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1- A Gestão e as Organizações ..................................................................................................................................... 2
2- Teorias de Gestão ..................................................................................................................................................... 3
3- Análise da Envolvente .............................................................................................................................................. 6
4- Planeamento ............................................................................................................................................................ 8
5- Estrutura da Organização ....................................................................................................................................... 11
6- Liderança................................................................................................................................................................. 15
7- MOTIVAÇÃO ........................................................................................................................................................... 18
8- CONTROLO .............................................................................................................................................................. 21
9- Responsabilidade Social da Empresa..................................................................................................................... 23
1- A Gestão e as Organizações
Organização- conjugação de duas ou mais pessoas envolvidas em atividades sistemáticas com vista ao
cumprimento de um propósito comum.
A gestão – uma atividade humana – é a assunção da responsabilidade sobre uma atividade, combinando recursos e
pessoas no sentido de realização de objetivos. Essa atividade exige trabalho, voluntarismo, criatividade e sentido de
negócio.
Dimensões de desempenho:
• Eficiência (Recursos):“doing things right” Obter o máximo de “output” com o mínimo de “input” (“produtividade”!)
• Eficácia (Objetivos): “doing the right things” Executar as atividades de forma a cumprir os objetivos
As funções da Gestão
• Planear: Definir objetivos e estratégias para os atingir, desenvolver planos para integrar e coordenar as atividades
• Organizar: Afetar recursos, determinar que tarefas fazer e que pessoas são necessárias para as realizar, agrupar
tarefas, reporte e níveis de tomada de decisão
• Liderar: Dirigir e motivar todos os interessados e lidar com comportamentos dos subordinados
• Controlar: Monitorizar as atividades para assegurar que são executadas conforme planeado
O Gestor
“Um gestor é alguém que em colaboração com outras pessoas e, empregando recursos, realizam atividades com
vista a atingir os objetivos propostos.”
• Gestor de 1ª linha (de base): é todo o gestor que gere o trabalho dos que estão diretamente envolvidos na
produção ou criação de serviços da organização
• Gestor intermédio: coordena o trabalho com as equipas de base, em função dos planos definidos
• Gestor de topo: responsável pela tomada de decisão para o conjunto da organização, define objetivos e planos
para os atingir
O que fazem os gestores?
Mitos: • Os gestores são pessoas que planeiam e refletem acerca das situações
• Um gestor eficaz não desempenha funções rotineiras
• Os gestores exigem informação compreensiva
• A gestão está a caminho de se tornar uma ciência.
Papeis do Gestor
Interpessoais: Figura de proa De decisão: Empreendedor
Líder Solucionador de conflitos
Elo de ligação Afetador de recursos
Negociador
De Informação: Monitor
Disseminador de informação
Porta- voz
2- Teorias de Gestão
Elton Mayo
• Estudou o efeito das condições físicas, como a iluminação e música de ambiente, na produtividade.
• O trabalho afeta a vida das pessoas assim como a vida pessoal afeta o trabalho, desta forma, as chefias
devem pensar as pessoas de forma diferente.
• “social man” em oposição ao “economic man” das teorias anteriores.
Modelo de Sistemas Abertos
• Baseia-se na Teoria dos Sistemas e permite compreender como a envolvente externa das organizações afeta
a resposta organizacional.
• Toda a organização é um sistema aberto, o que significa que a organização está permanentemente em
contato com a envolvente externa e obriga-se, com flexibilidade e agilidade, adaptar-se (na oferta de
produtos e serviços) à variação dos fatores externos.
Gestão Contingencial
Política: O sistema político varia de país para país. É uma fonte de influência sobre as ações dos gestores nas suas
organizações. Os governos estabelecem regras de acesso e concorrenciais em todas as atividades, como sejam, as
telecomunicações, a água… Existem, no entanto, governos mais liberais que regulam menos e, outros, menos liberais
que criam maiores condicionamentos. Também existem governos que incentivam o desenvolvimento de
determinado setor através de apoios financeiros às empresas.
Economia: Os fatores económicos tais como os ordenados, as taxas de inflação e de juros, a confiança dos
consumidores afetam as organizações em geral, na sobrevivência e na rendibilidade dos produtos ou serviços
oferecidos.
Sociocultural: Os fatores socioculturais afetam não só as pessoas individuais como também as organizações. A
demografia, a distribuição geográfica da população, a mudança de atitudes sociais (casar-se ou não), a evolução do
modelo familiar, as tendências sociais e os gostos individuais condicionam e alteram a procura de produtos e
serviços.
Tecnologia: As grandes alterações tecnológicas efetuam grandes mudanças no dia-a-dia das empresas. Assim,
temos os computadores, os telemóveis, as comunicações por vídeos,…
Ambiente: Os fatores ambientais têm grandes consequências para a realidade das empresas. Países com muitos
minerais, com boas condições para a agricultura, com boas condições climatéricas vão permitir desenvolver
empresas com diferentes especificidades.
Legislação: Finalmente, os aspetos legais ajudam/limitam as empresas, nomeadamente no que se refere à saúde,
segurança, emprego ou ainda, a proteção ao consumidor. Outro aspeto importante são os impostos, como o IRS, o
IRC e o IVA. Os investidores procuram países com impostos mais baixos para investirem.
4- Planeamento
Importância do Planeamento
O planeamento é um processo iterativo de definição de objetivos e respetivas ações para os atingir. Especificam-se,
ainda, os procedimentos de implementação bem como os sistemas de avaliação dos seus resultados.
• É a etapa base das funções de Gestão
• Motiva as pessoas (no sentido de compreender o contributo que o seu trabalho tem para o todo da organização)
• Permite o uso de recursos de forma eficiente
• Permite a avaliação dos progressos
• Ajuda a lidar com a incerteza pelo conhecimento dos objetivos, diretivas e ações
• Clarifica as responsabilidades das pessoas envolvidas
• Melhora a coordenação do trabalho
Metas e Objetivos
Conteúdos do Planeamento
Planos estratégicos: Os planos estratégicos são por definição direcionais ou indefinidos. Eles servem para definir as
grandes linhas de ação da organização ou do negócio. E, por isso, são generalistas e estabelecem as principais
atividades a serem levadas a cabo. Os planos estratégicos são da responsabilidade da gestão de topo e têm uma
perspetiva de longo prazo.
Planos operacionais: Os planos operacionais são específicos e desenvolvem em detalhe como os objetivos
estabelecidos devem ser atingidos, através de especificação de ações ou atividades a realizar por cada um
departamentos envolvidos, num determinado período temporal.
Resumindo…
Tipo de plano Estratégico Operacional Atividade
Nível Organização ou unidade Divisão, departamento, Unidade de trabalho ou
de negócio função ou mercado equipa
Foco Direção e estratégia para Mudanças funcionais ou Ações necessárias para
toda a organização atividades de mercado entregar produtos ou
para apoiar planos serviços atuais
estratégicos
Natureza Amplo, direção general Detalhe nas mudanças Detalhes específicos em
pedidas objetivos e tarefas
imediatas
Tempo Longo Prazo (2-3 anos) Medio ( até 18 meses) Prazo muito curto
(Horas/Semanas)
Processo de Planeamento
Recolha de Informação
A tarefa primordial de qualquer planeamento é a recolha de informação.
Ela pode ser feita de forma formal como informal.
Deve incluir informação externa à organização como seja a informação
referente aos mercados, da envolvente e da concorrência.
Por outro lado, também se recolhe informação interna à organização,
nomeadamente, dos recursos e capacidades organizacionais.
Algumas ferramentas…
• Factores críticos de sucesso: O que devemos fazer bem para satisfazer os clientes?
• Previsão: Utilizar informação relativamente ao passado para estimar o futuro.
• Análise de sensibilidade: Testar os efeitos da mudança numa variável (taxas juro, preços,…), mantendo todas as
outras inalteradas.
• Cenários prospetivos: Desenvolvimento de cenários credíveis à cerca do future
• Benchmarking: Comparar com as melhores práticas na indústria.
Definição de Missão
A Missão Define o objetivo maior da nossa ação, delimitando os limites da nossa intervenção e esclarecer o que
queremos oferecer e a quem.
Metas e Objetivos
Os objetivos, genericamente falando, transformam a missão de uma organização em compromissos da organização.
Os objetivos permitem que as pessoas se focalizem nas tarefas: O que será atingido e quando?
Objetivos estratégicos: Os objetivos devem ser definidos tendo por base uma hierarquia na qual os objetivos
estratégicos («goals» ou metas) são especificados e detalhados em objetivos operacionais para as diferentes áreas
da organização, como por exemplo, a produção, o marketing, as finanças, os recursos humanos, entre outros.
Objetivos operacionais: Os objetivos devem ser SMART: Specific, Measurable, Attainable, Relevant, Timed
Ou seja, os objetivos devem ser específicos, mensuráveis, realizáveis, recompensadores e calendarizados.
Avaliação de Resultados
A implementação dos planos deve ser acompanhada de um processo de monotorização dos objetivos estabelecidos
e indicadores de desempenho a fim de avaliar o nível de consecução, bem como, de eventuais desvios.
Planeamento Estratégico
O que é estratégia?
Conjunto de decisões que determina e revela as metas e objetivos da organização e estabelece as políticas e planos
para os atingir, com definição das áreas de atuação (e. g. produtos/mercados), do tipo de organização económica e
humana que é ou que se deseja ser, e ainda, dos contributos económicos e não-económicos que pretende prover
aos diferentes stakeholders (e. g. acionistas, clientes, trabalhadores, comunidades) da organização.
Definição de objetivos e estratégias: Esta é a fase em que se definem os objetivos e as estratégias necessárias para
explorar a janela de oportunidade anteriormente identificada. Os objetivos e estratégias referem-se ao
produto/serviço que se quer oferecer, ao mercado ao qual se dirige, a tecnologia a usar, a adequação de recursos, a
organização interna, etc.
5- Estrutura da Organização
Estrutura Organizacional
• A estrutura organizacional descreve a forma como o trabalho é
dividido, supervisionado e coordenado numa organizacão.
• No organograma, são apresentados os departamentos e postos de trabalhos; e, as linhas que ligam os gestores de
topo aos departamentos definem a cadeia de comando da organização.
Organograma
Características de uma estrutura formal:
• Definição das grandes áreas de trabalho;
• Subdivisão das mesmas;
• Posição na hierarquia;
• Linhas de autoridade.
Centralização – Descentralização
• Define-se por «centralização» o facto de concentrar um grande
número de decisões no topo da organização.
• «Descentralização» é quando um grande número de decisões são
tomadas pelos níveis intermédios ou operacionais da organização.
Formalização
Grau em que o trabalho na organização está estandardizado e o comportamento do indivíduo é orientado por regras
e procedimentos.
Em geral, as PME têm um baixo grau de formalização, que aumenta
com a dimensão para facilitar a coordenação vertical do trabalho.
Especialização organizacional:
• Estrutura simples - Sem especialização ou baixa especialização
• Estrutura funcional - Especialização por função
• Estrutura divisional - Especialização por produto ou por cliente
(“unidade de negócio”) - Especialização por geografia
• Organização matricial - Simultaneamente divisional e funcional
• Estrutura por equipas - Elementos com tarefas distintas, mas
com relações entre si
• Estrutura em rede - Organização como intermediário entre unidades independentes
Estrutura simples
Características:
- Baixo nível de departamentalização
- Autoridade centralizada
- Baixo nível de formalização
Estrutura funcional
Vantagens: • Reflete a tendência natural para a especialização de funções
• Favorece e concentra a competência técnica em cada domínio
• Facilita o controle
Estrutura divisional
Vantagens: • Atribuição mais clara de responsabilidade por custos - resultados
• Flexibilidade e capacidade de resposta a alterações nos mercados e na envolvente
• Facilita a inovação
• Permite o contacto entre diferentes especialistas
Desvantagens: • Tendência para a anarquia (confusão sobre quem deve reportar/obedecer a quem)
• Disputas excessivas pelo poder entre gestores de produto e gestores funcionais
• Custos de administração elevados – excesso de reuniões, muitos lugares de gestão
Estrutura em rede
Concebidas como estruturas que reúnem entidades independentes da
empresa (fornecedores, colaboradores, clientes) ligadas através de
tecnologias de informação que realizam um processo produtivo em
diferentes localizações.
Coordenação de trabalho
Onde há lugar a divisão do trabalho, há necessidade de coordenação.
Formas comuns de coordenação: • Supervisão direta - relacionado com a amplitude de controlo
• Hierarquia - resolver problemas de diferentes departamentos
• Estandardização dos inputs e/ou outputs
• Regras e procedimentos
• Sistemas de informação
Tecnologia
A tecnologia refere-se ao conhecimento, aos instrumentos e
às técnicas que são utilizadas para transformar os inputs em
outputs. Tal inclui edifícios, máquinas, computadores e
também o conhecimento e os procedimentos associados a
todo o processo de produzir o produto/serviço.
• Sistemas de produção unitária e em pequenas séries (protótipos, bens por medida e de grandes dimensões)
• Sistemas de produção em massa (linhas de montagem, grandes séries)
• Sistemas de produção em contínuo (Electricidade, Gás, Petróleo, Química)
Dimensão
Quanto maior for a organização, mais complexa será a sua estrutura, ou seja, mais especializadas serão as suas
tarefas, mais diferenciadas as suas unidades e mais desenvolvida a sua componente administrativa
• Maior departamentalização
• Maior número de posições “staff” (para apoiar o topo a lidar com a dimensão)
• Mais regras e regulação
• Tendência para descentralização (orientações gerais - regras - para tomada de decisão a níveis mais baixos da
organização)
Meio envolvente
Qual a estrutura que melhor se adequa a diferentes tipos de
envolvente?
6- Liderança
Liderança refere-se ao processo de influenciar as atividades dos outros de modo a alcançar-se os objetivos
estabelecidos.
Gerir e influenciar
• Os gestores/líderes fazem o seu trabalho através da sua influência sobre os
“outros” – subordinados, colegas, superiores e pessoas exteriores à organização
Modelos comportamentais
Dentro dos modelos comportamentais o mais conhecido é o de Kurt Lewin:
• Autocrático: Decide unilateralmente, impõe métodos de trabalho, limita o conhecimento do objetivo
• Democrático: Envolve o grupo na tomada de decisão, deixa o grupo determinar os métodos de trabalho, dá a
conhecer os objetivos gerais e feedbak positivo
• Laissez-faire: Dá inteira liberdade aos elementos do grupo, fornece os meios necessários, participa apenas para
responder a questões e não dá feedback
“Path-goal model”
Como influenciar positivamente a motivação e satisfação do subordinado: atuar na perceção dos objetivos de
trabalho e nas vias para atingi-los.
• Diretivo: Dá a conhecer o que é esperado do subordinado, orienta os métodos, clarifica padrões de avaliação e de
recompensas.
• Apoio: Consideração pelo bem-estar dos indivíduos, fazendo pequenas coisas para tornar o trabalho mais
agradável e melhorar relações no grupo.
• Participativo: Consulta subordinados, encoraja sugestões e considera as suas opiniões na decisão.
• Orientação para a excelência: Fixa objetivos desafiantes, espera níveis de excelência dos subordinados e
desenvolve a autoconfiança.
• Transformacionais (por vezes chamados de carismáticos): Motivam os indivíduos para um desempenho para além
dos níveis normalmente esperados
Líderes Transacionais
• Garantem o desenvolvimento organizacional de forma incremental.
• Atuam como facilitadores para que os membros da equipa consigam atingir os objetivos esperados.
• Agem de forma transacional na perspetiva de recompensa ao esforço e comprometimento dos subordinados.
Líderes Transformacionais
• Induzem a mudança (disruptiva).
• Encorajam os subordinados para
estabelecimento de metas e objetivos
ambiciosos com ideias e valores morais
elevados.
• Promovem o desenvolvimento de
autoconfiança nas capacidades dos
subordinados para se atingir, em cooperação
com o líder, missões elevadas.
Perspetiva de poder
Influência depende do poder da pessoa
A partilha do poder com subordinados potencia o poder dos gestores permitindo-lhes dispor de tempo para
relacionamentos com superiores e com o exterior (o que conduz ao aumento do seu poder).
7- MOTIVAÇÃO
Perspetivas da motivação
Tentativas para motivar
As pessoas não agem isoldamente, mas agem num contexto que inclui elementos ligados:
• Ao próprio trabalho – Trabalho ser interessante, ser variedado e ter responsabilidades…
• À organização – Chefias, perspectivas de carreira, recompensas…
• O meio – Oportunidades e ameaças que possam surgir no trabalho…
Contrato psicológico
• Pessoas e empresas têm expectativas mútuas implícitas (não escritas) - contrato psicológico
• As perceções de justiça (relativa) no tratamento das pessoas afetam o seu comportamento...
• O contracto é subjetivo e pode facilmente ser posto em causa
• Varia com o contexto, diferenças nacionais
Expectativas recíprocas
Modificação de Comportamentos
• Focalização nas consequências das ações: Ao evidenciar a relação entre comportamentos e consequências,
encorajam-se comportamentos desejáveis e desencorajam-se comportamentos indesejáveis.
Princípios a seguir:
- Recompensar apenas as ações desejadas
- Recompensar depressa
- Recompensas encorajam repetição (reforço)
- Recompensas são mais eficazes que sanções...
- Reforço repetido leva a mudanças permanentes
Teorias de conteúdo da motivação
As teorias de conteúdo explicam porque (why) é que as pessoas trabalham e identificam as necessidades humanas
que o trabalho pode satisfazer.
Teoria Y
McGregor Teorias X e Y
1.A maioria das pessoas não é por natureza contrária ao trabalho; o
Teoria X esforço físico e mental no trabalho é tão natural como o jogar ou o
repousar.
1.O ser humano não gosta de trabalhar e
fará tudo para o evitar 2.As pessoas exercem auto-controle e procuram atingir os objetivos a
que aderem; aderência aos objetivos é função das recompensas, em
2.A maior parte das pessoas necessita de
especial das relacionadas com necessidades de estima e de auto-
ser controlada, dirigida e ameaçada com
atualização
sanções para que trabalhe para os
objetivos da organização 3.Desde que em condições apropriadas, uma pessoa aprende não só
a aceitar, como a procurar responsabilidade e a usar a criatividade e
3.Uma pessoa normal deseja ser dirigida,
a inovação
evita responsabilidade, possui pouca
ambição e procura acima de tudo 4.Em grande parte das organizações o potencial intelectual da
segurança. maioria dos indivíduos só parcialmente é utilizado
A pirâmide de Maslow pode ser interpretada em duas vertentes: Vertente do indivíduo e, vertente social.
Alderfer – ERG
Que necessidades procuram as pessoas satisfazer no trabalho?
Alderfer testou a teoria de Maslow e agrupou as necessidades em três níveis, sem estabelecer uma hierarquia.
Importância varia consoante as pessoas.
Características de gestor efetivo:
• Necessidades de poder muito
Teoria das necessidades adquiridas – McClelland elevadas (poder institucional e
• Necessidade de realização (ter sucesso, atingir a excelência, trabalho desafiante) poder pessoal)
• Necessidade de poder (influenciar o contexto e os outros) • Necessidades de Achievement
• Necessidade de afiliação (relações interpessoais) elevadas (ênfase nos próprios
objetivos ou nos dos outros)
Herzberg – Teoria dos 2 fatores • Necessidades de afiliação baixas
Herzberg ligou as teorias de motivação com problemas práticos do trabalho
• Fatores higiénicos ou de manutenção, têm menos efeitos na motivação quando comparados com os fatores
motivadores
• Os fatores motivadores ou intrínsecos influenciam os trabalhadores para desempenhos superiores.
• Uma empresa ao dar importância aos fatores de manutenção pode reduzir ou impedir a insatisfação, mas não tem
efeito na satisfação do trabalho (na motivação)
• Os fatores higiénicos ou de manutenção são necessários mas não suficientes para se motivar as pessoas.
Teoria da expetativa
Goal-setting theory
• Objectivos desafiantes mas atingiveis levam à motivação
• Objectivos específicos (precisos e quantificáveis) motivam mais que
objectivos vagos
• Participação na definição dos objectivos é motivadora
• Receber informação sobre desempenho anterior é importante
para a motivação
Teorias de características da tarefa ou trabalho
• Hackman and Oldham (1980) aplicaram ideias dos teóricos à
configuração do posto de trabalho.
• Definir postos de trabalho de modo a que sejam mais
“motivantes”.
Motivação e estratégia
Pfeffer (2005) defende que o sucesso depende de
uma boa gestão das pessoas, assente em:
• Segurança adequada;
• Retribuições elevadas e participação no capital;
• Recrutamento selectivo;
• Partilha de informação, participação e
empowerment;
• Self-management;
• Treino e desenvolvimento de competências.
8- CONTROLO
O processo de controlo
O processo de controle tem por propósito levar ao cumprimento dos objetivos nos vários níveis da organização,
através de sistemas de controle adequados.
Ciclo de controlo:
• Definição de objetivos - o quê e quando medir
• Medição - usando mecanismos adequados
• Comparação – dos valores reais com os objetivos
• Correção – corrigir desvios ou alterar objetivos
Definir objetivos
• Objetivos fornecem direção e um padrão de desempenho a atingir
• Padrão de desempenho – nível esperado como base de comparação com o nível real
Corrigir
• Esta etapa envolve tomar medidas de correção quando as variações são significativas
• Sucede muitas vezes que as medidas de correção podem levar a alterações no processo de transformação.
Controlo na Organização
• Input – através de componente dos recursos a quando da entrada no processo de transformação
• Processo – durante o processo operacional. Fornece informação sobre como o processo se está a desenrolar
conforme planeado.
• Output – após o término do processo, há a verificação da qualidade e quantidade de output produzido
Medição do Desempenho
Cinco medidas de desempenho:
1. Qualidade
2. Fiabilidade
3. Velocidade
4. Flexibilidade
5. Custo
O Balanced Scorecard
Método que toma em consideração quatro áreas em simultâneo
• Financeira – levando em consideração os interesses dos acionistas
• Clientes – a opinião dos clientes
•Interna – o nível de performance
•Inovação e aprendizagem – as condições para continuarmos a progredir e
criar valor
(Normalmente faz-se uma tabela com: Objetivos estratégicos, Medidas,
Targets e Iniciativas)
Perspetivas Humanas Relativas ao Controlo
Tipos de Controlo (de índole comportamental)
• Supervisão direta
• Estrutura organizacional
• Regras e Procedimentos
• Controle através de equipamento
• Cultural
Práticas de negócio
Exemplos não éticos:
•Enron – artificialmente manipulava o preço das ações para benefício dos gestores de topo;
• Shell – derrame de petróleo no mar dos EUA;
• Banco Espírito Santo – Banco português com 150 anos de história e que faliu em 2015.
Exemplos éticos
• Sponsorships (doadores) para a comunidade;
• Filantropia – Bill Gates,…
Perspetivas éticas do comportamento
• Antes de analisarmos os dilemas acerca das práticas de
negócio, vamos abordar o conceito maior neste domínio que é a
ética.
• Ética refere-se ao código de princípios e valores morais que
guiam as ações das pessoas e que estabelecem padrões
relativamente ao que é aceitável.
Os filósofos identificaram 4 princípios que as pessoas usam para avaliar se determinada ação é ética:
• Princípios morais: a ação está em linha com o que é aceitável? (ex., as pessoas não podem roubar).
• Utilitarismo: qual é o melhor outcome para o maior número possível de intervenientes? Uma ação é melhor se
satisfizer o maior número de pessoas possível.
• Direitos humanos: será que a ação está de acordo com os direitos humanos? (ex., privacidade, liberdade de
opinião).
• Individualismo: qual é a consequência de uma determinada ação para uma pessoa a longo prazo? As pessoas
avaliam as ações tendo por base os seus interesses pessoais.
Existem 3 formas de responsabilidade social que as empresas podem recorrer para suportar a sua estratégia e obter
retorno financeiro:
• Responsabilidade social como missão da organização:
Algumas organizações posicionam as suas ações de responsabilidade social como sendo o centro do seu negócio
uma vez que isso reflete as crenças e valores dos seus fundadores e gestores de topo.
Alguns investigadores consideram que as organizações podem ter preocupações de responsabilidade social e em
simultâneo terem um bom desempenho económico. Outros consideram que tal pode causar problemas às
organizações.