Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
REDACTORES
Pires
r». ]. F. Guimarães eJ. F. Freire
l:OLl.J -\BORADORES
'
F _ARO
-
897
/,
. TYPOGIL\PIIIA no a."��GARVE E ALEMTEJO»
J
- -
---..;--
"'--� .....'
,,- ....,.
,
NUMERO UNICO
REDACTORES: -
COLLABORADORES: -
Maria Velleda, Santos Fonseca, dr. Pedro Manuel Nogueira
vtrarn os
pnmelros ac
centos da harmoniosa
d do
lyra o cantor
roes
que a honraram com os seus altos feitos; -o pro- � Justiça sempre tem feito ás que tem honra,
terras
� do ser-nas-ha feita agora, co
rnonrorio de Sagres, grande infante D. Henrique
onde o com a sua visita; justiça
creou a celebre escola nautica, da qual sairam os mais i mo d'ella carecemos, para quesejam satisfeitas as nos
ousados navegantes do munde, rasgando o negro véo � sas legitimas aspirações.
do mar tenebroso, atravez do qual despontava a es- ! E foi este, precisamente, o pensamento e não a
�
trella que mais tarde havia de illuminar as nossas con- simples curiosidade, que impulsou os nossos soberanos
quistas d'além mar, dando-nos a gloria immoredoura i a vir ao Algarve, fazendo-nos esquecer ess indifferença
dos
magoava, por este povo tam amante
dos primeiros navegantes do seculo IG.o;--este mar nos seus
� que
� reis, da patria e da liberdade.
que foi o glorioso theatro onde COIT'�ÇQU gigante
a
partio o primeiro grito da independencia da patria, no i Saudamos jubilosos os augustos soberanos e con
visita,
começo d'este seculo;-este solo reg:,jo com o sangue � gratulam'o-nos com a
provincia inteira, pela sua
de tantos martyres, ,que se sacrificaram pela sancta � fazendo os mais ardentes votos ao Altissimo pe]a ven
t
causa da liberdade;-este canto da terr+, que via -'ascer tura da familia real e pela prosperidade da nação portu
João de Deus; estes montes vice; antes, estes rales
-
¡ gueza.
������ ���������eI
!(�� �
II'�·�����������������m�
¡ que nós queremos, admiramos e veneramos o descen-
I EL-REI
'
:
dente de heroes, o
coroa
Augusto Monarcba que hoje cinge
esplendorosa dos Reis Portuguezes.
a
em
alta gerarchia
Monarchas Por-
e
:
i
Essa luz que nos encanta
Que é d'arnor e de Deus filha,
E' nas trevas que mais brilha
l tuguezes. ,
I
I
primeira vez o torrão algarvio, esta tão ridente quão
formosa provincia, berço de tantos heroes, mãe cari-
:
f
Do throno
Que engrandece
vem essa
a
gloria
Magestade;
nhosa do maior poeta elo amor nas litteraturas conterri- , Mas ter n'alrna a caridade
puraneas, o Pestalozze portuguez, era ainda Principe • Para os pobres soccorrer,
de tenra idade, e ja as suas vistas se fixavam no pe- :
_
E' condão de mais valia
queno mas
orgulhoso exercito portuguez,
que
sombro do maior capitão dos tempos modernos, seguin-
foi o as-
¡ Que virtude em si encerra ...
melhorar, levantando e fortalecendo assim o moral , Rainha sois, quando aos pobres
d'essa soberba ins tituicão. ¡ Estendeis piedosa mão;
Ainda muito joven
cava ás cousas
o
'já
Augusto Monarcha se dedi-
militares, estudando e aprendendo nas
i Que os esplendores do sólio,
Do regia manto os arminhos,
•
lições dos grandes mestres, como Von Schmidt, Du- � Não valem mais qu<t os carinhos
erat, Berthand, Wolseley, Napoleão, Saxe, Von der i' Da nossa sancta affeição.
Goltz e outros nomes illustres �
�) Não valem, não, que essas galas
Como Kaiser Wilhelm, esse joven e extraordina-
o �
� Tem aroma que se evola ;
rio soberano, electrisa as tropas pelo exemplo, trocando
Mas a essencia d 'uma esmola
as comrnodidades de Rei pelo desconforto do soldado, ! .
nographicos, tudo isto, indifferente ás cruezas do tem- f Das garras da'sorte crua
po, sem que a sua organisação especial se resinta, guer ¡ A presa ir-lhe arrebatar,
o nordeste
supre rijo em manhã agreste de dezembro � Aos
que soffrem dar consolo .
e faça
enregelar os membros arroxeados pelo frio, quer i Dar ao velho alento e vida .
o sol a
prumo dos mezes de julho e agosto faça doer Rerer a
que já pendida
as carnes fláccidas como
do n'ellas profundamente
pontas rubras de aço entran- ¡ Sobre o
abysmo vai tombar,
�
Por onde passa o soldado passa tambem EI-Rei; é � E' é nobre e é sancto!
digno,
desde as ultimas reservas ás avançadas, tudo é percor-
i Se Deus bem vos destina,
ao
.rido por Sua Magestade, que observa e vê com olhos ¡ Na terra missão tam dina
de mestre, assistindo ás differentes phases de combate , Tendes tudo p'ra a cumprir:
desde a preparação ao assalto, ora trepando aos mon- ¡ Rainha tendes grandeza;
-
tes esgalgados. ora descendo aos valles apertados e : Mulher e mãi a bondade; -
historia geral dos Reis, é pela corôa de glorias da nossa � E dos anjos o sorrir.
--
,
grao<'ie mestra da vida das epopêas humanas a maior
-
�
em heroicidades desde a fuadacão da monarchia até
-
Berndita seja a que desce
á formação do mais vasto imperio
do mundo e d'ahi ás
recentes victorias de Africa, bastos e tamanhos louros
i Ao casebre da
desgraça;
E alli como um anjo passa
¡
colhidos á sombra dos nossos Reis, é por estas tra- 1 Occulta n'um 'spesso veu ;
N'essa fronte que se esconde
.
dições
mente
tão profundamente monarchicas, tão genuina-
portuguezas, é emfim por este passado tão gran-
¡i, Quando a esmola se offerece
diose c brilh.uue verdadeira ternpcstade de triLll'.¡¿Lv.s
-
;, A auréola resplundc..e
��
e!Iiiiii�����������������������������������������������·
�� ·�M�I.-
�
,.�
L •
I
li. •
'.�����������������.
princeza Por senda que ao bem conduz 'Ainda ha pouco a excelsa deu
, uma prova do seu bonissimo
ao
Al�arve
Proseguí sempre, Senhora; coração, mandando inter-
Pois que a esmola é redernptora
E quem a dá redemptor;
i nar nos
de
asylos da capital infelizes creanças, orphãs
tres
hora luctariam com os horro-
, pai e mãi, que a esta
Nas tempestades da vida da fome se a sr." D. Amelia lhes não tivesse es-
i res
A SENHOR,A D, AMELIA t
!
para os seus filhos e para os seus subditos, que tam
bem seus filhos são, que chora com elles as suas des
venturas, quando a desgraça lhes bate á porta e tem
: nos labios um sorriso angelico nos seus dias de
pros
� peridade e
alegria!
_ ..... ��'·��EMBRAM.SE ainda os que tiveram a ,
t
Sente a
gente vontade, quando a nobilissima prino
dita de assistir á recita de gala em ceza passa, sorrindo indistinctamente ao rico e ao po
S. Carlos, em honra dá sr." D. Ame
Lis
i bre, tendo sempre uma palavra amoravel para os que
se lhe acercam, de ajoelhar a seus pés, e, beijando a
lia, em
seguida á sua
chegada a
,
boa, e á qual fimbria do seu vestido, dizer
a ill u s r r e lhe: oh! doce, oh! meiga, oh!
pnnceza as celestial creatura, cuja vida
sistio, de te é um rosario de luz, sêde bem
rem de I á dita entre as mulheres!
saido encantados com a affa Eis, em breves palavras, a
bilidade das suas maneiras, biographia da sr." D. Amelia,
com a distincção do seu porte, rainha de Portugal.
( com a
simplicidade do seu tra
jarde uma
elegancia ,·.;¡tfiné e
encantadora.
Se a nobilissima princeza
da
de
casa de Orleans,
tomar assento no camarote
em vez
Á RAINHA SENHORA D, A1IELIA
real, tivesse n' essa noite as
sistido incognita ao espectacu
lo em uma frisa, ou em um Nos caminhos da vida em que a
desgraça
camarote de primeira ordem, Os espinhos da dôr alii semeia,
Em procura do bem que o peito anceia
a sua
presença aurahiria im
mediatamente A grande multidão dos tristes passa.
a
attenção ge
ral, tanto nas mais pequeni
Para
nas se
cousas revelava uma aquelles que a sorte em gasa escassa
,
para entrar no albergue do indigente afim de matar-lhe
a fome, tendo ao mesmo tempo para lhe suavisar o
soffrirnento uma palavra de carinho e conforto, que
t
�
i If
O sul de Portugal exulta jubiloso
muita vez vale mais que a propria esmola; mulher=-- �
...
mosa seus
não a ha mais extre- -
paz e de amor. =
O dispensario é uma prova eloquente do que avan- t Como franja prateada em fulgido areal.
t
çâmos,
Quantas vezes o Rei dos
alto do seu throno cravejado de estrellas, terá sorrido,
Reis, contemplando-a do
i Essa vasta theatro foi de gloria
amplidão
mil
.
ao vel-a
esparzir na terra os seus numerosos bene-! Feitos de qlle não ha em povo
-
memoria, algum
ficios ! ! Que só soube Camões na
lyra etermsaJ'., .
�������������������������������i�
/
e
o
a
HONTBM B HOJE
O'vante tremulou de Ceuta até Ormuz.
Abrimos á Europa as
portas do Oriente
mundo todo encheu
J
I D IlESPONT
E portuguez! A VA de
pnrnavera do
o o nome a anno
0t 1249.
Ninguem
Nós fomos
Livrámos todo
nos
sem
excedeu,
rival na
nem Gregos nem Romanos
fama e no poder;
dos féros Mauritanos,
...
, ��
t Nas fortes muralhas do castello da
¡ villa de Faraon, onde tremulava a ban
o mar deira do crescente, erguia-se o pendão
E em cem lides campaes soubemos só vencer!
os vencedores
por entre as ameias da conquistada for
E' crença sem ideal, é culto sem fervor! taleza entoavam os hymnos jubilosos do triumpho.
Portugal completara o seu trabalho de expansão no
A patria é mãe commum que os filhos seus adora; continerite tendo sempre a espreitai-o a invejosa ancie
,
::a::OJE
O fausto que das mãos des opulentos sai;
Mas ternos esse amor profundo dos bons filhos,
Que não esquecem nunc? o affecto do bom pai. Começa o outomno de 1897. São passados 648
annos.
lar ainda
E que bellezas mil seu litoral encerra
'
va, e no
fumegante dos
vencidos tripudiavam
No mar, no ceo, na luz, na briza a ciciar ...
as hostes
aguerridas do vencedor
de Far"a01I; e aos la
mentos dos deixavam a terra que fôra
que regada com
o suor do seu rosto e agora orvalhada com as lagrimas
A este jardim formoso á beira-mar plantado ...
E o sol ao despontar oscula enamorado phadores, exaltados com os laureis da victoria e com o
O arroio gue murmura em leito de crista!. prazer da conquista. .
�.,����������������iI
í
II·����������������II
ros
d�� esses
portuguezes por gloriosos feitos dos nossos t irncianva e por issolimitar-nos-hemos a conta dos
soldados alem mar; hoje, ernfim, que recebemos a & e de
em actos mais importantes �erdadeIn� utilidade para
amavel e promettida visita dos nossos soberanos, reju-
bilamo-nos ao dizer-lhes: sejam bem vindos, e ao -
¡ o
paiz na sua
lhe deram entre nós
já longa �
e
g!onosa
la fora o
carr�lra politica,
proemmente lagar
que
que
i
saudal-os sentimos esse
prazer que o exilado ex
peri" i occupa de estadista consumado.
menta após os desconsolos do Os de
principaes projectos
desterro, ao ver alvejar por lei de sua sâoi-e-re-
iniciativa,
entre o arvoredo a casinha forma penal, reforma do pro-
onde nasceu, illuminada pelo cesso civil, reforma da instru-
sol esplendente da liberdade! ccão primaria e secundaria,
Hontem glorificava-se um creação do conselho superior
feito de armas, que engrande- de instruccão publica, reforma
cia a terra da patria. do supremotribunal adrninis-
Hoje festeja-se a realisação trativo, etc., etc.
de uma
promessa, que será o O conselheiro José Lu-
sr.
1i����������������;iI
���������������������������
Casal Ribeiro, Latino Coelho, Rebello da Silva, Fomes
, lhe as faces e a acariciar-lhe os cabellos brancos os ne-
Pereira de Mello, Dias Ferreira, etc. ¡ tinhos, que adora.
No mundo scientifico é não menos considerado ¡ Para uns, uma
pasta é a
suprema ambição, para a
pel.os.
'D!"ettq�
seus bellostrabalhos jurídicos publicados no
de que. ha longos annos, é director e
¡, conquista da
qual seriam até capazes de escalar o ceu;
pro- para outros, e n'esse caso está o sr. conselheiro Angus
pnetano, , to José da Cunha, representa um sacrificio, um pesa·
Deu tambem l-rado no seu
tempe como jornalista ¡ dissimo sacrificio, a que já por duas vezes se tem su
politico,no
tempo em que havia jornalistas da estatura
de Antonio Rodriuues
Sampaio. Teixeira de Vascón-
¡ bmettido talvez. para ser agradavel ao seu Real disci
!11ui.to. se
encarregará de lhe fazer inteira ¡ �' 1869 e tornou em assento na camara
jusnça. ;
¡
�t� dos deputados, fazendo parte da maioria que
apoiou ministerio Sa-Vizeu. D'essa
e ��� o
¡
¡
"'tW mara
Saraiva de
te o
pela sua inconcussa probidade. Foi pela primeira vez , Deputado pela minoria do circulo do Porto na cama
chamado ao poder em 1891 e encarregado da pasta da , ra que foi dissolvida
pelo gabinete Hintze-Franco, quan
fazenda. E' director da da moeda, onde tem pre-
casa
no coração.
¡ je tem quasi sempre occupado uma cadeira no parla
•
E' tambem professor da cadeira de calculo mento, discutindo com a maior proficiencia e criterio
" integral ¡
differencial, maior as mais
e
que rege com a proficiencia, na ¡ importantes questões, que ah se teem ventilado.
¡
-
Escola Polytechnic a, e faz parte do corpo docente do E' auctor do Codigo Commercial, que na opinião
Instituto de agronomia e veterinaria, tendo a seu cargo
a cadeira de mechanica e topograpbia. Como homem
: dos mais doutos jurisconsultos é considerado como obra
de grande folego intellectual. e que lhe valeu uma me-
I;
I
¡
de sciencia poucos o igualam; e, á enorme somma de ¡
¡
dalha de ouro conferida pela Associação Commercial I
conhecimentos de que dispõe, deve o ter sido escolhido, do Porto, que tambem mandou collocar o seu busto,
em
tempo, pelos collegios scientificos,
para os repre- ¡ em marmore, na sala das suas sessões, como tributo
sentar como par do reino electivo na camara alta. ¡ de sonsideração e respeito ao notavel e honrado esta
O sr. conselheiro Augusto José da Cunha foi um , dista.
dos preceptores de el-rei, que d'esse tempo se não es- E' conservador do registo predial em Lisboa, logar
queceu, tanto é o
empenho que põe em mostrar, em
f que obteve por concurso, sendo classificado em primei
¡
particular e em publico, a consideração e estima que ¡ ro
logar. E' tambem lente da cadeira de direito com
lhe tributa. , mercial portuguez, no Institute industrial e commercial,
A de leve ,
politica nem seduz. Estamos convenci-
o
que tambem obteve por concurso publico, sendo mi
dos de que trocaria, com a mais viva satisfação, a farda
bordada de ministro pela modesta sobrecasaca de pro-
¡ nistro da justiça no gabinete
presidido pelo sr. conse
lheiro José Luciano de Castro, que subiu ao poder em
;
fessor.e as estopadas diarias da secretaría pelos encan- • 1886.
da vida d, familia, principalmente tendo a I O conselheiro Beirão é trabalhador
beijar- sr.
Veiga um
aOS �
i
\
I
������������ que não tem
poupado esforços para ser uti I , cantos da sua alma ás grandes alegrias de a receber con-
I infatiga.velpaiz.
ao
exercer
, lagarQuando
seu deixa
de conservador e o de advogado nos
O
de ser ministro, volta a �
¡
dignamente
E maravilha de
na sua
querida diocese.
certo ver como o
.
do seu
governo com as suaves e meigas virtudes do Desde gue paz pé em terra alga; via até agora, nem
i
seu bonissimo coracão. , um só dos seus actos, como delegado do governo, dei
Imperterrito na defensa dos seus sagrados direitos, ; xou de ser fidalgo e correctu, merecendo por isso, de
desce á condolencia, que se exteriorisa cm Jagrimas, � um a outro extremo da provincia, os encomios da I
t
ante o
conspecto da dor e da miseria. gente mais illustrada e sensata. /
Não lhe toquem nos seus padres, gue o bom prela-
do quer-lhes tanto como a filhos seus.
i No trato particular é de uma lhaneza e amabilidade
, captivantes ; como governador civ.l, no exercicio das
Tem a rara virtude, o peregrino condão de se fa- , suas funcções, ninguem até hoje se acercou d'elle a
pe
zer amar pelo seu clero e estremecer
cesanos.
pelos seus dio- i dir-lhe um obsequio, que não renha sido affave'mente
acolhido e prornptamernc satisfeito.
�
E n'este ponto é muitissimo mais feliz que alguns � A familia do sr. Seabra de Lacerda não era deseo-
dos seus
collegas. � nhecida no Algarve. Um dos seus antepassados, José
Tem soffrido os seus desgostos, porgue para um
i Seabra da Silva, sendo ministro de D. Maria r ,";: foi
bispo que lhe
a cruz
pende ao peito, pelo facto de
ser
, guem nomeou D. Francisco Gomes de Avellar, de sa'qI-
de ouro, não deixa de ser cruz. , dosissima memoria, bispo do Algarve.
Mas taes desgostos, nascidos do triste espectaculo t O sr. Seabra de Lacerda tem sido deputado pelo,
das actuaes desmoralisações de uma sociedade gue quer
I circulo de S. Pedro do Sul, on.ie couta innumeras sym-
'
fugir de Deus, teem por compensação, primorosos affe- � pathias e dedicações, e muitas vezes presideñte da ca-
ctos e sinceras dedicações
gue lhe offerecem os seus t mara d'aguelle concelho.
filhos crentes e virtuosos. ., Tem-se obstinadamente recusado, com uma modes- "
E' justo n'esta occasião felicitar o Venerando Bispo
¡ tia superior a todo o elogio. a ac eirar JS honrarias gue 1\
·do Algarve.
t
'\ Amigo como é da Familia Real, abre todos os re- " collocados; e, se aceitou o
governo Ci v.l de Faro, foi
,¡�-��������������" ,-
.'J
\
\
'. \
I.
_j
I�����������������
exc1,!siva�enteunica. e
VISITA REGIA AO ALGARVE
para agradavel ao sr. con- ser
i "
i
.
lidades que possue, e que o teem tornado respeitado e � de as M. M. recebem os cumprimentos da camara muni
�
querido dos habitantes do Algarve. cipal, auctoridades e demais pessoas convidadas pela
cA tau! seigneur, lout honneur. ¡ camara. Chegada á estação de Loulé ás 9 horas. Re
� cepção da camara, auctoridades e convidados. A's 9 e
---#Z�-- ¡
40 minutos chegada a Faro. S. S. M. M. da gare se
t
.. i:... VEl, RElGIN A! , guem, em carruagem descoberta, para a Sé, onde será
� cantado um solemne Te-Deum, em acção de graças,
� havendo em seguida recepção official no paço episcopal,
t onde se alojam. Depois do almoço visita ao museu la
Ao passardes, �
feliz, desabrochando � pidar «Infante D. Henrique,» Escola Industrial, Hospital
A flor 'dos da Misericordia, Albergue, Museu Maritimo e Santo An
vo�sos labios purpurinos, �
Cantam Glorias os loiros pequeninos, t tonio do Alto. Da gare até' á Sé o cortejo seguirá, pelas
Vosso nome de mel abençoando. i ruas de
t �isboa, da Parreira e infante D Henrique, praça
D. Francisco Gomes e Arco da Villa. Bodo a 1:000 po
E' que vós, Ó Rainha entre as
Rainhas, �
i bres. A' noite illuminação do largo da Sé, praça D.
Sois fada do Lar, o Anjo do Bem
a ...
Não a vedes,
algarvias gentís? � M. saem de Villa Real pelas 6 horas da manhã, em
Mas vede-a antes com os olhos da alma, Z barcados, chegando á Mina ás IO horas. Almoço
¡ e visita ás minas. Partida para o Pomarão ás 4 e meia
que a belleza terrena murcha, secca e des
� da tarde e
faz-se nas transformacões da natureza ..
�
fino e delicado que o desabrochar do lyrio � gres e desembarque em Lagos, pelas tres e meia da
em fresca manhã de abril. t tarde. Recepção na camara, visita á cidade e lançamen
� to da
Fixae o seu rosto, que é mais limpido e
�
primeira pedra pará a construcção do paredão,
amoroso que o azul do nosso ceu. cerimonia a que S. S. M. M. assistem em um pa
�
E' que a Rainha de Portugal pediu em % vilhão expressamente armado para tal fi m. Pelas 6 ho
prestadas á meiga Nazarena todas as virtu t ras da tarde partem para Portimão, onde chegam ás
�
des excelsas em que se crystallisou a verdadeira belleza,
¡ 7 e meia. Na noite de 12 grandes iJluminações na ponte,
emblemada nos cantares do oriente. caes e ruas principaes da villa e musica de caçadores
�
Ella não ostenta vaidades ephemeras, que desappa � cinco no coreto do passeio.
recem como a plumasinha que vôa. Tem canduras e £ Dia 13 Partida de S. S. M. M. de Portimão
-
�
simplezas como as donzellas, liadas com affectuosas � para Monchique, pelas 8 horas da manhã. A' ida, ou á
visita Banho. Chegada á formosa e pittores-
dedicações de esposa. E aos santos, purissimos enle � volta,
ao
vos do amor de mãe, enlaça os diamantinos ca villa de Monchique, pelas I I horas da manhã, sen-
primores �
de uma caridade, que se desdobra em milhares de con � do servido o almoço em casa do digno presidente
¡ da camara e antigo deputado, sr. José Joaquim Aguas.
solações a rorejarern sobre as creancinhas desvalidas e t
sobre o desamparo da velhice. Depois effectuar-se-ha o passeio á Foia. No regresso
�I
¡
Na pratica do bem, na beneficencia modesta, sem � S. S. M. M. recebem os cumprimentos da Cama-
t ra e pessoas por esta convidadas. Saída de Monchique
os
ouropeis da vanidade, nem as arrogancias impo ¡
nentes de empolada grandeza, é que ella é soberana e ao anoitecer, chegando a Portimão pelas 7 e meia.
¡
Dia 14- Visita a Lagôa; partida para Silves, pe-
magestosaínente Rainha. ¡
las duas horas da tarde, onde S. S. M. M. che-'
.
�
Portimão, S. S. M. M. dormirão 1. bordo do hiate D. I
beijos será o hymno que vae resoar nas mysteriosas al , Amelia.
/' turas do amor.
¡ í ¡
,
I Saudae-a, filhas do Algarve! ¡ Os navios que veem ao Algarve e aqui estarão du- 1
¡ rante a visita de S. S. M. M., são : hiates D. Ame-
I
'
I J�����������������������
!P-:'i
Yf/ Typ. do C/Jlgarve e
eâlemtejo, rua êo Albergue, 17 cIg-FARO