto é,
depende das características do seu meio situacional.
4.1.2 A TECNOLOGIA
Amostra
• 100 empresas do sudoeste de Inglaterra
• Áreas de negócio e dimensões diferentes
Resultados
• Tecnologia (sistema produtivo da organização) = variável independente que influencia a
eficácia da organização
• Relação entre os diferentes tipos de tecnologia e determinadas características da estrutura e
funcionamento organizacional
• ex. Prod. Unitária vs Prod. Série/Massa
LIMITAÇÕES
• Definição do meio situacional geral e abstracta..
• Muito centrada numa relação de influência unilateral do meio situacional na organização
(poucas referências à influência da organização no seu meio envolvente externo).
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O Modelo das Configurações Estruturais Henry Mintzberg (1979)
Componentes Estruturais
As Partes Chave Da Organização
• Especialização trabalho
• Formalização trabalho
• Formação
• Agrupamento
• Planeamento e Controlo
• Mecanismos de Ligação
• Tomada de decisão.
Mecanismos De Coordenação
Ajustamento mútuo
• Comunicação informal entre os diferentes participantes da organização, para coordenação
do seu trabalho.
Supervisão direta
• Um membro da organização concebe, coordena e controla o trabalho dos outros.
Estandardização procedimentos
• Especificação e programação dos processos de trabalho.
• Normas e regras escritas.
Estandardização resultados
•Especificação dos resultados do trabalho
Estandardização qualificações
• Especificação da formação exigida aos que executam o trabalho
Fatores De Contingência
Idade E Tamanho
Maior Idade:
• maior formalização
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Maior Dimensão:
• maiores unidades
• maior complexidade da estrutura
• maior especialização das tarefas
• maior diferenciação das unidades
• maior linha hierárquica
• maior tecnoestrutura
Sistema Técnico
Mais regulação:
• maior formalização e burocratização do centro operacional
Mais sofisticação:
• maior elaboração da estrutura administrativa
• maior profissionalização das funções de apoio
• maior descentralização
• mais mecanismos de ligação
Meio Situacional
Estabilidade/dinamismo:
• mais dinâmico > estrutura mais flexível e orgânica
Simplicidade/Complexidade:
• mais complexo > estrutura mais descentralizada e diferenciada
Poder
Controlo:
• maior formalização e centralização na tomada de decisão
Estruturas
•A estrutura de uma organização “pode ser definida simplesmente como a soma total das
maneiras pelas quais o trabalho é dividido em tarefas distintas e, depois, como a
coordenação é realizada” (Mintzberg, 2008:12).
Principais Características
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5.1.1 Configurações Estruturais
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Mintzberg classificou as organizações em 6 modelos básicos: empreendedora,
mecânica, profissional, diversificada, inovadora, missionária.
Estes 6 modelos não são estanques, ou seja, não significa que uma organização tipo
“x” não tenha caraterísticas de uma organização tipo “y”. Mintzberg pretende mostrar que
uma organização possui um conjunto de caraterísticas predominantes.
Organização empreendedora uma organização de estrutura simples, não muito mais que uma
grande unidade consistindo de um ou alguns gerentes de topo, um dos quais é o líder, e de um
grupo de operadores que executam a tarefa do trabalho básico (ex. pequena empresa, stand
de revenda de automóveis, café…).
Organização diversificada Neste modelo de organização existe uma forte atração para dividir.
Uma organização cria divisões principalmente porque as suas linhas de produtos são
diversificadas. Existem mecanismos de controle que são desenvolvidos para que haja uma
padronização mínima nas atividades das organizações, mas o controle maior fica a cargo de
cada unidade, sendo o principal mecanismo de supervisão a padronização dos resultados
(empresa com diferentes produtos e/ou serviços; empresa manufatureira divisionalizada em
que cada divisão tem as suas próprias atividades de compras, engenharia, produção
marketing…).
Organização missionária Organizações criadas e movidas por uma ideologia. Para tal, precisam
de um modelo de gestão peculiar a fim de coordenar atividades de pessoas que, em alguns
casos, são voluntárias. Assenta na crença e na ideologia dos seus membros sobre a própria
organização, e suas atividades, e não nas crenças da sociedade que a abrange.
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5. (2) O desenho organizacional: organogramas
Estrutura Informal: representa a rede de relações sociais e pessoais que não é estabelecida ou
requerida pela estrutura formal, surge da interação social das pessoas, o que significa que se
desenvolve espontaneamente quando as pessoas se reúnem e representa relações que não
aparecem no organograma.
• Organização/autoridade centralizada no
diretor/dono.
Vantagem
• O diretor controla o desenvolvimento inicial do novo negócio.
Desvantagens
• O diretor pode não ter conhecimento especializado em todas as áreas necessárias.
• A estrutura torna-se impraticável quando a dimensão da organização cresce.
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• Centralizada, organizada com base nas tarefas a desempenhar.
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• Característica de PME’s produzindo um leque reduzido de bens/serviços
Vantagens Desvantagens
• Estrutura hierárquica simples; • Diretores funcionais sobrecarregados
• Linhas de comunicação simples; com tarefas operacionais;
• Fluxos de informação curtos; • Negligencia o planeamento estratégico
• Gestores especializados em cada área (longo prazo);
funcional; • Coordenação das diferentes áreas
• Tomada de decisões centralizada. funcionais dificultada;
• Estrutura esgota-se com o crescimento
geográfico e com a diversificação de
produtos.
Vantagens
• A estrutura descentralizada facilita diversificação de estratégias;
• As divisões são centros de lucro autónomos e separados;
• Os diretores das divisões são os responsáveis pelo planeamento de curto e médio prazos;
• Os diretores de topo ficam livres para fazer o planeamento de longo prazo.
Desvantagens
• Potencializa conflitos entre divisões pela afetação de recursos;
• A complexidade e a diversidade das divisões dificulta a coordenação global.
Vantagens
• Os órgãos centrais têm custos reduzidos;
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• Os riscos e os lucros são diversificados por múltiplas empresas em vários sectores de
atividade;
• Facilidade em investir e desinvestir.
Desvantagens
• As empresas participadas sofrem de incerteza quanto à estratégia de investimento da
holding;
• Potencial falta de coordenação e coerência de objectivos entre participadas.
Estrutura Matricial
Vantagens
• Tomada de decisões descentralizada e localizada geograficamente;
• Complexidade associada ao crescimento de mercados controlada pelos gestores divisionais;
• Comunicação direta entre gestores responsáveis pelo produto e pelo mercado geográfico.
Desvantagens
• Elevado potencial para conflitos entre e dentro de divisões (interação entre duas linhas
hierárquicas);
• Responsabilidades hierárquicas e de supervisão pouco claras;
• Tomada de decisões globais muito longa/demorada;
• Gera confusão.
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