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D00-C13-022/N

NOV 2009

INSTALAÇÕES AT E MT

Gestão de Activos Técnicos : Glossário de Terminologia e Conceitos

Generalidades

Elaboração: DMN/DTI Homologação: conforme despacho do CA de 2009-11-27

Edição: 1ª

Emissão: EDP Distribuição – Energia, S.A.


DTI – Direcção de Tecnologia e Inovação
R. Camilo Castelo Branco, 43 • 1050-044 LISBOA • Tel.: 210021500 • Fax: 210021444
E-mail: dti@edp.pt

Divulgação: EDP Distribuição – Energia, S.A.


GBCO – Gabinete de Comunicação
Rua Camilo Castelo Branco, 43 • 1050-044 LISBOA • Tel.: 210021684 • Fax: 210021635
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ÍNDICE

0 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 3

1 OBJECTIVO ................................................................................................................................................................ 3

2 CAMPO DE APLICAÇÃO ......................................................................................................................................... 3

3 TERMINOLOGIA E CONCEITOS ............................................................................................................................... 3


3.1 Terminologia de base ........................................................................................................................................ 3
3.2 Conceitos de base associados à Gestão de Activos Técnicos ................................................................. 4
3.3 Conceitos associados à Gestão do Risco dos Activos Técnicos ............................................................... 5
3.4 Conceitos associados a Actividades de Manutenção ............................................................................... 5
3.5 Conceitos associados a Tipos de Operações de Manutenção ................................................................ 6
3.6 Conceitos associados à Caracterização e Análise de Falhas ................................................................... 7
3.7 Conceitos associados a Indicadores de Desempenho dos Activos Técnicos ........................................ 8
3.8 Conceitos associados à Gestão de Reservas ............................................................................................... 9

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0 INTRODUÇÃO
A gestão optimizada e sustentada dos activos técnicos na EDP Distribuição recomenda a uniformização
de conceitos e terminologia alinhados com a linguagem utilizada pelas suas congéneres internacionais.
A utilização das boas práticas obriga a criar as condições necessárias à incorporação daqueles
conceitos e terminologia na linguagem interna comum por parte de todas as pessoas que
desempenham actividades relacionadas com a gestão de activos técnicos.

1 OBJECTIVO
Este documento visa definir os conceitos e terminologia associados ao processo de gestão de activos
técnicos aplicado à EDP Distribuição, de forma a assegurar a existência de uma linguagem comum e
fomentar uma compreensão uniforme dos conceitos de base por parte de todos os agentes associados
ao processo.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Este documento aplica-se ao processo de Gestão de Activos Técnicos da EDP Distribuição.

3 TERMINOLOGIA E CONCEITOS
A terminologia e conceitos a aplicar têm a forma descrita a seguir:

3.1 Terminologia de base

Activo Técnico (ou Activo Físico) – bem imobilizado que corresponde a uma instalação eléctrica, parte
de uma instalação eléctrica, equipamento ou sistema com uma determinada função quantificável e
distinguível.
Instalação Eléctrica – conjunto de infra-estruturas usadas para a distribuição ou transformação de
energia eléctrica, com localização fixa e em operação:
a) Subestações, Postos de Corte, Postos de Seccionamento, Postos de Transformação;
b) Redes Aéreas e Subterrâneas de AT, MT e BT;
c) Equipamentos de Corte e Seccionamento nas Redes AT e MT;
d) Sistemas de Iluminação Pública;
e) Sistemas de Telecomunicações.
Equipamento – aparelho de AT, MT ou BT de uma instalação eléctrica.
Sistema – funcionalismo (de comando, controlo e protecção, de comunicações ou de serviços
auxiliares de suporte) de uma instalação eléctrica.
Painel – conjunto de equipamentos e/ou sistemas de uma instalação eléctrica que desempenham uma
determinada função relevante nessa instalação.
Fracção de Rede – parcela de uma linha aérea ou subterrânea, agregadora de troços de rede com
características comuns e/ou desempenhando uma função relevante.
Ciclo de Vida Global – intervalo de tempo que se inicia com a concepção e/ou aquisição de um
activo técnico e que termina com o abate do mesmo.
Custos Associados ao Ciclo de Vida Global – todos os custos gerados durante o ciclo de vida de um
activo técnico, nomeadamente os custos associados, numa primeira fase, à concepção, ao projecto, à
construção, à aquisição, ao comissionamento, à entrega e à colocação em serviço, numa segunda
fase, à operação e manutenção e, numa fase derradeira, à retirada de serviço, à desmontagem e ao
abate.

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Vida Útil Técnica – intervalo de tempo que se inicia com a colocação em serviço de um activo técnico
e que termina quando a frequência de ocorrência de falhas se torna técnica e economicamente
inaceitável ou quando o activo é considerado irreparável na sequência de uma falha.
Valor Contabilístico do Activo Técnico (Imobilizado) – o valor do imobilizado corresponde ao valor
contabilístico do activo técnico e que decorre da amortização ao longo do ciclo de vida efectuada de
acordo com a taxa de amortização aplicável.
Abate – eliminação física e contabilística de um activo técnico que cessou funções.

3.2 Conceitos de base associados à Gestão de Activos Técnicos

Gestão de Activos Técnicos – conjunto de actividades e práticas sistematizadas e coordenadas através


das quais uma organização gere de forma optimizada e sustentável os seus activos físicos e os
correspondentes sistemas, desempenho, risco e custos referentes ao ciclo de vida global, tendo como
propósito principal cumprir o plano estratégico da organização.
Plano Estratégico da Organização – plano de médio / longo termo para a organização decorrendo e
incorporando a sua visão, a sua missão, os seus valores de negócio, as suas políticas, as exigências dos
seus accionistas, os seus objectivos e a gestão dos seus riscos.
Agentes da Gestão de Activos Técnicos – dono dos activos, gestor dos activos e executor de
operações.
Dono dos Activos – entidade administradora dos activos, responsável pelo estabelecimento e controlo
do cumprimento do plano estratégico da empresa.
Gestor dos Activos – entidade gestora dos activos, responsável pelo estabelecimento e controlo do
cumprimento das políticas e estratégias de investimento e manutenção para os activos técnicos que
assegurem a prossecução do plano estratégico da empresa.
Entidade Executante – entidade que executa operações de investimento e/ou de manutenção sobre os
activos técnicos, de acordo com as orientações expressas pelo gestor de activos.
Estratégia – opção de gestão adoptada pelo dono dos activos para atingir os objectivos do plano
estratégico da organização.
Política – opção de gestão adoptada pelo gestor dos activos para implementar a estratégia
estabelecida atingir os objectivos do plano estratégico da organização.
Estratégia / Política de Manutenção – opção de gestão adoptada para atingir os objectivos das
actividades de manutenção.
Operações de Investimento – operações de concepção, projecto, construção, aquisição e
comissionamento de obras de construção, ampliação ou remodelação / modificação de activos
técnicos.
Operações de Manutenção – acções realizadas durante a exploração de um activo técnico destinadas
a preservar o correcto desempenho das suas funções no contexto operacional em que se integra.
Indicador de Disponibilidade – percentagem do tempo total durante a qual um activo técnico está a
cumprir ou está apto para cumprir a função para a qual foi previsto.
Manutibilidade – facilidade com que se executa uma operação de manutenção, determinada pelas
particularidades tecnológicas com que foi concebido, projectado, fabricado e construído / instalado e
ainda pela forma como foi mantido anteriormente.
Fiabilidade – probabilidade de um activo cumprir todas as funções para a qual foi previsto durante um
determinado período de tempo sob as condições especificadas e sem falhas.

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3.3 Conceitos associados à Gestão do Risco dos Activos Técnicos

Valor de Negócio da Empresa – valor ao qual a empresa atribui importância estratégica e que
consequentemente influi de forma significativa na elaboração do plano de negócios da empresa.
Consequência da Falha – potencial impacto que a falha de um determinado activo técnico poderia
implicar em termos dos valores de negócio da empresa.
Financeiro – valor de negócio da empresa relacionado com custos incorridos associados a energia não
distribuída, a indemnizações e a operações de reposição / restauração da função.
Qualidade de Serviço – valor de negócio da empresa relacionado com os indicadores de qualidade de
serviço técnica.
Reputação – valor de negócio da empresa relacionado com a qualidade do desempenho percebida
pelos clientes e sociedade em geral.
Sustentabilidade – valor de negócio da empresa relacionado com a segurança de pessoas e bens,
ambiente e regulamentação técnica.
Nível de Severidade da Consequência da Falha – nível de gravidade ou severidade da consequência
da falha de um determinado activo técnico.
Probabilidade de Falha - probabilidade (ou frequência) com que se perspectiva que um determinado
activo técnico possa falhar durante um determinado período de tempo (a probabilidade será
determinada a partir da apreciação da condição técnica do activo, do grau de adequação
tecnológico do activo à função que desempenha e do contexto operacional onde o activo se insere).
Contexto Operacional de um Activo Técnico – contexto em que um activo técnico é operado,
caracterizado pelo tipo de rede onde se insere, pelo regime de exploração em que é operado e pela
envolvente de exposição a agentes externos (atmosféricos ou outros).
Risco de um Activo Técnico – produto da potencial consequência de falha de um determinado activo
técnico pela probabilidade de falha do mesmo.
Matriz de Risco – matriz através da qual se determina o grau de aceitabilidade do risco associado a
cada activo técnico, de acordo com as respectivas consequências e probabilidade de falha.
Cenário de Mitigação do Risco – cenário que viabiliza a minimização do risco associado a um activo
técnico.

3.4 Conceitos associados a Actividades de Manutenção

Manutenção Programada – actividade de manutenção de qualquer tipo, desde que seja previamente
agendada.
Manutenção Preventiva – actividade de manutenção efectuada com a finalidade de controlar a
condição dos activos técnicos, de diagnosticar situações anómalas que possam redundar na
ocorrência de falhas ou na degradação dos activos e de eliminar atempadamente essas situações
anómalas.
Manutenção Preventiva Sistemática – actividade de manutenção preventiva efectuada por sistema,
independentemente da condição técnica do activo, seja de acordo com intervalos de tempo
pré-estabelecidos ou seja mediante o alcance de uma quantidade pré-definida de unidades de
utilização.
Manutenção Preventiva Condicionada – actividade de manutenção preventiva que determina a
execução de operações de controlo da condição sobre um dado activo de forma mais ou menos
intensiva de acordo com as conclusões da monitorização da condição técnica daquele activo; inclui
também as operações de resolução de situações anómalas detectadas em operações de controlo da
condição anteriores.

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Manutenção Preventiva Preditiva – actividade que se baseia na projecção da perspectiva de evolução


da condição do activo a partir dos dados disponíveis da monitorização da sua condição técnica, na
posterior antevisão da data em que se prevê que o activo possa vir a falhar e na consequente
programação de intervenções de manutenção preventiva que possam evitar a falha projectada.
Manutenção Correctiva – actividade de manutenção efectuada na sequência da falha de uma
função de um activo técnico, tendo em vista a reposição e/ou restauração dessa função do activo.
Plano de Manutenção – conjunto estruturado de opções relacionadas com a operacionalização das
actividades de manutenção, tendo em vista a adopção da estratégia ou política de manutenção
estabelecida para determinado activo técnico em função do grau de aceitabilidade de risco do
activo técnico.
Plano de Actividades de Manutenção – listagem de actividades e operações de manutenção a realizar
ao longo de um determinado período de tempo, função dos planos de manutenção e/ou das
necessidades de manutenção previamente identificadas.
Plano e Orçamento de Manutenção – orçamento associado às actividades e operações de
manutenção a realizar ao longo de um determinado período de tempo, função dos planos de
manutenção e/ou das necessidades de manutenção previamente identificadas.
Plano de Actividades de Investimento – listagem de actividades e operações de investimento a realizar
ao longo de um determinado período de tempo, função dos planos de desenvolvimento da rede e/ou
dos programas de adaptação ou adequação da rede.
Plano e Orçamento de Investimento – orçamento associado às actividades e operações de
investimento a realizar ao longo de um determinado período de tempo, função dos planos de
desenvolvimento da rede e/ou dos programas de adaptação ou adequação da rede.
Manutenção Corrente – actividade de manutenção de qualquer tipo que se enquadra na actividade
corrente, não carecendo de autorização superior explícita do gestor de activos.
Manutenção de Carácter Excepcional – actividade de manutenção excepcional ou extraordinária que
não se enquadra na actividade corrente, normalmente estabelecido como programa específico de
manutenção e carecendo de autorização superior explícita do gestor de activos.
Controlo da Condição – operação de monitorização não intrusiva de um activo técnico que permite
controlar os parâmetros quantitativos ou qualitativos caracterizadores da sua condição e avaliar a sua
aptidão para desempenhar correctamente a função para que foi previsto.
Valores de Referência dos Parâmetros – valores padrão dos parâmetros dos activos técnicos, baseados
nas indicações dos fabricantes, no histórico e na experiência, que sirvam de referência para avaliar de
forma objectiva a sua aptidão.

3.5 Conceitos associados a Tipos de Operações de Manutenção

Construção – operação de construção de raiz de uma instalação, dando assim origem a um ou mais
activos técnicos (nota: operação de carácter de investimento).
Ampliação – operação de ampliação de uma instalação já existente, dando assim origem a um ou
mais activos técnicos adicionais (nota: operação de carácter de investimento).
Remodelação – operação de alteração de uma instalação já existente, com o objectivo de o adaptar
e/ou adequar a novas solicitações e/ou exigências; caso exista substituição de equipamentos ou
materiais, deverá esta acção incorporar as respectivas operações de retirada de serviço,
desmontagem e abate (nota: operação de carácter de investimento).
Comissionamento – operação de controlo final de uma obra, realizada pela área de projecto e
construção e assegurando que foram observadas na obra as especificações técnicas na sua
concepção, construção e aquisições associadas (nota: operação de carácter de investimento).
Entrega / Recepção – operação de entrega de obra pela área de projecto e construção (com
disponibilização de todas as evidências do comissionamento efectuado) e de recepção pela área de
manutenção.

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Inspecção – operação de diagnóstico da condição dum activo técnico sem que exista actuação
sobre o mesmo, tendo como objectivo a identificação de irregularidades e/ou anomalias
(nota: operação de carácter de manutenção).
Limpeza – operação de restauração das condições de limpeza de infra-estruturas exteriores ou interiores
que possam albergar activos técnicos (nota: operação de carácter de manutenção).
Ensaio – operação de controlo da condição de um activo técnico efectuada através de medições
e/ou verificações de determinados parâmetros e confronto com os respectivos valores de referência
(nota: operação de carácter de investimento ou manutenção, conforme seja ou não realizada antes
do processo de entrega/recepção do activo).
Revisão / Beneficiação – operação intrusiva de restauração da condição de um activo técnico, não
conferindo prolongamento de vida útil nem aumento de capacidade ao activo (nota: operação de
carácter de manutenção).
Reabilitação – operação intrusiva de reabilitação completa da condição de um activo técnico,
podendo conferir ou não prolongamento de vida útil ou aumento de capacidade ao activo
(nota: operação de carácter de investimento ou manutenção, conforme confira ou não
prolongamento de vida útil ou aumento de capacidade ao activo).
Reposição Provisória da Função – operação de manutenção correctiva de primeira linha efectuada na
sequência da falha de uma função de um activo técnico, tendo em vista a restauração provisória e/ou
parcial dessa função do activo no mais breve período possível (nota: operação de carácter de
manutenção).
Restauração Definitiva da Função – operação de manutenção correctiva de primeira linha (efectuada
na sequência da falha de uma função de um activo técnico) ou de segunda linha (efectuada na
sequência de uma operação de reposição provisória da função), tendo em vista a restauração
definitiva dessa função do activo (nota: operação de carácter de manutenção).
Substituição – operação de desmontagem de um activo técnico existente e montagem em seu lugar
de um activo novo, seja programada ou seja na sequência de falha do activo técnico existente
(nota: operação de carácter de investimento).
Modificação – operação de alteração de um activo técnico por forma a adequar à regulamentação
em vigor; caso exista substituição de equipamentos ou materiais, deverá esta acção incorporar as
respectivas operações de retirada de serviço, desmontagem e abate.
(Nota 1: a modificação assumirá carácter de investimento nas situações em que exista substituição de
equipamentos ou materiais ou em que a operação de alteração do activo possa originar aumento de
vida útil ou aumento de capacidade).
(Nota 2: a modificação assumirá carácter de manutenção nas situações em que a operação de
alteração do activo não origine aumento de vida útil nem aumento de capacidade).
Modificação de Origem Interna – modificação realizada no interesse da empresa, decorrendo de
razões imputáveis à normal exploração dos activos técnicos.
Modificação de Origem Externa – modificação, cuja origem decorre de imposições regulamentares
externas à empresa ou de solicitações de terceiros aceites pela empresa.

3.6 Conceitos associados à Caracterização e Análise de Falhas

Falha Funcional – ocorrência da degradação de pelo menos uma das funções para que foi previsto um
determinado activo técnico.
Falha Oculta – estado de falha que não é detectado nem se evidencia em condições normais de
exploração, seja por existência de outro estado de falha no activo, seja por ausência de solicitação do
componente em falha.
Falha Latente – estado de falha existente, mas ainda não detectado.

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Componente Falhado – componente do activo técnico que verdadeiramente falhou.


Modo de Falha – maneira (modo) através da qual uma falha pode ocorrer.
Causa Raiz da Falha – causa detalhada que verdadeiramente esteve na origem da falha, avaliada
pelas equipas de manutenção através de diagnóstico no terreno, complementado ou não por análise
complementar em gabinete.
Efeitos da Falha – funções que não são realizadas ou que são realizadas de forma deficiente na
sequência de uma falha (nota: inclui descrição de eventos que podem ocorrer, dependendo do
contexto operacional).
Caracterização Detalhada da Falha – caracterização pormenorizada da falha, realizada no terreno
pelas equipas de manutenção, consistindo na determinação e atribuição do componente falhado, do
modo de falha, do efeito da falha e da causa raiz da falha, com recurso a entradas previamente
codificadas.
Análise Causa Raiz Profunda de Falhas – análise crítica completa de determinadas ocorrências de maior
complexidade (seja por via de avalanche de falhas ou por via de falhas de difícil detecção) e/ou de
falhas com frequência de ocorrência demasiado elevada, visando determinar a causa raiz profunda
das falhas e viabilizar o diagnóstico precoce das falhas.
Falha devida a Causas de Origem Interna – falha decorrente de causas imputáveis à exploração da
própria rede de distribuição, a condições ambientais adversas ou a situações não directamente
imputáveis a terceiros.
Falha devida a Causas de Origem Externa – falha decorrente de causas imputáveis a terceiros,
independentemente de estes serem ou não identificados.

3.7 Conceitos associados a Indicadores de Desempenho dos Activos Técnicos

Taxa Falha – quantidade de falhas ocorridas num determinado tipo de activo técnico num dado
intervalo de tempo (ex: por ano), indexada a um determinado universo desse tipo de activos técnicos
(ex: por km).
TIEPI – tempo de interrupção equivalente da potência instalada (unidade: minutos; interrupções
consideradas: superiores a 3 minutos).
TIEPI = Σ (Pi x T inst)
P total

SAIFI – frequência média de interrupções do sistema, em número de interrupções por ponto de entrega
(interrupções consideradas: superiores a 3 minutos).
SAIFI = Σ Interrupções nos Pontos de Entrega
Nº Total de Pontos Entrega

SAIDI – duração média das interrupções do sistema nos pontos de entrega (unidade: minutos;
interrupções consideradas: superiores a 3 minutos).
SAIDI = Σ Duração das Interrupções nos Pontos Entrega
Nº Total Pontos Entrega

MAIFI – frequência média das interrupções breves do sistema nos pontos de entrega (interrupções
consideradas: inferiores ou iguais a 3 minutos).
MAIFI = Σ Int. Breves nos Pontos Entrega
Nº total de Pontos Entrega

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3.8 Conceitos associados à Gestão de Reservas

Política dos “3 R” – “reduzir” existências de reserva em parque, “reutilizar” com qualidade os activos
técnicos retirados da rede, “reciclar” os activos retirados da rede não utilizáveis.
Activo sob Reserva Estratégica – material ou equipamento que, não sendo de uso corrente e ainda que
possa não cumprir os actuais requisitos DMA, passou nos ensaios de conformidade e que se considera
fundamental que possa existir a fim de suprir necessidades de continuidade e/ou garantia de qualidade
de serviço (nota: os materiais e equipamentos seleccionados como reserva estratégica não são,
independentemente da sua localização, susceptíveis de cedência para aplicação em novas
instalações).
Activo Reutilizável – material ou equipamento que cumpre os actuais requisitos DMA e cuja avaliação
da condição técnica (com base nos ensaios de conformidade) indicie um período de vida útil restante
favorável.
Activo Obsoleto – material ou equipamento que não cumpre os actuais requisitos DMA e cujo período
de funcionamento já excedeu o período de vida definido pelo fabricante.
Activo Disponível – material ou equipamento não integrante da reserva estratégica e não obsoleto, mas
que possua uma condição técnica adequada (com base nos ensaios de conformidade), que possua
um valor económico relevante (quando comparado com os custos de logística associados ao seu
armazenamento).

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