Você está na página 1de 37

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.

826-69
GESTÃO DE ESTOQUES

Aula 01 - O Macroprocesso da Gestão de Estoques para Manutenção

A gestão de estoque dos itens de manutenção é uma peça fundamental para


reduzir custos de manutenção.

O gráfico abaixo representa a média dos custos de manutenção distribuídos por


área, item e atividade dentro de empresas variadas.

Cerca de 32% do orçamento médio da manutenção é aplicado em itens de esto-


que.

Sem uma metodologia de gestão de estoque bem aplicada, fica impossível


controlar e reduzir os custos desse setor, já que grande parte do dinheiro que é
destinado a manutenção, está empregado em itens estocados.

Decomposição dos Custos Básicos

O orçamento de manutenção é dividido em duas esferas: OPEX (custo opera-


cional) e CAPEX (investimentos da empresa - tudo aquilo que tem risco, prazo e
retorno).

Quando falamos do OPEX, é inevitável falarmos do custo com aquisição e esto-

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


cagem de materiais que serão utilizados na execução das atividades de manu-
tenção.

Dentro de uma fábrica podemos nomear uma máquina comprada como CAPEX
e os custos que ela gera como OPEX.

CAPEX

O CAPEX é estruturado em bens tangíveis e intangíveis.

Bens Tangíveis
Os bens tangíveis são os recursos físicos da empresa, que é possível mensurar o
valor. Podem ser imóveis, veículos, maquinário, investimentos em equipamen-
tos, linhas, instalações, ferramentas, entre outros.

Bens Intangíveis

Já os bens intangíveis, não possuem uma forma física e em alguns casos não
possuem valor econômico. Alguns exemplos são: marcas, treinamentos e ativos
de informação, patentes, investimentos em processos gerenciais.

OPEX

No OPEX esse custo pode ser considerável como custo variável direto, afinal de
contas, está diretamente relacionado às tarefas desempenhadas pela manuten-
ção, entretanto, varia de acordo com o volume de serviços realizados. Quanto
maior for a carteira de serviços da manutenção, maior será o custo com aquisi-
ção de materiais, e consequentemente, com a sua estocagem.

O OPEX é dividido em: Custo Direto da Manutenção e Custo Indireto da Manu-


tenção.

Custo Direto

Como o próprio nome já diz, é tudo que está ligado diretamente às atividades
de manutenção.

O custo direto pode ser dividido em custo fixo e custo variável.

Custo Fixo

Independente do volume de manutenções que a empresa realize, o custo per-


manece o mesmo. Exemplo: mão de obra. Não importa se a empresa realiza

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


uma ou dez manutenções, o custo será o mesmo.

Dentro do custo fixo ainda temos o custo fixo comprometido e o discricionário.


No custo fixo comprometido, não importa o cenário, temos que pagar aquele
valor. No discricionário, apesar de ser fixo, há uma variação. Um exemplo é a re-
posição de peças.

Custo Variável

O valor varia de acordo com o número de manutenções que a empresa realiza.


Exemplo: serviços terceirizados, locações, transportes e fretes, compras emer-
genciais.

Quando a empresa tem o custo direto fechado, fica mais fácil saber quais custos
sofrem flutuação.

Os materiais e peças de reposição que estão no custo fixo discricionário, ficam


armazenadas em um estoque. Esse estoque trabalha o tempo inteiro em uma
flutuação.

Custo Indireto de Manutenção

Dentro do custo indireto o principal é o lucro cessante. O lucro cessante é o


quanto a empresa deixa de ganhar quando ocorre uma parada.

Exemplo: a empresa tem uma linha de produção que gera lucro de R$ 1.000,00
em uma hora de funcionamento. Ao longo do dia ela me produz: R$ 24.000,00.
Então, se eu deixar essa linha parada por 24h, eu deixo de ganhar R$ 24.000,00,
o lucro cessante é de R$ 24.000,00.

Existem ações judiciais onde empresas processam outras devido a um lucro


cessante devido a algum problema que foi causado pela ação ou omissão da
empresa reclamada.

Depreciação

A depreciação é uma rubrica contábil para que possamos declarar o imposto de


renda enquanto empresa considerando a depreciação do ativo. Existe uma ins-
trução normativa da Receita Federal que tem uma tabela que informa a porcen-
tagem de depreciação de ativos a cada ano.

A depreciação do ativo em relação a contabilidade, serve para você definir a vida


útil econômica do ativo.

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Custos Induzidos

Custos provocados por uma consequência gerada de manutenção, mas que não
necessariamente é um lucro cessante.

O Macroprocesso da Gestão de Estoques de Manutenção

O macroprocesso é dividido em 5 passos que são essenciais para que o gestor


de manutenção faça uma boa gestão de seu estoque de peças e materiais.

1 - Inventário.

O inventário é essencial para que o gestor de estoque saiba tudo que está sob
sua responsabilidade e o montante total que está empregado em forma de ma-
teriais. É com esse balanço que você pode decidir o que fazer com aquelas mer-
cadorias que estão encalhadas ou danificadas e também perceber se falta algo.

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


O objetivo primordial do inventário é responder essas 4 perguntas:

1. Quantos SKUs (item) possuem no estoque?


2. Quantos itens possuem no estoque?
3. Qual o custo de cada item?
4. Qual o custo total do estoque?

2 - Priorização.

A priorização é feita com base em duas ferramentas: A curva ABC e a curva XYZ.

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


A curva ABC é um método de categorização de estoque por nível de importân-
cia.

A Categoria “A” representa o volume de 20% dos itens que estão no estoque e
tem o valor de 80% do valor total.

A Categoria “B” representa cerca de 50% do volume constante no estoque e de-


tém o valor de 15% do armazenado.

E temos a categoria “C”, que detém 30% do volume do estoque e representa 5%


dos custos.

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Já a curva XYZ, é utilizada para definir a criticidade dos itens.

A categoria X detém os itens de alta criticidade, aqueles itens que não possuem
similar para reposição.

A categoria Y detém os itens que são necessários mas podem ser substituídos
por similares.

E os itens que se encontram na categoria Z, não paralisam as atividades indus-


triais e podem ser facilmente substituídos.

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Após a realização da priorização, basta cruzar esses dados na matriz ABC/XYZ,
para entender qual o modelo de reposição que deve ser utilizado para cada um
dos itens.

3. Dimensionamento dos estoques.

O dimensionamento dos estoques estima quantos itens são necessários dentro

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


do estoque em relação a quantidade mínima e máxima. Para isso utilizamos o
cálculo do estoque mínimo, que define o quanto é seguro ter no estoque para
atender uma demanda e o máximo que define o estoque mais produtivo possí-
vel, sem que se torne oneroso para a empresa.

O dimensionamento é importante porque garante o abastecimento durante o


período de compra.

4. Giro de estoque.

Após dimensionar o estoque, iremos dimensionar o giro de estoque, que é feito


quando chega no ponto de reposição. Para esse dimensionamento realizamos
cálculo do ponto de reposição e o cálculo do volume de reposição.

10

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


5. Gestão física.

O último passo é a gestão física, que irá garantir a segurança do estoque tanto
patrimonial, quanto ocupacional, a ergonomia dos colaboradores, como a locali-
zação dos itens e também a produtividade dos colaboradores, facilidade e agili-
dade no andamento das atividades.

Essa gestão é pautada em diversos pontos:

1. Endereçamento: ação para que o estoque fique seguro e ergonômico.


Para isso, é importante que haja uma tabela com os dados: coluna, corredor e
nível. Isso garante agilidade para encontrar ativos e evita desperdícios de tempo
e mão de obra.

2. FIFO (first In, First Out - primeiro que entra, primeiro que sai): Alguns itens
devem ser retirados por ordem de chegada, como por exemplo, produtos com
data de validade, para que não se perca, o primeiro a entrar no estoque deve ser
sempre o primeiro a sair.

3. Manuseio e logística interna: cada item tem uma particularidade e para


cada um temos uma logística é uma forma de manuseio diferente.

4. Cálculo do custo de estocagem: Com esse cálculo é possível saber qual a


forma mais barata de estocar um item.

11

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Tudo que é realizado neste macroprocesso é suportado pelo método KANBAN.
O KANBAN ao contrário do que muitos pensam, não apenas um quadro de ges-
tão, ele é uma metodologia de gestão completa.

Aula 02 - Supply Chain: A Cadeia de Suprimentos Orientada a Manutenção

Supply Chain em tradução livre seria: corrente de suprimentos. Isso significa que
para que eu tenhamos um determinado item, várias pessoas contribuíram para
que ele chegasse até nós. Essa cadeia vai desde a matéria prima até a entrega
ao cliente.

Nós podemos ter uma cadeia de suprimentos extensa ou bem reduzida.

Ter uma cadeia extensa pode ser bom ou ruim, depende da complexidade do
que deve ser entregue.

12

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Abaixo, temos um detalhamento sobre uma cadeia de suprimentos:

O supply chain é representado por uma corrente justamente porque na falha de


um setor, todos os outros sofrem prejuízos, já que nessa cadeia, o pagamento
é feito de forma inversa: o cliente paga o revendedor, que paga o distribuidor e
assim por diante.

Na gestão de estoque, sempre queremos encurtar os elos da corrente. Se a


compra era feita no elo 50 da corrente e passmos a comprar no elo 40, com
certeza o valor será bem abaixo, pois o produto deixa de passar por diversos elos.
Um exemplo: Se sempre compro com revendedores e passo a comprar direta-
mente com o fabricante, pelo produto deixar de passar por distribuidores e re-
vendedores, o custo diminui.

13

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Para que isso ocorra, precisamos entender o valor agregado da cadeia de supri-
mentos.

Valor Agregado na Cadeia de Suprimentos

O valor agregado é quando a economia do país é movimentada por aquele


item. Um rolamento parado no distribuidor não tem valor agregado, não movi-
menta a cadeia de suprimentos.

Objetivos do Supply Chain para o Gestor de Manutenção

● Reduzir os elos intermediários para itens de alta criticidade;


Quanto mais elos intermediários, mais custos. Isso ocorre porque todos os elos
precisam lucrar.

- Custo;
- Tempo; e
- Segurança Técnica.

● Reduzir volume de estoque;


Quando falamos em reduzir os elos das correntes, não é só para diminuir os cus-
tos dos 3 itens acima, pode ser que tenhamos um revendedor que fica a 200km
da sua cidade, mas existe um revendedor que está no mesmo bairro que sua
empresa. Comprando do revendedor mais próximo, conseguimos reduzir o volu-

14

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


me de estoque pois compramos de forma mais ágil.

- On-Supplier (Estoque no fornecedor: pagamos pelo item, mas ele fica com o
fornecedor, pois esse fornecedor assume o custo de inventário, de manutenção,
manuseio);
- On-Customer (Estoque no cliente: quando o fornecedor monta o estoque den-
tro da empresa.

● Reduzir Lead-Time
O lead-time é o tempo de entrega do item. Se você conseguir movimentar os
elos dentro da cadeia, você consegue diminuir o tempo de entrega e quanto
menor o tempo de espera, menor o volume de reposição.

● Reduzir custo operacional de estoque


Se conseguimos reduzir o custo do lead-time e volume de estoque, consequen-
temente conseguimos reduzir os custos operacionais como: energia, inventário,
funcionários, movimentação, entre outros.

Aula 03 - Gestão de Entradas e Saídas de Materiais para Manutenção - PARTE


01

Essa aula trará métodos para que você realize uma gestão de estoque de forma
correta através da entrada e saída de itens do estoque.

O que é a gestão de entradas e saídas de estoque?

É o gerenciamento da forma que os materiais entram e saem do estoque. O


indicador mais importante do estoque é o saldo, ele deve ser controlado com o
máximo de precisão possível, pois é ele que determina a programação de ativi-
dades, necessidade de reposição.

15

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Na imagem acima temos o fluxograma das entradas e saídas de estoque bem
definidas. Ela define o saldo atual de peças da empresa e como podemos ver, a
saída é realizada através da requisição de material.

Essa requisição é feita ao estoque e a peça é separada e entregue ao solicitante.

Já as entradas, são feitas através de notas fiscais de compra.

16

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Na entrada por Nota Fiscal, temos o fluxo abaixo:

● Recebimento do material;
● Conferência (quantitativa: quantidade solicitada e recebida; e qualitativa: qua-
lidade dos itens recebidos);
● Entrada no sistema: adicionar os dados e quantidade dos itens no sistema
para controle.

Saída do estoque

17

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Já a saída dos itens, é realizada através da requisição. O modelo acima é um
modelo básico. Essa requisição pode ser feita por papel, sistema, entre outros.
Dessa forma, será possível um controle da saída de peças sem que haja erros de
solicitação.

AS PLANILHAS UTILIZADAS NAS AULAS ESTÃO DISPONÍVEIS PARA DOWN-


LOAD NO ACADEMY

Aula 03 - Gestão de Entradas e Saídas de Materiais para Manutenção - PARTE


02

Nessa aula, começaremos um controle de entradas e saídas de materiais através


de uma planilha no Excel.

Para construir a planilha precisaremos inserir duas abas principais: uma para
conferência dos saldos e outra para fazer o controle das entradas e saídas.

Na primeira aba: Controle de estoques, adicionaremos as colunas: Código, Des-


crição do Material, Unidade de Medida e Quantidade em Estoque.

O primeiro procedimento a ser realizado é dar código aos itens e adicionar os


mesmos na coluna: Código.

Após, na coluna: Descrição do Material, iremos adicionar a descrição completa


do item. A descrição deve ser realizada de forma que um item não seja confun-
dido com outro.

Na coluna: Unidade de Medida, iremos adicionar se o item é: peça, Kg, metros,


gramas, etc.
E na coluna: Quantidade em estoque, iremos adicionar o total em estoque. Esse
número será alterado conforme entrada e saída através de fórmula.

18

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Na segunda aba, que terá o nome de Controle de Entradas e Saídas, adiciona-
remos as abas: Código, Descrição, Unidade, E/S (Entrada ou Saída), Quantidade,
Custo Unitário, N.F, Fornecedor, R.M e Setor.

Para que a planilha encontre valores automaticamente, iremos utilizar fórmulas


do Excel na aba código e na aba quantidade.

Os dados da matriz: Controle de Entradas e Saídas, irão alimentar a segunda


planilha: Controle de estoques

Inventário de Itens de Estoque de Manutenção - Aula 04

O inventário é o levantamento e contagem dos itens em estoque que tem como


finalidade conhecer e determinar o valor total (R$) dos itens armazenados.

Tem como objetivo também garantir a assertividade dos saldos controlados em


sistema.

O processo de inventário deve ser feito da seguinte forma:

1 – Definir código e descrição detalhada para cada item - transformar o item em


algo controlável.

2 – Definir quantidade dos itens em estoque - feito através de contagem dos


itens.

3 – Definir custo médio unitário de cada item - média de todos os custos unitá-
rios.

4 – Definir valor total do estoque - o quanto temos de dinheiro empregado no


estoque.

19

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


A conferência é feita através de um sistema de controle de estoque.

Imprima um relatório de estoque, realize a contagem dos itens e depois atualize


os saldos de contagem no sistema.

É essencial que só haja entrada e saída de itens do estoque com documentos,


pois, na hora da conferência, se houver divergência de quantidade, os mesmos
serão consultados para verificar se houve erro, furto e etc.

Depois da conferência, os saldos devem ser atualizados no sistema.

Na matriz: Controle de Estoque da Manutenção, iremos adicionar as colunas:


quantidade e custo médio.

Priorização ABC para Itens de Estoque da Manutenção - Aula 05

A priorização é feita com base em duas ferramentas: A curva ABC e a curva XYZ.

Existem materiais mais valiosos e mais baratos dentro do estoque. A priorização


serve para que as forças de trabalho sejam direcionadas aos itens mais valiosos,
tanto em relação a criticidade, quanto em relação a valor.

Um exemplo é uma fábrica de lápis. A madeira é extremamente relevante para


a produção, já o material de limpeza não é tão importante, pois sem a madeira a
empresa para a produção, sem o material de limpeza a produção continua.

Trazendo esse tema para dentro da manutenção, uma vedação que iremos uti-
lizar em uma preventiva daqui a 3 meses, não é tão importante como um item

20

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


que vou utilizar em uma corretiva de um ativo importante na próxima semana.

Conforme vimos anteriormente, a curva ABC é um método de categorização de


estoque por nível de importância.

A Categoria “A” representa o volume de 20% dos itens que estão no estoque e
tem o valor de 80% do valor total.

A Categoria “B” representa cerca de 30% do volume constante no estoque e de-


tém o valor de 15% do armazenado.

E temos a categoria “C”, que detém 50% do volume do estoque e representa 5%


dos custos.

Essa classificação será feita em uma nova planilha no Excel. Daremos o nome
de: Classificações e iremos adicionar os dados da planilha: Controle de Estoque
na mesma.

Será adicionada uma coluna chamada: Classificação, onde colocaremos na or-


dem do item mais caro para o mais barato.

21

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Priorização XYZ para Itens de Estoque da Manutenção - Aula 06

A curva XYZ, é utilizada para definir a criticidade dos itens.

A categoria X detém os itens de alta criticidade, aqueles itens que não possuem
similar para reposição.

A categoria Y detém os itens que são necessários mas podem ser substituídos
por similares.

E os itens que se encontram na categoria Z, não paralisam as atividades indus-


triais e podem ser facilmente substituídos.

22

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


A classificação X, Y, Z que será feita também no Excel, será realizada na mesma
planilha da aula anterior, criando duas novas colunas com o nome de: Critérios e
Classificação.

Iremos criar uma nova aba com o nome: Configuração. Nessa aba iremos adicio-
nar os critérios X, Y e Z para utilizar na classificação que será feita na planilha.

Matriz ABC/XYZ para Itens de Estoque de Manutenção - Aula 07

Após a realização da priorização, iremos cruzar os dados na matriz ABC/XYZ para


entender qual o modelo de reposição que deve ser utilizado para cada um dos
itens.

23

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Os itens que tiverem valor 9 e 6, serão considerados itens estocáveis.

Eles sempre devem estar no estoque da manutenção. Itens 4, 3 e 2, ficam no


plano de compra, se iremos precisar de tais itens para tal atividade, eles são ad-
quiridos. E os itens com classificação 1, são comprados se necessário. Eles nem
chegam a entrar no estoque, irão direto para o solicitante.

Na aba: Classificações, iremos adicionar duas colunas: N ABC e N XYZ, que fica-
rão disponíveis para adicionarmos as notas referente a cada priorização.

Cálculos de Estoque Mínimo e Máximo para Itens de Estoque de Manutenção -


Aula 08

O estoque mínimo gera segurança para a empresa até a chegada do novo lote
e o estoque máximo garante que a empresa não terá prejuízos com perda ou
gasto excessivo com o estoque.

O eixo vertical é a quantidade de itens em estoque. O eixo horizontal é o tempo.

O estoque começa cheio, representado pela linha vermelha de traços.

Com o passar do tempo, os itens são utilizados e o estoque sofre uma queda
gradativa.

24

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Abaixo segue um modelo de ressuprimento de materiais:

Fórmula para cálculo de estoque mínimo e máximo.

EDS = Consumo Médio (Tempo de Reposição + Margem de Segurança)


PR = (Tempo de Reposição Consumo Médio) + Estoque de Segurança
Emax = (EDS + Consumo Médio). Tempo de Reposição
Vrep = (Emax – EDS)

Na planilha: Controle de Estoque da Manutenção, iremos adicionar as colunas:


Consumo médio, Tempo médio de reposição, Estoque máximo e Estoque míni-
mo.
Após adicionar dados e fórmulas nas colunas Consumo médio e Tempo médio
de reposição, elas serão ocultas e apenas alimentarão as colunas: Estoque máxi-
mo e Estoque mínimo.

25

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Cálculos de Ponto de Reposição e Volume de Reposição Para Itens de Esto-
que de Manutenção - Aula 09

O gráfico abaixo mostra o volume de materiais: recebimento, consumo, recebi-


mento.

Mas para que isso funcione de forma correta, não basta ter o estoque mínimo
e máximo, temos que definir um limite e precisamos saber dentro desse limite,
onde fazer o pedido e a quantidade de itens a serem compradas, pois temos
que pedir antes de atingir o estoque mínimo e não podemos deixar muitos itens
em estoque porque sobe o custo de armazenagem e gera prejuízos para a em-
presa.

Para que não falte material, precisamos traçar o ponto de reposição, a hora de
fazer a compra e quantas peças precisam ser compradas.

Conforme o gráfico abaixo, o ponto de reposição é acima do lote mínimo, temos


que receber o material quando ele estiver chegando no lote mínimo.

26

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Fórmula para cálculo do ponto de reposição
EDS = Consumo Médio * (Tempo de Reposição + Margem de Segurança)
PR = (Tempo de Reposição Consumo Médio) + Estoque de Segurança
Emax = (EDS + Consumo Médio) * Tempo de Reposição
Vrep = (Emax - EDS)

Na planilha utilizada na aula passada, iremos fazer uma formatação condicional


na coluna: Quantidade, para que a cor seja alterada caso o número de itens alte-
re. Também iremos adicionar duas colunas: ponto de pedido e lote de reposição,
pois através da coluna quantidade, saberemos quando fazer o pedido.

Gestão Física e Endereçamento do Estoque de Manutenção - Aula 10

Agora que já falamos sobre a gestão dos saldos do estoque, vamos falar sobre
características físicas de um estoque. Como fazer um gerenciamento do esto-
que de forma correta.

Endereçamento
Consiste no método utilizado para identificar cada parte do estoque com um
“endereço” (local onde o item está estocado).
Extremamente útil para auxiliar os “estoquistas” a encontrar os itens que preci-
sam ser separados.
O endereçamento pode ser feito, através de “ruas” que são as posições demar-

27

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


cadas.
No estoque nós temos: colunas, corredores, vãos e níveis.
Para controle do endereçamento, podemos utilizar uma planilha no excel. Adi-
cionaremos as colunas: Rua, Coluna, Vão, Nível, Endereço e Itens.

FIFO - First In First Out


Consiste em uma metodologia que tem como objetivo retirar do estoque os
itens que estão armazenados a mais tempo.
É importante para evitar o envelhecimento dos itens no estoque e também para
garantir a exatidão do custo médio de aquisição (valor do estoque).

28

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Métodos de manuseio
Existem diversos métodos de manuseio para facilitar o trabalho dentro do esto-
que.

Itens leves em cima, itens pesados embaixo, itens rotineiros ao alcance das
mãos, itens semelhantes no mesmo local. Esse importante método garante
principalmente a produtividade e agilidade dentro do estoque.

Custo de estocagem
Muita gente negligencia esse custo. Itens obsoletos além de deteriorar, geram
custos de estocagem desnecessários.
Todo item tem um custo para ser armazenado. Conhecer esse custo é funda-
mental para verificar o custo x benefício em manter um item no estoque.

A partir de agora iremos realizar um cálculo para verificar o custo de estocagem


de um item. Ele será dividido em duas partes: custo da gestão de estoque e cus-
to da armazenagem.

CUSTO ARMAZENAMENTO
A - Aluguel Mensal Planta
B - Custo de Manutenção do Prédio
C - Custo com Iluminação
D - Área da Planta
E - Área Ocupada pelo Item

29

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Cálculo para Custo de Armazenamento do Item:
(A+B+C)/D) x E)/QTD MÉDIA ITENS (MÊS)

CUSTO GESTÃO
H-Custo Mensal com Sistema
I- Custo Mensal M.O Estoque
J-Custo Mensal com Transporte Interno (Combustível e Manutenção)
K-Número de itens diferentes em estoque

Cálculo para Custo de Gestão do Item:


((H+1+J)/K/QTD MÉDIA ITENS (MÊS)

Na imagem abaixo podemos analisar o cálculo através de um exemplo dado


pelo professor Danilo Romãodurante a aula.

KANBAN aplicado a Gestão de Estoques de Manutenção - Aula 11

O KANBAN é uma sistemática muito conhecida que utiliza a gestão visual de


itens para facilitar o dia a dia. Foi criado por um engenheiro japonês chamado
Taiichi Ohno, da Toyota, em 1953. Sua tradução livre é “cartão” e essa sistemática
consiste na realização de uma gestão visual em tempo real, onde são utilizados
cartões e quadros para entender a necessidade de materiais ou execução de
tarefas.

30

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Informações importantes para usar o KANBAN

1 - A gestão a vista não precisa ser utilizada para todos os materiais. Utilize ape-
nas para os materiais que têm maior rotatividade e precisam ser controlados
“em tempo real”.
2- Não existe regra para controlar os cartões nem para movimentá-los, o impor-
tante é que seja funcional e que auxilie na visualização dos níveis dos estoque
(geralmente 3).
3- A ideia dos cartões pode ser “migrada” para outros tipos de gestão visual,
como áreas marcadas com cores.

Modelo de quadro do KANBAN

31

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


As cores utilizadas são para chamar a atenção. Funciona basicamente assim:
À medida que forem sendo retirados itens do estoque, serão retirados cartões
verdes e colados aos itens. Ao chegar no amarelo, significa que é o momento de
reposição e vermelho é o estoque mínimo, estado de perigo.

Macrofluxo da gestão de estoque utilizando o KANBAN

O processo começa com a requisição do material. Quando o estoque separar o


item solicitado, ele anexará o cartão do quadro: estoque, ao próprio item. Após
isso ocorre a conferência do item, o cartão é anexado ao quadro pedido e ele é
disponibilizado para a manutenção.

Através dos cartões, é possível saber quando será necessário fazer pedido do
material, que será quando começar a chegar cartões amarelos.

Abaixo segue um fluxograma do processo explicado acima:

Gestão de Custos de Manutenção e a Gestão de Estoques - Aula 12

Nessa aula falaremos sobre o Lean Maintenance, conhecido como: Manutenção


Enxuta.

Como eliminar os ralos de dinheiro existentes na manutenção.

32

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


O primeiro conceito dessa aula que você precisa entender é a diferença entre
perda e desperdício: perda é quando temos alguma falha no processo que faça
com que ocorra perdas de recurso. Desperdício a maior parte das vezes está
ligado ao super dimensionamento de um recurso ou sub dimensionamento de
outro recurso.

Os 7 desperdícios do Lean

33

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


São considerados os 7 desperdícios do Lean:

- Estoque
- Movimentação
- Esperas
- Processos desnecessários
- Retrabalho
- Excesso de produção
- Transportes

Hoje em dia temos um 8º desperdício, que é chamado de desperdício digital


(excesso de monitoramento, sensores que informam dados que não utiliza-
mos…). No entanto, não falaremos sobre isso.

Estoque
O estoque de uma indústria representa, em média, 25% do valor dos seus ativos
físicos.

Em empresas de grande porte, o estoque de manutenção representa em média


6% do custo de estoque.

Abaixo segue um gráfico de distribuição característica dos custos de manuten-


ção.

34

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Movimentação, Esperas e Processos Desnecessários

65% do tempo dos funcionários da manutenção é desperdiçado se atividades de


manutenção forem realizadas sem planejamento.

Apenas 35% do tempo de trabalho dos funcionários é considerado produtivo. É


importante verificar o custo fixo para analisar o desperdício. O funcionário não
ganha por quantidade de atividades feitas, mas por hora.

Retrabalho
O retrabalho é um dos desperdícios mais graves que podem existir dentro da
manutenção. Na maioria das vezes o retrabalho ocorre por problemas na quali-
dade do serviço.

35

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


O gráfico abaixo mostra a análise de backlogs com retrabalho de 5% e 10%. Uma
rotina alta de retrabalho pode chegar a dobrar o valor gasto com manutenções,
pois além do tempo do funcionário produzindo perdido, perdemos peças que
são trocadas antes do prazo devido a má qualidade do serviço realizado, existe o
prejuízo pelo tempo de parada da máquina e etc.

36

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69


Cada 1% de elevação do retrabalho, representa a elevação de 5 a 8% do custo de
manutenção.

Excesso de Produção
O excesso de produção dentro da manutenção pode causar aumentos nos cus-
tos da empresa. Esse excesso é relacionado a atividades realizadas sem necessi-
dade. Um exemplo é a troca de peças sem necessidade.

Quanto maior a frequência de manutenções, mais gastos com itens de manu-


tenção.

37

Robson William Guedes - robsonwguedes@yahoo.com.br - CPF: 011.713.826-69

Você também pode gostar