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Colégio Adventista do Campo Limpo

Biografias e Aquíferos

Professora Roseli

São Paulo
2024
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Biografia- Pedro Pinchas Geiger


Pedro Pinchas Geiger (1923 -), nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1º de março de 1923.
Graduou-se em Geografia pela Faculdade Nacional de Filosofia (1939-1943), e na Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) concluiu o Doutorado, em 1970. Especializou-se em
geografia urbana e industrial e é considerado um dos principais pesquisadores da segunda
geração do Conselho Nacional de Geografia do IBGE. Sua família era palestina, mas é
originária da Áustria. Seus pais vieram para o Brasil logo depois da Primeira Guerra Mundial,
em 1920, para o Rio de Janeiro.
Alguns feitos de Geiger foram as transformações econômico-sociais ocorridas nas áreas rurais
periféricas aos grandes centros urbanos. Os estudos sobre os processos de ocupação rural-
urbana desenvolvidos na Baixada Fluminense (RJ), entre 1951 e 1953, são os exemplos mais
característicos. Na década de 1960, Geiger elaborou uma divisão regional que é muito utilizada
ainda hoje nas escolas brasileiras. Ele identificou 15 regiões brasileiras e agrupou-as em três
grandes conjuntos regionais: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Para chegar a essa divisão,
Geiger considerou aspectos econômicos, com base nas atividades predominantes e as diferentes
maneiras de ocupação, de produção e organização do território brasileiro.
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Milton Santos
Milton Almeida dos Santos (Brotas de Macaúbas, 3 de maio de 1926 – São Paulo, 24 de junho de
2001) foi um geógrafo, escritor, cientista, jornalista, advogado e professor universitário brasileiro.
Seus pais eram Adalgisa Umbelina de Almeida Santos e Francisco Irineu dos Santos, casados
em 1924.
Destacou-se por seus trabalhos em diversas áreas da geografia, em especial nos estudos de
urbanização do Terceiro Mundo e por seus trabalhos sobre a globalização nos anos 1990. Sua obra
caracterizou-se por apresentar um posicionamento crítico ao sistema capitalista e seus pressupostos
teóricos dominantes na geografia de seu tempo. Foi professor da Universidade Federal da Bahia, da
Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne, da Universidade Columbia, Universidade de Toronto, da
Universidade de Dar es Salaam e da Faculdade de Filosofia, Ciências Humanas e Letras da USP,
onde se tornou professor emérito. Em alguns anos da sua trajetória profissional, conciliou suas
atividades acadêmicas com consultorias a Organização Internacional do Trabalho, a Organização dos
Estados Americanos e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura,
além de ter participado da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo. Ele também
escreveu mais de 40 livros, publicados não apenas no Brasil, como também em países como França,
Reino Unido, Portugal, Japão e Espanha.
"Conquistou, em 1994, o Prêmio Vautrin Lud, o Nobel de Geografia, sendo o único brasileiro a
conquistar esse prêmio e o primeiro geógrafo fora do mundo Anglo-Saxão a realizar tal feito.
Além dessa premiação, destaca-se também o prêmio Jabuti de 1997 para o melhor livro de
ciências humanas, com “A Natureza do Espaço”." O geógrafo proporcionou uma fecunda
análise a respeito do território brasileiro, abordando as suas principais características e inserindo
a produção do espaço no Brasil sob a lógica da Globalização. Nessa obra, de mais de 500
páginas, propôs, inclusive, uma nova regionalização do Brasil, dividido em quatro grandes
regiões.
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Aquífero Guarani
Um aquífero é uma formação geológica que permite que a água se acumule em estruturas
naturais subterrâneas. Desse modo, a água armazenada por elas pode ser utilizada para o
abastecimento da população.
Está localizado na região centro-leste da América do Sul, entre 12º e 35º de latitude sul e entre
47º e 65º de longitude oeste e ocupa uma área de 1,2 milhões de Km², estendendo-se pelo Brasil
(840.000l Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina (255.000 Km²).
A formação de um aquífero é lenta e demanda condições bastante específicas. A primeira delas
é o tipo das rochas subterrâneas, que devem ser porosas ou formarem um espaço para o
armazenamento da água. Depois, é necessário contar com a presença de água de forma
constante, já que ela vai se infiltrando de forma lenta e compondo a reserva.
De maneira geral, um aquífero pode fornecer água constantemente, desde que se respeite sua
capacidade de recarga. Ou seja, a extração precisa ser mais lenta do que a quantidade de água
que volta para o reservatório, principalmente por meio das chuvas, para que não haja estresse
nas reservas. Nesse ponto é preciso ficar atento, uma vez que a recarga não acontece de forma
uniforme e se dá de maneira muito lenta.

Aquífero Alter do Chão


O Aquífero Alter do Chão ou Sistema Aquífero Alter do Chão, é um aquífero localizado sob os
estados do Pará, Amapá e Amazonas, constituindo um complexo e heterogêneo, com
significante anisotropia, de modo que seus parâmetros hidráulicos apresentam uma ampla
variação horizontal e vertical. O Aquífero Alter do Chão ocupa a parte leste do estado do
Amazonas, a porção centro-norte do Pará e o extremo sul do Amapá. Estimativas de 2013 indicam
que o aquífero possui uma área de mais de 410.000km2.
Apresenta rochas permeáveis o suficiente para garantir a rápida infiltração de água das chuvas,
permitindo também o seu deslocamento interno e a sua consequente filtragem.
A Formação do Alter do Chão é constituída por intercalações de conglomerado, arenito (que
atua como uma espécie de esponja, armazenando água subterrânea), argilito e siltito, com
espessura normalmente entre 200 e 400 m, podendo atingir até 1266 m, depositados
discordantemente sobre a unidade Paleozoica. Nessa formação ocorre arenito fino a grosso, com
grãos angulosos a subarredondados e seleção pobre a moderada, de cor avermelhada ou
esbranquiçada com matriz caulinítica; pelito maciço com bioturbações; conglomerado com
clastos de pelito, granito e gnaisse, e matriz argilosa caulinítica a quartzosa de granulometria
média a grossa e mal selecionada (MENDES ET AL 2012). Esses sedimentos são interpretados
como depositados em sistema fluvial meandrante de alta energia

Além dos aquíferos brasileiros, existem outros três grandes espalhados pelo mundo, estes são:
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Grande Bacia Artesiana


A Grande Bacia Artesiana abrange 22% do território australiano, ocupando uma área total de
1,7 milhões de km². A reserva total de água chega a 65 milhões de gigalitros, distribuídos em 18
bacias de lençóis freáticos.
Arenito Núbia
O Arenito Núbia é considerado o maior reservatório de água fóssil do mundo, ou seja, de água
selada que não recebe reabastecimento por precipitação. Ele está localizado sob o Egito, Líbia,
Chade e Sudão, e tem aproximadamente 2 milhões de km² de extensão. Sua capacidade é de
150.000 km³ de água, utilizada para produção agrícola no oásis de Kufra via sistema de
irrigação subterrânea.
Kalahari / Karoo
Localizado no sul da África, o aquífero é compartilhado pela Namíbia, Botsuana e África do
Sul. A maior parte dele fica na Namíbia, na bacia hidrográfica de Stampriet, onde acontece
também a maior parte de seu reabastecimento. A extensão total é estimada em 135 mil km². As
águas desse aquífero são essenciais para a vida e economia do deserto de Kalahari.

A água do mundo pode acabar?


A água do mundo não pode acabar no sentido de desaparecer completamente, pois ela é um
recurso natural que passa por um ciclo contínuo de evaporação, precipitação e redistribuição.
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No entanto, a disponibilidade de água potável para o consumo humano pode ser ameaçada
devido a fatores como a poluição, o desperdício, o esgotamento dos lençóis freáticos e as
mudanças climáticas.
É crucial adotar práticas sustentáveis de gestão da água, conservação e proteção dos recursos
hídricos para garantir que as necessidades das gerações presentes e futuras sejam atendidas. Isso
inclui a implementação de políticas de uso responsável da água, investimentos em tecnologias
de tratamento de água e a conscientização sobre a importância da conservação dos recursos
hídricos.

Referências Bibliográficas
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1. Camila G. Alves; Henrique G. Pinto. «A Trajetória intelectual de Pedro Pinchas Geiger


segundo suas obras na revista brasileira de geografia» (PDF). GeoBrasil. Consultado em 1 de
novembro de 2018
2. ↑ IBGE. «IBGE | Memória | história oral | p-q | Pedro Pinchas Geiger». memoria.ibge.gov.br.
Consultado em 9 de setembro de 2017
3. «Milton Santos foi um dos intelectuais mais importantes do país». Folha de S.Paulo. 24 de
junho de 2001. Consultado em 3 de fevereiro de 2021
4. ↑ Wikimedia Foundation (ed.). «Geógrafo Milton Santos é homenageado por doodle do
Google». G1. Consultado em 9 de dezembro de 2014
5. ↑ «Universidade reflete sobre legado do geógrafo Milton Santos». IBE USP. Consultado em 3
de setembro de 2017. Cópia arquivada em 2 de outubro de 2015.
6. PENA, Rodolfo F. Alves. "Milton Santos"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/milton-santos.htm.
7. https://blog.brkambiental.com.br/aquifero-guarani/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20o
%20Aqu%C3%ADfero,para%20o%20abastecimento%20da%20popula%C3%A7%C3%A3o.
8. SOUZA, L. S. B.; VERMA, O. P. Mapeamento de aquíferos na cidade de Manaus/AM (zonas
norte e leste) através de perfilagem geofísica de poço e sondagem elétrica vertical. Revista
Brasileira de Geociências, v. 19, n. 1, p. 111-127, 2006.
9. AZEVEDO, J. H. D. Fluxos subterraneos e recarga do Sistema Aquífero Alter do Chão em
lateritos amazônicos: Estudo de caso em Porto Trombetas, Pará. Tese de Doutorado,
Universidade de Brasília, Brasília, 139 p., 2019.
10. OKE, sediado em São Paulo; https://juntospelaagua.com.br/2015/08/21/os-8-maiores-
aquiferos-do-mundo/
11. MIRANDA, J , C e GONZAGA G, R , Departamento de Ciências Exatas, Biológicas e da Terra,
Universidade Federal Fluminense. PEREIRA M, M, Departamento de Ecologia, Universidade
do Estado do Rio de Janeiro; https://app.uff.br/riuff/bitstream/handle/1/15449/E%20a
%C3%AD,%20a%20%C3%A1gua%20vai%20acabar%20mesmo.pdf?sequence=1

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