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resenha do livro
Os restauradores
Camillo Boito
2002
idiomas
A leitura do texto de Camillo Boito, Os restauradores, apresentado na
Conferência feita na Exposição de Turim, em 1884, mostra claramente o original: português
quanto a teoria da Restauração evoluiu a partir de duas teorias
compartilhe
fundamentalmente antagônicas: a de ViolletleDuc e a de John Ruskin. O
amadurecimento é claro e é perceptível a proximidade dos princípios usados
na época (fins do XIX e começo do XX) e os de hoje.
043
Em Os restauradores, Boito chama a atenção para o fato de que restauração e
conservação não são a mesma coisa, sendo, com muita freqüência, antônimas.
Os conservadores são tidos como “homens necessários e beneméritos” ao passo
que os restauradores são quase sempre “supérfluos e perigosos”. Dessa
forma, dirige seu discurso sobretudo aos últimos, pregando a precedência da
conservação sobre a restauração e a limitação desta ao mínimo necessário.
Há abordagem em relação a formas de restauração de diversas artes:
escultura, pintura e arquitetura, cada uma tendo suas particularidades e
complexidades. A regra geral para a escultura era a de que não houvesse
completamentos, excetuandose quando fossem devidamente documentados (1),
pois os mesmos poderiam desfigurar a obra, levandoa por um caminho
totalmente diferente do que aquele previsto por seu autor.
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25/04/2016 resenhasonline 043.01: O pensamento de Camillo Boito | vitruvius
Em outros aspectos, muitas vezes as idéias apresentadas aproximavamse das
de Ruskin, principalmente ao apontar para a pouca intervenção que deveria
existir no monumento. Na verdade, esta aproximação referese ao mesmo
princípio fundamental, não alteração substancial do monumento, à medida que
Boito acreditava na necessidade de certas restaurações (2). Outra
característica presente em Ruskin que se desenvolve nessa teoria é a
valorização das ruínas como tal e por isso devese entender o
reconhecimento de sua beleza, de seu aspecto pictórico, na qualidade mesma
de ruína. Não há, por parte da teoria aqui analisada, a vontade de que as
mesmas voltassem ao aspecto original do edifício e sim a de que
permanecessem, de fato, como ruínas. Afastase aqui um possível
completamento com elementos novos, princípio com certeza adotado por
ViolletleDuc. Também o medo em relação à restauração como o grande perigo
distancia o pensamento de Boito dos escritos de leDuc, aproximandoo, mais
uma vez, a Ruskin.
notas
Ainda nesse caso, Boito enxerga tal ação apenas como “tolerável”.
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