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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONASINSTITUTO DE

FILOSOFIA, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – IFCHS


DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA – DEGEO
Discente: Rayssa da Silva dos Santos/21953674

ESTÁGIO 3: RESUMO
Título: Pedagogia do Oprimido
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido,17. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
1987.
RESUMO III
Cap.3 A dialogicidade - essência da educação como prática da liberdade

O capítulo 3 do livro "Pedagogia do Oprimido" de Paulo Freire, intitulado "A


dialogicidade - essência da educação como prática da liberdade", aborda a importância do
diálogo como elemento central na educação libertadora. Freire argumenta que a educação
deve ser baseada na dialogicidade, um processo interativo e horizontal de troca de
conhecimentos e experiências entre educadores e educandos, que promove a conscientização
crítica e a transformação social.

Segundo Freire, a dialogicidade é fundamental para superar a educação bancária, na


qual o educador é visto como o detentor do conhecimento e o educando como um mero
receptor passivo. Nesse modelo, o conhecimento é transmitido de forma autoritária, sem levar
em conta as vivências e saberes dos educandos, o que os coloca em uma posição de opressão.
Em contrapartida, a dialogicidade busca a participação ativa dos educandos, permitindo-lhes
se expressarem, questionarem e contribuírem com seus conhecimentos, tornando-se sujeitos
de sua própria educação.

O diálogo autêntico, de acordo com Freire, é caracterizado pela escuta atenta, respeito
mútuo e reciprocidade. Ele vai além da mera troca de palavras, envolvendo uma compreensão
profunda do contexto em que os sujeitos estão inseridos. O diálogo autêntico não busca impor
ideias ou doutrinações, mas sim abrir espaço para o encontro de diferentes perspectivas e a
construção conjunta do conhecimento.

A dialogicidade também está intrinsecamente relacionada à conscientização crítica. O


autor defende que a educação deve ir além da simples transmissão de informações,
incentivando os educandos a refletirem sobre sua realidade, identificando-os como formas de
opressão e lutando em por sua libertação. Através do diálogo, os educandos são encorajados a
questionar as estruturas sociais injustas e a buscar alternativas para transformá-las.

Segundo Freire (1987), a educação dialógica é uma prática da liberdade, pois busca
romper com a opressão e promover a emancipação dos educandos. Ela permite que os
indivíduos se tornem sujeitos críticos, capazes de analisar o mundo em que vivem e atuam
para transformá-lo. Através do diálogo, os educandos são estimulados a desenvolverem sua
autonomia, pensamento reflexivo e capacidade de ação.

Em suma, o capítulo 3 de "Pedagogia do Oprimido" enfatiza a importância da


dialogicidade na educação como prática da liberdade. Através do diálogo autêntico, baseado
na reciprocidade, no respeito mútuo e na valorização das experiências dos oprimidos, é
possível promover a conscientização crítica e a transformação social.

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