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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN

FACULDADE DE EDUCAÇÃO/DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO


Disciplina – FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO/NOTURNO, 60h RE
Pedagogia (Lic.), noturno, matriz 20081/FE, Campus Universitário Central
Professor: Dr. Erick Vinicius Santos Gomes
Aluna: Edjamilly Victória Dantas Magalhães nota: 10

EXERCÍCIO DE VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

QUESTÃO 1

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DE EDUCADORES:


LIÇÕES DE LÚCIA HELENA GALVÃO

RESUMO
Este resumo expandido destaca a visão da professora Lúcia Helena Galvão sobre a
importância da filosofia na formação de educadores, especialmente no curso de
Pedagogia. Galvão argumenta que a filosofia serve de base para a compreensão ética e
moral da educação, destacando sua relevância na formação de valores e virtudes nos
educadores. Esta propõe um investimento prioritário na educação formativa, destacando
a necessidade de uma abordagem que vá além da simples transmissão de
conhecimentos. O papel do educador, segundo Galvão, deve transcender o técnico,
incorporando uma compreensão filosófica do "porquê" da educação. O resumo enfatiza
a filosofia como uma ferramenta central para a construção de uma sociedade mais justa
e ética, guiando a formação de educadores comprometidos com o desenvolvimento
humano integral.

Palavras-chave: Educação Formativa, Educadores, Pedagogia.

INTRODUÇÃO

A formação de professores representa um dos aspectos mais importantes no que


tange a melhora da educação brasileira a longo prazo. Dentro deste escopo, as obras de
Lúcia Helena Galvão oferecem noções importantes para compreensão dos fundamentos
pedagógicos no amplo formativo do campo docente.

As reflexões da professora delineiam a importância de incorporar a filosofia na


educação de professores, destacando sua função na formação de valores, na abordagem
dos desafios éticos e morais, e no desenvolvimento de uma visão formativa do processo
educacional.

Este resumo expandido busca destacar as teses fundamentais apresentadas por


Lúcia Helena Galvão sobre a relevância filosófica na formação de educadores, com foco
especial no contexto do curso de pedagogia.

FORMAÇÃO PEDAGOGICA

Lúcia Helena Galvão argumenta que a filosofia deve ser considerada uma parte
essencial do currículo de formação de professores. Ela propõe que essa disciplina
proporciona uma compreensão abrangente da educação, indo além da mera
transferência de conhecimento. Nessa perspectiva, a filosofia surge como uma
ferramenta fundamental para abordar questões éticas, morais e de valores, destacando
sua relevância educacional (GALVÃO, 2015). A visão de Galvão transcende a visão da
filosofia como uma disciplina acadêmica isolada.

Para ela, a filosofia é um instrumento vital na formação de valores e virtudes nos


futuros educadores. Essa abordagem não apenas contribui para o desenvolvimento de
profissionais mais conscientes e éticos, mas também influencia a qualidade da educação
por eles proporcionado. No que se refere ao investimento na educação, Lúcia propõe
uma abordagem formativa em oposição à informativa. Esta também argumenta que uma
educação ideal para a resolução de problemas é aquela que propaga o espírito
pedagógico.

Esta abordagem, ancorada em valores, virtudes e sabedoria, é apresentada como


a base essencial para a construção de uma sociedade mais justa e ética (GALVÃO,
2015). A professora ainda destaca que a formação de educadores deve ir além da mera
transmissão de conhecimentos técnicos. De acordo com sua visão, a formação deve ser
uma jornada filosófica que capacita os educadores a compreenderem não só o "como"
da educação, mas, mais sim, o "porquê". A filosofia torna-se uma ferramenta central,
capacitando os educadores a representarem os valores e virtudes desejados em seus
alunos.

CONCLUSÃO

O aprendizado extraído das teses de Galvão é de que a filosofia desempenha um


papel crucial na formação de educadores, especialmente no curso de Pedagogia. Ela
oferece uma base sólida para a compreensão de princípios éticos e morais, fundamentais
para uma educação que não apenas informa, mas transforma e enriquece a sociedade.

Portanto, a filosofia emerge como um componente essencial na formação de


educadores comprometidos com o desenvolvimento humano integral e a construção de
uma sociedade mais justa e consciente.

REFERENCIAS

GALVÃO, Lúcia Helena. O PAPEL DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO HUMANA -


Como os valores transformam o mundo. Palestra proferida na Nova Acrópole.
Brasília. 2015.
QUESTÃO 2

Intolerância pode ser conceituada pela falta de respeito e aceitação das


diferenças entre indivíduos, grupos ou culturas. Essa por sua vez pode resultar na
criação de preconceitos, gerar discriminações e, em casos extremos, violência. Esta se
manifesta de diversas formas.
Um dos modelos mais comuns é o racismo. Este baseia-se na discriminação,
muitas vezes com raízes históricas e étnicas que levam à exclusão e à injustiça, afetando
grupos como negros e indígenas. Outro exemplo é o sexismo, que representa à
discriminação por gênero de um indivíduo, perpetuando desigualdades.
Em relação a sexualidade, também temos a homofobia, que é a discriminação a
orientações não heterossexuais, afetando a aceitação e a levando ao desrespeito da
diversidade. Por fim, também existe intolerância em relação a crenças e
posicionamentos, como no caso da intolerância religiosa. Esta é manifestada em
preconceitos contra diferentes religiões e crenças, frequentemente resultando em
conflitos.
Outro padrão é a intolerância política, que é definida pela rejeição de opiniões
políticas. Esta pode levar a polarização e falta de diálogo construtivo, que por
consequência, poderá gerar violência. Por sua vez, esta última poderá começar mais um
ciclo de aversão e hostilidade. Isto demonstra como o mal em si acarreta em mais males,
isto é, preconceito com certos grupos específicos poderá gerar preconceito reverso o
grupo a qual os agressores iniciais pertence.
Para conscientizar sobre os perigos da intolerância e seu impacto social, a
professora Zilda Lokoi utiliza de certos artifícios. Ela explora a história e as origens da
intolerância, destacando como essa muitas vezes têm raízes históricas profundas. Esta
também ressalta a importância da educação na promoção da igualdade.
Ela defende que o estado deve fornecer meios de educação que gerem respeito
entre as diferenças. A professora também enfatiza a influência do ambiente familiar na
formação das crianças, destacando a necessidade de transmitir valores que promovam o
respeito social.
Zilda disserta sobre como líderes políticos e religiosos podem influenciar a
aceitação diversidade, incentivando uma postura mais inclusiva em suas comunidades.
Em resumo, a professora utiliza desses pontos para demonstrar que a intolerância
ameaça as culturas e a coexistência, enfatizando a importância de combater esses
comportamentos para preservar a diversidade cultural e promover sociedades inclusivas
e respeitosas.
QUESTÃO 3

a) King Constantine II, o último rei da Grécia, compartilhou reflexões sobre a


mitologia grega e como suas histórias, envolvendo deuses e deusas, cativavam as
pessoas naquela época. Ele enfatizou como essas histórias eram compreensíveis e
identificáveis, apesar de envolverem divindades. Além disso, destacou a emoção de
vencer os jogos olímpicos e a conexão entre cultura, esporte e identidade na Grécia
antiga.
Ele observou que os deuses gregos eram frequentemente retratados com
características humanas, como disputas, ciúmes e emoções humanas, o que os tornava
mais acessíveis e relacionáveis para as pessoas da época. Isso influenciou
profundamente a cultura grega e a forma como eles viam o mundo ao seu redor,
desempenhando um papel fundamental na educação e na construção de suas visões
sobre divindade e a coexistência com a humanidade.

b) Thomas F. Scanlon forneceu uma análise interessante sobre a mitologia grega,


explorando vários aspectos dessa antiga religião e sua influência na cultura e na visão de
mundo dos gregos. Este observou uma transição rumo ao monoteísmo na filosofia
grega, com filósofos como Platão e Aristóteles promovendo a ideia de um Deus
supremo. Ele descreveu Zeus como um Deus do céu que controlava aspectos do destino
humano, derramando tanto bem quanto mal para cada pessoa.
Isso reflete a visão grega de que os deuses estavam intimamente envolvidos na
vida cotidiana das pessoas. O autor também retratou a diversidade de deuses na
mitologia grega e como eles incorporavam elementos de várias culturas da região do
Mediterrâneo. Também se destacou a importância de Homero na criação da mitologia
grega, pois o autor deu aos gregos seus deuses e desempenhou um papel na cristalização
dessa mitologia. Isso os tornava distintos em comparação com as religiões existentes na
época, como as dos celtas e italianos.
Scanlon enfatizou como essa mitologia frequentemente lidava com temas
ambíguos e complexos, refletindo a relação entre os deuses e os humanos. Ele discutiu
como os gregos viam os deuses como superiores e os humanos como seres inferiores no
cosmos. Isso influenciou a importância da criação do homem na mitologia grega. A
geografia natural desempenhou um papel importante na formação dos mitos gregos,
destacando a conexão entre a mitologia e a natureza.

A interconexão desses temas na mitologia grega, refletindo a visão de que


sentimentos profundos, estavam ligados nas mentes e emoções humanas. Essa
complexidade é uma característica da mitologia grega. As histórias e mitos gregos
abordam questões humanas eternas, como moralidade pessoal versus moralidade do
Estado, e deixam questões importantes para reflexão, tal como a visão grega do
"pecado", como perder o objetivo ou não realizar plenamente o potencial humano.
As observações de Thomas F. Scanlon fornecem uma visão abrangente da
mitologia grega e de como ela moldou a cultura e a compreensão do mundo pelos
antigos gregos. Suas reflexões destacam a riqueza e a complexidade desse sistema de
crenças e sua relevância ao longo do tempo.

c) Cristina Sorum Elliott embasou uma análise abrangente da mitologia grega,


explorando vários mitos e temas que são fundamentais para entender a visão de mundo
dos gregos antigos. Esta mencionou como os gregos frequentemente viam os deuses
como seres com características humanas, o que os tornava mais acessíveis as pessoas da
época. Esta abordou como os mitos gregos frequentemente refletiam preocupações em
relação às mulheres, à sexualidade feminina e ao poder que ela representava, bem como
à masculina, como Afrodite, a deusa do amor e da beleza, e Artemis, a virgem casta.
Essas divindades representam aspectos da experiência humana e da fertilidade.
Salientou-se como os mitos de criação envolvem deidades como Gaia, Urano,
Cronos e Zeus, destacando a preocupação com sucessão e poder. Também se dissertou
sobre a durabilidade das histórias gregas ao longo do tempo, enfatizando-se como essas
histórias abordam questões importantes e são transmitidas de geração em geração.Elliott
destacou como os deuses gregos eram um amálgama de várias culturas, influenciados
por invasões de povos do Oriente Médio e do Norte. Isso resultou em uma rica
diversidade na mitologia grega.
Ela observou a persistência de conflitos e complexidades nos mitos gregos,
destacando que as histórias podem ser interpretadas de várias maneiras e muitas vezes
têm mensagens ambíguas. Estas possuem grande relevância e ressoam com as
preocupações humanas ao longo dos séculos. Destacou-se a interação entre o destino e o
livre arbítrio nos mitos gregos, enfatizando que, embora o destino estivesse presente, os
seres humanos ainda tinham escolhas a fazer. Isto fornece uma perspectiva fascinante
sobre a mitologia grega, destacando as complexidades e as múltiplas camadas de
significado presentes nos mitos.
d) Richard P. Martin apresenta uma perspectiva valiosa sobre a mitologia grega e
sua influência nas culturas subsequentes. Apolo é descrito como um deus que
desempenha o papel de organizador e civilizador na mitologia grega. Ele estabelece
estradas, cura e, ao mesmo tempo, pode trazer pragas. Isso reflete a dualidade de muitos
deuses, que têm o poder tanto de causar quanto de cessar certos eventos. Também se
destaca a singularidade da representação dos deuses gregos como seres humanos, ao
contrário dos deuses egípcios ou mesopotâmicos, que muitas vezes tinham cabeças de
animais. Essa representação humana era uma inovação na mitologia.
O palestrante observa a existência de tensão entre pais e filhos na sociedade
grega antiga, onde o pai detinha a autoridade e o filho não tinha direitos até que o pai se
mudasse, se aposentasse ou morresse. Ele compara a visão grega de criação àquela
apresentada no Gênesis, enfatizando como os gregos não davam tanta importância à
criação do primeiro homem e como desobedecer aos deuses não era visto como um
pecado tão grave quanto na tradição hebraica.
Martin aborda a dualidade na representação da beleza feminina na mitologia
grega, onde as mulheres são vistas como belas e irresistíveis, mas também associadas ao
trabalho árduo e, portanto, algo "ruim". Ele compara os mitos gregos a sonhos,
destacando a natureza não linear das narrativas mitológicas, com criaturas estranhas e
transformações rápidas, o que se assemelha a elementos dos sonhos. Os heróis gregos
não precisavam ser descendentes de deuses nem realizar ações boas, mas sim atos
extraordinários que os tornassem reconhecidos, mesmo que perigosos.
O autor enfatiza a sensibilidade grega ao meio ambiente, com divindades
associadas a lugares naturais, como ninfas de rios e montanhas. Isso reflete uma espécie
de ecologia na religião grega antiga. Ele também discute a visão de destino na mitologia
grega, onde o destino é tecido pelas Moiras, mas também é algo que os próprios deuses
respeitam, sugerindo que o destino está acima dos próprios deuses.
Martin oferece uma análise rica e interconectada da mitologia grega, mostrando
como essa tradição influenciou a cultura e a religião subsequentes, incluindo o
cristianismo. Sua perspectiva sobre a mitologia grega como uma parte fundamental da
história e da cultura é valiosa para entender como as histórias mitológicas moldaram a
mentalidade e as tradições antigas e continuam a ser relevantes hoje. Ele sugere que a
aceitação dos deuses assumindo formas humanas e interagindo com os humanos na
mitologia ajudou a facilitar a adoção do cristianismo na Grécia e no mundo greco-
romano.

e) Greg Thalmann analisa profundamente a mitologia grega e sua relevância para a


compreensão da visão de mundo dos gregos antigos. Thalmann ressalta que a mitologia
grega reflete uma compreensão dos gregos de que os humanos não eram o centro do
universo, mas parte de uma profusão de elementos no mundo. Isso contrasta com outras
culturas e crenças que colocam os humanos como o foco central.
Enquanto em algumas tradições, como o mito judaico-cristão, a explicação para
o sofrimento humano é atribuída a Adão e Eva, a mitologia grega não fornece uma
explicação clara para a dificuldade da vida. Os gregos aceitavam a complexidade e
incerteza da vida sem a necessidade de atribuir a culpa a um evento específico.
Também se discute o termo grego "desidinomia", que significa medo ou respeito
pelos deuses, destacando que esse medo era uma atitude positiva. Os gregos viviam em
um ambiente instável e incerto e buscavam manter os deuses ao seu lado para garantir
segurança. A ideia de que os deuses não eram sempre éticos e honestos fazia sentido na
cultura grega. Os deuses não precisavam assumir as consequências de seus atos,
enquanto os humanos precisavam ser responsáveis por suas ações.
Muitos heróis gregos tinham uma ascendência divina e mortal e eram dotados de
força excepcional. Frequentemente enfrentavam grandes dificuldades em sua vida.
Esses heróis representavam o potencial humano, bem como suas vulnerabilidades. A
ideia de que os deuses eram super-humanos atendia a uma necessidade dos gregos de
superar as fraquezas humanas e desfrutar de uma fantasia de ser mais forte, poderoso e
imortal, de forma semelhante a estes seres abstratos.
A quantidade de templos, consagrações a deuses e santuários na Grécia reflete
uma forte crença na intervenção dos deuses na vida cotidiana. Os gregos buscavam a
ajuda para enfrentar a incerteza da vida. O mito de Édipo é citado como exemplo da
relação do acaso e do destino. Édipo inicialmente considera sua vida como resultado do
acaso, mas no final, percebe que havia um plano oculto.
A literatura grega era frequentemente representada publicamente, não apenas
para uma elite educada, e estava acessível a todos. A crítica de Platão a algumas
histórias mitológicas é discutida, especialmente a forma como os deuses eram retratados
em alguns mitos.
Thalmann destaca que, mesmo que os mitos gregos não sejam parte da religião
contemporânea, eles ainda têm um apelo universal e continuam a encantar e fascinar as
gerações futuras. Os mitos gregos oferecem insights sobre a realidade e a vida, que são
utilizados até mesmo nos dias de hoje nas mais diversas obras e retratações do mundo.
Portanto, Thalmann oferece uma visão fascinante das complexidades dos mitos
gregos e de como eles refletem a visão de mundo dos gregos antigos. Sua análise
destaca a riqueza e a profundidade dessas histórias mitológicas e seu valor contínuo na
compreensão da condição humana.

f) As observações da Dr. Katarina Zacharia oferecem insights valiosos sobre vários


aspectos da mitologia grega e sua relação com a cultura e a sociedade antigas. Ela
destaca as Nove Musas, divindades gregas associadas às artes e à ciência, cada uma
cuidando de um assunto particular. A menção à palavra "museu" como derivada de
"musa" mostra como a influência da mitologia grega ainda está presente em nossa
linguagem contemporânea.
Zacharia discute a ideia de que os deuses gregos podiam cometer excessos e
erros, mas os mortais deviam respeitar limites. Isso enfatiza a diferença entre deuses e
mortais na mitologia grega, onde os deuses eram representações de paixões humanas
levadas ao extremo. O episódio de Cassandra, que recebeu o dom da profecia de Apolo
em troca de se deitar com ele, mas acabou sendo amaldiçoada para que ninguém
acreditasse em suas profecias, ilustra a complexidade das relações entre deuses e
mortais.
A menção a Helena e sua imitação das vozes das esposas de gregos circundando
o Cavalo de Troia destaca um episódio famoso da mitologia grega e como estratégias
desempenharam um papel na guerra. A comparação entre Dionísio, associado a emoções
fortes, e Apolo, representando expressão formal, destaca a ideia de dualidade entre os
deuses e como essa era relevante, especialmente em relação à ordem cívica e
democracia.
Zacharia menciona a interpretação de "psique" como alma, relacionando-a ao
deus Hades e à ideia de que a morte está ligada à cessação da respiração. Isso lança luz
sobre a compreensão dos gregos antigos da vida após a morte.As observações da Dr.
Katarina Zacharia mostram como a mitologia grega não apenas enriqueceu a cultura e a
literatura, mas também ofereceu uma lente através da qual os gregos antigos
exploravam questões humanas, ética e complexidades da existência.

QUESTÃO 4

EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DOCENTE

RESUMO

A incorporação de mitos gregos na discussão sobre educação e formação docente


oferece uma abordagem enriquecedora ao explorar narrativas ancestrais que
transcendem barreiras temporais. Pedro Goergen e Marlene de Souza Dozol empregam
o uso de mitos gregos como uma abordagem simbólica para discutir questões
relacionadas à educação e à formação de professores. Os mitos gregos, como
ferramentas interpretativas, revelam-se cruciais na compreensão da educação ao longo
do tempo. Os estudos de Goergen e Dozol ressaltam a atemporalidade dessas narrativas,
iluminando não apenas a transmissão de conhecimento, mas também os aspectos
emocionais intrínsecos ao processo educacional.

Palavras-chave: Mito, Educação, Formação.

INTRODUÇÃO
A incorporação de mitos gregos na discussão sobre educação e formação docente
oferece uma abordagem enriquecedora ao explorar narrativas ancestrais que
transcendem barreiras temporais. Os mitos, como instrumentos simbólicos,
desempenham um papel fundamental na compreensão cultural e emocional da
educação. Este resumo expandido tem o objetivo de lançar luz sobre como os autores
Pedro Goergen e Marlene de Souza utilizam dos mitos gregos para retratar aspectos
importantes na formação docente, proporcionando uma visão abrangente e atemporal.

EMPREGO DA MITOLOGIA NA FORMAÇÃO DOCENTE


Os textos "De Homero e Hesíodo ou das Origens da Educação" de Pedro
Goergen e "A face pedagógica de Eros" de Marlene de Souza Dozol empregam o uso de
mitos gregos como uma abordagem simbólica para discutir questões relacionadas à
educação e à formação de professores. Por sua vez, esta pode ser retratada de forma
moderna através de relíquias de um passado distante.
Em sua obra, Goergen recorre aos mitos de Homero e Hesíodo para enfatizar a
relevância da transmissão de conhecimento e valores nas gerações. Ele explora como as
narrativas míticas desempenharam um papel essencial na formação cultural e
educacional da Grécia. O autor destaca a importância da oralidade e do papel dos aedos,
que atuavam como educadores ao transmitir histórias, valores e conhecimentos por meio
de epopeias.
A obra "A face pedagógica de Eros," de Marlene de Souza Dozol, utiliza a figura
do deus grego Eros (o amor) para examinar a dimensão emocional da educação e da
relação entre professores e alunos. A autora argumenta que o Eros pedagógico é uma
força motivadora que impulsiona a busca pelo conhecimento. Este é considerado um
guia na jornada educacional, seduzindo as mentes dos alunos em direção ao
aprendizado.
Pode-se notar que ambos os autores realçam a importância da paixão e do desejo
na educação. Estes sublinham que a educação não se limita a um processo intelectual,
mas envolve elementos emocionais. A relação entre professores e alunos é enriquecida
pelo Eros pedagógico, que envolve um amor pelo conhecimento e pela aprendizagem.
Assim, Goergen e Dozol utilizam os mitos gregos como metáforas poderosas
para abordar aspectos culturais, emocionais e afetivos da educação e formação de
professores. Eles ilustram como narrativas podem enriquecer nossa compreensão da
educação e da transmissão de conhecimento. No texto de Goergen, o foco cai sobre os
mitos de Homero e Hesíodo, destacando sua relevância na tradição educacional oral
grega.
A análise sublinha como essas narrativas épicas serviam não apenas para
transmitir conhecimento, mas também para instilar valores e princípios na sociedade
helênica. Em contraste, Marlene de Souza Dozol, em seu texto, explora a figura do Eros
como uma metáfora rica em nuances para a dimensão emocional da educação. Aqui, o
desejo e a paixão são reconhecidos como elementos fundamentais no processo de
aprendizagem, oferecendo uma perspectiva inovadora sobre a formação docente.

CONCLUSÃO
Os mitos gregos, como ferramentas interpretativas, revelam-se cruciais na
compreensão da educação ao longo do tempo. Os estudos de Goergen e Dozol ressaltam
a atemporalidade dessas narrativas, iluminando não apenas a transmissão de
conhecimento, mas também os aspectos emocionais intrínsecos ao processo
educacional. Ao integrar esses mitos, os autores fornecem uma visão abrangente e
multifacetada da formação docente, promovendo uma compreensão mais profunda e
holística do fenômeno educacional.

REFERÊNCIAS

GOERGEN, pedro. De Homero e Hesíodo ou das origens da filosofia e da educação.


Pro-Posições, v. 17, n. 3 (51). set./dez. 2006.

DOZOL. Marlene. A face pedagógica de Eros. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.33,
n.2, p. 311-322 .maio/ago. 2007.

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