7º Semestre Bacharelado em

Administração.

Prof. Eng. Felipe Prestes Kolosque.

Santo Augusto, 14 de março de 2024.

Estoques
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Estoques são materiais ou produtos que ficam

fisicamente disponíveis pela empresa, até o
momento de ingressarem no processo produtivo
ou seguirem para a comercialização direta ao
consumidor final.
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A representação da movimentação (entrada e

saída) de um item dentro de um sistema de
estoque pode ser feita por um gráfico, em que a
abscissa é o tempo decorrido (T), normalmente em
meses, e a ordenada é a quantidade em unidades
(Q) em estoque no intervalo do tempo T.
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O ponto de pedido é representado pelo saldo do

item em estoque, e pode ser determinado pela
seguinte formula:
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Algumas definições, para melhor compreensão

da teoria de estoques.

Consumo médio mensal: é a quantidade

referente à media aritmética das retiradas mensais
de estoque.
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Se considerarmos o estoque mínimo agregado ao

estoque médio, teremos a seguinte expressão:
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Estoque mínimo: como dito anteriormente, é uma

quantidade “morta”, só sendo consumida em caso
de necessidade; logo, ela é uma constante, e o Q
representado é um estoque produtivo, que oscila
entre um mínimo e um máximo, acima do limite do
estoque mínimo.
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Intervalo de ressuprimento (IR): é o intervalo

de tempo entre dois ressuprimentos. Este intervalo
pode ser fixado em qualquer limite, dependendo
das quantidades compradas.
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Estoque máximo: é igual à soma do estoque

mínimo mais o lote de compra (Q).
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A determinação do estoque mínimo é uma das mais

importantes informações para a administração do
estoque. Essa importância está diretamente ligada
ao grau de imobilização financeira da empresa.
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O estoque mínimo, também chamado de estoque

de segurança, é a quantidade mínima que deve
existir em estoque, que se destina a cobrir
eventuais atrasos no ressuprimento, objetivando a
garantia do funcionamento ininterrupto e eficiente
do processo produtivo.
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Entre as causas que ocasionam a utilização do

estoque mínimo, podemos citar:

• Oscilação no consumo;

• Oscilação nas épocas de aquisição (atraso no

tempo de reposição);
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• Variação na qualidade – quando o Controle de

Qualidade rejeita um lote;

• Remessas por parte do fornecedor, divergentes

do solicitado;

• Diferenças de inventário.
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A importância do estoque mínimo é a chave para o

adequado estabelecimento do ponto de pedido.
De maneira utópica, o estoque mínimo poderia ser
tão alto, que jamais haveria falta de material em
estoque.
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Ao contrário, estabelecer uma margem de

segurança demasiado baixa acarretaria custos de
ruptura, que são os custos de não se possuir os
materiais disponíveis quando necessários, isto é, a
perda de vendas, paralisação da produção,
despesas para apressar entregas etc.
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O estabelecimento de uma margem de segurança

ou estoque mínimo é o risco que a companhia está
disposta a assumir com relação à ocorrência de
falta de estoque.
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Cálculos para o estoque mínimo

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1 - Fórmula Simples
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Nesse método é definido um fator K arbitrário,

onde este é proporcional ao grau de
atendimento desejado para o item.
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Fórmula Simples

E.Mn = Cm x K

onde:
E.Mn — estoque mínimo;
Cm = consumo médio mensal
K = fator de segurança arbitrário com o qual se deseja garantia
contra um risco de ruptura
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Esta fórmula é muito simplista, não

contendo precisões matemáticas.
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2 - Método Da Raiz Quadrada

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Método Da Raiz Quadrada

Chamamos de tempo de reposição (TR) o

intervalo de tempo, desde a emissão de um
pedido de compra até a chegada do material ao
almoxarifado, ou seja, é o prazo de entrega do
fornecedor.
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O método da raiz quadrada considera o tempo de

reposição não variando mais do que a raiz
quadrada do seu valor.

E.Mn= 𝑻𝑹 𝒙 𝑪𝒎
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3 – Método da Porcentagem de Consumo

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Esse método considera os consumos passados, e o

estoque mínimo é medido levando em consideração
o Consumo Máximo (Cmax) do período, o Consumo
médio (Cméd) e o Tempo de Ressuprimento.

E.Mn= (Cmax - Cmed) x TR

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4 – Cálculo do estoque mínimo com

alteração de consumo e
Tempo de reposição
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Em todos os modelos de cálculos até agora

apresentados não foi considerada qualquer
modificação no consumo médio mensal nem variação
do tempo de reposição.
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Se considerarmos somente a alteração do consumo

para maior, e o tempo de reposição também para
maior, ou seja, atrasos na entrega, em um gráfico
dente de serra teremos as seguintes situações:
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Observemos que para a mesma quantidade

consumida obtivemos dois valores do CMM, ou
seja, 10 unidades e 15 unidades; na demonstração
dos gráficos no item 1, os CMM são iguais, embora
com quantidades requisitadas diferentes. Nesse
caso 2, as quantidades requisitadas são diferentes
e em menor numero.
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Vamos analisar então a situação vista em 2 que é

exatamente quando o CMM aumenta. Chamaremos
de C1 o CMM do caso 1 e C2 o CMM do caso 2 e
teremos o seguinte gráfico num eixo cartesiano.
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Precisamos calcular primeiro o valor de T3

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Esta é a formula de calculo do estoque mínimo

quando ocorrer uma previsão de aumento de
consumo numa previsão de atraso no tempo de
reposição do material.
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Se o atraso (T4) não for considerado ou T4 = 0, a

formula se transformará para
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Exemplo
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Um produto possui um consumo mensal de 55

unidades. Qual deverá ser o estoque mínimo se o
consumo aumentar para 60 unidades, considerando
que o atraso no tempo de reposição seja de 20 dias
e o tempo de reposição de 30 dias?
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5 - Estoque mínimo com grau de

atendimento definido
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Este modelo admite o estoque zero, e o não

atendimento do material ao requisitante. Para
conseguirmos isso, temos de determinar a
probabilidade de ruptura, ou seja, definir o grau de
atendimento desejado.
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A distribuição normal, ou curva de Gauss,

considera o risco que se pretende assumir usando
uma quantidade de estoque a fim de suportar um
maior consumo durante o tempo de reposição.
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Para fins de cálculo do estoque mínimo, só nos

interessa analisar as quantidades de consumo
maiores que o consumo médio; as menores não
necessitam de segurança alguma. Precisamos
conhecer a probabilidade de ocorrência desse
consumo.
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Primeiramente, temos de analisar a medida de

dispersão que nos dá o grau de variação do
consumo, ou seja, o desvio-padrão.
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onde:
Xi = consumo máximo previsto;
X = consumo médio mensal;
n = numero de períodos.
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Assim, para determinarmos o estoque mínimo

(segurança) e o consumo máximo temos:

E.Mn = K ⋅ σ
C.Mx = C + K ⋅ σ
onde:
E.Mn — estoque mínimo;
Cmx = consumo máximo;
σ = desvio padrão;
K = fator de risco (tabela)
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Exemplo
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Determinada peça tem o consumo mensal durante

um período de oito meses conforme a tabela a
seguir. É exigido, neste caso, um grau de
atendimento de 95% (Risco de 5%).
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X = 3.792 ÷ 8 = 474 unidades/mê s

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A Tabela a seguir mostra-nos os valores de Cmx,

para os riscos que se deseja assumir:
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Transportando esse valor para a tabela,

encontramos para R = 0,05, K = 1,645; logo,

E.Mn = 1,645 × 98

E.Mn = 161
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O consumo máximo que o estoque mínimo poderá

suportar é:

C.mx = Cm + K ⋅ σ;
C.mx = 474 + 161;
C.mx = 635
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Façamos agora o mesmo exemplo com um grau de

atendimento de 90%. Então,

R = 0,1;
Logo, K = 1,282
E min = 1,282 x 98;
E min = 126 unidades
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Emin = 126 unidades

Cmax = 474 + 126
Cmax = 600 unidades
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