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FACULDADE FACUMINAS

MARISTELA CÁSSIA SANTOS SILVA

Tutoria na Educação à Distância: Concepções


e Práticas em Foco

CONTAGEM - MG, 2024


FACUMINAS – FACULDADES DE MINAS

TUTORIA NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA:


CONCEPÇÕES E PRÁTICAS EM FOCO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à FACUMINAS de Coronel


Fabriciano – MG como requisito para obtenção do diploma do Curso
TUTORIA EAD E DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

CONTAGEM - MG, 2024


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................ 02

1.1 Histórico e marco legal da EAD no Brasil ................................... 05

1.2 Características Gerais do EAD ................................................... 07

2 JUSTIFICATIVA ............................................................................. 09

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................. 11

3.1 A Perspectiva da EAD segundo Peters ...................................... 13

3.2 A perspectiva da EAD segundo Maturana ...................................15

3.3 Outras perspectivas das Dinâmicas da EAD ...............................17

4 CONCLUSÃO .................................................................................

5 REFERÊNCIAS .........................................................................

6 ANEXOS...................................................................................... PÁG
1. INTRODUÇÃO

A educação a distância (EAD) tem se tornado cada vez mais presente em


nossa sociedade contemporânea, refletindo um crescimento significativo e uma
eficácia pedagógica sem precedentes. Através da democratização do
conhecimento e da viabilização da inclusão digital e social em uma escala
anteriormente inimaginável, a EAD tem se consolidado como uma modalidade
de ensino de grande relevância.
Ao percorrer as vias urbanas de municípios de dimensões médias e
extensas, ou ao examinar periódicos, é cada vez mais comum deparar-se com
anúncios de estabelecimentos de ensino que oferecem oportunidades nas
distintas modalidades do Ensino a Distância. Esse fenômeno reflete a expansão
e a aceitação generalizada da EAD como uma alternativa viável e eficaz para a
busca do conhecimento.
O progresso notável da Educação a Distância (EAD) no Brasil pode ser
atribuído, em grande parte, à disseminação das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC) no país. Conforme indicado por um levantamento do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado entre 2009 e 2011, o
computador com acesso à internet destacou-se como o item de maior
crescimento entre os bens duráveis eletrônicos, registrando um aumento
significativo de 39,8% em sua presença nos lares durante esse período.
Uma pesquisa conduzida pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias
da Informação e da Comunicação (CETIC.br) entre outubro de 2012 e fevereiro
de 2013 forneceu insights relevantes. Durante esse intervalo, constatou-se que
32% dos lares possuíam computadores de mesa, 23% dispunham de
computadores portáteis e 2% eram proprietários de tablets. O estudo também
revelou que 55% dos indivíduos consultados tinham acesso à internet. Ao
analisar a distribuição por faixa etária, observou-se que o grupo mais propenso
ao acesso à internet situava-se entre os 16 e 24 anos, com 83% desses
indivíduos já tendo utilizado a rede. No entanto, ao considerar apenas os últimos
três meses, os percentuais reduziram para 74% entre os jovens e para 49% no
público em geral.
A pesquisa destacou ainda, que 59% dos usuários da internet a utilizam
para fins educacionais. A estratificação por faixa etária revelou que todas as
faixas etárias fazem uso da internet para educação, sendo os jovens de 10 a 15
anos os mais frequentes, com 83% de utilização para fins educacionais. Essa
tendência diminui gradativamente até a faixa etária superior a 60 anos, na qual
24% declararam utilizar a internet para aquisição de conhecimento educacional.
1.1 Histórico e marco legal da EAD no Brasil

Embora a oferta de Educação a Distância não seja uma novidade, remontando


a mais de 160 anos, foi somente a partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que essa modalidade
foi oficialmente reconhecida no Brasil. Esse marco legal desempenhou um papel
crucial ao legitimar e institucionalizar a Educação a Distância no contexto brasileiro,
estabelecendo parâmetros normativos e diretrizes que orientam sua oferta e gestão,
conferindo-lhe um status formal no sistema educacional.

A implementação de cursos à distância em universidades públicas seguiu as


diretrizes operacionais estabelecidas pela Secretaria de Educação a Distância do
Ministério da Educação (MEC), sendo que a maioria dos cursos de graduação a
distância é financiada pelo MEC em instituições de ensino superior públicas. Esse
respaldo legal conferiu à modalidade a distância a base necessária para expandir-se
e evoluir em consonância com as demandas contemporâneas, contribuindo assim
para a significativa democratização do acesso ao ensino superior.

A trajetória histórica da Educação a Distância (EAD) desde o século XIX até


sua consolidação legal no Brasil em 1996, demonstra não apenas sua longevidade,
mas também sua capacidade de adaptação às transformações sociais e tecnológicas.
O reconhecimento oficial conferido pela legislação vigente impulsionou a EAD a
desempenhar um papel significativo no panorama educacional, atendendo às
necessidades de aprendizes em diferentes contextos e ampliando as possibilidades
de acesso ao conhecimento.
Ao longo de um extenso período, a EaD no Brasil esteve predominantemente
associada a iniciativas de educação supletiva e formação profissional de nível básico,
gerando a falsa percepção de que a implementação do ensino regular a distância seria
inviável. Os primórdios desse cenário foram marcados por cursos por
correspondência, apoiados por veículos de comunicação como rádio e televisão.
Somente a partir dos anos 1990, com a disseminação das tecnologias de informação
e comunicação, surgiram os programas oficiais e formais de EaD, esses programas
pioneiros, concebidos na década de 1990 sob a perspectiva regulamentar, estavam
centrados na formação continuada de professores da rede pública. Exemplos notáveis
incluem o Projeto Nave em São Paulo (Almeida, 2001), o Projeto Virtus em Recife
(Neves; Cunha, 2002) e o Projeto do Nied Unicamp, em colaboração com a
Universidade Estadual de Londrina e a Universidade Estadual de Maringá (Valente,
2000 apud Mugnol, 2009, p. 344).

Pesquisas indicam que, mesmo no final do século XIX, já havia oferta de cursos
de datilografia por correspondência no Rio de Janeiro, ministrados por professores
particulares, sendo que o marco oficial ocorreu em 1904 com a instalação das Escolas
Internacionais (Alves, 2009 apud Santos e Menegassi, 2018).

A criação da Secretaria de Educação a Distância (SEED) em dezembro de


1995 representou um marco, concentrando esforços em programas específicos para
a utilização de tecnologias educacionais, com foco na formação de professores a
distância, incluindo a TV Escola, Proinfo, Paped, Proformação e Rádio Escola
(Barreto, 2002, p. 92).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) expressa na Lei 9.394/96,


delineia diretrizes fundamentais para a Educação a Distância (EaD). Esta legislação
reconhece a EaD como uma modalidade de ensino válida e equivalente para todos os
níveis educacionais, estabelecendo critérios específicos para o funcionamento de
cursos nessa modalidade.
Uma das imposições destacadas é a necessidade de capacitação dos tutores
e professores que desempenharão funções nos referidos cursos – e posiciona o
ensino a distância como uma modalidade complementar ou em situações
emergenciais, com a obrigatoriedade para os municípios de oferecerem cursos
presenciais ou a distância para jovens e adultos com pouca escolarização (Art. 87). O
Plano Nacional de Educação de 2001, exigido pela LDB, reconheceu a EaD como um
meio auxiliar eficaz para enfrentar déficits educativos e desigualdades regionais.

Os Referenciais de Qualidade para Cursos à Distância, um documento


elaborado pela Secretaria de Educação a Distância/Ministério da Educação em 2007
(posteriormente vinculada à Secretaria de Ensino Superior - SESu em 2011),
oferecem insights relevantes diante da diversidade de modelos em EaD, resultando
em distintas possibilidades de composição dos recursos humanos necessários à
estruturação e operacionalização de cursos nessa modalidade. Em meio a esta
diversidade, identificam-se três categorias profissionais cruciais para a oferta de
qualidade: docentes, tutores e pessoal técnico-administrativo (Brasil, 2007, p.19-20),
os quais se encontram intrinsecamente ligados ao sucesso e eficácia da modalidade
educacional a distância.

A constante qualificação destas três categorias profissionais revela-se como


um imperativo para assegurar padrões elevados na oferta de cursos à distância. Tais
profissionais, ao atuarem na dinâmica da EaD, estão sujeitos a um cenário de
constante evolução e demandas mutáveis, exigindo, portanto, um comprometimento
contínuo com a atualização de conhecimentos e competências. A qualidade intrínseca
à oferta educacional a distância está vinculada à excelência destes profissionais -
destacando a necessidade de estratégias e políticas institucionais voltadas para a
promoção e sustentação de sua formação e aprimoramento.
Neste contexto brasileiro contemporâneo, a ênfase no reconhecimento da
Educação à Distância como uma opção educacional valiosa se intensifica. Diante
dessa ampliação da EaD, a investigação e análise das ações desenvolvidas tornam-
se imperativas, permitindo uma reflexão crítica e a proposição de estratégias
adicionais para os cursos, visando potencializar sua expansão em diversos níveis,
como Graduação, Extensão, aperfeiçoamento e Pós-Graduação.

A emergência de professores e tutores a distância na prática pedagógica


apresenta-se como um fenômeno digno de consideração. Para contextualizar o
panorama atual da EaD no Brasil, dados do Censo da Educação Superior de 2006
(Censo, 2010) demonstram que a expansão desta modalidade educacional superou
as expectativas iniciais. O referido estudo aponta um aumento significativo de 571%
na oferta de cursos de nível superior entre os anos de 2003 e 2006, com a participação
de estudantes a distância aumentando de 2,6% para 4,4%, representando um
incremento de 356%. Notavelmente, 73% desses estudantes estão matriculados em
instituições particulares.

Um relatório do CensoEAD.br sobre a expansão da Educação a Distância no


Brasil até 2009 revela que no nível de Graduação, houve um crescimento superior a
90% no número de alunos em relação a 2008, ultrapassando as expectativas iniciais
(Censo, 2010). Consequentemente, à medida que a oferta de cursos nessa
modalidade se amplia, surge a necessidade proporcional de docentes e tutores para
atender às crescentes demandas do ensino a distância.

Paralelamente, a busca por metodologias pedagógicas alinhadas às


especificidades dessa modalidade de ensino ganha destaque. À medida que os
cursos se multiplicam, diversificam-se também os modelos de EaD, seguindo uma
lógica na qual cada instituição define o escopo e o processo de gestão conforme as
premissas explicitadas em seus projetos pedagógicos e/ou planos de
desenvolvimento institucional.
1.2 Características da Educação a Distância (EAD)

A EAD configura-se como uma modalidade de ensino com características


distintas, diferenciando-se da abordagem tradicional presencial. Inserida em um
amplo processo de inovação educacional, a EAD destaca-se pela influência
determinante das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).
Em contraste com a educação presencial, a EAD estabelece metas,
atende a um público específico e emprega métodos, mídias e estratégias
singulares. De acordo com Peters (2003), a interação entre professores e
estudantes nesse contexto ocorre por meio da mediação de artefatos,
notadamente ferramentas tecnológicas, e predominantemente pela linguagem
escrita. Este cenário caracteriza um rompimento com a tradição acadêmica
presencial, na qual a interação se dá de maneira direta, predominantemente por
meio da linguagem oral.
A EAD, portanto - impulsionada pelas TICs, não apenas amplia o acesso
à educação, mas também inova nas formas de interação e comunicação entre
professores e estudantes. A influência das TICs na EAD representa um marco
significativo na evolução do ensino, abrindo novas possibilidades de
aprendizado e interação, e evidencia a importância crescente dessas
tecnologias no contexto educacional contemporâneo.
É imperativo compreender que a EAD não é simplesmente uma substituta
da educação convencional e presencial, mas sim uma modalidade de ensino
com características intrínsecas. Sua fundamentação na integração das
tecnologias de informação e comunicação exige uma reestruturação nos
processos educativos e uma abordagem diferenciada para alcançar
efetivamente os objetivos educacionais.
Nessa modalidade, o estudante tem mais autonomia para planejar seus
horários de estudo, podendo assistir às aulas e realizar as atividades no horário
que lhe for mais conveniente. Isso permite que o aluno concilie seus estudos
com outras responsabilidades, como trabalho e família.
A EAD representa uma abordagem educacional distinta, exigindo a
consideração cuidadosa de suas características únicas e a implementação de
estratégias específicas para garantir o sucesso educacional nesse ambiente
diferenciado que oferece uma série de benefícios que se destacam pela
flexibilidade e adaptação às necessidades individuais dos alunos. Essa
flexibilidade é evidenciada pelo acesso assíncrono a materiais e recursos de
aprendizagem, permitindo que os estudantes realizem as atividades no seu
próprio ritmo e revisem o conteúdo conforme necessário.
A centralidade do estudante no processo de ensino-aprendizagem na
EAD é fundamental. Nesse contexto, o aluno assume a responsabilidade por sua
própria aprendizagem, tornando-se proativo na busca pelo conhecimento,
participando ativamente das atividades propostas e interagindo com colegas e
professores por meio das ferramentas de comunicação online disponíveis.
No ambiente da EAD, o papel do professor é o de facilitador e mediador,
auxiliando e orientando os estudantes em sua jornada de aprendizagem. No
entanto, cabe ao aluno o protagonismo nesse processo, sendo responsável por
definir seus objetivos, organizar seu tempo de estudo e buscar os recursos
necessários para alcançar seus objetivos.
A abordagem da EAD enfatiza a autonomia e a responsabilidade do
estudante, promovendo uma dinâmica educacional na qual o aluno desempenha
um papel ativo em sua própria aprendizagem. A centralidade do estudante,
aliada ao papel de facilitador do professor, caracteriza a dinâmica única da EAD,
contribuindo para a formação de alunos autônomos, motivados e adaptáveis em
um ambiente de aprendizagem em constante evolução
Desse modo, o papel desempenhado pelo docente na Educação a
Distância tem passado por uma reconfiguração significativa, influenciada em
parte pelos avanços tecnológicos, mas sobretudo devido às mudanças no
paradigma educacional. Nesse contexto, o professor não mais desempenha o
papel exclusivo de detentor do saber, cuja função anterior era meramente a
transmissão de conhecimento aos discentes. Ao invés disso, ele assume o papel
de mediador no processo de aprendizagem, desempenhando a função de
problematizar, instigar e intervir, com o propósito de colaborativamente construir
o conhecimento junto aos educandos. É imperativo que a atuação educativa do
docente esteja centralizada na edificação de um processo educacional
fundamentado nos princípios da interatividade e criatividade. Nesse contexto, o
professor deve estimular discussões, suscitar dúvidas e fomentar a
aprendizagem dos estudantes.
A presença de uma equipe multidisciplinar, que colabora de maneira
cooperativa para a elaboração de cursos de graduação em Instituições de
Ensino Superior, assume relevância substancial, especialmente no âmbito da
tutoria, objeto de análise na presente investigação. A função desempenhada por
essa equipe se configura como um elo crucial entre os estudantes e os docentes,
desempenhando papel essencial na condução do processo educativo.
2 JUSTIFICATIVA

A temática da tutoria na Educação a Distância (EAD) tem ganhado destaque


significativo devido à expansão do ensino mediado por tecnologias. Nesse contexto,
a revisão de literatura sobre "Tutoria na Educação a Distância: Concepções e Práticas
em Foco" - se apresenta como uma abordagem crucial para a compreensão
aprofundada das dinâmicas, desafios e oportunidades associados a essa modalidade
de ensino.

O crescimento exponencial da EAD nos últimos anos demanda uma análise


criteriosa das concepções que permeiam o papel do tutor nesse cenário. A revisão de
literatura visa investigar e sistematizar as diferentes abordagens teóricas que
embasam a tutoria na EAD, destacando concepções pedagógicas, teorias da
aprendizagem e modelos instrucionais pertinentes. Ao examinar a literatura existente,
será possível identificar lacunas no conhecimento e áreas que necessitam de maior
investigação, contribuindo para a fundamentação teórica do campo.

Ademais, a análise das práticas de tutoria é fundamental para compreender


como os conceitos teóricos se traduzem na realidade educacional. A revisão de
literatura buscará explorar estudos empíricos que investigam as estratégias adotadas
pelos tutores, as interações tutor-aluno e os impactos dessas práticas no desempenho
acadêmico e na satisfação dos estudantes. A compilação dessas práticas permitirá a
identificação de modelos eficazes, bem como desafios comuns enfrentados pelos
tutores na EAD.
Além disso, a justificativa para esta revisão reside na necessidade de
compreender as implicações da tutoria na promoção da autonomia do aluno. A EAD
pressupõe uma maior autodisciplina e independência do estudante, e a revisão de
literatura pretende examinar como a tutoria pode ser um agente facilitador no
desenvolvimento dessas habilidades. Ao abordar essa perspectiva, a revisão visa
contribuir para a formulação de diretrizes e práticas que potencializem a autonomia
do aprendiz na modalidade a distância.

Em suma, a revisão de literatura sobre "Tutoria na Educação a Distância:


Concepções e Práticas em Foco" - justifica-se pela necessidade de aprofundar o
entendimento sobre os fundamentos teóricos que norteiam a tutoria na EAD, explorar
conceitos e compreender o impacto dessa modalidade de suporte no desenvolvimento
acadêmico e na autonomia dos alunos. A investigação sistemática desses aspectos
contribuirá para o avanço do conhecimento e para aprimorar as estratégias de tutoria
na Educação a Distância.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 A Perspectiva da EAD segundo Peters

Segundo Peters (2003), o crescente interesse na educação a distância está


intrinsecamente ligado aos avanços extraordinários nas telecomunicações, aliados às
tecnologias digitais que proporcionam vantagens logísticas e pedagógicas
inesperadas. Esses avanços incluem alguns fatores, como:

- Transmissão rápida de informações: As telecomunicações e as tecnologias digitais


possibilitam a transmissão rápida de informações em qualquer momento e lugar,
ampliando as oportunidades de aprendizagem;

- Aprendizagem autônoma: Proporcionam reais possibilidades para a aprendizagem


autônoma, permitindo que os estudantes tenham maior controle sobre seu processo
de aprendizado;

- Maior interatividade: As tecnologias digitais promovem maior interatividade entre os


estudantes e os materiais de ensino, enriquecendo a experiência educacional;

- Orientação aprimorada: Permitem uma orientação mais eficaz para os estudantes,


possibilitando um acompanhamento mais individualizado e adaptado às necessidades
específicas de cada aprendiz;

- Individualização mais efetiva: Contribuem para a individualização mais efetiva do


ensino, permitindo a adaptação dos conteúdos e métodos de acordo com as
características e ritmos de aprendizado de cada estudante;
- Qualidade superior nos programas: Tais avanços propiciam a implementação de
programas de EAD com qualidade superior, capazes de atender às demandas
educacionais contemporâneas de forma eficaz.

Diante desses fatores, a Educação à Distância, impulsionada pelos avanços


tecnológicos e respaldada pelo reconhecimento legal, desempenha um papel crucial
na democratização do conhecimento, na promoção da aprendizagem autônoma e na
adaptação às necessidades educacionais contemporâneas. A perspectiva de Peters
(2003) destaca a importância desses avanços para a efetividade e relevância
crescente da EAD no cenário educacional atual.

A partir das investigações de Peters (2003), surge um paradigma adicional de


tutoria que preserva parcialmente a essência da abordagem tradicional. Nesse novo
contexto, os tutores não desempenham o papel de docentes, mas são concebidos
como conselheiros e companheiros dos estudantes, incumbidos de assessorá-los em
questões gerais e estabelecer uma relação pessoal.
3.2 A Perspectiva da EAD segundo Maturana

A natureza da aprendizagem e do conhecimento é profundamente influenciada


pelo ambiente e pelas relações estabelecidas. Maturana (1993) destaca a importância
de uma educação que reconheça e aceite o outro como uma entidade legítima em sua
existência, promovendo respeito e valorização das diferenças culturais. Esses
princípios se manifestam nas experiências vividas por professores e tutores durante
sua atuação no espaço e tempo determinados.

Apesar das responsabilidades distintas, professores e tutores podem criar uma


cultura em que suas ações sejam coordenadas, baseadas na convivência e interações
recorrentes. Essa cultura surge das transformações experimentadas pelos
participantes ao longo dessa convivência, essencial para a construção de uma
compreensão mútua.

Para Maturana (2004), a superação de uma cultura já estabelecida, como a


definição de papéis entre professores e tutores, ocorre por meio do estabelecimento
de redes de conversações, marcadas por participação, inclusão, compreensão,
emoções, acordo, cooperação, respeito, coinspiração (cooperação intensa e
simultânea) e coordenação de ações entre ambos. Essa abordagem destaca a
importância de uma interação construtiva e colaborativa, favorecendo a evolução das
práticas educacionais e a criação de ambientes propícios ao aprendizado significativo.

A tutoria é concebida como um componente integrante da estrutura


universitária, onde o tutor não assume responsabilidades no processo de ensino,
atuando exclusivamente como conselheiro. Dessa forma, a concepção de tutoria está
vinculada à imagem de uma pessoa que oferece assistência nos estudos de maneira
mais restrita.
Observa-se uma diversidade terminológica e funcional associada a esse papel.
O termo "tutoria" tem sido utilizado de maneira indiscriminada, gerando confusão
quanto ao seu papel, ora concebido como conselheiro/a, guia, orientador/a,
multiplicador/a, instrutor/a, companheiro/a e monitor/a. Torna-se imperativa, portanto,
uma redefinição do termo para transcender a visão de tutoria como suporte que
ampara, protege, guia e defende.

Ao explorar a literatura dedicada ao papel desempenhado pela tutoria, diversas


perspectivas acerca desse tema são encontradas. Segundo Gonzalez (2005, p. 12),
o papel da tutoria ultrapassa os limites conceituais estabelecidos por sua
nomenclatura, pois, em sua função primordial, o tutor é um educador. O autor destaca
que a tutoria representa "o tênue fio de ligação entre os extremos do sistema
instituição-aluno. O contato a distância impõe um aprimoramento e fortalecimento
permanente desse elo, sem o qual, perde-se o foco".
3.3 Outras perspectivas das Dinâmicas Educacionais do Ensino a Distância

Diversos estudiosos, incluindo Emereciano, Souza e Freitas (2001), Martins


(2001), Gonzalez (2005) e Maggio (2001), defendem que, apesar das especificidades,
o trabalho da tutoria mantém a essência da ação educativa desenvolvida pelo
professor. O tutor é percebido como um elemento essencial que, ao mediar entre o/a
estudante e as informações, fornece direções, indica caminhos e facilita a construção
do conhecimento. Alguns desses autores optam por designar o tutor como professor-
tutor.

Silveira (2005) conceitua o tutor como um educador, integrante da equipe


multidisciplinar da Educação a Distância (EAD), encarregado de debater estratégias
de aprendizagem, fomentar a criação de itinerários acadêmicos, problematizar o
conhecimento e estabelecer diálogo com o aluno, desempenhando assim o papel de
mediador do conhecimento.

Além do simples acompanhamento pedagógico, a tutoria assume a


responsabilidade de criar um ambiente propício à construção do conhecimento pelos
estudantes, buscando ativamente envolvê-los no processo de aprendizagem.
Conforme disposto no Referencial de Qualidade para a Educação Superior a
Distância, elaborado pela Secretaria de Educação a Distância: “A tutoria desempenha
um papel essencial no contexto dos cursos superiores a distância, contribuindo para
o aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem, além de desempenhar
um papel crucial no acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico” (BRASIL,
2007).
Blum (2004) destaca que a tutoria deve desempenhar o papel de estimulador/a,
motivador/a e orientador/a do/a estudante, sendo incumbida de adquirir
conhecimentos abrangentes. Nesse contexto, a ênfase recai sobre a função
motivadora da tutoria, tornando-se essencial manter o/a estudante envolvido/a com o
curso, prevenindo desistências. Conforme sublinha Torres (2007, p. 34), "O papel de
motivador inclui a capacidade de estimular os/as estudantes em busca de respostas
e de aprofundamento, de auxiliá-los nos momentos de dúvidas e dificuldades na
trajetória do curso a distância, de auxiliá-los com as dificuldades acadêmicas,
tecnológicas e, muitas vezes, pessoais, de ser uma presença (mesmo que virtual)
capaz de romper a solidão e o isolamento experimentado pelos estudantes a
distância."

No entendimento de Mattar (2012), o termo "tutor" é infeliz na EaD, pois remete


ao contexto jurídico, onde o tutor exerce a tutela, ou seja, a proteção de alguém
considerado mais frágil. Essa conotação pode levar a uma visão pejorativa da
atividade de tutoria, sendo interpretada como um rebaixamento da função docente.

Nesse sentido, algumas discussões sugerem a superação do termo "tutor" na


EaD. Bruno e Lemgruber (2009) propõem a utilização do termo "professor-tutor",
argumentando que o tutor a distância desempenha, de fato, um papel docente e não
meramente como um animador ou monitor no processo educacional a distância. Essa
proposta visa reforçar a natureza educativa do papel do tutor a distância, afastando-
se de estigmas que possam subestimar sua relevância no cenário educacional.

A importância e complexidade do papel da tutoria em um sistema de Educação


a Distância (EAD) demandam que o tutor tenha habilidades para conduzir práticas
educativas, formativas e mediadoras. A função do tutor deve ser estratégica, já que
seu papel principal é mediar entre o currículo, os interesses e as habilidades dos
estudantes.
Na modalidade de Educação a Distância (EAD), a tutoria desempenha uma
função crucial, uma vez que é por meio dela que se assegura a integração de todo o
sistema de ensino e aprendizagem. Portanto, a atuação da tutoria não deve ser
percebida unicamente como um simples acompanhamento, mas sim como uma
orientação individualizada e cooperativa, respaldada por uma abordagem pedagógica
centrada no ato de aprender que disponibiliza ao estudante recursos para alcançar os
objetivos do curso, promovendo pleno desenvolvimento de sua autonomia em sua
trajetória.

É evidente que a ação orientadora da tutoria requer um planejamento


cuidadoso, sendo necessário traçar estratégias de orientação que levem em conta os
conhecimentos prévios, interesses e objetivos dos estudantes. Essa abordagem é
crucial para garantir o sucesso e a eficácia da tutoria na Educação a Distância.

No contexto do ensino a distância (EAD), o papel desempenhado pela tutoria é


fundamental para o desenvolvimento efetivo do processo de ensino e aprendizagem.
Conforme elucidado por Martins e Arredondo (2001, p. 171), é por meio da ação da
tutoria que se "garante a interrelação personalizada e contínua do aluno no sistema e
se viabiliza a articulação necessária entre os elementos do processo e a consecução
dos objetivos propostos".

Ao examinarmos a literatura, observamos que as funções atribuídas à tutoria,


tais como orientação, acompanhamento, motivação, mediação e avaliação, se
entrelaçam de maneira a formar um conjunto de responsabilidades distintas. Assim,
diversos estudiosos, como Maggio (2001), Emereciano, Souza e Freitas (2001),
Martins e Arredondo (2001) e Gonzalez (2005), sustentam a ideia de que o papel da
tutoria vai além da simples função de "tirador de dúvidas" ou "conselheiro". Em sua
missão primordial, a tutoria se configura como um agente educador engajado no
processo de ensino e aprendizagem. Este educador, ao colaborar com a articulação
entre estudante, instituição, especialistas, professores e tutores, promove a
construção tanto individual quanto coletiva do conhecimento.
Além disso, a tutoria assume o papel de facilitar a interação, o diálogo e a troca
de experiências, estimulando o desenvolvimento da autonomia do estudante. Seu
papel se estende à mobilização dos estudantes para a busca crítica e reflexiva do
conhecimento, incentivando sua participação em atividades colaborativas e
cooperativas. Essa perspectiva ressalta a importância da tutoria como um
componente crucial no contexto da EAD, transcendendo as limitações de meramente
sanar dúvidas ou oferecer conselhos.

A complexidade inerente ao papel da tutoria é evidente, exigindo uma interação


constante baseada no diálogo. Sua atuação junto aos estudantes deve ser mediadora
e articuladora de todo o processo de aprendizagem. Como destaca Pretti (1996, p.
45), o tutor representa um elemento dinâmico e essencial no processo ensino-
aprendizagem. Ele fornece suportes cognitivos, metacognitivos, motivacionais,
afetivos e sociais, visando um desempenho satisfatório dos estudantes ao longo do
curso. A participação ativa do tutor em todo o processo é essencial, sendo crucial
estabelecer uma vinculação dialogal e uma colaboração efetiva entre o tutor, o
professor/especialista e a equipe pedagógica.

Conforme apontado por Gonzalez (2005), é incontestável que a tutoria


desempenha atividades educativas e, como tal, deve ser reconhecida como uma
função docente. Reforçando essa perspectiva, Maggio (2001) e Emereciano, Souza e
Freitas (2001) argumentam que o trabalho da tutoria incorpora a essência da ação
educativa realizada pelos professores, levando esses autores/as a preferirem a
designação de "professor-tutor".
É imperativo considerar que a prática de tutoria deve adotar uma abordagem
centrada na construção do conhecimento, afastando-se de modelos tradicionais de
ensino baseados na mera transmissão de informações. Nessee sentido, Machado e
Machado (2004) destacam a necessidade de reavaliar os papéis dos principais
agentes envolvidos no processo de ensino e aprendizagem em cursos na modalidade
à distância, particularmente o papel dos professores. É crucial evitar a reprodução de
concepções tradicionais sobre o papel do professor, aluno e tutor nos ambientes
atuais de educação a distância.

Assim, o professor deve orientar sua prática conforme o novo paradigma,


atuando como mediador da aprendizagem, promovendo a abertura de canais para
intervenções e diálogo, e problematizando efetivamente o conhecimento. Ao assumir
o papel de mediador pedagógico, o professor concentra-se na aprendizagem do
aluno, reconhecendo-o como o centro do processo educativo e buscando favorecer a
construção individual e coletiva do conhecimento.

Diante desse contexto, torna-se fundamental que a atuação da tutoria seja


guiada por uma perspectiva de construção do conhecimento, com foco na
aprendizagem, na participação dos estudantes, na interação entre eles, na pesquisa,
no debate e no diálogo. Essa abordagem visa favorecer a produção do conhecimento
e proporcionar uma experiência mais enriquecedora para os envolvidos no processo
educacional.

Pode-se dizer que a Educação à Distância (EAD) é uma modalidade


educacional complexa, caracterizada por uma variedade de nomenclaturas ao longo
do tempo e em diferentes contextos, como ensino a distância, aprendizagem a
distância, estudo independente, entre outros. Keegan (1996) destaca a diversidade
de terminologias e ressalta que nem todas são sinônimas, porém, considera o termo
"educação a distância" como um termo genérico que inclui a gama de estratégias de
ensino e aprendizagem utilizadas por diferentes instituições que adotam essa
modalidade.
Belloni (2006) destaca a construção da definição da EAD à partir da descrição
das principais características distintivas. Sarmet (2003), em sua pesquisa de
mestrado, complementa essa compreensão ao apontar elementos como a distância
entre professor e aluno, a ruptura temporal no processo educacional, a mediação por
aparatos tecnológicos, a flexibilidade na estruturação dos conteúdos e a ênfase na
autonomia do aluno como gestor de seu próprio processo de aprendizagem.

A EAD enfrenta altas taxas de abandono devido à redução dos contatos


pessoais entre professores e alunos. O trabalho solitário pode predispor os estudantes
a um desestímulo significativo, destacando a importância da orientação tutelar
fundamentada em princípios sólidos ao longo de todo o processo.

Nesse sentido, Martins e Arredondo (2001, p. 192-193) salientam quatro


princípios essenciais para a tarefa orientadora:

1. Integralidade: Considerar as dimensões pessoais do aluno, abrangendo


aspectos biológicos, psíquicos, sociais e acadêmicos.

2. Universalidade: Dedicação a todos os estudantes sob tutela, levando em conta


os diversos ritmos de aprendizagem.

3. Continuidade: Orientar as tarefas de forma contínua e ao longo do processo,


evitando fragmentações ou interrupções.

4. Participação: Manter a coordenação e participação entre todos os professores


tutores envolvidos nos diferentes cursos, visando alcançar os objetivos de
aprendizagem com todos os estudantes, sem negligenciar as diferenças individuais
nos ritmos de aprendizagem.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Ensino à Distância (EaD) é permeado pela crescente importância e


relevância que essa modalidade de ensino adquiriu, especialmente em contextos
dinâmicos e tecnologicamente avançados. A evolução do EaD representa uma
resposta adaptativa aos desafios contemporâneos, proporcionando oportunidades de
aprendizado flexíveis e acessíveis.

Ao considerarmos o EaD, é crucial reconhecer tanto seus benefícios quanto


seus desafios. A flexibilidade temporal e geográfica, a personalização do aprendizado
e o acesso a recursos diversificados são pontos positivos. No entanto, é essencial
abordar questões relacionadas à interação aluno-professor, à motivação dos
estudantes e à necessidade contínua de infraestrutura tecnológica confiável.

O sucesso do EaD depende não apenas da implementação eficaz de


plataformas tecnológicas, mas também do comprometimento institucional em
proporcionar um ambiente de aprendizado robusto. A inclusão de estratégias
pedagógicas inovadoras, o apoio ativo dos tutores e a criação de comunidades virtuais
de aprendizagem são elementos fundamentais para otimizar a experiência do aluno.

À medida que o EaD se consolida como uma alternativa viável e complementar


ao ensino presencial, é imperativo continuar a pesquisa e o desenvolvimento nessa
área. A compreensão das melhores práticas, a análise contínua do impacto das
tecnologias educacionais e a adaptação constante às necessidades dos aprendizes
são essenciais para garantir que o EaD continue a evoluir como uma ferramenta eficaz
para a disseminação do conhecimento em escala global.
REFERÊNCIAS

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2. BELLONI, M. L. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 2006.

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Brasil. Brasília, DF, 27 abr. 1998. Disponível em: link. Acesso em: 15 fev. 2024.

7. BRASIL. Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o art. 80


da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e dá outras providên- cias. República
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