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Estudo Termográfico de lesões em

saxofonistas

Dr. Severino Tadeu de Menezes Lima


Pós graduando em Termografia médica

LEITE, Hugo Miguel Vieira Pinto. Estudo termográfico de instrumentistas de


sopro: contributo para a prevenção de problemas músculo-esqueléticos no
saxofone. 2012. PhD Thesis.
Introdução
• Todos os instrumentistas se deparam com problemas
musculo-esqueléticos (tendinites, epicondilites, entre
outras) fator que influencia a sua performance;
• Nesta investigação, procurou-se reconhecer os
problemas físicos que afetam os praticantes de saxofone.
• Identificar a razão para a evolução desses problemas, a
relação com o tempo de estudo e com a postura durante
o mesmo;
• O uso de correias adequadas a cada pessoa e a cada
instrumento na influência dos mesmos problemas. Bem
como o contributo de um aquecimento adequado.
O saxofone
• O saxofone é um instrumento de sopro,
também conhecido simplesmente como
“sax”, foi inventado em 1840 pelo belga
Adolphe Sax, um respeitado fabricante de
instrumentos, que viveu na França no
século XIX. Possui uma palheta simples,
elaborada com uma cana (bambu) especial
que produz um timbre que o caracteriza
como um instrumento da família das
Madeiras.
Durante o estudo do saxofone é exigida ao praticante longas
horas de estudo, o que pode acarretar graves problemas
musculo-esqueléticos.
MEMBROS
MAIS
AFETADOS

Mãos e Cervical e
pulsos trapézio

Problemas
Tendinites no túnel do Raquialgias
carpo
LEITE, 2012.

• Este estudo de caso a 11 sujeitos de investigação oriundos


do Ensino superior de música (saxofonistas atualmente
estudantes da ESMAE;

• A metodologia adotada foi a utilização da câmara


termográfica Flir® A 325, através da captação de imagens
em descanso e em performance, sendo depois analisados
os resultados relativos à atividade muscular dos 2 braços e
do pescoço (incluindo trapézio).
Objetivo do Estudo
• O que motivou a realização deste estudo foram as
queixas sofridas pelos participantes e o fato de existir
muito pouca pesquisa sobre problemas músculo-
esqueléticos a nível de saxofonistas. À semelhança de
todos os instrumentistas, principalmente de sopro, as
queixas são idênticas, a nível músculo-esqueléticas;

• O saxofonista vê o seu problema agravado pelo uso da


correia, que exerce grande pressão na zona da cervical,
bem como a execução de movimentos repetitivos, e
grande parte do período adotam uma postura incorreta,
quer seja na posição sentada ou de pé.
Procedimento e instrumentos de medida

2 do sexo
11 Entre 18 e
feminino e 9
saxofonistas os 32 anos
masculino

•A captação de imagens termográficas aos alunos


participantes na pesquisa ocorreu em duas etapas: antes
e após a performance;

• Depois de serem obtidas as primeiras imagens os


referidos alunos efetuaram uma pequena performance
durante quinze minutos. No final da performance foram
recolhidas as segundas imagens termográficas.
Resultados

A análise dos resultados obtidos aos 11 elementos participantes da


pesquisa, mostrou que os problemas musculoesqueléticos afetam a
performance.
Conclusão
• Concluiu-se que os problemas músculo-esqueléticos
podem ser minimizados se o instrumentista tiver uma
consciencialização da sua postura antes de começar a
tocar, bem como a prática de exercícios de aquecimento
antes do estudo e de exercícios de alongamento no final
do mesmo.
Estudo de caso
• J.A.F., 48 anos, estuda e trabalha com música desde os 8
anos de idade. É integrante da orquestra filarmônica de
Serra Talhada, toca ainda em orquestras e bandas.
• A metodologia adotada foi a utilização da câmara
termográfica Flir® T 530, através da captação de imagens
em descanso, em performance por 20 minutos e após
tocar, sendo depois analisados os resultados relativos à
atividade musculo-esquelética.
Antes da performance
Após a performance
Antes da performance
Após a performance
Antes da performance
Após a performance
Perfil esquerdo antes da performance
Perfil direito antes da performance
Perfil esquerdo depois da performance
Perfil direito depois da performance
BTT antes da performance
BTT após a performance
Pós performance
Antes da performance
Após a performance
Antes Depois

Evidenciamos hiperradiação nos músculos esternocleidomastoideo, trapézio e


hiporradiação dos dedos, que podem estar presentes na síndrome do túnel do
carpo, além do aumento da temperatura no BTT frontal.

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