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Introdução aos Custos (Gestão, Contabilidade e Controle)
Revisão Textual:
Prof. Me. Natalia Conti
Introdução aos Custos
(Gestão, Contabilidade e Controle)
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Introdução aos Custos (Gestão, Contabilidade e Controle)
Contextualização
Em um contexto tão globalizado, são cada dia mais notórias as características de
custos em nosso dia a dia, quer pessoais, quer corporativas. Existem inúmeros desafios
que o atual gestor deve conhecer para ter pleno conhecimento dos custos e da gestão
de custos. A todo tempo, as companhias se dedicam à redução de custos, se esforçando
para cortá-los e também os gastos e maximizar os resultados. Certamente que a correta
e precisa gestão e contabilização de custos por parte do gestor de finanças é a chave
para o sucesso empresarial e a busca da diferenciação corporativa.
Por fim, trabalharemos com a avaliação de estoque (PEPS, UEPS e MPM), seus
apectos e funcionalidades. Devemos sempre lembrar que o papel da contabilidade no
dia a dia do registro das alterações ocorridas no patrimônio de uma entidade, no que
certamente inclui a apuração do lucro e suas principais subtrações, e o registro dos cus-
tos de operação de um negócio são essenciais e talvez primordiais para a obtenção das
metas e objetivos da firma, ou seja, resultados e lucros crescentes ao longo dos períodos.
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Introdução à Gestão e
Contabilidade de Custos
Em muitas ocasiões, quando nos deparamos com o conceito de custos, logo surge
em nossa mente perguntas com a seguinte temática: Quanto custou? Qual o preço de
venda? Qual foi a margem de lucro que o produto teve? Mas ao perguntar a um leigo
nos assuntos relacionados a custos qual o preço de uma Coca-Cola, por exemplo, ele
responderá com toda certeza que esse refrigerante custa R$ 5,00, sendo que neste caso,
o custo tem a conotação de preço de venda. Quando abordamos os conceitos de custos
sob a ótica do empresariado, temos uma visão totalmente diferente que a apresentada
acima. Devemos ter em mente que existem diversas interpretações sobre aplicações e
ferramentas que regem os custos à gestão ordenada no negócio. Para Beulke (2012),
os custos tem papel fundamental no controle das empresas, podendo assumir várias
dimensões, como: controle e planejamento de materiais, controle do processo e a admi-
nistração do ciclo operacional da empresa. O foco correto que o empresariado deve ter
com relação aos custos é o amplo conceito de custos que engloba a gestão dos custos
contábeis, dos custos de oportunidade, dos custos financeiros e dos demais custos ple-
nos ou integrais da empresa.
(+) Compras
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Introdução aos Custos (Gestão, Contabilidade e Controle)
Muitas vezes os produtos eram produzidos por pessoas que sequer tinham qualquer
conceito sobre custos e/ou gestão de custos. As empresas eram essencialmente comer-
ciais, sendo que os comerciantes compravam o produto por determinado preço e preci-
savam somente inserir uma margem de ganho, sendo que o valor original da aquisição
estava em seus registros financeiros históricos.
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Este processo evolutivo em custos possibilitou resolver os problemas mais complexos
sobre custos e valorização dos estoques, bem como as operações realizadas pela empre-
sa, com o foco na concepção da informação direcionado a 3 nichos de atuação:
1. proceder à apuração detalhada dos resultados;
2. auxiliar o controle dos gastos;
3. subsidiar as tomadas de decisão.
• reduzir custos;
Conhecer os custos da empresa é importante por várias razões. Entre elas, podem
ser citadas as tomadas de decisão adequadas para enfrentar a concorrência e o conheci-
mento do lucro (ou prejuízo) resultante das operações da empresa.
A contabilidade tem por objetivo: “controlar o patrimônio das empresas e apurar a variação
do patrimônio”. (VICECONTI, 2013).
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Introdução aos Custos (Gestão, Contabilidade e Controle)
Estas demonstrações contábeis devem ser elaboradas com base nos princípios con-
tábeis geralmente aceitos, para fins de padronização e uso na análise comparativa com
outras empresas ou com o desempenho histórico ou projeções futuras para a empresa.
Após toda esta abordagem fica nítido o quanto a avaliação de estoque é fundamen-
tal. É fácil perceber que a avaliação dos estoques desempenha um papel fundamental
na apuração do resultado da empresa comercial, uma vez que influencia o valor do lu-
cro bruto diretamente e a apuração do resultado do exercício, indiretamente. Podemos
afirmar que, cœteris paribus: quanto menor o estoque inicial de mercadorias, maior o
lucro bruto; b) quanto maior o estoque final de mercadorias, maior o lucro bruto. Estas
relações ficam facilmente compreendidas utilizando-se as seguintes fórmulas:
As empresas devem realizar contagens regulares em seus estoques, pois são itens
de alta relevância financeira, em muitas ocasiões a primeira prévia do lucro (antes do
Imposto de Renda), que depende apenas da avaliação do estoque final para certificar o
seu valor definitivo.
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(–) DESPESAS
− Comerciais
− Administrativas
− Financeiras
Com isso pode-se observar que o Custo de Produção foi totalmente absorvido, seja
pelos estoques finais de produtos, seja pelo custo dos produtos vendidos. Este tipo de
custeamento chama-se Custeio por Absorção e será melhor abordado posteriormente
neste material. Toda estrutura e conceito do custeio por absorção esta lastreado no CPC
- Comitê de Pronunciamentos Contábeis 00 - Estrutura Conceitual da Contabilidade, no
Princípio do Registro pelo Valor Original, no Princípio da Competência.
A gestão de estratégia de custos tem por objetivo fornecer informações extraídas dos
dados contábeis, que ajudem os administradores das empresas no processo de tomada
de decisões, tais como os citados por Viceconti (2013):
• Se a capacidade de produção da fábrica é insuficiente para atender
todos os pedidos dos clientes, qual produto ou linha de produtos deve
ser cortado?
A Gestão estratégica de Custos tem como função inicial fornecer evidências para
avaliação dos estoques e apuração do resultado, além disso serve também para utilização
dos dados de custos para auxílio ao controle e para tomada de decisões.
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Introdução aos Custos (Gestão, Contabilidade e Controle)
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• Perda, valor involuntário e anormal de perdas nas empresas, decorrente de eventos
não usuais, anormais, desastres naturais, entre outros. A perda deve ser lançada
como despesa com sua contrapartida no resultado da empresa.
Pode-se dizer que os custos estão relacionados a um valor monetário que será utili-
zado para o objeto fim da atividade produtiva da empresa. Podemos dar de exemplo de
custos a compra de matéria-prima, salários e encargos com pessoal da produção, depre-
ciação de máquinas e equipamentos. Como destacado, estes custos farão parte do lucro
ou do prejuízo após a venda do produto fabricado, sendo influenciados diretamente da
DRE (Demostração Resultado do Exercício) como redutor de receitas. (Crepaldi, 2018)
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Introdução aos Custos (Gestão, Contabilidade e Controle)
Tabela 1
Item Conceito no CPC
O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de
Item 10 – Custo de Estoque transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua
condição e localização atuais.
O custo de aquisição dos estoques com- preende o preço de compra, os impostos
de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem
como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis
Item 11 – Custo de Aquisição
à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais,
abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação
do custo de aquisição.
Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente
relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como
Item 12 – Custo de Transformação pode ser o caso da mão-de-obra direta. Também incluem a alocação sistemática
de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para
transformar os materiais em produtos acabados.
Critérios de valorização
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Segue um exemplo do método PEPS na prática:
Tabela 2
PEPS ou FIFO
Compras Consumo Saldo
Custo Custo
Dia Quant. Kg Valor Total Quant. Kg Valor Total Quant. Kg Valor Total
Unit. $ Médio
3 1.500 10,00 15.000 10,00 1.500 15.000
8 2.500 12,00 30.000 12,00 4.000 45.000
12 10,00 1.500 15.000 2.500 30.000
25 1.000 13,00 13.000 13,00 3.500 43.000
30 12,00 2.000 24.000 1.500 19.000
58.000 39.000
Outra forma até mais usual em micro e pequenas empresas, é o MPM (média ponde-
rada móvel) a Média Ponderada móvel – o custo de cada item é determinado a partir da
média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos
mesmos itens comprados ou produzidos durante o período. Segue um exemplo da MPM:
Tabela 3
CUSTO MÉDIO PONDERADO
Compras Consumo Saldo
Custo Custo
Dia Quant. Kg Valor Total Quant. Kg Valor Total Quant. Kg Valor Total
Unit. $ Médio
3 1.500 10,00 15.000 10,00 1.500 15.000
8 2.500 12,00 30.000 11,25 4.000 45.000
12 11,25 1.500 16.875 2.500 28.125
25 1.000 13,00 13.000 11,75 3.500 41.125
30 11,75 2.000 23.500 1.500 17.625
58.000 40.375
Já a metodologia UEPS não é autorizada pelo Fisco Brasileiro, mas muitas empresas
multinacionais a utilizam e em muitas ocasiões devem se reportar em UEPS para as
matrizes em outros países.
Tabela 4
UEPS ou LIFO
Compras Consumo Saldo
Custo Custo
Dia Quant. Kg Valor Total Quant. Kg Valor Total Quant. Kg Valor Total
Unit. $ Médio
3 1.500 10,00 15.000 10,00 1.500 15.000
8 2.500 12,00 30.000 12,00 4.000 45.000
12 12,00 1.500 18.000 2.500 27.000
25 1.000 13,00 13.000 13,00 3.500 40.000
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UEPS ou LIFO
Compras Consumo Saldo
Custo Custo
Dia Quant. Kg Valor Total Quant. Kg Valor Total Quant. Kg Valor Total
Unit. $ Médio
30 13,00 1.000 13.000 2.500 27.000
30 12,00 1.000 12.000 1.500 15.000
58.000 43.000
O VLR (Valor líquido realizável) é o preço de venda estimado no curso normal dos
negócios, deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados
necessários para se concretizar a venda (CPC 16, item 9).
Tipos de Gastos
MD MOD CIF
Despesas
Materiais Diretos Mão-de-Obra Direta Custos Indiretos Gastos não
Matéria-Prima Mensurada e identificada Custos que não são MD associados
de forma direta nem MOD
Embalagem à produção
Custo de transformação
Custo Primário ou direto são a soma dos Materiais Diretos, compostos por MP (Ma-
téria Prima) + Embalagens + MOD (Mão de Obra Direta);
Custos de Transformação são a soma da MOD (Mão de Obra Direta) + os CIF (Custos
indiretos de Fabricação);
Quanto à Unidade
Custo Direto é o diretamente incluído no cálculo dos produtos; materiais diretos e
mão de obra direta; perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. Consideram-se
como custos diretos todos aqueles que são diretamente qualificáveis e quantificáveis ao
produto ou serviço, isto é, mensuráveis em relação à mesma, não necessitando de cri-
térios subjetivos (rateios) para a divisão plena do item. Como exemplo de custos diretos,
temos: MP - matéria-prima, MOD - mão de obra direta etc. (Santos, 2015).
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Por outro lado, custos indiretos são todos os outros custos, necessitam de aproxima-
ções, rateio. Não existe uma relação clara e imediata com o produto, sempre necessitará
de um critério de aproximação. Nesse sentido, o custo indireto normalmente foca na
unidade mais elementar, ou seja, a unidade ou peça; em outros casos: quilos, metros,
dúzias etc.
Valor
$
Valor
$
Valor
$
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Introdução aos Custos (Gestão, Contabilidade e Controle)
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
CPC 16 – Estoque – Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 2 (IASB)
https://goo.gl/vJMxyH
Vídeos
Como calcular o CMV (PEPS, UEPS e MPM)
https://youtu.be/WMVM1Nm_tm4
Contabilidade de Custos – Conceitos Básicos
https://youtu.be/K_0wEkXNMIE
Leitura
Contabilidade de Custos: Um Estudo Bibliométrico em Periódicos Brasileiros
https://bit.ly/47xpOtq
Contabilidade de Gestão, Contabilidade Gerencial ou Controladoria:
Mesmo Vinho, Outros Rótulos ou Bebidas Diferentes?
https://goo.gl/cvqNiu
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Referências
ALMEIDA, M. C. Curso de contabilidade introdutória em IFRS e CPC: atende à
programação do 1o ano dos cursos de ciências contábeis, administração de empresas e
economia – São Paulo: Atlas, 2014.
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