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Nome: Klad Vek

Background:
Klad Vek nasceu em uma sociedade fragmentada, onde os vestígios de uma
civilização outrora grandiosa foram engolidos pelo caos e pela escuridão. Ele
cresceu nas sombras da muralha que cercava a comunidade que chamava de lar,
uma barreira frágil entre a humanidade e as terríveis monstruosidades que
assolavam o mundo exterior.
Desde jovem, Klad foi forçado a enfrentar os horrores que assombram sua
sociedade. Sua infância foi marcada por ataques constantes das criaturas
misteriosas que se aglomeravam além da muralha. Ele testemunhou a destruição e
a morte, e aprendeu desde cedo que a sobrevivência exigia força, astúcia e
determinação.
Embora tenha crescido em uma comunidade onde o medo e a desconfiança
reinavam, Klad sempre se destacou como um lutador incansável. Para um Tsahik
recém feito, Klad Vek, chamou atenção por não ter sido o segundo da história do
povoado a voltar de uma caçada sozinho sem o grupo de apoio.

Ritual de Adultez: Caça da Monstruosidade e Confecção da Capa de


Camuflagem
O ritual de adultez na sociedade de Tornagal envolve a prova de coragem e
habilidade dos jovens que buscam ser reconhecidos como membros plenos e
valorizados da comunidade. Este ritual centra-se em caçar uma monstruosidade
além da muralha, uma prova que testa não apenas a força física, mas também a
astúcia e a determinação do participante.

Preparação:
Antes da caçada, o jovem passa por um período de treinamento intenso,
onde aprende as técnicas de combate, rastreamento e sobrevivência necessárias
para enfrentar as criaturas que habitam as terras além da muralha. Eles são
orientados por guerreiros experientes da comunidade, que compartilham seus
conhecimentos e os preparam para os desafios que enfrentarão e forjam suas
armas de preferência em metal e da Madeira da “Árvore da Caçada”
A Caçada:
No dia do ritual, o jovem caçador parte antes do amanhecer, acompanhado
por um pequeno grupo de apoio. Eles se aventuram pelas terras selvagens além da
muralha, rastreando os movimentos da monstruosidade que escolheram como alvo.
A caçada pode durar dias, testando a resistência e a determinação do caçador.

O Confronto:
Quando finalmente encontram a monstruosidade, o verdadeiro desafio
começa. O jovem caçador deve enfrentar a criatura em um confronto direto, usando
suas habilidades e estratégias aprendidas durante o treinamento. A batalha é feroz
e perigosa, exigindo coragem e sangue frio para sair vitorioso.

A Confecção da Capa:
Após derrotar a monstruosidade, o jovem caçador colhe cuidadosamente a
pele da criatura, honrando o espírito do adversário caído. Esta pele é então levada
de volta à comunidade, onde é cuidadosamente preparada e transformada em uma
capa de camuflagem.
A capa de camuflagem é mais do que apenas uma peça de vestuário. Ela é
um símbolo de bravura e habilidade, indicando que o portador é um caçador
experiente e digno de respeito. A pele da monstruosidade confere ao portador uma
camuflagem natural, permitindo que se mistura facilmente com o ambiente ao redor,
uma vantagem crucial em futuras expedições além da muralha.

O Reconhecimento:
Ao retornar à comunidade com a capa de camuflagem, o jovem caçador é
recebido com celebração e admiração. Eles são reconhecidos como adultos plenos,
membros valorizados da comunidade, prontos para assumir responsabilidades
maiores e defender seu lar contra as ameaças que espreitam além da muralha.
Assim, o ritual de adultez da sociedade de Klad Vek não apenas desafia os
jovens a enfrentarem seus medos mais profundos, mas também os prepara para os
desafios e responsabilidades que enfrentarão como membros plenos de sua
comunidade.
A Caçada ao Grazzt:

Durante seu ritual de adultez ("Tsahik", que significa "jovem" ou "iniciante",


com "Kelut", que transmite a ideia de "caçador".), Klad Vek enfrentou uma
monstruosidade que se tornou conhecida entre os membros de sua comunidade
como Grazzt ou em português:"O Espreitador". Esta criatura era uma aberração
grotesca, com pele escamosa e olhos brilhantes que pareciam penetrar na alma de
qualquer um que os encarasse. Habitava profundas redes de canais pluviais antigos
afundados a séculos sob os escombros das antigas cidades. Ao adentrar nos
escuros túneis portando sua “Sharn” (espécie de lança com duas lâminas), Klad
apenas vê dezenas de ossadas dos mais variados animais e humanóides
organizadas em uma pilha semelhante a um ninho. Lá despertava a criatura, grande
e esguia e com pele escamosa e espinhosa sobre seis patas e afiadas garras além
de longa cauda, a criatura ataca sem pensar, some diante de seus olhos e apenas
ouve-se o som nas patas nos túneis úmidos.
Klad Vek sentiu seu coração acelerar enquanto a criatura emergia das
sombras dos antigos canais pluviais afundados. Seus olhos se fixaram na aberração
grotesca, o Espreitador, cujas escamas brilhavam à luz fraca que penetrava nos
túneis úmidos. O cheiro de mofo e podridão impregnava o ar enquanto a criatura se
preparava para atacar.
Com sua Sharn firmemente em mãos, Klad assumiu uma postura defensiva,
preparado para o embate iminente. Seus sentidos estavam alertas, cada músculo
tenso e pronto para agir. Enquanto o Espreitador avançava com suas garras afiadas
e cauda serpenteante, Klad se lançou para frente, sua lança girando habilmente no
ar.
O som metálico ecoou pelos túneis enquanto a Sharn de Klad encontrava as
escamas do Espreitador, faíscas voando no ar em meio ao tumulto da batalha. A
criatura era rápida e ágil, esquivando-se dos ataques de Klad e retalhando o ar com
suas garras mortais.
Em um momento de desespero, Klad viu uma abertura na defesa do
Espreitador e investiu com toda a força que possuía. Sua lança encontrou o ponto
fraco da criatura, perfurando sua pele escamosa e causando um rugido de dor ecoar
pelos túneis sombrios.
Ferido, o Espreitador recuou temporariamente, suas garras lançando-se para
trás em uma última tentativa de ataque antes de desaparecer nas sombras. Klad
permaneceu em alerta, sua respiração pesada enquanto observava os túneis vazios
ao seu redor.
Com o Espreitador momentaneamente afastado, Klad respirou fundo, sua
mente aguçada buscando qualquer sinal do próximo movimento da criatura. Os
túneis estavam mergulhados em um silêncio inquietante, quebrado apenas pelo eco
distante de suas próprias respirações.
Cautelosamente, Klad avançou pelos túneis, sua Sharn ainda em mãos,
pronta para qualquer eventualidade. Cada passo era calculado, cada sombra
examinada em busca de qualquer sinal do Espreitador.
De repente, um ruído sutil ecoou à distância, um arranhar suave contra a
pedra úmida dos túneis. Klad endureceu seus sentidos em alerta máximo enquanto
se preparava para o próximo confronto.
Então, de repente, o Espreitador surgiu das sombras mais uma vez, sua
figura sinistra contorcendo-se em meio à escuridão. Sem hesitação, Klad avançou
para enfrentá-lo, sua lança brandida com destreza e determinação.
A batalha iniciou-se com fúria renovada, os dois adversários se enfrentando
em um duelo mortal nos confins dos túneis abandonados. Klad lutou com
ferocidade, seus movimentos ágeis e precisos, enquanto o Espreitador investia com
selvageria, suas garras cortando o ar com ferocidade assassina.
Com uma rapidez assustadora, ele avançou sobre o grupo, suas garras
dilacerando a carne e os ossos dos caçadores com uma violência terrível. Os gritos
de agonia ecoaram pelos túneis enquanto o Espreitador lançava-se sobre seus
oponentes, sua fúria incontrolável ceifando vidas com uma eficiência mortal. Os
caçadores lutaram bravamente, mas estavam superados em força pelo monstro
implacável.
Em meio ao caos e à destruição, Klad Vek enfrentou uma angústia terrível,
testemunhando impotente enquanto seus companheiros de luta eram abatidos um a
um pelo Espreitador. Cada golpe desferido pela monstruosidade era uma ferida em
seu coração, uma lembrança cruel da brutalidade do mundo em que viviam.
Quando o tumulto finalmente cessou e o Espreitador desapareceu nas
sombras mais uma vez, Klad permaneceu sozinho entre os destroços do que um dia
foi seu grupo de apoio. Seus amigos e companheiros de caça jaziam mortos ao seu
redor, suas vidas ceifadas pela monstruosidade que agora espreitava nas
profundezas dos túneis.
A luta parecia durar uma eternidade, cada golpe trocado entre caçador e
presa ecoando pelos túneis em um dueto sinistro. Mas, finalmente, com um golpe
bem colocado, Klad conseguiu ferir gravemente o Espreitador, fazendo com que ele
recuasse em agonia, suas escamas manchadas de sangue brilhando à luz tênue do
troféu que aguardava para ser tomado enquanto agonizava em seus últimos
momentos.
Ofegante e exausto, Klad permaneceu no túnel escuro por um momento, sua
lança ainda erguida em posição defensiva. A batalha estava vencida, mas o perigo
ainda não havia passado completamente. Com cuidado, ele começou a fazer seu
caminho de volta para Tornagal, sua mente já pensando nas futuras ameaças que
aguardavam além das muralhas e nas memórias de seus companheiros mortos
materializadas nas armas e objetos dos caçadores caídos para que ele próprio se
tornasse adulto.
O Povoado: Tornagal
Descrição do Povoado:
Tornagal é um pequeno povoado situado nos limites da fronteira, cercado por
densas florestas e terras selvagens infestadas por monstruosidades. As casas são
construídas com materiais robustos e defensáveis, com muralhas rudimentares
erguidas em torno do perímetro para proteção contra ataques das criaturas.
Os moradores de Tornagal são descendentes de guerreiros e caçadores que
se estabeleceram na região após uma catástrofe antiga. Eles formaram uma
sociedade altamente militarizada e adaptada para enfrentar as ameaças constantes
das monstruosidades que assolam a região.
Estrutura Social:
A estrutura social de Tornagal é centrada na figura do Líder de Caça, um
indivíduo corajoso e habilidoso escolhido pela comunidade para liderar as
expedições de caça e proteger o povoado contra as ameaças das monstruosidades.
Abaixo do Líder de Caça, há uma equipe de caçadores experientes que são
encarregados de patrulhar os arredores e enfrentar as criaturas que se aproximam
das fronteiras do povoado.
Além dos caçadores, Tornagal conta com ferreiros especializados em forjar
armas e armaduras resistentes, curandeiros que tratam dos feridos das batalhas, e
guardiões que mantêm a segurança das muralhas e dos portões.
Costumes:
Os habitantes de Tornagal têm uma série de costumes e tradições que
refletem sua vida em constante perigo e sua devoção à proteção de seu lar. Alguns
desses costumes incluem:
​ Cerimônia de Iniciação: Quando os jovens atingem a idade adulta, eles
passam por uma cerimônia de iniciação que testa sua coragem e habilidade
em enfrentar as monstruosidades. Aqueles que se destacam são
reconhecidos como guerreiros dignos e recebem respeito e honra da
comunidade.
​ Vigílias noturnas: Todas as noites, os guardiões de Tornagal realizam vigílias
nas muralhas, mantendo-se alertas contra possíveis ataques das criaturas
que habitam as terras selvagens. Essas vigílias são consideradas um dever
sagrado e uma parte essencial da defesa do povoado.
​ Comemorações de Vitória: Quando uma monstruosidade é derrotada e o
povoado é mantido a salvo, os habitantes de Tornagal celebram com festivais
e banquetes, honrando os caçadores e guerreiros que arriscam suas vidas
pela comunidade.

O MITO FUNDADOR
“Tornagal, O Caçador-Mór”

Há muito tempo, nos tempos sombrios após a grande calamidade, quando a


luz do sol mal conseguia perfurar as densas nuvens que pairavam sobre a terra, um
guerreiro destemido emergiu das sombras da desolação. Seu nome era Tornagal , e
ele era tão forte quanto os ventos selvagens que uivavam pela terra desolada.
Tornagal caminhou sozinho pelos ermos, onde as criaturas sombrias
espreitavam entre as sombras famintas por carne humana. Com uma determinação
inabalável e um coração corajoso, ele enfrentou os horrores do desconhecido, sua
lâmina reluzindo como uma estrela solitária na noite sem fim.
Dizem que Tornagal percorreu terras esquecidas, desafiando monstros
lendários que assombravam os pesadelos mais profundos. Entre eles, uma
monstruosidade de proporções titânicas, conhecida como "O Flagelo das Terras
Ocultas", erguia-se como uma montanha negra contra o horizonte. Seus olhos
ardiam como brasas na escuridão, e seu rugido ecoava como trovões distantes.
Em uma batalha que durou dias, Tornagal enfrentou o Flagelo com a
coragem de mil guerreiros e a tenacidade de uma rocha inabalável. Ele mergulhou
nas profundezas do terror, sua alma fundindo-se com a lâmina que brandia, até que,
finalmente, ele emergiu vitorioso, coberto de cicatrizes e glória.
Conta-se que o sangue do Flagelo misturou-se com a terra, dando origem a
uma árvore antiga, cujos ramos se estendiam como garras para o céu. Esta árvore,
chamada de "Árvore da Caçada", tornou-se um símbolo de esperança e proteção
para os que viviam nas sombras da calamidade.
Assim, Tornagal tornou-se o primeiro Líder de Caça de Tornagal, guiando seu
povo na tradição da caça e da coragem. Sua jornada lendária inspirou uma geração
de guerreiros, que juraram defender seu lar contra as monstruosidades que
assombravam o mundo, mantendo viva a chama da esperança mesmo nos dias
mais sombrios.

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