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21/02/2021 Atividade Objetiva 3: Antropologia: Identidade e Diversidade

Atividade Objetiva 3
Entrega 2 jun em 23:59 Pontos 1 Perguntas 5
Disponível 10 fev em 0:00 - 2 jun em 23:59 4 meses Limite de tempo Nenhum
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Pergunta 1 0,2 / 0,2 pts

Leia o texto a seguir:

O racismo distingue-se do etnocentrismo por não se referir de forma


abstrata a bairros ou comunidades distantes desprezadas ou temidas; em
geral, aplica-se a grupos com quem a comunidade de referência convive
– grupos esses associados a regras de sangue ou de descendência. O
etnocentrismo pode expressar desprezo por outra comunidade, mas
aceita a inclusão de indivíduos dessa comunidade, ao passo que o

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racismo considera que o sangue afeta todos os elementos da


comunidade em questão.

Fonte: BETHENCOURT, F. Racismos: Das Cruzadas ao século XX. São


Paulo: Companhia das Letras, 2018. p.14

Com base no texto e em seus conhecimentos sobre etnocentrismo e


racismo, analise as afirmativas a seguir:

I. Racismo e etnocentrismo não são sinônimos, embora ambos definam


grupos e indivíduos como inferiores em relação a outro grupo específico.

II. O autor afirma que racismo e etnocentrismo são posicionamentos que


geram julgamentos apenas a determinados indivíduos, sendo que tais
julgamentos não são passíveis de prévia generalização para grupos.

III. O racismo é uma posição cientificamente válida, uma vez que é


comprovada a diferença entre raças no interior da espécie humana.

IV. Racismo e etnocentrismo são noções que designam posições


legítimas em sociedades democráticas, uma vez que são meras opiniões
individuais, sem qualquer relação com violências estruturais praticadas
sobre determinados grupos humanos.

É correto o que se afirma apenas em:

III e IV.

I e II

Correto!
I

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Esta alternativa está correta, pois apenas a afirmação I é


verdadeira. Tanto o termo racismo quanto etnocentrismo evocam
posicionamentos de antagonismo em relação a grupos e indivíduos
específicos. Entretanto, como o autor apresenta no texto, não são
sinônimos, uma vez que obedecem a processos específicos de
marginalização e da aceitação da diferença. A afirmação II é falsa,
pois racismo e etnocentrismo são formas de segregação de
identidades alheias, tanto em relação a indivíduos, quanto a grupos.
A afirmação III é falsa, pois não é possível comprovar a existência de
raças distintas entre os seres humanos. A diversidade dos grupos é,
antes de tudo, de ordem cultural e social. A afirmação IV é falsa, pois
o racismo estrutural necessita de legitimação e naturalização dos
posicionamentos racistas. Dessa forma, julgamentos racistas
particulares acabam contribuindo indiretamente com a ampliação da
marginalização de grupos considerados inferiores.

II, III e IV.

I, II, III e IV.

Pergunta 2 0,2 / 0,2 pts

Leia o texto a seguir:

Os preconceitos quanto à ascendência étnica combinados com ações


discriminatórias aumentaram significativamente nos séculos 19 e 20 com
a expansão do nacionalismo. Esse novo ambiente ideológico começou
afetando a Europa e o Oriente Médio, embora rapidamente tenha se
espalhado para outras regiões do mundo. O nacionalismo estimulou
novos projetos políticos que levariam à reinvenção ou à afirmação de
identidades, além da divisão ou fusão de Estados organizados de acordo
com a lógica imperial ou com a tradição local. A enorme reorganização
política e social do período teve o seu impacto sobre preconceitos
étnicos. A definição de inimigo ou inimigos se assentava nas
discordâncias nacionais, que incluíam pressupostos acerca da religião e
da raça.
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Fonte: BETHENCOURT, F. Racismos: Das Cruzadas ao século XX. São


Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 291.
A propósito da relação entre nacionalismos e preconceitos, é possível
afirmar que:

Nacionalismo é um sentimento natural dos povos, uma vez que todos os


indivíduos necessariamente devem se orgulhar das conquistas de suas
ações, de modo que não se trata de uma ideologia, mas sim de um fato
presente na composição psíquica de todos os seres humanos.

O autor exagera ao associar o surgimento das ideologias nacionalistas


com a intensificação de preconceitos étnicos, uma vez que na história
contemporânea não ocorreram violências étnicas respaldadas por
discursos nacionalistas.

Correto!
O nacionalismo está relacionado com a própria reinvenção das
identidades modernas que, entretanto, podem apresentar efeitos
negativos no que diz respeito à identificação de grupos étnicos diferentes,
compreendidos por certos grupos nacionalistas como inferiores.

De fato, como aponta Bethencourt, grupos nacionalistas ao longo


dos séculos 19 e 20 se valeram de suas identidades para subjugar
outros povos de origens étnicas distintas. O nacionalismo está
relacionado com a própria reinvenção das identidades modernas
que, entretanto, podem apresentar efeitos negativos no que diz
respeito à identificação de grupos étnicos diferentes, compreendidos
por certos grupos nacionalistas como inferiores.

Durante os séculos 19 e 20, a religião e a identidade étnica foram pouco


mobilizadas para demarcar sentimentos nacionalistas.

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“Religião” e “raça” não são componentes presentes nos discursos


nacionalistas modernos.

Pergunta 3 0,2 / 0,2 pts

Leia o texto a seguir:

A diversidade genética é absolutamente indispensável à sobrevivência da


espécie humana. Cada indivíduo humano é o único e se distingue de
todos os indivíduos passados, presentes e futuros, não apenas no plano
morfológico, imunológico e fisiológico, mas também no plano dos
comportamentos. É absurdo pensar que os caracteres adaptativos sejam
no absoluto “melhores” ou “menos bons”, “superiores” ou “inferiores” que
outros. Uma sociedade que deseja maximizar as vantagens da
diversidade genética de seus membros deve ser igualitária, isto é,
oferecer aos diferentes indivíduos a possibilidade de escolher entre
caminhos, meios e modos de vida diversos, de acordo com as
disposições naturais de cada um. A igualdade supõe também o respeito
do indivíduo naquilo que tem de único, como a diversidade étnica e
cultural e o reconhecimento do direito que tem toda pessoa e toda cultura
de cultivar sua especificidade, pois fazendo isso elas contribuem a
enriquecer a diversidade cultural geral da humanidade.

Fonte: MUNANGA, K. Uma abordagem conceitual das noções de


raça, racismo, identidade e etnia. 05 nov. 2003. Disponível em:
https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2014/04/Uma-
abordagem-conceitual-das-nocoes-de-raca-racismo-dentidade-e-
etnia.pdf (https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2014/04/Uma-
abordagem-conceitual-das-nocoes-de-raca-racismo-dentidade-e-etnia.pdf) .
Acesso em: 05 jul. 2019).
A partir do texto, avalie a alternativa que está de acordo com os
argumentos apresentados pelo autor:

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A raça humana é única, portanto, a diversidade cultural deve ser


combatida.

Existe uma diversidade genética demasiadamente ampla para que se


definam poucos grupos como detentores de padrões biológicos
específicos – as “raças”. Entretanto, é possível afirmar que as culturas
humanas derivam de uma unidade cultural primária e empiricamente
constatada.

Correto!
Quando se trata de diferenças entre seres humanos, a noção de raça não
possui viabilidade científica, uma vez que o avanço da genética
comprovou a irredutibilidade de características individuais e sociais a
grupos geneticamente específicos.

Alternativa A:

Esta alternativa está correta. Segundo o professor Kabengele Munanga, a


diversidade genética é tão ampla que se torna impossível constatar a existência
de grupos com padrões genéticos específicos que os caracterizam de maneira
inquestionável. Desse modo, se compararmos dois indivíduos de uma mesma
população, nascidos em um mesmo território, verificaremos uma enorme
diversidade genética entre os dois, de maneira tal que se torna impossível
afirmar que existem padrões genéticos que rigorosamente separam grupos
humanos. Em outras palavras, as manifestações fenotípicas – por exemplo, a
cor da pele, dos olhos etc. – não são adequadas para expressar a diversidade
genética existente entre grupos humanos variados.

A diversidade humana é uma ilusão, pois do ponto de vista cultural há


apenas uma única cultura.

De acordo com o autor, os caracteres adaptativos de cada indivíduo


podem ser considerados de acordo com padrões únicos que enquadram a
diversidade genética em gradações inferiores e superiores.

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Pergunta 4 0,2 / 0,2 pts

Veja as imagens e leia o texto a seguir:

Figura 1:

Lasar Segall, Emigrante debruçado na amurada (1929), xilogravura,


18x24,5cm.

Fonte: https://artsandculture.google.com/asset/emigrante-
debru%C3%A7ado-na-amurada/VgFk2EY3rdvo_A?hl=fr
(https://artsandculture.google.com/asset/emigrante-debru%C3%A7ado-na-
amurada/VgFk2EY3rdvo_A?hl=fr) . Acesso em 05 jul. 2019.

Figura 2:

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Johann Moritz Rugendas. Navio Negreiro (Negres a fond de calle) (1830),


gravura, 35.50 x 51.30 cm.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Navio_negreiro_-
_Rugendas_1830.jpg
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Navio_negreiro_-_Rugendas_1830.jpg)
. Acesso em 05 jul. 2019.

Texto:

Enquanto o estrangeiro via no trabalho assalariado um simples meio para


iniciar “vida nova na pátria nova”, calculando libertar-se dessa condição o
mais depressa possível, o negro e o mulato convertiam-se em um fim em
si e para si mesmo, como se nele e por ele provassem a dignidade e a
liberdade da pessoa humana. Introduziam, portanto, elementos morais no
contrato de trabalho, altamente desfavoráveis em uma ordem social que

timbrava por despojar a relação patrão-assalariado de obrigações e de


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direitos extra econômicos.

FERNANDES, F. A integração do negro na sociedade de classes. v. I.


São Paulo: Ática, 1978. p. 29.

A primeira imagem retrata a chegada de um emigrante europeu que


possivelmente foi integrado às lavouras de café ou ao comércio urbano
no Brasil durante o final do século 19 e início do 20. A segunda imagem
apresenta as condições em que os negros sequestrados vieram para o
Brasil entre os séculos 16 e 17 para serem integrados ao trabalho
escravo nas lavouras de cana de açúcar. O texto de Florestan
Fernandes, por sua vez, procura diferenciar o sentido que o trabalho livre
passou a ter para os descendentes de escravos no Brasil. A propósito da
situação do negro no Brasil, assinale as afirmativas corretas. A respeito
das imagens e do texto, analise as afirmações a seguir:

I. As duas imagens retratam de maneira semelhante as dificuldades


presentes na emigração europeia e na emigração africana para o Brasil.

II. A partir da leitura do texto de Florestan Fernandes e da obra de


Rugendas é possível afirmar que os negros escravizados e seus
descendentes foram incorporados de maneira desigual no mercado de
trabalho em relação aos emigrantes europeus que vieram para o território
brasileiro.

III. Após a abolição, ocorrida em 1888, descendentes de negros


escravizados e europeus passaram a disputar posições em pé de
igualdade no mercado de trabalho então emergente.

IV. O peso do passado colonial do negro escravizado em território


brasileiro permaneceu presente quando da abolição, resultando em
precarização e desigualdades que se estenderam mesmo quando do
advento do trabalho assalariado no país.

É correto apenas o que se afirma em:

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Correto! II e IV.

Esta alternativa está correta, pois somente as afirmações II e IV são


verdadeiras. A afirmação I está incorreta, pois na primeira imagem
vemos um emigrante solitário no convés, enquanto a segunda
apresenta a imagem de negros escravizados, seminus e açoitados
no porão do navio. A afirmação II é verdadeira, pois o passado de
escravidão vivido pelos negros africanos em território brasileiro teve
efeitos sociais sobre seus descendentes, uma vez que estes foram
incorporados em posições subalternas e precárias após a abolição.
A afirmação III é falsa, pois, de acordo com o texto de Florestan
Fernandes, os europeus tinham projetos particulares de ascensão na
nova pátria, enquanto negros e mulatos tinham poucas perspectivas
de prosperidade diante do racismo institucional que permaneceu
fazendo parte da sociedade brasileira após a abolição. A afirmação
IV é verdadeira, pois, conforme o texto de Florestan Fernandes, o
horizonte de possibilidades de trabalho livre para os negros e
mulatos após a abolição foi marcado por precarização das relações
de trabalho e inseguridade social, marcas do passado escravista.

III e IV

I e III.

I, II e III.

I, II e IV

Pergunta 5 0,2 / 0,2 pts

Leia o texto a seguir:

Parece simples definir quem é negro no Brasil. Mas, num país que
desenvolveu o desejo de branqueamento, não é fácil apresentar uma
definição de quem é negro ou não. Há pessoas negras que introjetaram o
ideal de branqueamento e não se consideram como negras. Assim, a

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questão da identidade do negro é um processo doloroso. Os conceitos de


negro e de branco têm um fundamento etno-semântico, político e
ideológico, mas não um conteúdo biológico. Politicamente, os que atuam
nos movimentos negros organizados qualificam como negra qualquer
pessoa que tenha essa aparência. É uma qualificação política que se
aproxima da definição norte-americana. Nos EUA não existe pardo,
mulato ou mestiço e qualquer descendente de negro pode simplesmente
se apresentar como negro. Portanto, por mais que tenha uma aparência
de branco, a pessoa pode se declarar como negro.

MUNANGA, K. Entrevista. Revista Estudos Avançados, v. 18, n. 50,


2004.

Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação


proposta entre elas.

1. A população negra brasileira majoritariamente sempre assumiu sua


identidade étnica ao longo da história, a despeito da ideologia do
branqueamento que prevalece no país.

PORQUE

2. A definição da identidade negra possui, sobretudo, fundamento étnico-


semântico, político e ideológico, de modo que, nos Estados Unidos, a cor
da pele não é o principal elemento que demarca quem é e quem não é
considerado negro.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:

As asserções I e II são proposições falsas.

Correto!

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

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Esta alternativa está correta, pois a asserção I é uma proposição


falsa, e a II é uma proposição verdadeira. Embora a atuação do
movimento negro brasileiro seja bastante forte e presente, a
ideologia do branqueamento da qual trata Kabengele Munanga está
inculcada inclusive entre as populações negras. Como afirma
Kabengele Munanga, a construção da identidade negra está
relacionada com questões sociais e culturais mais do que com
efetivos componentes biológicos. Assim, a separação entre quem é
considerado negro, e quem não é, varia conforme diferentes
contextos históricos e espaços geográficos.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma


justificativa da I.

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa


da I.

Pontuação do teste: 1 de 1

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