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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO – UFERSA


CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Trabalho de Conclusão de Curso (2019.1).

PROPOSTAS PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S EM UMA


PRESTADORA DE SERVIÇOS DE LIMPEZA
Nara Shaulla Ferreira de Araújo1, Blake Charles Diniz Marques2

Resumo: O programa 5S é uma ferramenta da qualidade de conceitos simples, porém responsável por gerar
grandes e importantes mudanças em uma organização. O 5S refere-se às iniciais das palavras japonesas, que
representam os sensos de Seleção (SEIRI), Ordenação (SEITON), limpeza (SEISO), padronização (SEIKETSU)
e disciplina (SHITSUKE). Diante disso, o presente artigo se detém em dispor propostas para aplicação do
programa 5S em uma prestadora de serviços de limpeza, situada na cidade de Areia Branca, Rio Grande do
Norte. Através de visitas periódicas e constantes a empresa, pode-se constatar que os problemas estavam
associados à má organização, limpeza e padronização do ambiente e procedimentos administrativos. Como
forma de buscar resoluções para os problemas encontrados, sugere-se propostas para a implantação do 5S que
foram elaboradas e divididas em três etapas, direcionando a aplicação dos sensos aos problemas. A ferramenta
pode promover melhorias significativas na rotina da empresa, porém o maior desafio é quanto à
imprevisibilidade da prestadora em adotar ou não as propostas lançadas a fim de implantar efetivamente o
programa.

Palavras-chave: Ferramenta da qualidade; aculturamento; padronização.

1.INTRODUÇÃO
Como forma de buscar melhorias na prestação de serviços, é importante montar estratégias para que a
satisfação do cliente seja sempre a meta primária para o sucesso de uma empresa, que oferece seus serviços
como forma de produto. Para Paladini (2010), no ambiente de prestação de serviços, a Gestão da qualidade é
centrada fundamentalmente na interação com o usuário, sendo nesse processo interativo que a qualidade aparece.
O programa 5S é uma ferramenta capaz de produzir grandes mudanças e melhorias em uma organização.
Este programa trata-se de Cinco Sensos, que recebe esse nome devido às iniciais das palavras escritas em
japonês que são: SEIRI (Seleção), SEITON (Ordenação), SEISO (Limpeza), SEIKETSU (Padronização) e
SHITSUKE (Disciplina).
A aplicação dessa ferramenta pode ser considerada para alguns como simples, porém os cinco sensos
apresentam uma certa complexidade por tratar de mudanças comportamentais que devem ser trabalhadas
individualmente, para que assim as melhorias possam ser eficientes no coletivismo de uma organização. Mudar
comportamentos e antigos hábitos de uma pessoa exige interação e comprometimento de todos para que os
objetivos propostos sejam alcançados, além do mais, o programa 5S é uma ferramenta da qualidade aplicada

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como forma inicial na mudança da rotina de uma empresa, para que outras melhorias sejam buscadas
continuamente. [2]
A ferramenta da qualidade 5S foi escolhida com o propósito de estabelecer inicialmente um novo
aculturamento aos colaboradores da empresa, almejando a solução para os problemas encontrados e propiciar o
alcance de melhorias significativas quanto à praticidade na execução das funções laborais e permitir maior bem-
estar e produtividade.
O presente trabalho trata-se de um estudo de caso com o objetivo de propor a implantação do programa 5S na
busca dessas melhorias, em uma prestadora de serviços de limpeza, localizada na cidade de Areia Branca, Rio
Grande do Norte.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Importância econômica do setor de serviços
Nas últimas décadas, o setor de serviços vem apresentando uma participação ascendente na economia. Como
conseqüência desta evolução, a participação do setor demonstra um crescimento significativo no PIB mundial.
Quando comparado a outros setores da economia é evidente as suas elevadas taxas de crescimento quando se
trata da geração de empregos. [3]
No Brasil, segundo dados da agência de notícias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,
2018), o setor de serviços já representa cerca de 75,8% do PIB nacional, se tornando o setor que mais contribuiu
para o avanço da economia.[4]

2.2 História e os benefícios que podem ser obtidos através dos Cinco Sensos
O Surgimento do programa 5S se deu após a segunda guerra mundial na década de 1950 a fim de estruturar
de forma organizada o Japão, que passava por uma crise chamada de crise da competitividade. [5]
Criado pelo professor Kaoro Ishikawa, os cinco sensos fazem referência as iniciais das palavras japonesas
Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu, Shitsuke que significam seleção, ordenação, limpeza, padronização e disciplina
respectivamente.
A ferramenta pode funcionar de forma positiva na efetivação de melhorias continuas dentro de uma empresa,
de modo a influenciar em todo o ambiente da organização, mudança que converte atitudes, engajamento e
comprometimento em uma empresa de qualidade para os seus clientes e para os seus próprios funcionários.
“O 5S promove o aculturamento das pessoas a um ambiente de economia, organização, limpeza, higiene e
disciplina, fatores fundamentais à elevada produtividade”. (CAMPOS, 2004)

2.2.1 Seiri (Seleção)


Este Senso representa o conceito e aplicação da utilização, selecionando o que tem utilidade e dando um
devido fim ao que não é útil, para que se tenha um ambiente sem excessos, mantendo apenas o que realmente
tenha funcionalidade. [7]
Nesta etapa, após haver a seleção dos materiais, é proposto que os mesmos sejam identificados e
classificados conforme a sua aplicação, dispostos em locais adequados e de fácil acesso, gerando praticidade e

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aumentando a vida útil destes materiais. Esse senso deve ser aplicado em todos os âmbitos do ambiente:
Armários, gavetas, mesas e demais espaços.

2.2.2 Seiton (Ordenação)


O Senso Seiton, significa arrumação e ordenação, referindo à disposição dos materiais em locais apropriados
que facilite o contato visual e o uso prático dos mesmos na rotina de uma organização (SILVA, 2004). Arrumar e
ordenar os objetos e produtos que são utilizados continuamente é uma maneira de tornar os espaços mais
harmônicos e livres de obstáculos, a fim de que a desorganização não motive desconfortos e estresses para as
pessoas e entre elas, dentro do ambiente as quais estão inseridas.
Ambientes ordenados disponibilizam uma maior funcionalidade no fluxo de pessoas e carregamentos de
materiais dentro do espaço físico, evita desgaste material e humano, facilita a resolução de medidas imprevistas e
economiza tempo.

2.2.3 Seiso (Limpeza)


Este Senso representa a manutenção de um espaço livre de sujeira e inapropriado para a saúde humana, sendo
assim é imprescindível que a limpeza do espaço seja inserida de forma periódica em uma organização, e que essa
seja uma atitude não apenas de funcionários contratados para tal feito, mas que faça parte de um trabalho
coletivo, de modo a serem práticas de responsabilidade também de toda e qualquer pessoa que utiliza-se do
espaço. Para Costa e Rosa (2002) manter o seu local de trabalho sempre limpo é entender o compromisso com a
limpeza. Esse Senso inspira zelo e tem como objetivo tornar o ambiente físico agradável para o desenvolvimento
das atividades.

2.2.4 Seiketsu (Padronização)


O quarto senso consiste no conceito de padronização, onde através da manutenção dos sensos de seleção
(Seiri), ordenação (Seiton) e limpeza (Seiso) é possível promover melhorias significativas de saúde e higiene de
modo a torná-las padrão em uma organização.
Os devidos cuidados com o espaço em que se convive constantemente oferecem maior desempenho e
limpo
equilíbrio ás pessoas submetidas ao mesmo, de tal forma que um ambiente e agradável, instaura uma
sensação de bem-estar coletivo tendendo a influenciar também individualmente a busca por cuidados com a
saúde física e mental.
A padronização dos processos está intrinsecamente ligada à forma de documentá-la formalmente. Essa
forma, refere-se à determinação de um fluxo de trabalho com informações textuais ou gráficas, que facilitam as
relações entre as atividades, pessoal, informações e objetivos (UNGAN, 2006).

2.2.5 Shitsuke (Disciplina)


Nessa etapa é trabalhado o senso de autodisciplina, sendo importante torná-la como um hábito para que seja
garantido o cumprimento de todos os demais sensos. Esta etapa, segundo Ribeiro (1994), significa que o
processo está consolidado, embora não definitivamente terminado.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Metodologia de estudo
O presente artigo refere-se a um estudo de caso descritivo. Segundo Perovano (2014) o estudo descritivo
trata-se de estudo onde é realizado um levantamento de dados para que seja feita uma análise das relações entre
as variáveis, possibilitando a futura determinação de resultados em uma empresa, sistema de produção ou
produto. Este decorreu através da análise realizada por meio de visitas a uma prestadora de serviços de limpeza,
localizada na cidade de Areia Branca, Rio Grande do Norte. Através dessas visitas, constataram-se problemas
relacionados à estocagem dos materiais de limpeza e higiene; falta de controle de entrada e saída dos materiais;
alocação inadequada das mobílias; ausência de equipamentos como computador e impressora; ineficiência na
programação da execução dos serviços de limpeza; excesso de papéis, embalagens e caixas vazias; arquivamento
inapropriado para a documentação dos funcionários e a falta de padronização para os processos administrativos e
operacionais.
A identificação dos problemas verificados pela autora foi feita através de visitas a empresa onde observou-se
visualmente e por meio de conversas informais com os funcionários durante o acompanhamento da rotina da
empresa.
Diante disso, foram sugeridas propostas para a implantação do programa 5S constituídas em três etapas
(Figura 1), onde na primeira etapa poderia ser aplicados aos problemas, os três primeiros sensos de utilização,
ordenação e limpeza; na etapa dois, deverá ser determinada a padronização dos processos e ambiente e a terceira
etapa trata-se de como poderia ser realizada a manutenção e controle do programa 5S para a eficiência de sua
aplicabilidade.

Figura 1. Etapas propostas para aplicação do 5S. (Autoria Própria, 2019)

3.2. Avaliação do local


O espaço físico cedido à prestadora de serviço aloca a sala da encarregada da equipe de limpeza onde a
mesma o utiliza para proceder com os assuntos administrativos e de gestão, assim também como aloca o estoque

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dos materiais fornecidos para a execução dos serviços no mesmo ambiente, sem que haja delimitações que
poderiam torná-lo em um setor mais prático e controlável.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Inadequações do espaço físico e disposição de materiais
A sala da encarregada da empresa é instalada no mesmo local onde ficam armazenados os materiais de
limpeza e higiene conforme mostra a figura 2, sendo tratados ali os assuntos de cunho administrativos e
funcionais da empresa.
O setor não apresenta divisórias que possam limitar de forma ágil as atividades administrativas e
operacionais através da entrada e saída de materiais, de modo que torna ineficiente o fluxo tanto para o
fornecimento dos produtos utilizados pelos funcionários da limpeza diariamente, como para um controle efetivo
das demais atribuições realizadas pela encarregada quanto aos assuntos administrativos.
Os documentos referentes às fichas com dados cadastrais dos funcionários, currículos recebidos, folhas de
ponto dos funcionários, lista de controle de EPI’s, e demais documentos são dispostos em gavetas ou em cima
das duas mesas da sala, não havendo uma ordenação para arquivá-los devidamente.
A empresa também não possui equipamentos que forneçam maior praticidade e melhor comunicação entre a
encarregada e seus superiores, pois qualquer solicitação e envio de documentos, são feitos a punho ou por meio
de emails via aparelho celular de uso pessoal da encarregada.

Figura 2. Setor Administrativo e de estoque de materiais. (Autoria Própria, 2019)

Constatou-se a inadequação na estocagem dos materiais de limpeza e higiene, que são dispostos de maneira
aleatória em contato direto com o chão conforme mostra figura 3a, sem que estes sejam identificados e separados

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conforme a sua classe, assim também são para os fardamentos e EPI’s, que são guardados em um gaveteiro
juntamente com alguns papéis aparentemente sem utilidade.
De acordo com relatos da encarregada e de alguns funcionários, a forma a qual os materiais ficam
armazenados já gerou alguns desperdícios, como derramamento de produtos de limpeza e conseqüente perda em
produtos de higiene como papeis higiênico e papel toalha que se encontrava próximo aos produtos evacuados
acidentalmente.
O excesso de caixas e embalagens de produtos vazios já utilizados foram também detectados como a
necessidade de propor mudanças e melhorias visuais ao ambiente, de modo a torná-lo mais acessível e salubre
para as pessoas que faz uso diário do espaço (figura 3b).

Figuras 3a e 3b. Estocagem dos materiais e excesso de caixas e produtos vazios. (Autoria Própria, 2019)

4.2 Falta de Padronização dos processos


A falta de padronização dos processos também foi um ponto imprescindível para entender a ineficiência na
funcionalidade da empresa, tanto no arranjo físico do ambiente quanto aos assuntos administrativos como
controle de entrada e saída de materiais, solicitação de pedido para estoque e organização de um cronograma
efetivo, para a realização da limpeza dos ambientes da empresa contratante, visto que não havia uma organização
para a realização de tais atribuições.
A partir da vivência constante por meio de visitas a empresa, foi possível formular as reais necessidades da
prestadora de serviço, de modo a sugerir a aplicação do programa 5s, dividindo as propostas que poderão ser
aplicadas em três etapas de acordo com cada senso da ferramenta.

4.3 Propostas para a implantação do 5S


4.3.1- Primeira Etapa
Esta etapa consiste em aplicar os sensos de seleção (SEIRI), ordenação (SEITON) e limpeza (SEISO), de
modo a promover uma seleção para apenas o que for útil e dando um devido fim a tudo que não é necessário;
ordenar e identificar os materiais em estoque, bem como todos os documentos com os devidos fins e prioridades;

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sugerir a compra de equipamentos básicos de escritório para a funcionalidade produtiva quanto aos assuntos
administrativos, como computador, impressora e ar-condicionado; e eliminar excessos de papeis, caixas e
embalagens vazias, estimulando a importância do senso de limpeza em cada âmbito do ambiente de trabalho.
4.3.2- Segunda Etapa
A segunda etapa trata-se de sugerir alguns modelos para padronizar o ambiente e a realização dos processos
administrativos, aplicando o senso de padronização (SEIKETSU).
Para a padronização do ambiente foi proposto um novo layout (Figura5) melhorando o rearranjo do espaço
físico de locação da sala da encarregada e o estoque de materiais, dispondo adequadamente a mobília,
equipamentos e arquivos para documentos, e a estocagem dos materiais de limpeza e higiene, fardamentos e
EPI’s.
Com o intuito de dispor adequadamente os materiais, inseriu no novo layout, paletes para o estoque dos
fardos de papéis e prateleiras para os materiais de limpeza, que deverão estar devidamente identificados por
classes de produtos conforme sua utilidade.
O layout sugere ainda armários apropriados para que os fardamentos e EPI’s sejam dispostos de forma mais
organizada e ordenada. Além das mudanças sugeridas, estão também as relacionadas ao arquivamento de
documentos, que poderá ser feito nos gaveteiros já existentes no setor, porém de forma exclusiva e separados por
títulos e prioridades em pastas por ordem alfabética.
Foi proposta uma divisória ao espaço físico limitando o setor de maneira mais prática e o fluxo de pessoas
para uma melhor logística e controle de entrada e saída materiais, que deverão ser requisitados no balcão de
atendimento. A mesa da encarregada ganharia computador e impressora para a concepção de documentos,
planilhas, copias e digitalização de documentos e comunicação ágil entre a mesma, seus funcionários e
superiores.

Figura 4. Layout para novo rearranjo do espaço físico. (Autoria Própria, 2019)
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Para a padronização da entrada e saída de materiais em estoque, a proposta é estabelecer um controle através
de planilhas eletrônicas como mostra a Figura 5. O controle de estoque viabilizaria uma forma melhor e prática
de acompanhar a quantidade de cada material presente em estoque e apontar agilmente a necessidade de
reposição sempre que preciso, para a realização de um novo pedido de estoque.

Figura 5. Planilha para controle de estoque. (Autoria Própria, 2019)

Por não haver um modelo de acompanhamento para a solicitação do pedido de estoque, sugeriu a elaboração
de um modelo padrão através de um esquema como mostra a figura 6, determinando todas as etapas do processo
até a entrada dos materiais em estoque. Essa padronização permite a identificação descomplicada do fluxo
remetido ao pedido de materiais.

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Figura 6. Esquema para pedido de estoque (Autoria Própria, 2019)

Visto que não existe uma ordenação para a execução da prestação dos serviços de limpeza, que são realizados
sem qualquer determinação devida ou divisão quanto a período e cumprimento dos serviços destinados aos locais
foi proposto à elaboração de um cronograma para os funcionários da limpeza conforme mostra na tabela 1, a fim
de facilitar a execução dos serviços aplicados a todos os âmbitos da empresa contratante, possibilitar uma
fiscalização mais eficiente realizada pela encarregada quanto ao cumprimento dessas atribuições, sobretudo de
controlar a quantidade de material utilizado na execução das funções, como forma de acompanhar a destinação
adequada e as saídas do estoque.

Tabela 1- Cronograma para execução de serviços da limpeza. (Autoria Própria, 2019)

4.3.3- Terceira Etapa


A terceira e última etapa proposta, é relacionada ao senso de disciplina (SHITSUKE) onde será proposto um
Check list (Figura 7) direcionado aos problemas identificados, com o propósito de acompanhar a resolução dos
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mesmos e eficiência da aplicação da ferramenta.


O Check list deverá ser realizado mensalmente por um auditor devidamente capacitado para verificar a
eficiência do 5S quanto ao cumprimento das propostas deliberadas por meio do presente estudo de caso, podendo
também ser agregado ao check list a geração de gráfico que mostre o desempenho da efetuação da ferramenta e a
formulação de relatórios com feedbacks para continuar com o processo de melhorias.

Figura 7. Check List de auditoria 5S. (Autoria Própria, 2019)

A partir dos resultados obtidos com o check list, é possível identificar as áreas com menores
pontuações, permitindo implementar novas propostas e intensificar as mudanças onde estas se apresentarem
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com deficiências.
4.4 Melhorias obtidas com a implantação do 5s
Objetivando a viabilização para uma futura implantação do programa 5S, é importante informar a todos os
componentes os benefícios promovidos á empresa quando os sensos são de fato cumpridos com responsabilidade
e comprometimento. São vastas as vantagens que o 5S é capaz de propiciar na vida social de uma organização,
algumas dessas vantagens segundo Ribeiro (2015) são também motivações para a prática dos sensos no dia-a-dia
da empresa como:
 Evitar Retrabalhos;
 Economia de tempo;
 Oportunidade para demonstrar potencial e comprometimento;
 Diminuição de estresse;
 Eficiência no cumprimento de prazos;
 Melhorias das condições de trabalho e qualidade de vida.

4.5 Dificuldades encontradas para a formulação do estudo de caso


Por não haver padronização nos processos administrativos executados na rotina da prestadora de serviço, que
pode ser acrescida pela falta de equipamentos adequados para a formulação de controle e registros documentais,
verificou-se que a empresa carece de um melhor acompanhamento de profissionais especializados, que instruam
os funcionários a estabelecer formas de aumentar a eficiência na produtividade dos serviços prestados. Essa
carência, também afetou a obtenção de dados palpáveis para a pesquisa, motivando um comprometimento maior
da autora que precisou acompanhar de forma vivenciada e constante a rotina da empresa, para um entendimento
satisfatório na aplicação do presente estudo.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no estudo de caso, foi possível verificar que com a implantação do programa 5S a empresa poderia
alcançar melhorias importantes para um funcionamento satisfatório com elevação na produtividade. Foi
observado durante todo o processo de pesquisa, o interesse dos funcionários em colaborar com as propostas, de
modo compreendido por eles que a implantação dos cinco sensos se tornaria um caminho positivo na promoção
de benefícios que os elevariam a melhores condições de trabalho e de vida. Notou-se ainda que a primeira etapa
seria mais facilmente trabalhada quanto a aplicação da ferramenta por se tratar de mudanças comportamentais,
mas que devido as propostas para as etapas dois e três conterem alguns investimentos financeiros necessários, se
apresentou como o maior desafio constatado de modo a tornar a implantação da ferramenta imprevisível. Para
que a implantação não seja inviabilizada por esses motivos, sugere que seja feita uma parceria com a contratante
solicitando equipamentos, paletes e prateleiras não mais utilizadas por meio de empréstimos ou de negociações
entre as partes. Quanto a auditoria pode-se treinar a própria encarregada ou algum outro funcionário para a
formulação e verificação do check list.
Dado o exposto, caso o programa seja de fato implantado e consolidado na prestadora de serviços, seria
interessante propor a aplicação de outras ferramentas da qualidade para que a organização possa sempre

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melhorar continuamente.
6. REFERÊNCIAS
[1] PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade:Teoria e Prática-2.ed.-10 reimpr.-São Paulo: Atlas, 2010
[2] GODOY, Leoni Pentiado; BELINAZO, Denadeti Parcianello; PEDRAZZI, Fernanda Kieling. Gestão da
qualidade total e as contribuições do programa 5S’s. XXI ENEGEP, 2001. Disponível
em:<https://www.researchgate.net/profile/Denadeti_Belinazo>. Acesso em: 29 Julho 2019.
[3] CARVALHO, Marly Monteiro. Gestão da qualidade: Teoria e Casos – 2. ed.-Rio de Janeiro:
Elsevier:ABEPRO, 2012.
[4] NETO, João. PIB cresce 1,1% pelo segundo ano seguido e fecha 2018 em R$ 6,8 trilhões. Disponível em: </
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/>. Acesso em: 7 agosto 2019.
[5] REBELLO, Maria Alice de França Rangel. Implantação do Programa 5S para a conquista de um ambiente de
qualidade na biblioteca do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. RDBCI: Revista Digital de
Biblioteconomia e Ciência da Informação, v. 3, n. 2, p. 165-182, 2005. Disponível em:
<https://doi.org/10.20396/rdbci.v3i1.2059>. Acesso em: 12 Julho 2019.
[6] CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. Nova Lima:INDG Tecnologia
e Serviços Ltda., 2004.
[7] SILVA, Michel Carvalho Da. Programa 5S-Qualidade Total. Fundação Educacional do Município de Assis-
Fema: Assis, 2011. Disponível em: < https://cepein.femanet.com.br/>.Acesso em: 2 agosto 2019.
[8] FREITAS, Aline Spricigo de. Implantação do programa 5S em uma empresa de motores ferroviários no
município de Siderópolis/SC. 2015. Disponível em:
<http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/mostraucsppga/xvmostrappga/paper/viewFile/4154/1365>.
Acesso em: 14 agosto 2019.
[9] TEIXEIRA, Priscila Carmem et al. Padronização e melhoria de processos produtivos em empresas de
panificação: estudo de múltiplos casos. Production, v. 24, n. 2, p. 311-321, 2014.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65132014000200006&script=sci_arttext>.Acesso
em: 14 agosto de 2019.
[10] NUNES, CECB; ALVES, Itallo Bruno Santos. Implantação do programa 5s no departamento pessoal de
uma empresa de segurança privada (estudo de caso). Encontro Nacional de Engenharia de Produção, v. 28, 2008.
Disponível em: <http://www.abepro.org.br/>. Acesso em 22 Junho 2019.
[11] PÓS-GRADUANDO. As diferenças entre pesquisa descritiva, exploratória e explicativa. Disponível
em: <https://posgraduando.com/diferencas-pesquisa-descritiva-exploratoria-explicativa/>. Acesso em: 14 Agosto
2019.
[12] RIBEIRO, Haroldo. 5S – Os 5 passos para uma implantação de sucesso. São Caetano do Sul: PDCA
Editora, 2015.

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