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Decreto lei 30

Artigo 9
Os Critérios de Avaliação são padrões comuns considerados na avaliação dos
conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos. Eles ajudam a refletir sobre o que é
desejável que os alunos aprendam, sendo adequados ao contexto de cada escola. Estes
critérios são estabelecidos para cada ano do ensino secundário, proporcionando uma
referência comum em todas as escolas. O Conselho de Turma é responsável por
operacionalizar esses critérios durante a avaliação dos alunos.
No início do ano letivo, o Conselho Pedagógico, de acordo com as orientações do
currículo nacional, define os critérios de avaliação para cada ano de escolaridade. Isso é
feito com base nas propostas do Conselho de Turma e dos núcleos de coordenação e
gestão curricular, bem como dos grupos de disciplina.
Os critérios de avaliação devem ser claros, conhecidos e compreendidos pelos
envolvidos no processo educativo. Os professores devem explicar tanto para si mesmos
quanto para os alunos os critérios usados para avaliar seus trabalhos e aprendizagens.
Esses critérios incidem nas aprendizagens, conhecimentos e capacidades definidos no
currículo nacional, considerando diferentes componentes como avaliação escrita, oral e
prática. Além disso, a avaliação dos comportamentos e atitudes dos alunos leva em
conta assiduidade, faltas, responsabilidade, atitude perante o estudo e relacionamento
interpessoal.
O diretor do agrupamento ou da escola é responsável por garantir que os critérios de
avaliação sejam divulgados entre os vários intervenientes no processo educativo.

Artigo 10
No processo de avaliação, várias pessoas desempenham papéis importantes. São elas:
a) O Professor: A pessoa que ensina e avalia os alunos.
b) O Aluno: Quem está sendo avaliado, ou seja, o estudante.
c) O Conselho de Turma: Um grupo de professores que se reúne para discutir o
desempenho dos alunos.
d) O Diretor do agrupamento ou da escola: A pessoa responsável pela administração da
escola ou agrupamento.
e) O Conselho Pedagógico da escola: Um órgão composto por professores que auxilia
na gestão pedagógica da escola.
f) Os Pais ou Encarregados de Educação: As pessoas responsáveis pelo aluno fora da
escola.
g) A Equipa de Apoio à Educação Inclusiva e Outros Profissionais: Profissionais que
ajudam alunos com necessidades especiais ou que requerem apoio adicional.
h) A Direção Nacional de Educação e Demais Organismos do Departamento
Governamental: Órgãos do governo responsáveis pela área da Educação.
Cada um desses intervenientes desempenha um papel fundamental no processo de
avaliação, contribuindo para entender e melhorar o desempenho educativo do aluno.

Artigo 23
A Avaliação Formativa é uma maneira importante de regular o processo de
aprendizagem ao longo do ano letivo. É um método contínuo e sistemático que visa
acompanhar o desenvolvimento das aprendizagens. Essa avaliação utiliza uma
variedade de procedimentos, técnicas e instrumentos adequados à diversidade das
aprendizagens e aos contextos em que ocorrem. Isso permite que professores, alunos e
encarregados de educação ajustem processos e estratégias de ensino e aprendizagem.
A Avaliação Formativa implica a coleta diversificada de informações, usando diferentes
técnicas e instrumentos, como testes escritos ou orais, observações diárias, trabalhos
individuais e em grupo, e trabalhos práticos. Quando não ocorre o desenvolvimento das
aprendizagens definidas para cada conteúdo, comprometendo o progresso subsequente,
a avaliação formativa determina a adoção de medidas pedagógicas adequadas às
características dos alunos e às aprendizagens a serem desenvolvidas.
As informações coletadas durante a Avaliação Formativa são registradas em fichas de
recolha de informação e reinvestidas no processo educativo, permitindo a reorientação e
superação das dificuldades dos alunos. Os órgãos de direção da escola, com base nas
propostas dos professores e diretores de turma, coordenam os recursos educativos para
superar as dificuldades em sala de aula.
A coordenação e supervisão educativas, juntamente com o Conselho Pedagógico,
acompanham o processo de superação do aluno. Na Avaliação Formativa, é essencial a
articulação e cooperação com outros intervenientes, como Diretores de Turma, pais,
encarregados de educação e outros técnicos envolvidos no processo educativo. A
avaliação formativa de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) inclui
uma componente específica, desenvolvida individualmente ou em pequenos grupos,
conforme definido em regulamentação própria.
Artigo 25
A avaliação sumativa interna envolve a realização e avaliação de testes escritos, provas
orais, provas práticas, trabalhos individuais e de grupo, bem como a observação diária.
Essa avaliação incide nos conteúdos curriculares trabalhados durante o período de
aprendizagem.
No ensino secundário, são obrigatórios no mínimo dois momentos formais de avaliação
sumativa em cada trimestre. Excepcionalmente, pode ser realizado um único momento
formal de avaliação sumativa, desde que devidamente justificado. Na disciplina de
Educação Física, realiza-se apenas um momento formal de avaliação sumativa em cada
trimestre.
Os alunos devem ser informados sobre as datas desses momentos formais de avaliação,
e essas informações devem ser registradas preferencialmente eletronicamente pelo
professor. Não é permitida a realização de mais de um momento formal de avaliação
sumativa no mesmo dia, a menos que seja devidamente justificado. Também não devem
ser marcados mais de três momentos formais de avaliação sumativa por semana, exceto
em situações devidamente justificadas.
São consideradas situações excecionais, casos de doença comprovada, isolamento
profilático, falecimento de familiar, tratamento ambulatório, assistência na doença a
membro do agregado familiar, participação em atividades culturais, associativas e
desportivas reconhecidas, entre outros.
Os testes escritos devem ser corrigidos e entregues no prazo máximo de duas semanas
após a aplicação, com a divulgação da classificação. A correção e entrega de cada teste
escrito são feitas antes da realização do teste seguinte. Os resultados de todos os
instrumentos de avaliação, exceto a grelha de observação de aula, devem ser
comunicados aos alunos antes do final das atividades letivas do período em questão.
No final de cada trimestre e do ano letivo, os professores ponderam todos os elementos
de avaliação, sintetizam os registos contidos na ficha individual dos alunos e atribuem
uma classificação quantitativa em todas as disciplinas. Ao longo do processo, os
professores devem promover a autoavaliação e heteroavaliação dos alunos.

Artigo 35
A classificação interna das disciplinas é calculada considerando diferentes elementos de
avaliação, sendo atribuído 50% para os resultados dos testes escritos ou orais e 50%
para outros elementos de avaliação. Esses elementos variam de acordo com a natureza
de cada disciplina e incluem:
TS (Testes Sumativos): Provas escritas e/ou orais.
OI (Observação Individual): Informação resultante da observação diária.
TI (Trabalho Individual): Resultados do trabalho realizado individualmente.
TP (Trabalhos Práticos): Informação decorrente de trabalhos práticos.
TG (Trabalho de Grupo): Informação decorrente de trabalhos realizados em grupo.
QO (Questões Orais): Respostas a questões feitas oralmente.
QE (Questões Escritas): Respostas a questões feitas por escrito.
No 9º ano, é obrigatória a avaliação de, no mínimo, três outros elementos por trimestre,
sendo a Observação Individual (OI) um elemento obrigatório em todos os trimestres. A
ponderação relativa desses elementos é distribuída da seguinte forma:
20% para a informação resultante da observação diária.
15% para a informação resultante de trabalhos individuais, questões orais ou escritas.
15% para os resultados de trabalhos práticos, individuais ou de grupo.
Nos 10º, 11º e 12º anos, são obrigatórios, no mínimo, quatro outros elementos de
avaliação por trimestre, com a Observação Individual (OI) mantendo-se obrigatória. A
ponderação relativa para esses elementos nos anos seguintes é a seguinte:
20% para a informação resultante da observação diária.
10% para a informação resultante de trabalhos individuais, questões orais ou escritas.
10% para os resultados de trabalhos práticos, individuais ou de grupo.
10% para os resultados de trabalhos de grupo.

Artigo 44
Na avaliação das disciplinas de línguas, o processo é adquirido através da prática diária,
envolvendo cinco tipos de atividades que abrangem as componentes escrita e oral. Essas
atividades incluem compreensão, expressão e interação oral, compreensão e expressão
escrita, alinhando-se com os objetivos específicos de aprendizagem para cada
habilidade de comunicação: ouvir, falar, interagir, ler e escrever.
No 9º ano, a avaliação nas disciplinas de línguas é predominantemente formativa,
ocorrendo de maneira sistemática por meio da observação e coleta de informações pelo
professor, juntamente com a autoavaliação do aluno para que ele compreenda seu nível
e progressão.
Durante os trimestres, são realizadas provas escritas e orais para avaliar habilidades
como escutar, ler, participar em conversas, expressar-se oralmente com fluidez e
escrever. Para essas avaliações, são utilizadas grelhas específicas para cada uma dessas
expressões, permitindo a atribuição da nota global do teste ou prova.
Os modelos de grelhas mencionados são disponibilizados em documentos específicos de
orientação para administração das disciplinas na área disciplinar correspondente. Além
disso, em provas e exames nacionais, também são aplicadas provas escritas e orais para
avaliação das disciplinas de línguas.

Decreto lei 29

Artigo 9
Os critérios de avaliação são guias comuns usados para avaliar os conhecimentos,
capacidades e atitudes dos alunos, permitindo refletir sobre o que é desejável que
aprendam, adaptados ao contexto de cada escola e respeitando os documentos
curriculares. Esses critérios abrangem aprendizagens, conhecimentos, capacidades e
atitudes definidos no currículo nacional e outras orientações gerais do departamento
governamental de Educação, considerando as várias componentes de avaliação, como
escrita, oral e prática.
A avaliação segue critérios preestabelecidos para cada ciclo e ano de escolaridade do
ensino básico, sendo referência comum em todas as escolas e operacionalizados pelo
professor titular no 1º ciclo e pelo Conselho de Turma no 2º ciclo. No início do ano, o
Conselho Pedagógico define esses critérios de avaliação com base nas orientações do
currículo nacional.
É importante que esses critérios sejam claros, conhecidos e compreendidos pelos
envolvidos no processo educativo. Os professores devem explicar tanto para si mesmos
quanto para os alunos os critérios utilizados para avaliar trabalhos e aprendizagens.
Além da avaliação acadêmica, são considerados os comportamentos e atitudes dos
alunos, levando em conta a assiduidade, faltas, responsabilidade, atitude perante o
estudo e relacionamento interpessoal. A divulgação desses critérios de avaliação é
garantida pelo diretor do agrupamento ou da escola para todos os intervenientes no
processo educativo.

Artigo 29
As provas de aferição são realizadas nos 2º e 6º anos do ensino básico, proporcionando
informações regulares sobre o desenvolvimento do currículo. Essas provas, de caráter
nacional, são obrigatórias e ocorrem numa única fase a cada quatro anos, aplicadas a
uma amostra de alunos definida.
Essas avaliações abrangem as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, seguindo
os programas e orientações curriculares específicos para cada disciplina. As provas
acontecem na escola e nas salas de aula dos alunos.
Após a realização das provas, são geradas informações sobre o desempenho do aluno,
podendo originar um relatório para acompanhamento, que é incluído na ficha individual
do aluno. Importante notar que os resultados das provas de aferição não são utilizados
para atribuir uma nota nas disciplinas, servindo principalmente como ferramenta de
acompanhamento e melhoria do sistema educativo.
As provas são elaboradas por especialistas e aplicadas pela Direção Nacional de
Educação ou por entidades designadas pelo membro do Governo responsável pela área
da Educação.

Artigo 35
O Conselho de Turma do 2º ciclo do ensino básico desempenha um papel decisivo na
avaliação dos alunos, com funções deliberativas. Nele, outros professores ou técnicos
que participam no processo de ensino, serviços de apoio educativo e entidades
relevantes podem intervir, mas sem direito a voto. Todos os participantes têm a
obrigação de manter sigilo profissional sobre informações confidenciais.
A reunião do Conselho de Turma é crucial para a avaliação. As responsabilidades vão
além das classificações individuais, abrangendo a síntese global de cada aluno e a
implementação de medidas de apoio. O Conselho Pedagógico pode sugerir análises de
situações excecionais, como baixas classificações, e estratégias para superação.
A tomada de decisões no Conselho de Turma envolve apreciar propostas de
classificação de cada professor, considerando a situação global do aluno, e deliberar
sobre a classificação final em cada disciplina. O consenso é preferido, mas em casos de
discordância, pode-se recorrer a votação, sendo que o presidente do Conselho de Turma
tem voto de qualidade em caso de empate.
A ausência de um membro pode adiar a reunião por até 48 horas para garantir a
presença de todos. Se a ausência for prolongada, o Conselho de Turma pode reunir-se
com os membros disponíveis, contando com informações do professor ausente
fornecidas pela Direção da Escola. Todas as deliberações e fundamentações são
registadas na ata da reunião do Conselho de Turma.

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