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Ficha de Trabalho | Correção

Grupo I
A Figura 1 representa, esquematicamente, um conjunto de relações alimentares que se estabelecem
entre seres vivos de um ecossistema.

1. Ao alimentar-se de um gafanhoto, uma aranha estabelece uma relação _________ de _________.


A. interespecífica … parasitismo
B. intraespecífica … parasitismo
C. intraespecífica … predação
D. interespecífica … predação

2. Considera as seguintes afirmações relacionadas com o ecossistema representado na figura 1.


I. O conjunto das minhocas que habitam o solo daquele local corresponde a uma comunidade.
II. A biocenose do ecossistema em estudo inclui os produtores e os consumidores da teia
alimentar.
III. A temperatura e o pH do solo oceano constituem fatores abióticos que integram a componente
biótica dos ecossistemas.

A. II é verdadeira; I e III são falsas.


B. II e III são verdadeiras; I é falsa.
C. III é verdadeira; I e II são falsas.
D. I e III são verdadeiras; II é falsa.

3. O estorninho, quanto ao tipo de nutrição e à interação nos ecossistemas, é considerado,


respetivamente, como…
A. autotrófico e consumidor.
B. heterotrófico e microconsumidor.
C. heterotrófico e macroconsumidor.
D. autotrófico e produto

4. Se a população de cobras sofresse uma diminuição brusca no número de indivíduos, numa primeira
fase, aumentaria a população de…
A. estorninhos.
B. gafanhotos.
C. rãs.
D. aranhas.

5. Da matéria ______ que circula numa teia alimentar fazem parte ______, compostos ricos em azoto.
A. orgânica (…) os glícidos
B. inorgânica (…) os glícidos
C. inorgânica (…) as proteínas
D. orgânica (…) as proteínas

Grupo II
Quando falamos de nutrição de peixes entramos num mundo, para muitos, desconhecido. Tal como os
outros animais, um peixe tem uma boca, dentes e um tubo digestivo preparado para receber um

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determinado tipo de alimentos, de modo a adquirir a energia de que necessita. Esta energia é obtida
através dos hidratos de carbono, das proteínas e dos lípidos contidos nos alimentos que ingere.
A maior parte dos peixes produzidos em cativeiro são carnívoros e digerem muito mal os hidratos de
carbono. A sua fonte preferencial para obtenção de energia são claramente as proteínas, seguidas dos
lípidos. Cada espécie de peixe tem um requisito específico de proteína que deve ser incluída em
alimentos compostos (rações) formulados de forma particular, de acordo com as suas preferências
alimentares, por forma a assegurar um bom desenvolvimento do animal. Atualmente, a nutrição de
peixes é uma área em franca expansão e sabemos agora que ainda mais importante do que o nível da
proteína que se inclui nessa dieta, o seu perfil em aminoácidos é um fator determinante para avaliar a
qualidade de uma ração. Na verdade, os peixes não têm necessidades de proteína, mas sim de um
determinado número e proporção de aminoácidos específicos.
Para além das proteínas, as dietas para peixes incorporam uma fração importante de lípidos. Estes
lípidos, na década anterior, provinham maioritariamente do processamento de farinhas de peixes (óleos
de peixe) ricos nos tão desejados ómega-3 de cadeia longa. Atualmente, e de forma a contribuir para a
sustentabilidade do setor, o óleo de peixe tem sido gradualmente substituído por óleos vegetais e, mais
recentemente, por gorduras animais. De uma forma geral, esta substituição não tem implicações
negativas no crescimento dos peixes, no entanto, tem consequências ao nível do seu valor nutricional.
Isto, porque as plantas não possuem ómega-3 de cadeia longa, o que na prática se traduz numa
redução da quantidade destes ácidos gordos polinsaturados no músculo dos peixes produzidos com
óleos vegetais. A indústria tem consciência deste problema e tem investido em fontes alternativas
destes ácidos gordos, provenientes de microalgas e microrganismos. O custo destes ingredientes é
ainda elevado, mas o desenvolvimento tecnológico poderá, a curto prazo, mudar este cenário.
As rações contêm, ainda, suplementos minerais e vitamínicos, bem como pigmentos que variam
consoante a idade e a espécie do peixe.
Adaptado de Valente, L. M. P., (2018) Nutrição e alimentação de Peixes, Rev. Ciência Elem., V6(4):73

1. As rações para peixes necessitam de possuir na sua composição moléculas


A. orgânicas e inorgânicas, como as proteínas e os sais minerais, respetivamente.
B. orgânicas e inorgânicas, como os hidratos de carbono e as vitaminas, respetivamente.
C. exclusivamente orgânicas, como os lípidos e os pigmentos.
D. exclusivamente inorgânicas, como os sais minerais e as vitaminas.

2. Para a formação de proteínas, os aminoácidos unem-se através de ligações _________, ocorrendo


_________ de moléculas de água.
A. peptídicas … o consumo
B. peptídicas … a libertação
C. fosfodiéster … o consumo
D. fosfodiéster … a libertação

3. As proteínas e os lípidos, para além da função energética, desempenham outras funções comuns,
como…
A. enzimática e transporte.
B. defesa e reguladora.
C. enzimática e estrutural.
D. estrutural e reguladora.

4. O ómega-3 é um composto _________ que possui átomos de carbono ligados entre si por
_________.
A. ternário … apenas ligações simples
2
B. ternário … ligações duplas
C. quaternário … apenas ligações simples
D. quaternário … ligações duplas

5. Os peixes podem armazenar _________ como hidrato de carbono de reserva, formado a partir da
união de moléculas de glicose através de reações de _________.
A. glicogénio … hidrólise
B. amido … hidrólise
C. glicogénio … condensação
D. amido … condensação

6. No interior do núcleo das células dos peixes encontra-se o _________, cujas bases azotadas
complementares se unem por ligações _________.
A. DNA … de hidrogénio
B. DNA … fosfodiéster
C. RNA … de hidrogénio
D. RNA … fosfodiéster

7. Os monómeros dos hidratos de carbono designam-se _________ e podem ser classificados de


acordo com o número de átomos de _________ que os compõem.
A. oligossacarídeos … carbono
B. oligossacarídeos … hidrogénio
C. monossacarídeos … carbono
D. monossacarídeos … hidrogénio

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8. Complete o texto seguinte com a opção adequada a cada espaço. A cada letra corresponde um
só número.
As proteínas que são formadas por aminoácidos juntamente com uma porção não proteica
designam-se ___(a)___. As cadeias polipeptídicas lineares podem ligar-se entre si por ligações
de
___(b)___, formando uma estrutura secundária. Por sua vez, se várias cadeias globulares
estabelecerem ligações entre si, constitui-se uma estrutura ___(c)___, de que a ___(d)___ é
exemplo.
A exposição ao calor, à agitação ou a ácidos pode conduzir à perda da estrutura tridimensional da
proteína, fenómeno designado ___(e)___.

(a) (b) (c) (d) (e)


1. simples 1. hidrogénio 1. primária 1. hemoglobina 1. condensação
2. holoproteínas 2. dissulfeto 2. terciária 2. frutose 2. desnaturação
3. heteroproteínas 3. glicosídicas 3. quaternária 3. glicerina 3. polimerização

a) 3; b) 1; c) 3; d) 1; e) 2

9. Explicita as consequências do fornecimento de rações ricas em hidratos de carbono e pobres em


lípidos e proteínas, no desenvolvimento de peixes em cativeiro.
(A) os peixes produzidos em cativeiro digerem mal os hidratos de carbono;
(B) apesar de os hidratos de carbono serem nutrientes que potencialmente fornecem energia, os peixes em cativeiro
obtêm-na a partir dos lípidos e das proteínas;
(C) na ausência de lípidos e de proteínas na ração, os peixes não obterão energia suficiente, sendo o seu desenvolvimento
comprometido.

Grupo III
A exposição contínua ao oxigénio (O2), fator essencial à sobrevivência de formas de vida aeróbias, tem
como consequência a formação nos seres vivos de vários tipos de moléculas e de radicais – entre os
quais se encontra o peróxido de hidrogénio (H2O2). Considera-se que existe stresse oxidativo quando
ocorre um desequilíbrio entre concentrações de moléculas oxidantes e antioxidantes a favor da
concentração das moléculas oxidantes, criando uma situação de dano potencial. Apesar de as células
terem evoluído no sentido de desenvolverem mecanismos protetores, o stresse oxidativo está
relacionado com diversas doenças, como, por exemplo, no caso da espécie humana, o cancro e a
doença de Parkinson.
Um dos efeitos mais interessantes na resposta ao stresse oxidativo por parte dos organismos,
denominado «resposta adaptativa», consiste num aumento da capacidade de sobrevivência à
exposição a uma dose letal quando um organismo é previamente exposto a uma dose subletal.
Considera-se uma dose letal a que provoca a morte de uma percentagem elevada de organismos de
uma população.
Na figura 3, apresentam-se os resultados de um estudo de sobrevivência de células de leveduras
sujeitas a uma concentração de 600 μM de H2O2 durante 30 minutos e durante 90 minutos. Neste
estudo, compararam-se células não adaptadas (controlo) com células adaptadas a 150 μM de H2O2.
Com o objetivo de se investigar a resposta adaptativa em leveduras da espécie Saccharomyces
cerevisiae, foi estudada a relação entre as alterações de permeabilidade e a fluidez da membrana
plasmática durante a sua adaptação a uma dose subletal de H2O2.
A fluidez da membrana plasmática foi determinada através da anisotropia de fluorescência, sabendo-se
que, quanto mais altos forem os valores, menos fluida é a membrana plasmática. As medições da
anisotropia de fluorescência, traduzidas nos Gráficos 4A e 4B (figura 4), foram realizadas aos 30 e aos
60 minutos, em células de controlo e em células cultivadas num meio contendo uma dose subletal de

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150 μM de H2O2. Nas medições foram utilizadas duas sondas distintas, uma colocada na zona mais
interna da membrana – zona apolar da bicamada – (Gráfico 4A) e a outra localizada mais à superfície
da membrana (Gráfico 4B).

Figura 3. Resultados de um estudo de sobrevivência de células de leveduras sujeitas a uma


concentração de 600 μM de H2O2 durante 30 minutos e durante 90 minutos
Baseado em Pedroso, N. et al., «The plasma membrane – enriched fraction proteome response during adaptation to hydrogen peroxide in
Saccharomyces cerevisiae», in www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed (consultado em outubro de 2012)

A B
Figura 4. Medições da anisotropia de fluorescência, traduzidas nos Gráficos 4A (30 minutos) e 4B (60
minutos)
Baseado em, Pedroso, N.M.V., «Papel da membrana plasmática na adaptação de Saccharomyces cerevisiae ao H2O2», Universidade de
Lisboa, 2008

1. Na experiência cujos resultados estão traduzidos na fig.1, o controlo contém células de leveduras que
foram colocadas, sequencialmente,...
A. num meio sem adição de H2O2 e num meio com uma dose subletal de H2O2.
B. em dois meios, ambos com uma dose subletal de H2O2.
C. em dois meios, ambos sem adição de H2O2.
D. num meio sem adição de H2O2 e num meio com uma dose letal de H2O2.

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2. Os resultados traduzidos no Gráfico 1 permitem afirmar que
A. as células adaptadas apresentam um aumento na capacidade de sobrevivência ao longo do
tempo.
B. as células de controlo mostram uma maior capacidade de adaptação em situação de stresse
adaptativo.
C. a sobrevivência vai diminuindo ao longo do tempo, independentemente das condições do meio.
D. a exposição a uma dose subletal de H2O2 diminui a capacidade de sobrevivência das células.

3. Na membrana plasmática, o transporte mediado de água e de peróxido de hidrogénio ocorre através


da zona…
A. hidrofílica de proteínas intrínsecas.
B. hidrofóbica de proteínas intrínsecas.
C. hidrofílica de proteínas extrínsecas.
D. hidrofóbica de proteínas extrínsecas

4. Segundo o modelo proposto por Singer e Nicholson em 1972, a membrana plasmática apresenta…
A. uma distribuição homogénea de proteínas.
B. moléculas lipídicas com grande mobilidade lateral.
C. proteínas transportadoras que ocupam posições fixas.
D. glúcidos associados a lípidos na superfície interna.

5. No momento em que células de S. cerevisiae são colocadas em meio hipotónico, verifica-se


predominantemente a…
A. saída de sais por difusão, uma vez que a pressão osmótica é maior no meio extracelular.
B. entrada de água por osmose, uma vez que a pressão osmótica é maior no meio intracelular.
C. entrada de sais por difusão, uma vez que a pressão osmótica é maior no meio intracelular.
D. saída de água por osmose, uma vez que a pressão osmótica é maior no meio extracelular.

6. Explica, com base nos resultados traduzidos nos Gráficos 4A e 4B, de que modo a variação da
fluidez da membrana plasmática pode contribuir para regular o fluxo de H2O2 durante a resposta
adaptativa em S. cerevisiae.
• relação entre o aumento da anisotropia e a diminuição da fluidez da membrana plasmática;
• relação entre a diminuição da permeabilidade da membrana plasmática e a diminuição da entrada de
H2O2 nas células de leveduras.

Grupo IV
O colesterol é um componente essencial das células dos mamíferos. A sua síntese ocorre numa série
complexa de etapas enzimáticas no retículo endoplasmático, podendo ser eventualmente transportado
através de vesículas do complexo de Golgi para a membrana plasmática, onde a sua concentração é
muito elevada, relativamente aos outros compartimentos celulares. O plasma sanguíneo também
constitui um grande reservatório de colesterol na forma de lipoproteínas, que entram nas células por
endocitose, libertando o colesterol no meio intracelular. Deste modo, o colesterol circula no interior das
células e entre este meio e o meio extracelular. Este transporte envolve a fusão entre diferentes
membranas celulares. O colesterol tem efeitos físicos relevantes nas membranas, de que se salientam a
alteração da fluidez, da espessura, da compressibilidade e da permeabilidade à água. O colesterol faz
ainda com que as proteínas integradas da membrana alterem a sua conformação, ou a sua
redistribuição, influenciando também a fusão de membranas durante a exocitose de vesículas
secretoras. As membranas de alguns vírus são também enriquecidas em colesterol, que favorece a sua
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entrada nas células. Este processo é mediado pelas proteínas SNARE, que promovem a fusão de
vesículas com membranas de células-alvo, em locais de elevada concentração de colesterol (fig.3).

Figura 5. Modelo de fusão de membranas mediada pelas proteínas SNARE e pelas glicoproteínas de
invólucro viral.
Baseado em Yang, S. T., Kreutzberger, A. J., Lee, J., Kiessling, V., & Tamm, L. K. (2016). The role of cholesterol in membrane fusion. Chemistry
and Physics of Lipids, 199, 136-143. DOI: 10.1016/j.chemphyslip.2016.05.003

4. Após a fusão do invólucro do vírus com a membrana da célula hospedeira, é de esperar que,
passado algum tempo,...
A. as proteínas e os fosfolípidos virais se mantenham numa estrutura individualizada.
B. apenas as proteínas do invólucro se desloquem e afastem do local de fusão das membranas.
C. só os fosfolípidos se desloquem por movimentos laterais na membrana.
D. os constituintes do invólucro viral acabem por se espalhar por toda a membrana plasmática.

5. Analisa as afirmações que se seguem, relativas à invasão celular por um vírus com um invólucro
lipídico. Reconstitui a sequência temporal dos acontecimentos que conduzem à fusão do vírus com a
célula hospedeira, colocando por ordem as letras que os identificam.
A. Fusão do folheto externo da bicamada do invólucro com o da membrana da célula hospedeira.
B. Reconhecimento das proteínas SNARE das duas membranas.
C. Aumento local da fluidez das duas membranas provocado pela acumulação de colesterol.
D. Estabelecimento de ligações químicas entre aminoácidos da proteína viral e os fosfolípidos da
membrana hospedeira.
E. Fusão do folheto interno do invólucro viral com o folheto interno da membrana da célula
hospedeira.
DBCAE

6. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna I, ao respetivo termo, expresso na
coluna II. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna I Coluna II

a. Responsável pelo armazenamento da informação genética nas moscas. 1. Polissacarídeos


___ 2. Proteínas
b. A quitina presente no revestimento externo dos insetos é um polímero de 3. Lípidos
N-acetilglicosamina, um derivado da glucose. _____ 4. DNA
c. Resultam da polimerização de aminoácidos. _____ 5. RNA
d. Biomolécula cujos monómeros polimerizam pela ligação estabelecida 6. Desnaturação
entre o grupo carboxilo de um com o grupo hidroxilo do outro._____ 7. Hidrólise
e. Biomolécula em cuja composição entre o uracilo. ____ 8. Condensação
f. Reação durante a qual há libertação de uma molécula de água. _____ 9. Enzimas
g. Catalisadores de reações que ocorrem na célula. _____

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h. Alteração irreversível da conformação tridimensional por rompimento de
ligações químicas.
A4 B1 C2 D3 E5 F8 G9 H6
Grupo V
O cádmio (Cd) é um metal tóxico poluente, presente em solos, sendo absorvido pelas raízes de certas
plantas que o acumulam nos tecidos em quantidades muito elevadas. Este metal é, muito
provavelmente, absorvido pela membrana plasmática das células radiculares por transportadores para
elementos essenciais que apresentam uma baixa seletividade em relação ao seu substrato, como
sejam, os canais iónicos para Ca2+.
Para investigar o efeito do cloreto de cádmio na absorção de N, P e K, bem como o efeito da bactéria
N3, resistente ao cádmio, na redução da absorção desses nutrientes, em plantas de meloa da espécie
(Cucumis melo), enxertadas e não enxertadas, foi realizado o seguinte estudo.
As sementes de meloa foram colocadas em 23 g de substrato em recipientes de plástico com 6cm de
diâmetro, numa faixa de temperaturas entre 24 e 28 °C e uma humidade relativa entre 85% e 90%. A
enxertia foi realizada após o desenvolvimento da primeira folha. Após 7 dias de crescimento normal dos
enxertos, vários grupos foram submetidos a um tratamento com duas soluções de cádmio (Cd 50, com
concentração de 50 µM, e Cd 100, com concentração de 100 µM) adicionadas aos recipientes onde
cresciam as plantas. Em dois grupos de plantas de cada um dos tratamentos, foi inoculada no solo uma
solução contendo bactérias N3. Foram utilizadas mais de 10 plantas enxertadas em cada grupo com
repetição dos ensaios. Os resultados obtidos estão registados na tabela I.

Tabela I. Quantidade total de N, P e K absorvidos em plantas enxertadas (E) e não enxertadas (NE)
(mg/g).
Tratamento Controlo Cd 50 Cd 50 + N3 Cd 100 Cd100 + N3
Total N NE 14,17 11,86 14,39 12,14 12,75
E 13,22 16,46 15,08 14,74 13,86
Total P NE 2,00 1,68 2,03 1,63 1,81
E 2,08 2,61 2,35 2,30 2,19
Total K NE 21,10 17,57 21,64 17,85 19,53
E 14,72 17,84 17,13 16,30 15,37

Baseado em Zhang, J., Wang, P., & Xiao, Q. (2020). Cadmium (Cd) chloride affects the nutrient uptake and Cd-resistant bacterium reduces the
adsorption of Cd in muskmelon plants. Open Chemistry, 18(1), 711-719. https://doi.org/10.1515/chem-2020-0500

1. Das afirmações seguintes referentes aos resultados do estudo descrito no texto, seleciona as duas
opções verdadeiras.
I. A concentração de cádmio no solo não afeta a absorção de potássio pelas plantas não
enxertadas.
II. O tratamento das plantas submetidas ao cádmio, com as bactérias N3, conduz à redução da
captação de nitrogénio nas plantas enxertadas.
III. O valor máximo de captação de fósforo ocorreu no grupo de plantas enxertadas, tratado com
uma concentração de 50 µM de cádmio.
IV. Em todos os grupos de plantas do tratamento com 100 µM, os valores de absorção dos
diferentes nutrientes foram inferiores aos do grupo controlo.
V. As bactérias N3 não interferiram com a ação do cádmio nos processos de captação de N, P e K
pelas raízes.

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2. A absorção do cádmio através das membranas celulares das células da raiz é um
processo_________ realizado por proteínas ________ com baixa especificidade.
A. mediado … extrínsecas
B. mediado … intrínsecas
C. não mediado … extrínsecas
D. não mediado … intrínsecas

3. As plantas do grupo_____ sofreram um tratamento com uma solução onde estão ausentes _____.
A. de controlo … Cd e bactérias N3
B. de controlo … N, P e K
C. experimental … Cd e bactérias N3
D. experimental … N, P, K

4. Faz corresponder a cada uma das afirmações da coluna I, referentes a transportes


transmembranares, o transporte da coluna II que lhe corresponde.

Coluna I Coluna II

A. Ocorre através da bicamada de fosfolípidos. ____ 1. Difusão simples


B. Movimento da água através das membranas biológicas. _____ 2. Difusão facilitada
C. Gera um potencial de repouso nos neurónios. _____ 3. Osmose
4. Transporte ativo
5. Endocitose
A1 B3 C4
5. Prevê a variação da produtividade das plantas C. melo, enxertadas e não enxertadas, tratadas com
bactérias N3, nas diferentes concentrações de cádmio.

A. Nas meloas tratadas com cádmio a 50 µM e com bactérias N3 há um aumento de absorção


dos nutrientes minerais nas plantas não enxertadas e uma redução nas enxertadas
relativamente às plantas não tratadas com bactérias à exceção do K
B. . Nas meloas tratadas com cádmio a 100 µM e com bactérias N3 observa-se o mesmo padrão.
C. Como a produtividade das plantas depende da absorção do N, P e K que entram na
composição das proteínas e dos ácidos nucleicos que as plantas produzem, a uma menor
absorção destes minerais corresponderá um decréscimo do crescimento e da produtividade
das plantas.

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Grupo VI
O alongamento da parede celular, que permite o crescimento das células vegetais, é regulado por
hormonas vegetais do grupo das auxinas. A Hipótese do Crescimento Ácido defende que as auxinas
promovem a passagem dos iões H+ para a parede celular, alterando a estrutura dos seus componentes.
Esta alteração estrutural traduz-se num aumento de flexibilidade da parede, o que permite o seu
alongamento, com o consequente crescimento da célula. O transporte dos iões H+ é efectuado pela
H+-ATPase da membrana plasmática, cuja actividade é intensificada na presença de auxinas. Por outro
lado, as auxinas promovem a produção destes transportadores, por activação do seu gene (Figura 6A).
Os caules de muitas plantas apresentam fototropismo positivo, isto é, quando submetidos a um estímulo
luminoso unilateral crescem, orientando-se na direcção da fonte de luz. Desde há muito que se sabe
que são as auxinas as principais responsáveis por este fenómeno.
Ápices de coleóptilos de milho (primeira porção da plântula que emerge do solo quando a semente
germina) foram montados sobre blocos de ágar, que recolhem as auxinas por eles produzidas (Figura
6B):
• o dispositivo A foi colocado às escuras;
• os dispositivos B, C e D foram sujeitos a iluminação unilateral;
• o dispositivo C foi completamente dividido por uma lâmina impermeável;
• o dispositivo D foi parcialmente dividido por uma lâmina impermeável.
Ao fim de algum tempo, foi medida a quantidade de auxinas recolhida nos blocos de ágar. Nos
dispositivos A e B, foram recolhidas quantidades semelhantes de auxinas. No dispositivo C, a
quantidade de auxinas recolhida é semelhante nos dois lados do bloco de ágar, enquanto, no dispositivo
D, a quantidade de auxinas é menor no lado iluminado do que no lado não iluminado.
Adaptado de Taiz, L. e Zeiger, E., Plant Physiology, 2002

Figura 6

1. Associa a cada uma das letras, de A a E, que identificam estruturas celulares, o número, de 1 a 8,
que, na Figura 6A, lhe corresponde…
A. Complexo de Golgi
B. Parede celular
C. Membrana plasmática
D. Núcleo
E. Retículo endoplasmático . A – 1; B – 3; C – 8; D – 4; E – 5.
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2. A movimentação de iões H+ através da membrana plasmática representada na Figura 6A ocorre
por…
A. transporte passivo.
B. exocitose.
C. transporte activo.
D. difusão facilitada.

3. Na presença de auxinas, o alongamento da célula é maior se esta for colocada num meio _______,
que aumentará o seu grau de _______.
A. hipotónico ... plasmólise
B. hipertónico ... plasmólise
C. hipertónico ... turgescência
D. hipotónico ... turgescência

4. Os resultados obtidos na experiência permitem concluir que as auxinas são...


A. produzidas independentemente das condições de iluminação.
B. destruídas no lado iluminado do coleóptilo.
C. conduzidas para o ágar apenas no lado iluminado.
D. sintetizadas em quantidades muito desiguais nos dois lados do coleóptilo.

5. A presença da lâmina impermeável no dispositivo D permitiu concluir que...


A. ocorreu uma diminuição acentuada na produção de auxinas pelo coleóptilo.
B. as auxinas se distribuíram de modo homogéneo pelos dois lados do coleóptilo.
C. as auxinas foram destruídas pela introdução da lâmina de mica.
D. ocorreu migração das auxinas para um dos lados do coleóptilo.

6. Explica o processo que conduz à curvatura observada nos caules das planta
• os resultados experimentais mostram que a região não iluminada do caule concentra uma maior
quantidade de auxinas;
• quanto maior for a quantidade de auxinas presentes na célula, maior será o transporte de H+ para a
parede celular, tornando-a mais flexível;
• as células da zona não iluminada alongam mais e, por isso, o caule curva em direcção à luz.

Grupo VII
Os investigadores em neurociências têm procurado estudar o funcionamento do cérebro.
Recentemente, surgiram novos dados a partir de uma pesquisa genética em microrganismos cuja
sobrevivência depende de proteínas canal sensíveis à luz (rodopsinas). Estas, regulando o transporte
de iões (protões) através da membrana celular, permitem a utilização da energia luminosa.
A tecnologia que recorre a estas proteínas foto-receptoras para estudar e controlar os padrões de
actividade em neurónios-alvo denomina-se optogenética. Ao contrário do que acontece com a técnica
tradicional de estimulação com eléctrodos em ratos,que requer a imobilização destes, é agora possível,
através da engenharia genética, expressar estas proteínas nos neurónios dos ratos, estimulando ou
inibindo a actividade de neurónios-alvo com um feixe de luz, em animais que podem estar em
movimento. A utilização de diferentes rodopsinas permite controlar ao mesmo tempo diferentes células:
com a luz amarela, exerce-se um tipo de controlo sobre umas e, com a luz azul, envia-se um comando
diferente a outras.
A experiência descrita a seguir mostra a aplicação desta técnica para acordar um rato. Através de
métodos de engenharia genética mediada por vírus, introduz-se no DNA dos neurónios de um rato uma
gene (sequência de nucleótidos) que codifica a síntese de uma proteína (canal de Rodopsina-2, ChR2)
que reage à luz azul. Estes neurónios são responsáveis pelo adormecimento e localizam-se no

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hipotálamo. Para estimular esses neurónios, implanta-se uma cânula ligada a uma fibra óptica que
emite uma luz laser azul e cujo comprimento permite que o rato se movimente. O tempo de habituação
do rato à cânula é dez dias. Quando o rato adormece, inicia-se a fotoestimulação, activando-se os
canais ChR2, o que permite a entrada de iões cálcio e sódio no neurónio e a saída de iões potássio,
modificando-se assim a polaridade da membrana e criando-se potenciais de acção. O neurónio excitado
envia sinais a outros, despertando o rato.
Baseado em La Recherche, Novembro de 2010 e em Scientific American, Novembro de 2010

1. O fluxo de iões entre o interior e o exterior da célula, através da membrana celular, é regulado por
proteínas…
A. intrínsecas, que atravessam a membrana plasmática.
B. extrínsecas, que se encontram na face externa da membrana plasmática.
C. intrínsecas, que se encontram na face interna da membrana plasmática.
D. extrínsecas, que atravessam a membrana plasmática.

2. A fotoestimulação dos neurónios permite…


A. a despolarização da membrana devido à entrada de iões cálcio e sódio.
B. a despolarização da membrana devido à saída de iões cálcio e sódio.
C. a repolarização da membrana devido à entrada de iões cálcio e sódio.
D. a repolarização da membrana devido à saída de iões cálcio e sódio.

3. Na comunicação entre neurónios, o neurónio excitado envia sinais…


A. eléctricos através de neurotransmissores que se ligam a receptores do neurónio pós-sináptico.
B. eléctricos através de neurotransmissores que se ligam a receptores do neurónio pré-sináptico.
C. químicos através de neurotransmissores que se ligam a receptores do neurónio pós-sináptico.
D. químicos através de neurotransmissores que se ligam a receptores do neurónio pré-sináptico.

4. A reposição do potencial de repouso é conseguida através de um transporte de iões


A. não mediado e ativo.
B. mediado e passivo.
C. não mediado e passivo.
D. mediado e ativo.

5. O sentido do impulso nervoso faz-se segundo a sequência


A. axónio – corpo celular – dendrites.
B. dendrites – corpo celular – axónio.
C. axónio – dendrites – corpo celular.
D. corpo celular – dendrites – axónio.

6. Ordena as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


relacionados com a transmissão do impulso nervoso.
A. Alteração da polaridade da membrana.
B. Emissão de um feixe de luz.
C. Entrada de iões cálcio e sódio.
D. Criação de um potencial de acção.
E. Libertação de neurotransmissores. B, C, A, D, E

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7. Explicita, com base nos dados fornecidos, as três vantagens da utilização da optogenética em relação
à técnica de estimulação de neurónios através de eléctrodos.
• referência ao facto de a optogenética tornar possível estimular ou inibir a actividade de
neurónios-alvo;
• referência à possibilidade de os animais se movimentarem no decorrer da experiência;
• referência à possibilidade de controlar ao mesmo tempo diferentes células, utilizando luzes de cores
diferentes.

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