Você está na página 1de 19

CopyRight © todos os direitos reservados

Sua dieta faz diferença nas cólicas do bebê? 3

O que são as cólicas e porque elas ocorrem 5

A diferença entre gases e cólicas no bebê 6

A alimentação da mãe no período de amamentação 7


..
Alcool 8

Cafeína 10

Leite de vaca 11

Chocolate 14

Outros alimentos muito comentados 15

Saúde mental das mães no período de amamentação 17


�UQI didaJ {pz; � fUUt céliau@ beoo?

Saber se a alimentação da mãe interfere na cólica do bebê é uma curiosidade de muitas


mamães em todo o mundo. Mas afinal, será que o leite materno influencia mesmo na
cólica do bebê?

Preparei esse material com muito carinho para falar sobre esse assunto que paira sobre a
cabeça das mães, mas já vou adiantando que, por mais que se fale muito sobre a relação
da alimentação das mães e as cólicas nos seus bebês, ainda não há comprovação nem
consenso sobre a questão na medicina.
Há, no entanto, vários estudos sobre a influência do leite materno na cólica do bebê e é sobre
esses estudos que iremos nos aprofundar aqui.

Mas lembre-se: O leite materno não é a causa de cólica, bebês que tomam fórmula infantil
também têm cólicas.

Mudar do leite materno para a fórmula não ajuda em nada e portanto não deve ser uma opção.

o mais importante é manter a calma e saber que você está passando por um momento que é
sim desafiador, mas também é passageiro.

Não tem nada de errado com o bebê que está com cólicas, gases, disquesia ou refluxo, sei que
o momento pode ser bastante frustrante mas ele faz parte do processo de desenvolvimento do
bebê, e se você está aqui, já vai conseguir ajudar muito seu bebê com as massagens do curso.

E por mais que o bebê chore muito, fique com o rostinho vermelho e pareça estar passando por
muito sofrimento, saiba que são apenas desconfortos, ele está mais assustado com a novidade
do que sentindo muita dor.

É como eu sempre digo, as cólicas doem mais nas mães do que no bebê!

Portanto mãe, continue firme, siga a sua intuição e faça as massagens do Programa Mães Que
Curam todos os dias que
com certeza você perceberá grandes resultados.

Quero que saiba que eu estou aqui pra te ajudar, assim como toda a minha equipe. Tudo o que
você precisar e tiver no nosso alcance, nós vamos fazer.

Desde já, muito obrigado pela confiança no meu trabalho.

Espero que você goste desse material.

o
As cólicas costumam aparecer a partir de duas semanas após o nascimento e persistem até
por volta dos 3 a 4 meses de vida.

No entanto, elas podem se estender um pouco mais, isso depende de cada organismo.

Para reconhecer se o seu bebê está sentindo cólica,perceba se durante o episódio de choro in­
tenso ele encolhe as perninhas, estica e se espreme, fica vermelho ou até roxinho, a barguinha
fica mais endurecida e, às vezes, ele elimina gases durante o choro, ficando muito difícil acal­
má-lo, esse choro costuma durar mais que duas horas seguidas.

A cólica não é grave e não é considerada uma doença, mas sim uma adaptação do sistema di­
gestivo do bebê. Nessa ida-de, esse sistema ainda está imaturo e os movimentos desse siste­
ma ainda estão descoordenados e desorganizados e é por isso que as massagens ajudam
tanto.
cA �e,iàt;�t;céliau M hehiJ
A diferença nem sempre é muito nítida, já que a cólica pode vir acompanhada de gases, mas
nem sempre um bebê com gases apresenta um episódio de cólica.

A cólica em bebês, como já expliquei, é mais dolorosa para ospequenos e acompanha um


choro muito agudo e persistente.

Já o acúmulo de gases são perceptíveis quando notamos a barriguinha estendida e as­


mãozinhas fechadas, como se estivesse fazendo força.

Atenção: Neste E-book apenas estou dando uma pincelada sobre os desconfortos de cólicas
e gases no bebê, que é o que temos evidências científicas quanto ao leite materno.

Porém, no Programa Mães Que Curam você tem acesso a aulas que explicam esses descon­
fortos mais detalhadamente, bem como o refluxo e a disquesia.
Assim como na gestação, não é preciso fazer uma dieta especial quando se
amamenta, mas a alimentação deve ter equilíbrio nutricional.

Isso significa ingerir muitas frutase legumes, grãos integrais como aveia e
arroz, além de cereais.

Esses alimentos, assim como a batata, a mandioca e o cuscuz também são


ricos em amido, que é uma importante fonte de energia.

Você também precisará ingerir proteínas e gorduras saudáveis como as


castanhas, o abacate e por aí vai.

Ou seja, nada diferente, a não ser que seu médico lhe recomende algo em
específico.

Além de uma alimentação saudável, é fundamental que a mulher beba bastante água, para
manter o organismo hidratado e garantir a produção de leite adequada.


De maneira geral, quanto melhor você se alimentar, melhor será para o seu corpo produzir o
leite, pois para que isso ocorra, nutrientes são necessários.

Porém, como você deve saber, existem alguns alimentos que podem gerar cólicas e gases no
bebê e é sobre isso que vamos falar agora.

Uma atualização em um compilado de estudos sobre


álcool e amamentação, publicado em janeiro de 2020
pela PubliMed, aponta que o consumo de álcool por
mães lactantes pode afetar o sono do bebê e até o seu
comportamente.

Mesmo assim, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) diz que o álcool não é contraindicado
na amamentação desde que seja utilizado com cautela.
Não há definido o que é um padrão seguro de consumo de álcool durante a lactação. O con­
sumo de álcool em grandes quantidades durante a amamentação pode causar atraso no
crescimento e diminuição do ganho de peso dos bebês.

Ainda de acordo com os estudos, um experimento com bebês que ingeriram leite materno
com presença de álcool, dormiam menos, choravam mais e se assustavam mais do que
depois de consumir leite sem álcool.

A substância também gera efeitos no corpo da lactante. De acordo com um estudo publica­
do no New England Journal of Medicine, o álcool tem potencial inibidor sobre a prolactina,
hormônio responsável pela produção de leite e, como resultado, pode ocasionar a redução
da fonte de nutrição do bebê.

Depois de uma noite ou de uma madrugada, não culpa­


mos uma mãe por desejar um pouco de estímulo.

Ser mãe é compreensivelmente cansativo, mas temos


boas notícias.

Com moderação, uma pequena quantidade de cafeína


não prejudicará seu bebê amamentado.

Embora vestígios de cafeína tenham sido encontrados no leite materno, a quantidade passa­
da para o bebê é geralmente muito pequena para ter efeitos adversos.
De acordo com o departamento de pediatria da Universidade de Harvard nos Estados
Unidos, apenas cerca de 1% da cafeína que uma mãe consome chega ao leite materno,
e essa quantidade minúscula não é suficiente para prejudicar a maioria dos bebês.

Para as mães que amamentam que desejam adotar a abordagem mais segura devem
considerar limitar a ingestão de cafeína a cerca de 300 miligramas (mg) por dia, de acordo
com a fonte confiável dos Centrosde Controle e Prevenção de Doenças ( CDC).

Essa quantidade de cafeína é equivalente a 2 a 3 xícaras de café. Mesmo o consumo de ca­


feína de mais de 300 mg é improvável que prejudique um bebê.

No entanto, o CDC observa que o consumo extremo de cafeína de mais de 10 xícaras por dia
pode causar sintomas no bebê, como agitação e nervosismo.

Dito isto, alguns bebês são mais sensíveis à cafeína do que outros.

Prematuros e recém-nascidos, por exemplo, podem ser um pouco mais sensíveis do que
bebês mais velhos.
Se você perceber que seu filho parece mais agitado, irritável, acordado ou hiperativo quando
você toma algumas xícaras de café, convém reduzir um pouco e ver se percebe uma melhora.

Lembre-se que não é apenas o café que contém a cafeína, fique atenta aos refrigerantes,
chás e chimarrão também.

Entre os anos 80 e 90 foram realizados muitos estu­


dos a respeito desse assunto. A maioria deles apon­
tam que quando a mãe toma leite de vaca em pe­
ríodo de amamentação, alguns bebês podem sentir
cólicas.

Um estudo publicado em janeiro de 1996 no Journal


of the American Dietetic Association analisou cuida­
dosamente os sintomas de agitação ou cólicas dos
bebês e como eles variavam com o consumo mater­
no de 15 alimentos diferentes.

O consumo materno de leite de vaca foi muito mais associado aos sintomas de cólica do que
o consumo de qualquer outro alimento.
Outro estudo descobriu que metade das mulheres com bebês com cólica que deixaram de
consumir leite de vaca tiveram uma melhora acentuada nos sintomas de cólicas dos seus
bebês.

Minha recomendação é: Tente retirar da sua dieta todos os lacticínios para fazer o teste. Esta
não é uma solução rápida, no entanto.

A proteína do leite de vaca pode permanecer no leite materno por até duas semanas após a
mãe parar de comer laticínios. Para ver se a queda de laticínios realmente faz diferença para
o seu filho, faça seu experimento alimentar durar cerca de 3 semanas. Em casos de bebês
com muitos gases, também indico a retirada de leite e derivados da dieta, na minha experiên­
cia clínica, isso traz ótimos resultados.

Outra possibilidade completamente diferente é o bebê ter alergia à proteína do leite de vaca
(APLV), nesse caso a resrição é necessária para o bem estar do bebê, e os sinto-mas dessa
alergia podem ser: coceira a pele, dermatite atópica, inchaço de lábios e pálpebras, refluxo
gastrointestinal, recusa alimentar, presença de sangue nas fezes, baixo ganho de peso.

Lembrando que nem todos os bebês vão apresentar todos os sintomas, se você desconfiar
que o seu bebê tenha APLV contate o pediatra o quanto antes.
No caso específico do chocolate, os mais comuns são alergia à proteína do leite de vaca
(APLV), intolerância à lactose e sensibilidade à cafeína.

Dito isso, os mesmos estudos citados acima (do leite de vaca e cafeína) podem ser utilizados
para o chocolate também.

Porém, é claro que estamos falando em quantidades maio-res de chocolate aqui, não tem
nada de errado você comer um pedaço de chocolate, por exemplo.

De novo, se for comer, por precaução espere algumas horas para amamentar, tenho certeza
que assim você não terá grandes problemas.
(&unct alimutw � ccmudadct

Existem outros alimentos muito comentados que a mãe con-some e que, segundo alguns rela­
tos, também contribuem para a cólica do bebê. São eles: feijão e lentilha, temperos apimenta­
dos em geral, ovos, brócolis e repolho.

Para esses alimentos, não existem muitas pesquisas que comprovam que eles podem gerar
cólicas de fato, porém já se sabe que são alimentos que contribuem para produção de gases
para quem come.

Talvez seja por esse motivo a suspeita que esse tipo de comida gera gases e cólicas no bebê,
mas como eu disse, não existe comprovação científica para essa afirmação.
Minha recomendação é: Tente retirar da sua dieta todos os lacticínios para fazer o teste. Esta
não é uma solução rápida, no entanto.

A proteína do leite de vaca pode permanecer no leite materno por até duas semanas após a
mãe parar de comer laticínios. Para ver se a queda de laticínios realmente faz diferença para o
seu filho, faça seu experimento alimentar durar cerca de 3 semanas.

Em casos de bebês com muitos gases, também indico a retirada de leite e derivados da dieta,
na minha experiência clínica, isso traz ótimos resultados.

Outra possibilidade completamente diferente é o bebê ter alergia à proteína do leite de vaca
(APLV), nesse caso a res-trição é necessária para o bem estar do bebê, e os sintomas dessa
alergia podem ser: coceira a pele, dermatite atópica, inchaço de lábios e pálpebras, refluxo
gastrointestinal, recusa alimentar, presença de sangue nas fezes, baixo ganho de peso.

Lembrando que nem todos os bebês vão apresentar todos os sintomas, se você desconfiar que
o seu bebê tenha APLV contate o pediatra o quanto antes.
Na cidade de Calgary, no Canadá, fizeram uma pesquisa na área de psicologia a fim de investi­
gar as percepções de novas mães sobre o papel da dieta materna no comportamento de choro
e choro infantil e explorar padrões de restrição alimentar em mulheres que amamentam.

E olha só, a maioria das entrevistadas acreditava que o choro do bebê por cólicas estava ligada
à sua alimentação e por isso, essas mulheres eliminavam itens de sua dieta na tentativa de
mudar o comportamento do bebê.

Os alvos típicos de eliminação foram cafeína, vegetais crucíferos (por exemplo, brócolis e re­
polho), alho e cebola, alimentos condimentados, glúten e feijão.
As mulheres geralmente viam as dietas de eliminação como uma extensão de escolhas neu­
tras feitas durante a gravidez, mesmo quando levavam a restrições extremas de dieta.

Essas mesmas pacientes participantes relataram sentir-se avaliadas pela sociedade por suas
escolhas de alimentação e, muitas vezes, julgadas com severidade. Muitas mulheres relata­
ram sentir-se confusas sobre aleitamento materno e algumas até param de amamentar o
bebê.

A conclusão desse estudo é que as mães em geral acreditam que a dieta materna influencia o
comportamento de choro do bebê, apesar de evidências científicas demonstrarem o contrário.

um desejo compreensível por um bebê calmo, bem como ser julgado favoravelmente por
amigos e familiares, pode levar as mulheres que amamentam a restringir sua dieta, muitas
vezes ao ponto de dificuldades.

É por isso que quero ressaltar aqui com você: Não tem nada de errado com seu leite materno,
não deixe de amamentar o seu filho ou filha por esse medo.

O aleitamento materno protege bebês e crianças pequenas de doenças perigosas. O leite ma­
terno é a primeira 'vacina' do bebê. A amamentação também é um dos responsáveis por criar
um laço maior entre mãe e filho.

O aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até os cinco anos, evita diarréia e infe­
cções respiratórias, diminui o risco de alergias, diabetes, colesterol alto e hipertensão, con­
tribui para o desenvolvimento da cavidade bucal, leva a uma melhor nutrição e reduz a chance
de obesidade.

Como eu disse no começo desse material, essa fase de cólicas, gases, ou qualquer outro des­
conforto vindo de um sistema gastrointestinal ainda imaturo vai passar. Mas vale salientar que
se o seu bebê tiver somente disquesia, esse sintoma não tem relação nenhuma com a alimen­


tação da mãe, ok? Somente as cólicas e os gases podem ter relação.
Faça as massagens do Programa Mães Que Curam todos os dias, pelo menos duas vezes ao
dia. Aplique o método da tinta azul, continue dando todo amor do mundo pro seu bebê.

Assim você já estará fazendo tudo o que você pode para ajudar o seu pequeno no que diz res­
peito às cólicas. Está tudo bem.

Espero de verdade que você tenha gostado desse material. Lembrando que nutrição infantil
não é a minha área de atuação, escrevi esse material apenas com o objetivo de tirar as dúvidas
que aparecem para mim diariamente.

Caso você tiver alguma dúvida mais específica ou se mesmo com esse material você ficar com
algumas questões na mente, procure um especialista no assunto para melhores esclareci­
mentos.

Muito obrigado por ter me acompanhado até aqui,

Dr. José Eduardo.

Você também pode gostar