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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO CAMPUS -VII


CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA
DISCIPLINA: SEMIÓTICA
DOCENTE: ROSIELLEM CABRAL
DISCENTE: ANA BEATRIZ DIAS MEDEIROS
ANA VITÓRIA DIAS MEDEIROS

SEMIÓTICA PEIRCIANA: ANÁLISE DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA DA


APARECIDA.

Resumo: A Semiótica fundamentada na teoria de Charles Sanders Peirce permite a


compreensão da linguagem em todas as suas formas, incluindo a verbal e a não-verbal. o
objeto de estudo desta análise é a imagem de Nossa Senhora da Aparecida em conjunto com a
semiótica que investiga como os signos constituem significados e sentidos, não apenas na
linguagem, mas em qualquer fenômeno comunicativo. Reconhecer a diversidade de formas
de linguagem além da verbal, como gestos, expressões e imagens, que desempenham um
papel crucial na comunicação humana. A abordagem peirceana da Semiótica amplia para
além da linguagem verbal, buscando entender como os signos operam em diversos contextos,
desde sinais simples até conceitos abstratos da ciência. A Semiótica é uma ferramenta
poderosa utilizada para analisar e compreender os processos de significação em todas as
formas de comunicação existentes assim como na imagem de Nossa Senhora Aparecida.
Palavras-chave: Semiótica, Nossa Senhora da Aparecida, peirceana.

INTRODUÇÃO

Para a compreensão e entendimento da semiótica, temos como aporte teórico C. S.


Pierce, como relevância para a análise semiótica da imagem de Nossa Senhora da Aparecida.
Compreender a diferença entre língua e linguagem, bem como entre linguagens verbais e
não-verbais, como ponto de partida para o entendimento da Semiótica, ademais que à
predominância da língua na comunicação humana, muitas vezes as pessoas tendem a ignorar
a diversidade de formas de linguagem que existem além da linguagem verbal, ademais que há
a existência de diversas formas de comunicação não-verbal, tais como imagens, gestos,
expressões, entre outras, que também desempenham um papel crucial na comunicação
humana que são analisadas e estudadas em várias áreas, através da semiótica.

A abordagem peirceana da Semiótica busca entender como os signos constituem


significados e sentidos na linguagem, assim como em outros fenômenos. Isso significa que a
Semiótica não se limita apenas à análise da linguagem verbal, mas também se estende a todos
os tipos de sinais e sistemas de comunicação, desde sinais simples, como uma luz piscando,
até conceitos abstratos da ciência.

De acordo com Lúcia Santaella (1983, p. 2 ) semiótica é a ciência do signo cujo seu
objeto de investigação são todas as formas de linguagens possíveis, ou seja, tem por objetivo
o estudo dos modos de estrutura de todo e qualquer signo como fenômeno de produção de
significação e de sentidos.

De acordo com a autora, o surgimento e desenvolvimento teórico da semiótica se


deu através do norte-americano, linguista, matemático e filósofo C. S. Peirce, aborda as
categorias universais para explicar uma ampla gama de fenômenos naturais e psicológicos,
enfatizando sua natureza dinâmica e sua aplicabilidade em diferentes contextos quanto às
definições e classificações de signos que são descritas como logicamente gerais e exigem um
alto nível de abstração para compreensão.

A semiótica pierceana tem como propósito investigar o modo como se constitui um


signo na produção de significação e de sentido na linguagem busca entender a ação de signos
em todos os tipos de fenômenos, desde uma simples luz até teoremas matemáticos ou
conceitos abstratos da ciência. As categorias peirceanas, também conhecidas como tricotomia
ou triadismo de Peirce, referem-se aos três modos fundamentais de relação entre signo, objeto
e interpretante, que são:
A primeiridade que se refere à qualidade de uma experiência ou fenômeno em si
mesmo, sem relação direta com outros fenômenos, ou seja, representa algum objeto de
estudo. É o aspecto de pura possibilidade, potencialidade ou sentimento imediato.

Segundidade envolve a relação direta entre um signo e seu objeto, destacando-se a


noção de reação, resistência ou confronto. É o aspecto de efetividade ou confronto imediato
com a realidade, ou seja, o objeto é aquilo para o qual o signo faz referência pode ser algo
real, imaginário ou abstrato.

Terceiridade se relaciona à mediação de um signo entre outros signos, envolvendo


uma interpretação ou representação, ou seja, o interpretante é a compreensão ou interpretação
que o observador faz do signo em relação ao objeto, o aspecto de mediação, generalidade ou
lei. Essas categorias são fundamentais para o processo de significação, de acordo com a teoria
semiótica peirceana. (JOLY, 1996, p. 33). Apud (MELO e MELO. 2015, p. 31)]

De acordo com Sousa (2004), as formas de comunicação são compostas por um


conjunto de signos que adquirem sentido ou significação ao ser associado a outras coisas
imaginárias, como conceitos, ideias e sonhos, ou materiais como frutas, animais, mesas,
pedras, etc. As formas existentes de comunicação na sociedade são diversas, assim como a
compreensão de cada significação que pode variar de acordo com o qual ambiente que se
insere o emprego dos signos que são determinantes para o processo de compreensão.

ANÁLISE SEMIÓTICA PEIRCEANA DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA


DA APARECIDA

Partindo da visão peirceana, o objeto para este estudo na imagem de “Nossa Senhora
da Aparecida”, será utilizado como percurso para esta análise semiótica. As categorias
fenomenológicas e tricotomias.
Figura 1: Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida
Fonte:
https://www.igreja-catolica.com/nossa-senhora-aparecida/santuario-nacional-de-nossa-senhora-aparec
ida.php

A imagem de Nossa Senhora Aparecida é um ícone religioso que representa a figura


de uma mulher, retratada com uma coroa na cabeça, um manto azul e branco, segurando o
Menino Jesus em seus braços em conjunto com o terço em sua mão. Nossa Senhora
Aparecida muitas vezes possui semelhança física com as representações tradicionais de
Maria, mãe de Jesus, na iconografia cristã. A figura está associada ao contexto religioso e à fé
cristã, especialmente no catolicismo. Ela é um índice da devoção, da intercessão e da
proteção materna que os fiéis buscam através da veneração a Maria, também pode ser vista
como um símbolo da fé, da esperança e da proteção divina para os fiéis que acreditam em sua
intercessão.

O objeto referenciado pela imagem de Nossa Senhora Aparecida é Maria, mãe de


Jesus, venerada na tradição católica como a padroeira do Brasil sob o título de Nossa Senhora
Aparecida. O interpretante da imagem de Nossa Senhora Aparecida pode variar de acordo
com a perspectiva e a experiência do observador. Para os fiéis católicos, a imagem pode
representar fé, devoção, esperança, proteção e intercessão divina. Para os não religiosos, a
imagem pode ser interpretada como um ícone cultural e histórico, refletindo a importância da
religião na sociedade.

Para um simples observador, a gravura analisada pode vir a ser uma mulher comum
com um filho em seu colo representando a igreja católica, pelo fato do terço como evidência
em suas mãos. Em suma, a imagem de Nossa Senhora Aparecida é um signo complexo que
evoca uma variedade de significados e interpretações, dependendo do contexto cultural e da
experiência individual de cada observador.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com tudo a importância da semiótica de C. S. Pierce na análise da imagem de Nossa


Senhora Aparecida. A compreensão da diferença entre língua e linguagem, incluindo as
formas não-verbais de comunicação, é essencial para entender a diversidade de signos e
sistemas de significação. A abordagem peirceana busca entender como os signos criam
significados, incluindo desde fenômenos simples até conceitos abstratos.

A imagem de Nossa Senhora Aparecida é analisada sob essa perspectiva,


representando diversos significados para diferentes observadores, desde aspectos religiosos
até interpretações culturais e históricas. Em resumo, a imagem é um signo complexo que
evoca uma gama variada de significados e interpretações, dependendo do contexto e da
experiência individual de cada pessoa.

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Maria das Neves Leal. A Semiótica peirceana uma análise sobre
a obra Mater Dolorosa.Vigia - PA. 2019

MELO, Desirée Paschoal de e MELO, Venise Paschoal de.Uma introdução à


semiótica peirceana. Gráfica Unicentro Paraná. 2015

SANTAELLA. Lucia. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983

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