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Escola De Enfermagem Santa Bárbara

Curso Técnico De Enfermagem

Suicídio No Campo Da
Enfermagem

Alunas:
Elane de Cássia
Karla Garcia
Marinalva Rodrigues
Naially Vitória
Patrícia Rouse
Sicleide Cirilo

Professora: Pâmela Carla

Goiana-Pe
2019
Suicídio no Campo da Enfermagem

A palavra suicídio foi criada em 1737 por Desfontaines. Com origem no latim – sui (si mesmo) e
caederes (ação de matar) - ela aponta para a necessidade de buscar a morte como um refúgio para
o sofrimento que se torna insuportável. A OMS (Organização Mundial De Saúde) define o ato
suicídio de mata-se deliberadamente. Os profissionais de enfermagem encontram-se no grupo de
indivíduos mais propensos aos distúrbios mentais como depressão e burnout ou síndrome do
esgotamento, onde o risco de suicídio aumenta consideravelmente. Outros fatores, também, devem
ser levados em consideração como desgaste físico por excesso de trabalho para superar os baixos
salários, condições precárias de trabalho e falta de reconhecimento profissional. O risco aumenta
em ambientes insalubres, com condições precárias, presença de conflitos internos e exigências da
instituição e familiares dos pacientes.
Os enfermeiros tem acesso e sabem utilizar as medicações para causar a morte e isso também
facilita. Existem vários casos de enfermeiros que já se suicidaram através de medicações e no seu
ambiente de trabalho.
Na população geral o índice é de 17% das pessoas que já pensaram em algum momento da vida
em suicidar-se. Na população de enfermagem é de 23%, com uma diferença de 6%. Tem um
projeto de lei que está tramitando a quase 20 anos, no congresso nacional com o intuito de diminuir
a carga horaria de 48hrs, para 30hrs semanais. A maioria das mortes são entre mulheres entre 40
a 49 anos, ou seja, pessoas que já estão na profissão a muito tempo.
Acontece cerca de 30 suicídios diariamente no país, média de 1 morte a cada 45 minutos. São
mais de 800 mil pessoais que tiram sua vida por ano (Coren Al.2018). Uma pesquisa feita no
Estado do Paraná mostrou que entre 2008 e 2017, 48 enfermeiros, técnicos de enfermagem e
auxiliares de enfermagem cometeram suicídio no Estado. Os casos foram registrados em 26
municípios localizados na área de abrangência de 14 regionais de saúde. O levantamento foi feito
por técnicos da Sesa (Sistema Estadual de Saúde).
Devemos sempre ficar atentos com manifestações de risco de suicídio, como por exemplo
modificação no comportamento e na verbalização como: Desesperança e preocupação com a sua
morte – essas manifestações podem ser verbais ou escritas. O profissional fala em demasia sobre
morte, sobre suicídio, sobre desânimo e falta de esperança e se sente depressivo, com baixa
autoestima. Isolamento – a pessoa se isola, não interage, não participa de atividades sociais e de
lazer, prefere permanecer sozinho em casa, no quarto, inclusive, sem vontade de manter conversas
telefônicas, incapacidade para se relacionar até com a família. Mudanças acentuadas de humor,
irritabilidade, ansiedade, pessimismo, depressão e sentimento de culpa.
Existem ações do governo de prevenção ao suicídio que, não são voltadas especificamente para
a enfermagem mais que podem ajudar também, os profissionais da área. Uma dela é a plataforma
AVA-SUS. Sesa também é indicada as unidades básicas de saúde e o CASP (Centro de Atenção
Psicossocial) e CVV (Centro de Valorização da Vida), telefone 188.
Se um profissional ou colega de trabalho lhe pedir ajuda, respeite-o, valorize-o, considere o seu
sofrimento e estimule-o a procurar tratamento. Que começa a parti de dois passos: No primeiro
passo não devemos fazer pouco caso da dor que o outro está sentindo. Ao perceber que alguém
próximo a você, está apresentando sinais de profunda tristezas e descrença em relação à vida.
Não trate isso como algo sem importância, algo que pode ser revertido simplesmente com força de
vontade. ´´Tem que estar claro para você que aquela pessoa está passando por um processo de
depressão``. Segundo passo devemos nos mostrar realmente disposto a ajudar, mas como fazer
isso sem ser invasivo? Ou sem que a pessoa se ofenda? Podemos começar tendo uma conversa
franca e amorosa. Tipo: ´´Eu sou solidário com o que você está passando. Não estou sentindo a
sua dor, mas posso te ajudar com isso``. Como uma forma de demostrarmos apoio a essa pessoa.
Também é aconselhável que: após essa pessoa ter contado o fato o que está acontecendo com
ela e o por que dela querer tirar a sua vida; que você tenha o dever de contar a alguém que tenha
muita intimidade e que seja de total confiança da pessoa deprimida, não para a expor o assunto
intimo pelo qual ela está passando, e sim pelo fato de que quando um ente querido está lidando
com depressão e angustia profunda, pedir apoio de mais alguém é mais sensato a se fazer.
E depois, aconselhar a pessoa deprimida a buscar acompanhamento profissional ou até
mesmo ir com ela em busca dessa ajuda. Uma rede de apoio e feto é algo que ajuda muito quem
estar deprimido e pensando em tirar própria vida. Mas o tratamento é essencial, a pessoa pode
buscar ajuda com um psicólogo ou ir direto a um psiquiatra, o que importa é entrar em contato com
um profissional que deixe o paciente confortável. Para isso é necessário considerar a saúde e zelar
pela qualidade de vida desses profissionais, pois devem ser compreendidos como pessoas que
também podem adoecer.
Obs.: Enfermeiro é Gente que cuida de gente! (Wanda Aguiar Horta).

Fontes de Pesquisas:
https://www.folhadelondrina.com.br/saude/alta-taxa-de-suicidio-entre-profissionais-
de-enfermagem-e-tema-de-estudo-2954347e.html
https://multisaude.com.br/artigos/suicidio-de-profissionais-de-enfermagem/
https://www.psicologiaviva.com.br/blog/suicidio/

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