Conforme a autora pontua, desde muito antes as pessoas sempre
repeliram a morte. O que não é muito diferente da atualidade, sendo a morte
vista como algo triste, solitário e desumano. Para o inconsciente é inconcebível imaginar a morte, e quando se imagina, sempre será atribuída a uma intervenção maligna. O fato de não lidar com a morte quando ainda se é criança, resultará no medo, na raiva e até mesmo no trauma. Por isso, é importante que a criança vivencie seu luto e aprenda a lidar com a perda, para que no futuro, ao vivenciá-la, passe por isso de uma forma saudável e sem traumas.
Muitos profissionais evitam falar para seus pacientes sobre sua
enfermidade, quando estes estão em fase terminal, devido a sua incapacidade de lidar com a morte e tratá-la como um tabu. Como ajudar um paciente se nem os próprios profissionais da saúde encaram a morte com sinceridade? Segundo a autora, os médicos que tem dificuldade em encarar a morte, encontra a mesma negação em seus pacientes, e aqueles profissionais que são capazes de falar sobre a doença terminal encontram pacientes com capacidade para enfrenta-la.
A família também é importante durante a fase terminal do paciente, e a
forma como lidam com a situação reflete diretamente na reação do paciente. É importante que durante a internação do paciente, a família continue a realizar suas tarefas fora do hospital, para que não esgote suas energias e entre em colapso. A culpa é presente na família, pois muitos se perguntam se deveriam ter feito algo a mais para o paciente. Alguns familiares apresentam vários estágios de adaptação, por isso é importante o acompanhamento por parte da equipe hospitalar, para que se sintam reconfortados.
Quando se perde alguém, é comum que o familiar sinta raiva e
desespero, ainda mais quando a morte é repentina e não houve uma preparação. É importante deixar que extravasem suas emoções. Conforme a autora pontua, o vazio se faz ainda mais presente depois do funeral, quando os familiares vão embora, é nessa hora que se sentiria gratos se houvesse alguém para conversar. É fundamental ajudar os familiares ao compreender suas necessidades diante da culpa, vergonha e do medo.