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Cesare Lombroso e a teoria do criminoso nato

criminalidadenata
Lombroso relacionava o delinquente nato ao atavismo. Logo, ca-
racterísticas físicas e morais poderiam ser observadas nesse in-divíduo.
De acordo com essa atribuição, o delinquente nato pos-suía uma série de
estigmas degenerativos comportamentais, psi-cológicos e sociais que o
reportavam ao comportamento seme-lhante de certos animais, plantas e
a tribos primitivas selvagens(LOMBROSO, 2010, p. 43-44).
Inter-relacionava o atavismo à loucura moral e à epilepsia, afir-mando
que o criminoso nato, que não logrou êxito em sua evo-lução, tal qual
uma criança ou a um louco moral, que ainda ne-cessita de uma abertura
ao mundo dos valores. (PABLOS DEMOLINA , 2013, p. 188).
Mencionava, ainda, que a hereditarie-dade é uma das grandes causas da
criminalidade, realçando aimportância de seu conhecimento e
relevância.
Além do criminoso “nato” (atávico), Lombroso ainda distinguiamais
cinco grupos de delinquentes. Em resumo:
o delinquente moral;
o epilético;
o louco;
o ocasional; e
o passional.
Entretanto, dentre as seis classificações, deu atenção especial
aodelinquente nato e o delinquente moral. Utilizou, inclusive,
umcapítulo específico em sua obra para fazer tais apontamentos.Desse
modo, indicou distinções e correlações em relação a de-terminadas
características apresentadas por estes.
No que tangia à fisionomia do homem criminoso, afirmava quetais
indivíduos apresentavam mandíbulas volumosas, assimetriafacial,
orelhas desiguais, falta de barba nos homens, pele, olhose cabelos
escuros.
Sendo assim, relacionou a figura determinada à criminalidadecom o seu
peso, medidas do crânio, insensibilidade à dor, quepoderia ser
observada no fato da adoração dos delinquentespela tatuagem, a falta de
senso moral, o ódio em demasia, a vai-dade excessiva, entre outras
características.
Criminosos natos
Cesare Lombroso nunca afirmou que todos os criminosos eramnatos,
mas que o “verdadeiro” delinquente, era nato. Sustentavaque, tendo em
vista a sua natureza, a aplicação de uma pena eraineficaz. Em síntese, o
delinquente nato era considerado um do-ente. Isso porque nascia assim,
razão pela qual não deveria omesmo ser encarcerado.
Desse modo, sustentava que o criminoso deveria ser segregadoda
sociedade, antes mesmo de se ter cometido o delito, tendoem vista a sua
característica de criminalidade imutável.
No campo da política criminal, a recomendação de segregaçãodeste
indivíduo do meio social, antes mesmo do cometimento deum crime,
funcionaria como meio de defesa social.

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