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A conquista do novo mundo - A conquista da América pelos espanhóis iniciou-se no final do século XV, a partir da Segunda

viagem de Colombo, a princípio sem obedecer a uma planificação, mas com objetivos gerais definidos. A riqueza acumulada pelas
cidades italianas e o progresso do expansionismo português acabaram por estimular a expansão espanhola, no sentido de obter
riquezas, a princípio com o comércio de especiarias.
A base inicial da conquista foi a Ilha de La Hispaniola (atual São Domingos), posteriormente substituída por Cuba. Dessas
ilhas partiram as expedições para as demais e principalmente para o continente.
No continente as principais ocupações foram sobre a região do Panamá e do México, de onde partiriam novas expedições.
A conquista do México foi liderada por Hernan Cortez, que em 1519 foi designado para comandar uma expedição à região.
Durante os 15 anos anteriores Cortez viveu nas Antilhas, onde obteve terras, riqueza e prestígio. As primeiras conquistas ocorreram na
região litorânea: San Juan de Ulua, fundaram Vera Cruz, e conquistaram Zempoala, O Primeiro contato foi marcado pela "diplomacia"
que, no entanto não durou muito tempo. Os Astecas, acreditavam (de acordo com mitos antigos) no regresso de Quetzalcoatl e que os
conquistadores Espanhóis eram enviados dos deuses oferecendo pouca resistência a seus avanços e como tal merecedores tratamento
diplomático, porém após uma importante batalha, os espanhóis foram obrigados a bater em retirada regressando oito meses depois.
Por esta altura a varíola, trazida pelos Espanhóis, havia dizimado a população Asteca, reduzindo drasticamente a sua capacidade de
combate, a capital Tenochtitlan foi sitiada, levando à derrota total dos Astecas em 1521. Contrariamente ao que se pensa, a Espanha
não conquistou a totalidade do México neste ano, passariam ainda dois séculos antes que tal sucedesse, havendo durante esse período
rebeliões, ataques e guerras continuadas por parte de outros povos nativos contra os Espanhóis.
No ano 1532, o império incaico do Tahuantisuyo como era conhecida, sucumbiu ante a conquista espanhola que levou a cabo
Francisco Pizarro. O conquistador encontrou o Império debilitado por uma guerra civil iniciada em 1529 entre Huáscar e Atahualpa,
dois irmãos pretendentes ao domínio imperial. Em novembro de 1532 Pizarro capturou a Atahualpa, e em julho de 1533 o mandou
executar acusado de ter encarregado a morte de seu irmão Huáscar.
A dominação espanhola levou consigo a evangelização católica e a difusão da língua castelhana. Por Real Cédula de 12 de
maio de 1551, foi criada a Universidade Maior de São Marcos, considerada a mais antiga da América.
Os exploradores espanhóis, recebiam o direito de construir fortalezas, fundar cidades, evangelizar os índios e deter os poderes
jurídico e militar, sob a condição de garantir à Coroa o quimo de todo o ouro e prata produzidos e a propriedade do subsolo. A partir
do século XVI, com a descoberta de minas de ouro no México e de prata no Peru, organizaram-se os núcleos mineradores, passando a
recrutar trabalhadores indígenas. Para adequar o trabalho ameríndio, foram criadas duas instituições: a encomienda (trabalho
obrigatório, não remunerado, em que os índios eram confiados a um espanhol, o encomendero, que se comprometia a cristianizá-los.
Na prática, esse sistema permitia aos espanhóis escravizarem os nativos, principalmente para a exploração das minas)e a mita
(trabalho obrigatório, durante um determinado tempo, a índios escolhidos por sorteio. Estes recebiam um salário muito baixo e
acabavam comprometidos por dívidas. Além disso, poderiam ser deslocados para longe de seu lugar de origem, segundo os interesses
dos conquistadores).
A escravização indígena, garantiu aos espanhóis o suprimento de mão-de-obra para a mineração, porém trouxe para as
populações nativas desastrosas conseqüências. De um lado, a desagregação de suas comunidades, pelo abandono das culturas de
subsistência. Do outro, o não-cumprimento das determinações legais que regulamentavam o trabalho das minas provocou uma
mortalidade em massa, pelo excesso de horas de trabalho e pelas condições a que estavam expostos. (...) Os índios das Américas
somavam entre 70 e 90 milhões de pessoas, quando os conquistadores estrangeiros apareceram no horizonte; um século e meio depois
tinham-se reduzido, no total, a apenas 3,5 milhões.

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