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FICHA TÉCNICA

Prefeito Municipal de Fortaleza Projeto gráfico e diagramação


José Sarto Nogueira Moreira Edgar Nogueira Lima
Gerson Porto
Vice-Prefeito
José Élcio Batista Capa
Gerson Porto
Secretária Municipal da Educação
Antonia Dalila Saldanha de Freitas Equipe Técnica da Célula de Mediação
Social e Cultura de Paz
Secretário Adjunto Municipal da Andreia Nunes Cavalcanti
Educação Antônio Mikael do Nascimento Bezerra
Jefferson de Queiroz Maia Carlos de Léllis Alencar Luna
Edgar Nogueira Lima
Secretária Executiva Municipal da George Luis Feitosa Marinho
Educação Maria Jeanete Ribeiro Costa
Fernanda Gabriela Castelar Pinheiro Maia Maria Joelma Gomes
José Iran Silva
Presidente da FUNCI
Maria Erisneuda Araújo
Raimundo Gomes de Matos
Meireluce Rocha Cavalcanti
Coordenador de Articulação da Patricia Fernandes Costa Martins
Comunidade e Gestão Escolar - COGEST Raquel de Sousa Gomes Pessoa
Joelson de Souza Moura Kesia Angela de Sousa Maciel
Tereza Cristina Mendes Vieira
Gerente da Célula de Mediação Social e
Lúcia Nunes Duaví de Oliveira
Cultura de Paz - CEMES
Cilene Costa Lima Silva
Alexandro Lima Viana
José Francisco Soares da Silva
Revisão Rosana Lopes de Moura Leite
Katiúscia Moreira de Oliveira Ana Patrícia Magalhães de Castro
SUMÁRIO
ORIENTAÇÕES PARA A CRIAÇÃO DA COMISSÃO DE PROTEÇÃO E PREVENÇÃO À
VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE

DA LEGISLAÇÃO SOBRE AS COMISSÕES

DA ESCOLHA DOS MEMBROS DAS COMISSÕES

DA COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES

DA FORMAÇÃO DAS COMISSÕES DE PROTEÇÃO E PREVENÇÃO

DO PLANO PLANO DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA

EM CASO DE SUSPEITA DE ABUSO OU VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E


ADOLESCENTES É NECESSÁRIO NOTIFICAR IMEDIATAMENTE

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES

MODELOS DE OFÍCIO E FORMULÁRIO DE NOTIFICAÇÃO

FLUXOGRAMA DE NOTIFICAÇÕES

MONITORAMENTO DE DADOS

ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO ESCOLAR SOBRE AS DIVERSAS FORMAS DE VIOLÊNCIA

ABUSO SEXUAL

EXPLORAÇÃO SEXUAL

VIOLÊNCIA HETEROPROVOCADA

VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA

VIOLÊNCIA PROVOCADA POR DISCRIMINAÇÃO

OUTRAS VIOLAÇÕES DE DIREITO

OUTRAS VIOLAÇÕES DE DIREITO

ATITUDES QUE DEVEM SER ADOTADAS EM CASO DE REVELAÇÃO ESPONTÂNEA

PROSTURA DO PROFISSIONAL PROCURADO PELA CRIANÇA E;OU ADOLESCENTE

O QUE A ESCOLA DEVE FAZER

O QUE A ESCOLA DEVE EVITAR

LEI DA ESCUTA PROTEGIDA

EQUIPAMENTOS DA REDE DE PROTEÇÃO

MATERIAL DE SUPORTE VISUAL E DIALÓGICO NO ACOLHIMENTO DA VÍTIMA


Orientações para a
criação da Comissão de
Proteção e Prevenção à
Violência Contra a
Criança e o Adolescente
ORIENTAÇÕES
PARA A GESTÃO

DA LEGISLAÇÃO SOBRE AS COMISSÕES DE PROTEÇÃO E


PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O
ADOLESCENTE

LEI FEDERAL 8.069, de 13 de julho de 1990

Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras


providências.

O Art. 245 estabelece que a falta da comunicação pode


importar na prática de infração administrativa: “Deixar o médico,
professor ou responsável por estabelecimento de atenção à
saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de
comunicar à autoridade competente os casos de que tenha
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-
tratos contra criança ou adolescente: Pena – multa de três a vinte
salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de
reincidência”.

LEI ESTADUAL 17.253, de 29 de julho de 2020

Dispõe sobre a criação, nas escolas da rede pública e nas escolas


privadas do Estado do Ceará, de comissões de proteção e
prevenção à violência contra a criança e o adolescente.”(NR)

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ORIENTAÇÕES
PARA A GESTÃO

DA CRIAÇÃO DAS COMISSÕES DE PROTEÇÃO E PREVENÇÃO


À VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE

DA ESCOLHA DOS MEMBROS DAS COMISSÕES:

Os integrantes das comissões de proteção e prevenção à


violência contra a criança e o adolescente serão escolhidos entre
seus pares mediante processo eletivo, com execução do Diretor,
que será membro permanente, conforme o art. 5º, da Lei Estadual
nº 17.253, de 29 de Julho de 2020.

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DA COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES:

I - o gestor da unidade escolar (membro nato);


II - 01 (um) professor, podendo ser membro do Conselho Escolar;
III - 01 (um) funcionário da escola, podendo ser membro do
Conselho Escolar.

Obs: O Coordenador será o membro nato dos CEIs e CRP.

É importante lembrar!

O mandato dos integrantes das comissões será de 2 (dois) anos,


permitida uma recondução mediante novo processo de escolha.

O processo eletivo deverá ser formalizado mediante ata,


constando o nome dos integrantes eleitos e, posteriormente,
enviada à Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza.

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Modelo ata

7
DA FORMAÇÃO DAS COMISSÕES DE PROTEÇÃO E
PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O
ADOLESCENTE

As formações serão realizadas através de plataforma EAD


disponibilizada pela Escola Superior do Ministério Público
(ESMP);

Os membros das comissões participarão de ações de


fortalecimento propostas pela SME e parceiros, que
contemplarão temáticas ligadas a promoção da Cultura de Paz
e de prevenção à violências contra crianças e adolescentes,
utilizando uma didática clara e objetiva, de forma a não
comprometer a execução do “Plano de Prevenção à Violência”
elaborado pela Unidade Escolar.

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Slides para
consulta

8
DO PLANO DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA

As Comissões de Proteção e Prevenção à Violência contra a


Criança e o Adolescente deverão elaborar o Plano de Prevenção
à Violência na Escola, de acordo com as orientações, e com a
participação de todo o corpo docente. É recomendado que esse
plano esteja em consonância com as orientações do Centro de
Apoio Operacional da Educação - CAOEDUC/MP, com o
Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola e com o calendário
escolar para facilitar a execução.

Etapas:
a) Dialogar com a comunidade escolar;
b) Construir o plano a partir das contribuições;
c) Implementar o plano;
d) Monitorar.

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Plano de
Prevenção

9
Em caso de suspeita de
abuso ou violência
sexual contra crianças e
adolescentes, é
necessário notificar
imediatamente!
ORIENTAÇÕES
PARA A GESTÃO

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES!

Quem faz a notificação?


Deverá ser feita pela Comissão de Proteção e Prevenção à
Violência contra a Criança e o Adolescente, através de
ofício e formulário padrão.

Qual Conselho Tutelar deverá ser informado?


O Conselho Tutelar que atende à região do endereço onde
a criança/adolescente reside.

Como fazer a notificação?


A notificação deverá ser realizada de forma presencial,
enviada via e-mail ao Conselho Tutelar e, ainda, deverá ser
impressa em duas vias, para que a escola arquive o
protocolo. Esse documento deverá ser guardado em local
seguro, onde somente a comissão de proteção tenha
acesso.
Deverá ser encaminhado um ofício padrão, por e-mail, com
a notificação enviada ao conselho tutelar em anexo, para
o(a) Coordenador(a) do Distrito de Educação.

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ORIENTAÇÕES
PARA A GESTÃO

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Modelo de ofício e
formulário de
notificação

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ORIENTAÇÕES
PARA A GESTÃO

FLUXOGRAMA DAS NOTIFICAÇÕES


O fluxograma é uma ferramenta de representação visual
usada para facilitar a compreensão das etapas de um
processo. Criamos esse fluxograma para organizarmos e
integrarmos todas as informações essenciais de maneira
sequencial, com o objetivo de facilitar o entendimento
para otimizar a gestão da situação.

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Fluxograma

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ORIENTAÇÕES
PARA A GESTÃO

DO MONITORAMENTO DE DADOS
ART. 3º DA LEI 17.253/2020 (ADAPTADO)

REGISTRO DOS CASOS RECEBIDOS EM FORMULÁRIO UNIFICADO, LOGO APÓS


REALIZAÇÃO DOS ENCAMINHAMENTOS.

SISTEMATIZAÇÃO DOS ATENDIMENTOS REALIZADOS, A FIM PRODUZIR DADOS


QUE SUBSIDIEM POLÍTICAS DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA
E O ADOLESCENTE;

RESPONSABILIDADE PELA GUARDA E MANUTENÇÃO, EM SIGILO, DOS


DOCUMENTOS DE SISTEMATIZAÇÃO DOS ATENDIMENTOS.

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Formulário de
Monitoramento
de Notificações

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Orientações para a
Gestão Escolar sobre
violência sexual contra
crianças e adolescentes
O QUE É?

VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

São ações que violam a dignidade sexual de crianças e


adolescentes, podendo se classificar como:

ABUSO SEXUAL

COM CONTATO FÍSICO


Carícias nos órgãos genitais, tentativas de relações sexuais;
Masturbação;
Penetração vaginal e anal;
Sexo oral.

SEM CONTATO FÍSICO


Assédio sexual;
Abuso sexual verbal;
Cantadas obscenas, exibicionismo;
Participação em fotos e vídeos pornográficos;
Voyeurismo.

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O QUE É?

EXPLORAÇÃO SEXUAL

INDICADORES FÍSICOS

Roupas rasgadas ou com manchas de sangue;


Dificuldade para caminhar ou sentar;
Hematomas, edemas e/ou escoriações na região genital,
perianal e mamária;
Perda ou ganho repentino de peso;
Hemorragia vaginal ou retal;
Incontinência urinária;
Rotina de higiene em excesso ou precária;
Secreção vaginal ou peniana;
Infecções sexualmente transmissíveis (HPV, gonorreia, herpes
labial e genital, sífilis);
Gestação ou aborto.

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O QUE É?

INDICADORES PSICOLÓGICOS E COMPORTAMENTAIS


Sono perturbado: pesadelos frequentes, insônia;
Autoagressão, ideação suicida, tentativa de suicídio;
Interesse precoce em brincadeiras sexuais ou conduta
sedutora;
Comportamento hipersexualizado;
Envolvimento com drogas e/ou outras compulsões (álcool,
compras, alimentos, etc.);
Comportamento incompatível com a idade (regressão);
Envolvimento com exploração sexual;
Autodesvalorização, baixa autoestima;
Dificuldades escolares (ex.: sono durante as aulas) ;
Dificuldades nos relacionamentos interpessoais, de ligação
afetiva;
Medo de ficar sozinho ou com alguém específico;
Comportamento submisso (assédio);
Transtornos psicológicos (depressão, ansiedade, transtorno
do estresse pós-traumático, síndrome do pânico, transtornos
alimentares, etc.);
Queixas de ordem psicossomática;
Mudança brusca de comportamento: agressividade ou apatia
(ex.: desinteresse pelas brincadeiras);
Crises de choro, episódios de medo ou pânico, estado de
alerta constante, aversão a contato físico, tendência ao
isolamento;
Sentimento de culpa, vergonha.

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TIPOS DE
VIOLÊNCIA

VIOLÊNCIA HETEROPROVOCADA

Física: provocada por força física, utilizada para machucar a


criança ou adolescente de forma intencional e não
acidental.

Psicológica: atitudes, palavras e ações que objetivam


constranger, envergonhar, censurar e pressionar a criança
ou adolescente de modo permanente, gerando situações
vexatórias que podem prejudicá-lo em vários aspectos de
sua saúde e desenvolvimento. Exemplo: ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
agressão verbal/xingamento, bullying, alienação parental,
exposição a crime violento contra membro da família ou
rede de apoio.

Sexual: qualquer conduta que constranja a criança ou o


adolescente a praticar ou presenciar ato de natureza sexual
que compreenda: abuso sexual ou exploração sexual,
tráfico de pessoas, violência sexual por meio virtual.

Institucional: praticada por instituições ou seus


representantes que têm a responsabilidade de proteger.

Negligência: falta de cuidados com a proteção e o


desenvolvimento da criança ou do adolescente.

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TIPOS DE
VIOLÊNCIA

VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA

Autolesão ou lesão autoprovocada: são agressões


praticadas contra o próprio corpo de forma proposital.

Ideação suicida: primeiro estágio do comportamento


suicida; qualquer pensamento, desejo, ideia ou plano de
autoextermínio.

Tentativa de suicídio: ato de autolesão que seja uma


ameaça à própria vida.

Suicídio consumado: ato deliberado executado pelo o


próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma
consciente e intencional.

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TIPOS DE
VIOLÊNCIA

VIOLÊNCIA MOTIVADA POR DISCRIMINAÇÃO

Sexismo: ato de discriminação e objetificação sexual,


quando se reduz alguém ou um grupo apenas pelo gênero
ou orientação sexual. Um dos casos mais comuns de
sexismo é estipular que a cor rosa está relacionada ao
gênero feminino, e azul ao gênero masculino.

Racismo: discriminação social baseada no conceito de que


existem diferentes raças humanas e que uma é superior às
outras. Esta noção tem base em diferentes motivações, em
especial as características físicas e outros traços do
comportamento humano.

Intolerância religiosa: atitude mental caracterizada pela


falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar
práticas e crenças religiosas de terceiros, ou a sua ausência.

Xenofobia: preconceito caracterizado pela aversão,


hostilidade, repúdio ou ódio contra pessoas, por elas serem
estrangeiras, (ou por serem enxergadas como
estrangeiras), que pode estar fundamentado em diversos
fatores históricos, culturais, religiosos, dentre outros.

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TIPOS DE
VIOLÊNCIA

VIOLÊNCIA MOTIVADA POR DISCRIMINAÇÃO

Conflito geracional: desentendimento causado pelas


diferenças geracionais entre pessoas que convivem no
mesmo ambiente.

Capacitismo: atitude que discrimina ou denota preconceito


social contra pessoas com deficiência (PCDs), através de
termos e expressões pejorativas que as classifiquem como
inferiores a outras pessoas.

Homofobia/lesbofobia/bifobia/transfobia: expressão da
violência anunciada pelo ódio, preconceito e repugnância,
contra a população LGBTQIA+.

Condição econômica: preconceito relacionado ao poder


aquisitivo, ao acesso à renda, à posição social, ao nível de
escolaridade, ao padrão de vida, entre outros.

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TIPOS DE
VIOLÊNCIA

OUTRAS VIOLAÇÕES DOS DIREITOS

Abandono escolar: quando um estudante deixa de


frequentar as aulas sem terminar uma determinada série
ou não conclui o ano letivo, mas retorna no ano seguinte.

Evasão escolar: quando um estudante deixa de frequentar


as aulas sem terminar uma determinada série ou não
conclui o ano letivo e não volta mais para o sistema escolar.

Gravidez na Adolescência: gravidez entre 12 e 18 anos


incompletos.

Trabalho Infantil: refere-se ao emprego em qualquer


trabalho que priva as crianças da sua infância, interfere na
capacidade de frequentar a escola regularmente e é
considerado mentalmente, fisicamente, socialmente ou
moralmente perigoso e prejudicial.

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Atitudes que devem ser
adotadas em caso de
revelação espontânea
ORIENTAÇÕES
PARA A GESTÃO

POSTURA DO PROFISSIONAL PROCURADO PELA


CRIANÇA E/OU ADOLESCENTE

Demonstrar disponibilidade para conversar e buscar um


ambiente acolhedor;

Não esboçar nenhuma reação extrema;

Ouvir a criança atentamente sem interromper ou


pressionar para obter informações.

Considerar tudo o que ouvir sem julgar, criticar ou duvidar


do que a vítima diz;

Explicar à vítima que será necessário conversar com outras


pessoas para protegê-la;

Evitar que terceiros saibam dos acontecimentos para


minimizar comentários desagradáveis e inapropriados;

Antes de entrar em contato com a família, é preciso saber


da vítima quais são as pessoas que ela aprova como
interlocutores.

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Você sabia?

A repetição desnecessária da
história de violência vivida ou
presenciada, oriunda da
repetição excessiva de
interrogatórios e dos danos
provocados na produção de
provas gera a
REVITIMIZAÇÃO!

A revitimização é considerada uma violência institucional, de


acordo com a Lei nº 14.321/2022, ocorrendo quando o agente
público submete uma vítima de infração penal ou a testemunha
de crimes violentos a "procedimentos desnecessários,
repetitivos ou invasivos, que a leve a reviver, sem estrita
necessidade, a situação de violência ou outras situações
potencialmente geradoras de sofrimento ou estigmatização”. Os
responsáveis pela prática podem ser punidos com detenção de
três meses a um ano e multa.

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O QUE A ESCOLA
DEVE FAZER

01 02
Ouvir a criança ou Proteger a criança ou
adolescente, atenta e adolescente e reiterar
calmamente, em caso que ela ou ele não tem
de revelação culpa pelo que ocorreu.
espontânea de
situação de violência.

Comunicar à criança ou Proteger a identidade

03 04
da criança ou
adolescente, de
adolescente e manter
maneira empática e
sigilo sobre o caso.
clara, o seu dever
Comentar apenas o
profissional de
necessário para o
informar os fatos às
encaminhamento à
autoridades.
gestão da escola.

05 06
Fazer um registro claro,
procurando ser fiel ao Comunicar os casos às
relato e utilizando o autoridades até
vocabulário usado pela mesmo se é suspeita,
criança ou não se tem certeza.
adolescente.

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O QUE A ESCOLA
DEVE EVITAR

Abraçá-lo(a) e dizer

01 02
Interromper o relato
frases de consolo que
livre da criança ou
minimizem o ocorrido e
adolescente.
a dor da vítima, por
exemplo: "isso não foi
nada!", "não precisa
chorar..."

Fazer promessas que Expor a criança ou

03 04
não possam ser adolescente para outras
garantidas, como pessoas. Comentar o
ocorrido apenas se isso for
"Tudo vai ficar bem!".
necessário para a proteção
Deve-se explicar, em
da vítima ou para o
linguagem simples e encaminhamento do caso
clara, quais serão os aos demais órgãos de
próximos passos. proteção.

Pedir detalhamento à Julgar se o relato é

05 criança ou
adolescente, colocar 06
verdadeiro ou não. Se a
criança ou adolescente fez
uma revelação ou mesmo se
opiniões pessoais, apenas suspeita da
julgamentos e violência, o caso deve ser
encaminhado para os órgãos
interpretações
competentes pela
subjetivas no registro. investigação.

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Lei da escuta protegida

A Lei 13.431/2017 visa possibilitar que os depoimentos de


crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência
sejam realizados com o apoio de uma equipe técnica
capacitada, evitando-se o contato com o agressor e a
reiteração do depoimento.

Art. 7º A Escuta especializada é aquela entrevista realizada


em órgão da rede de proteção, onde o relato limita-se ao
estritamente necessário, para que sejam realizados os
devidos encaminhamentos com o objetivo de garantir a
segurança da criança e adolescente. (Com adequações para
melhor entendimento).

Art. 8º Depoimento especial é quando a autoridade policial ou


judiciária faz a oitiva da criança ou adolescente.

Art. 9º A criança ou o adolescente será resguardado de


qualquer contato, ainda que visual, com o suposto autor ou
acusado, ou com outra pessoa que represente ameaça, coação
ou constrangimento.

Art. 10. A escuta especializada e o depoimento especial serão


realizados em local apropriado e acolhedor, com infraestrutura
e espaço físico que garantam a privacidade da criança ou do
adolescente vítima ou testemunha de violência.

Art. 11. O depoimento especial reger-se-á por protocolos e,


sempre que possível, será realizado uma única vez, em sede de
produção antecipada de prova judicial, garantida a ampla
defesa do investigado.

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§ 1º O depoimento especial seguirá o rito cautelar de
antecipação de prova:

I - quando a criança ou o adolescente tiver menos de 7 (sete)


anos;

II - em caso de violência sexual.

§ 2º Não será admitida a tomada de novo depoimento especial,


salvo quando justificada a sua imprescindibilidade pela
autoridade competente e houver a concordância da vítima ou
da testemunha, ou de seu representante legal.

Art. 12. O depoimento especial será colhido conforme o


seguinte procedimento:

I - os profissionais especializados esclarecerão a criança ou o


adolescente sobre a tomada do depoimento especial,
informando-lhe os seus direitos e os procedimentos a serem
adotados e planejando sua participação, sendo vedada a leitura
da denúncia ou de outras peças processuais;

II - é assegurada à criança ou ao adolescente a livre narrativa


sobre a situação de violência, podendo o profissional
especializado intervir quando necessário, utilizando técnicas
que permitam a elucidação dos fatos;

III - no curso do processo judicial, o depoimento especial será


transmitido em tempo real para a sala de audiência,
preservado o sigilo;

IV - findo o procedimento previsto no inciso II deste artigo, o


juiz, após consultar o Ministério Público, o defensor e os
assistentes técnicos, avaliará a pertinência de perguntas
30 complementares, organizadas em bloco;
V - o profissional especializado poderá adaptar as perguntas à
linguagem de melhor compreensão da criança ou do
adolescente;

VI - o depoimento especial será gravado em áudio e vídeo.

§ 1º À vítima ou testemunha de violência é garantido o direito


de prestar depoimento diretamente ao juiz, se assim o
entender.

§ 2º O juiz tomará todas as medidas apropriadas para a


preservação da intimidade e da privacidade da vítima ou
testemunha.

§ 3º O profissional especializado comunicará ao juiz se verificar


que a presença, na sala de audiência, do autor da violência
pode prejudicar o depoimento especial ou colocar o depoente
em situação de risco, caso em que, fazendo constar em termo,
será autorizado o afastamento do imputado.

§ 4º Nas hipóteses em que houver risco à vida ou à integridade


física da vítima ou testemunha, o juiz tomará as medidas de
proteção cabíveis, inclusive a restrição do disposto nos incisos
III e VI deste artigo.

§ 5º As condições de preservação e de segurança da mídia


relativa ao depoimento da criança ou do adolescente serão
objeto de regulamentação, de forma a garantir o direito à
intimidade e à privacidade da vítima ou testemunha.

§ 6º O depoimento especial tramitará em segredo de justiça.

31
Equipamentos da
Rede de Proteção
ORIENTAÇÕES
PARA A GESTÃO

IMPORTANTE

CASO A VIOLÊNCIA TENHA OCORRIDO EM ATÉ 72 HORAS,


ENCAMINHAR A VÍTIMA AO HOSPITAL PARA A REALIZAÇÃO
DA PROFILAXIA.

SERVIÇOS DE UNIDADES EM FORTALEZA QUE SÃO PORTAS DE ENTRADA


SAÚDE 24H PARA AS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL

33
ORIENTAÇÕES
PARA A GESTÃO

RELAÇÕES DAS UNIDADES TERRITORIAIS


DOS CONSELHOS TUTELARES

Acesse o material de suporte


clicando no link ou por meio do
QrCode abaixo:

Unidades territoriais
dos Conselhos
Tutelares

34
ORIENTAÇÕES
PARA A GESTÃO

DENUNCIE

PLANTÃO DO CONSELHO TUTELAR DE FORTALEZA


Segunda a sexta-feira: 17h às 8h;
Final de semana e feriado: 8h às 20h e 20h às 8h;
Endereço: Rua Capitão Melo, 3883 – São João do Tauape
Telefone: (85) 32381828/(85) 989705479
E-mail: plantaodoconselho@funci.fortaleza.ce.gov.br

DISQUE 100
WhatsApp: 61-99656.5008

REDE AQUARELA
EIXO DISSEMINAÇÃO:
3433.1419
ARTICULA REDES LOCAIS PARA O ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
SEXUAL NOS BAIRROS DE FORTALEZA, PROMOVENDO OFICINAS E
PALESTRAS PARA DEBATER A TEMÁTICA.

35
Material de suporte
visual e dialógico no
acolhimento da vítima
MONTE
O DADO DA COMISSÃO

Somos
DE PROTEÇÃO
Deixe o dado em um
local visível na escola
para que todos saibam

uma
que esta escola possui
uma Comissão de
Proteção e Prevenção à
Violência contra a
Criança e o
Quero ajuda
Conte com

Adolescente
a Escola
para lhe
ajudar
COLA

protege

ME AJUDE
COLA
que

ME
PROTEJA
Recorte as linhas
retas

Dobre as linhas
pontilhadas.
COLA
MONTE
O DADO DOS
SENTIMENTOS
Utilize o dado para que

Com dor
a criança possa
comunicar como se
sente e o que possa
estar acontecendo,
caso não consiga
verbalizar

Medo
O que você
sentindo?
está
COLA

Machucado
COLA
Feliz
Triste
Recorte as linhas
retas

Dobre as linhas
pontilhadas.
COLA
MONTE
O DADO DOS
SENTIMENTOS
Utilize o dado para que
a criança possa

Chorar
comunicar como se
sente e o que possa
estar acontecendo,
caso não consiga
verbalizar

Desenhar
O que você
está quer
fazer?
COLA

Brincar
COLA
Falar
Sumir
Recorte as linhas
retas

Dobre as linhas
pontilhadas.
COLA
Links úteis
Acesse o material de
suporte clicando no link ou
por meio do QrCode abaixo:

Material completo

41
Acesse o material de
suporte clicando no link ou
por meio do QrCode abaixo:

Legislação vigente

Fluxograma

42
Acesse o material de
suporte clicando no link ou
por meio do QrCode abaixo:

Modelo ata

Modelo de ofício e
formulário de
notificação

43
Acesse o material de
suporte clicando no link ou
por meio do QrCode abaixo:

Plano de
Prevenção

Tipos de
violência

44
Acesse o material de
suporte clicando no link ou
por meio do QrCode abaixo:

Formulário de
Monitoramento
de Notificações

Unidades territoriais
dos Conselhos
Tutelares

45
Acesse o material de
suporte clicando no link ou
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Slides para
consulta

Trilha
formativa

46
Referências
REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República


Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 2000.

BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o


Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 16 jul. 1990.
Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso
em: 19/12/2023.

BRASIL. Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017. Estabelece o


sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente
vítima ou testemunha de violência. Diário Oficial da União:
seção 1, Brasília, DF, 5 abr. 2017. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/lei/l13431.htm. Acesso em: 19/12/2023.

CEARÁ. Lei nº 17.253, de 29 de julho de 2020. Autoriza a criação


das Comissões de Proteção e Prevenção à Violência contra
crianças e adolescentes nas escolas da rede pública e privada
do Estado do Ceará. Disponível em:
http://www.mpce.mp.br/caoeduc/kits-de-atuacao/kit-lei-17253-
2020-comissoes-de-prevencao-e-protecao-a-violencia-de-
criancas-e-adolescentes-nasescolas/. Acesso em: Acesso em:
19/12/2023.

CEARÁ. Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci).


Formação de comissões de proteção: slides de apresentação.
Disponibilizado na reunião de articulação e planejamento de
ações. Fortaleza, Ceará, 02/02/2023.

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Anotações

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Anotações

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Anotações

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