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ROBERT K. MERTON
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Merton (1948), Discussão (de um texto de Parsons) – 2
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(7) Até este ponto, estou inteiramente de acordo com o que admito
serem as implicações da afirmação do Professor Parsons. Mas quando
sugere que a nossa tarefa principal seria dedicar-nos à “teoria”, melhor
do que a “teorias”, tenho que manifestar a minha total discordância.
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(10) Sem querer agora dizer que as ciências sociais devam seguir
acriticamente as práticas das suas parentes mais velhas, acredito que
isto nos oferece um exemplo prático. Nas primeiras etapas de uma
disciplina jovem, os seus representantes avançam tipicamente
pretensões extravagantes de terem desenvolvido sistemas teóricos
totais, apropriados para o leque completo dos problemas que a
disciplina engloba. Mas os sistemas sociológicos completos, como foi
o caso dos sistemas completos de teoria médica ou de teoria química,
devem agora abandonar o seu lugar a conjuntos de teorias limitadas,
menos imponentes, mas mais adequados. Não podemos esperar por
parte de alguém, seja quem for, que crie um sistema arquitectónico de
teoria que nos forneça um vade mecum completo para a solução dos
problemas sociológicos. A ciência, e mesmo a ciência sociológica, não
é assim tão simples.
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Esta observação foi, de alguma maneira, desenvolvida no meu artigo
“Sociological Theory”, American Journal of Sociology, 1945, 50, pp. 462-
473.
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(26) (c) Além disto, posso apenas mencionar, com uma brevidade que
poderá ser mal interpretada como asserção dogmática, que a minha
análise de estudos funcionalistas mostra que um inventário sintético
claro das “necessidades funcionais” ainda não foi desenvolvido. O
corajoso fracasso de Malinowski é apenas um testemunho – embora
impressionante – de uma deficiência mais geral. Sempre que alguém
parte do plano geral e formal da “ordem”, da “sobrevivência”, da
“motivação” e da “socialização”, para o plano das necessidades
especificas, identificadas e demonstráveis, em determinados sistemas
sociais, a concordância desaparece para deixar espaço a opiniões
muitos dispersas. Resta ainda, de facto, publicar um conjunto útil de
requisitos funcionais específicos e demonstráveis, paralelo, em termos
gerais, ao dos fisiologistas que os sociólogos funcionalistas,
tipicamente, tomam como protótipo. Sugiro, de passagem, que estas
insuficiências resultam de uma dificuldade metodológica bem
conhecida e no entanto básica: a facilidade com que os fisiologistas
podem recorrer a experiências destinadas a testar a utilidade das
variáveis intervenientes, correspondendo a determinadas necessidades
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Legenda:
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