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MINHA HISTÓRIA
Há quatro anos (em 2016), quando meu filho, João Artur, nasceu, eu
recebi o diagnóstico de APLV dele e isso mudou a minha vida por
completo. Meu filho tinha apenas 20 dias de vida.
O João Artur era IgE Nâo Mediado para a proteína do leite, reagia ao leite
materno e a traços domésticos e tinha, sobretudo, reações
gastrointestinais fortíssimas.
Durante esses cinco meses, meu filho sofreu, perdeu peso, e eu perdi
muitas noites de sono. Ele chorava e eu chorava junto. A minha vida
estava um caos até que, enfim, estudando muito com um braço e
amamentando ele com outro e fazendo dieta de restrição, eu consegui
entender tudo o que eu tinha que fazer.
Lá, no programa, você também encontra uma lista com produtos que são
livres de alergênicos, que são seguros para consumo. Tem também
cardápios para bebês que iniciaram a introdução alimentar, cardápio
para crianças de 1 a 10 anos, para adolescentes e para adultos. Nesses
cardápios, você encontrará muitas receitas rápidas, práticas, divertidas e
gostosas para que você possa realmente aproveitar esse momento.
Esse é o momento de ressignificar a alergia alimentar! Aproveitar o
momento em que alergia alimentar apareceu na sua vida para mudar os
hábitos alimentares da sua casa, para que todos fiquem mais saudáveis,
para que toda a família entenda a importância de todos estarem juntos e
ajudarem no dia a dia, porque a mãe não consegue fazer tudo sozinha.
Esse é o momento de lembrar toda a família da importância de se
comprar alimentos in natura , de irmos mais ao sacolão do que ao
supermercado, da importância de se cozinhar, da importância desse
hábito tão importante que muito temos perdido com a correria do dia a
dia. A alergia alimentar nos resgata isso, nos força a saber efetivamente o
que estamos comendo e a ler rótulos com mais atenção, por exemplo.
Eu tenho no meu programa, hoje, mais de 100 mães, ou seja, mais de 100
famílias e mais de 100 crianças com alergias alimentares, de múltiplas
idades, alérgicos múltiplos. O programa é para todos, independente
dos sintomas.
REAÇÕES MISTAS
A reação mista é feita com os soldados IgE, que são os anticorpos
Imunoglobulina E, e com outras células de defesa. Podemos dizer, então,
que soldados de patentes diferentes (que não aparecem nos exames de
sangue e nos exames de pele) também participam das reações mistas,
junto das IgE’s..
DICA
Se você quiser entender melhor sobre exames: quando fazer, para
qual tipo de alérgico, quando o médico pode solicitar, quando ajuda
no diagnóstico e tratamento e qual o tipo de alérgico não tem que
pedir exame nenhum (porque não auxiliará em nada e, muito pelo
contrário, pode atrapalhar o diagnóstico), eu já dei uma aula sobre
isso e ela está no meu canal do YouTube. Veja a minha aula sobre
“Exames para alergia alimentar”.
Para que esse tipo de reação aconteça, é necessário, portanto, que a
criança tenha dois tipos de soldados misturados no campo de batalha -
Imunoglobulina E e outras células inflamatórias, como linfócitos e
citocinas, por exemplo.
“Ju, meu filho tem dermatite atópica. Estou fazendo a dieta e tudo
está bonitinho. Dos outros sintomas gastrointestinais que ele tinha,
estão todos estabilizados. A dermatite atópica melhorou, mas não
totalmente. Pode estar tendo algum furo?”
“Ah, meu filho é asmático, então ele tem alergia proteína do leite?”
Dos sintomas não mediados, FPIES é o mais grave, pois pode resultar em
choque hipovolêmico . A criança começa a ter episódios de vômito
repetidas vezes, às vezes vômito à jato de difícil tratamento. A criança
perde muito volume. Depois de umas 3 a 5 horas do contato com a
proteína do alimento que causou a reação alérgica, pode virar diarreia,
ocasionando em grande perda de água, o que pode resultar na queda da
pressão, do volume sanguíneo e pode entrar em choque.
Das IgE’s mediadas, esse é o sintoma com o maior risco.
Se o seu filho tem alergia, ou se você está desconfiada disso, porque ele
tem esses episódios de vômitos que custam a passar e depois fica
apático, quase que desmaiando, ou em algumas vezes, até chega a
desmaiar, não fique esperando: vá ao hospital!
ALERTA, MAMÃE!
Muito, muito, muito cuidado com essa questão, por favor!
Já fiz uma aula falando apenas sobre isso no meu canal do YouTube,
JulianaMaiaNutriAPLV.
CUIDADO!
Se o intestino está inflamado, a gente tem que fazer a dieta correta para
pararmos a inflamação, ou seja, precisamos cuidar do intestino. Existem
até alguns suplementos que nos ajudam nisso, mas não é tirando o peito
que a situação vai resolver – essa é, na verdade, a pior decisão possível
para um alérgico.
O meu filho, João Artur, por exemplo, está curado da alergia alimentar
desde quando ele tinha um ano e dois meses. Contudo, hoje, com quatro
anos, ele está fazendo marcha atópica - ele tem alergia a ácaro.
Houve algum sintoma respiratório? Ok. Mas deu algum outro sintoma ou
esse acometimento respiratório foi isolado?
Se ele ocorreu de forma isolada, então é mais provável que não seja um
sintoma de reação alérgica.
Muco isolado;
A mãe me enviou uma foto das fezes do seu bebê. A foto realmente tinha
um vermelho bem vivo, mas algo não estava certo, porque aquilo não se
parecia com sangue. Quando a mãe foi investigar, o bebê tinha pegado
uma boneca com cabelinho de lã vermelha e comido ela. O vermelho no
cocô era um fiapo de lã vermelha.
DICA
Pegue um cotonete e esfregue-o contra as fezes. Assim, você
descobrirá se aquele vermelho trata-se de sangue mesmo ou de
alguma outra coisa, como um resquício de alimento (o que pode
acontecer no início, como o sistema digestório não está maduro e a
mastigação não é tão efetiva).
Coloração de fezes;
A gente tem que ter muito cuidado com fezes claras, ou seja,
branquinhas, que podem nos mostrar um comprometimento do fígado.
Se o seu bebê estiver com fezes claras, vá ao gastropediatra. Nesses
casos, sim, você deve acender um alarme.
ATENÇÃO!
Não se esqueçam: entrou com alimento, é preciso entrar, também,
com água.
Como é que está a dieta dessa criança? Será que tá ali no arroz, batata,
batatinha baroa, ou seja, com muito carboidrato? Isso prende o intestino
e as bactérias agem por mais tempo sobre o bolo fecal (o que deixa ele
mais escuro). Além disso, quando isso ocorre, gases são formados e a
criança fica com desconforto. Isso não é reação alérgica.
Um último alerta que eu devo fazer é que, algumas vezes, mães chegam
para mim com a seguinte fala:
“Ah, mas Ju, esses sintomas não estão muito característicos, ele
ficou mais desconfortável e não dormiu bem naquela noite…”
Várias coisas podem fazer com que o bebê não durma bem uma noite.
Então, não é só por que ele teve um pouquinho de gases ou de muco nas
fezes que a criança terá o diagnóstico de alergia alimentar.
Meu bebê vai fazer 6 meses. Após 27 dias com sangue nas fezes, ele estabilizou por seis
dias. Teve um novo episódio com sangue e está agora há 10 dias sem sangue nas fezes.
Devo desconsiderar os seis dias anteriores e contar esses 10 dias para fazer o TPO de traços
com um mês?
Esse TPO com esse intervalo foi recomendação da sua médica? Cada caso é um caso. Estamos
falando de TPO para fechamento de diagnóstico ou TPO para aquisição de tolerância?
Se for para conferir se houve a aquisição de tolerância e se antes ele reagia a traços, eu acho um
mês muito pouco. Nos meus pacientes eu espero mais tempo, porque quem é a mãe de alérgico
sabe como é angustiante você fazer um teste e, já de cara, ele dar negativo.
Por isso, como eu já tenho experiência na prática clínica (dentro de uma margem de segurança e
se o médico liberar para fazer o TPO em casa), eu sei qual é a média de tempo que as crianças
que têm aquele tipo de sintoma e que reagem àquele tipo de traço (ou alimento) costumam
adquirir a tolerância.
Na minha visão, esse é um tempo muito curto, mas, de qualquer forma deixa, o que eu posso
dizer é que contamos como “estável” após o último episódio de sangue.
Obrigada! Sou, aqui, mais uma mãe de alérgico que está tentando fazer a diferença na vida de
vocês. Eu fico muito, muito feliz em saber que eu faço! Isso me realiza muito.
Cada um de nós tem uma missão aqui, com certeza, e acredito que todos nós podemos fazer a
diferença na vida de outras pessoas. Às vezes, com uma coisa simples, às vezes com a parte
profissional... Enfim, essa é a minha missão e eu realmente fico muito feliz. Então, muito
obrigada.
Meu filho tem cinco meses e desde os três eu tento estabilizá-lo. Os maiores sintomas são
gastrointestinais, como (muito) sangue nas fezes. O que eu posso fazer? Já retirei traços
domésticos e industriais.
É preciso avaliar uma série de detalhes do dia a dia de vocês para descobrir de onde está vindo
esse contato. Depois de rever toda a dieta e os cuidados, ou seja, por último, nós revisamos os
medicamentos e os produtos.
Será que sua cozinha está realmente segura? Como foi feito o processo de descontaminação da
cozinha? É também preciso rever isso. Será que sua dieta está segura mesmo? Você conferiu
todos os produtos industrializados, se são realmente seguros?
Em último caso, se nada disso funcionar, partimos para a investigação de alergia alimentar a
algum outro alimento. Isso também pode acontecer.
Como sei se ele está estabilizado, se ele não tem assadura, nem manchas no corpo e nem
nenhum sintoma aparente? Mas ainda não ganha peso. Estou quase louca!
Primeiro: será que ele não está ganhando peso adequado mesmo? Aqui, estou falando sobre a
questão que falei neste material sobre o entendimento das curvas de ganho de peso. Veja a aula
que eu comentei que está no meu canal do YouTube sobre esse assunto, porque nela eu
aprofundo nessa temática.
Segundo: se seu filho realmente não estiver ganhando o peso adequado, ele está com o intestino
inflamado e está tendo contato com a proteína alérgena (que está causando alergia). Para
desinflamar, é preciso tanto cuidar da qualidade do intestino (tem algumas coisas que aceleram
muito esse processo de melhoria da inflamação intestinal) quanto rever todos os cuidados para
evitar um futuro contato com a proteína.
Estamos no TPO de diagnóstico. Os sintomas eram de dor abdominal, baixo ganho de peso,
diarreia ou constipação (dependendo da fórmula). Ele tolerou assados, mas hoje dei
panquecas e ele teve duas diarreias. Devo prosseguir o TPO de diagnóstico com ninho sem
lactose?
A primeira coisa é dizer é que o processo com os assados deve durar pelo menos 7 dias.
Outra coisa importante a esclarecer é que nós chamamos de “diarreia” uma tanto o aumento do
número de vezes de evacuações quanto a mudança na consistência das fezes. Duas evacuações
com fezes “moles” não chegam a ser consideradas diarreia.
É claro que esses episódios acendem um alerta na gente, mas é preciso ter com clareza até que
ponto isso é diarreia mesmo. Na dúvida, mantenha por mais uns dias essa fase do TPO, ou seja,
não evolua ainda. Observe se, ao longo do dia, ele vai ter mais evacuações e se a consistência vai
ficar cada vez menor. Então, na dúvida, pare aonde você estiver no TPO e aguarde para entender
melhor o que está acontecendo.
A minha filha de três anos é APLV. Descobrimos aos 7 meses e ela está em dieta, mas
continua com a barriguinha alta. Sempre que come ela sente dores e tem muco nas fezes.
Isso é, muito provavelmente, reação alérgica. É preciso investigar melhor e avaliar todo o cuidado
que está sendo feito com a criança. Se ela tem 3 anos, por exemplo, ela está na escolinha. Como
é que está esse cuidado lá?
Meu bebê é IgE Mediado. Com quanto tempo de estabilização é aconselhável fazer um novo
exame e TPO?
Para bebês IgE mediados, pelo menos uns 5 a 6 meses. IgE mediados tendem a adquirir a
tolerância um pouco mais tarde que o IgE não mediado.
Dependendo, também, do nível aí IgE que deu no exame, se foi bastante alto, esse tempo pode
ser até um pouco maior. Contudo, isso é muito individualizado. É muito difícil responder a isso
tipo de questão, porque, por aqui, eu não tenho acesso ao histórico clínico do bebê. Toda essa
avaliação precisa ser feita pelo alergista responsável pelo acompanhamento. Lembrando: nunca
faça TPO em crianças IgE mediadas sem o alergista!
Material escrito por Creation Space
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