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Pastor Francisco Gonzaga da Silva (1886-1945)

Consagrado pastor em 19 de abril de 1924.

BIOGRAFIA

Um dos pioneiros que mais se destacaram nos primórdios das


Assembleias de Deus no Brasil é o pastor Francisco Gonzaga da Silva, de
saudosa memória, obreiro que trabalhou toda a sua vida na Obra do Senhor
com zelo e dinamismo e obteve bom conceito na Convenção Geral das
Assembleias de Deus no Brasil. Ao que parece pouco se interessou para dar
publicidade à sua atuação pastoral, como veremos a seguir. Evangelista,
pastor e antigo líder das Assembleias de Deus no Rio Grande do Norte e em
São Paulo. Converteu-se ao evangelho em abril de 1917, em Belém (PA). Das
informações que conseguimos sobre a sua vida, consta que em 1922 já estava
integrado ao ministério, tendo participado da primeira Escola Bíblica, realizada
em Belém do Pará, no período de 04 de março a 04 de abril daquele ano. Dois
anos depois, começou a trabalhar como evangelista, sendo ordenado pastor
em 19 de abril de 1924, indo pastorear inicialmente a AD de Timboteua. Em
seguida, transferiu-se para a capital, Belém, como pastor auxiliar do
missionário Samuel Nyström.

Sentindo a chamada para o Nordeste, foi para João Pessoa, então


capital da Paraíba do Norte. Em seguida, dirigiu-se para Campina Grande, no
mesmo Estado, onde deu assistência ao grupo de novos convertidos que dava
início a Assembleia de Deus, de 1925 a 1926. Depois foi para Natal (RN), onde
assumiu o pastorado no meado do ano de 1926, e passou em seguida a visitar
os irmãos e dar assistência necessária, conquistando destarte a simpatia e o
devido respeito da comunidade que o recebera. Como obreiro zeloso e
dinâmico, fazia questão de cumprimentar os irmãos que lhe fosse possível
alcançar, tanto antes quanto depois do culto, da Escola Dominical, e de
qualquer outra reunião que fosse realizada, oportunidade em que os ouvia
sobre os seus problemas, e indicava-lhes os meios como solucioná-los. Era
uma bênção!

Com o crescimento da igreja já na sua gestão, logo tratou de transferi-la


do local onde se encontrava, a época considerada imprópria (Rua Amaro
Barreto), para a Rua Manoel Miranda, onde está instalada, colocando-a em um
templo novo, amplo, bem ventilado e com boa presença arquitetônica, o que
contentou sobremaneira a todos. É oportuno salientar que o templo enfocado
foi construído em regime de mutirão, com a participação pessoal de toda a
igreja, inclusive do próprio pastor Francisco Gonzaga. Depois foi construída da
mesma forma uma casa pastoral, ao lado, com excelente apresentação e
comodidade para residência do pastor com a sua família, e inaugurada na
mesma ocasião da dedicação do templo. Ao Senhor Jesus coube a honra, a
glória e louvor por tudo o que foi realizado. Como parte da sua atuação pastoral
no Rio Grande do Norte, marcou presença em algumas cidades do interior,
principalmente em Mossoró, onde por necessidade precisou interferir na
administração da nova igreja ainda em formação, realizando ali um batismo,
quando desceram às águas 40 irmãos, no dia 30 de maio de 1929. Um ano
depois, no dia 30 de maio de 1930, com a sua presença foi inaugurado naquela
cidade o primeiro templo da Assembléia de Deus, cuja solenidade terminou a
noite com a realização de um culto festivo onde se fizeram presentes inúmeras
pessoas da sociedade loca, o que muito alegrou a Igreja.

Foi em sua gestão na AD de Natal que, em 17 a 18 de fevereiro de


1929, hospedou a reunião preliminar de pastores brasileiros que aprovou a
realização da primeira Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil,
evento ocorrido na mesma igreja (Rua Amaro Barreto, 40), no ano seguinte, de
5 a 10 de setembro de 1930. Três anos depois, em 1933, na Convenção Geral
no Rio de Janeiro, fez parte da comissão para solucionar os problemas de
divisão nas Assembleias de Deus no Nordeste envolvendo o pastor Manoel
Hygino de Souza. Depois de 10 anos e quatro meses em Natal, sentindo-se
chamado para o Sul do país, Gonzaga transferiu-se para Santos (SP), onde
exerceu, de 1937 a 1945 o pastorado do Ministério da AD santista, tendo
construídoinaugurado o templo da Rua Dr. Manoel Tourinho, no terreno
adquirido no pastorado de Clímaco Bueno Aza. Construiu também uma casa
pastoral, bem como dois modernos templos menores, com capacidade para
250 pessoas, um em São Vicente e outro em Itapeva. Pastor Francisco
Gonzaga incentivou a pregação do evangelho em Cubatão e por todo o litoral
santista em cerca de 30 cidades. Por fim, iniciou a construção de um templo
em Campo Grande, um dos mais populosos bairros de Santos.

Em julho de 1938, Gonzaga assumiu interinamente o pastorado da AD da


cidade de São Paulo, quando a igreja funcionava na Rua Cruz Branca.
Acumulando dois pastorados (Santos e Belenzinho), Gonzaga permaneceu até
setembro de 1939. Apesar do pequeno período, fez dois batismos, um em 14
de agosto de 1938 e outro em 27 de agosto de 1939, promovido num domingo,
com a presença de 700 pessoas e 32 novos crentes e algumas conversões.

 Pastor Francisco Gonzaga era casado com Francisca Carvalho da Silva,


com quem teve seis filhos.

 No dia 4 de outubro de 1945, ele faleceu vítima de um atropelamento


automobilístico.

Com esta folha de serviço restado à comunidade brasileira, entrou para a


história das Assembleias de Deus no Brasil o pastor Francisco Gonzaga da
Silva, tornando-se, portanto, merecedor do nosso reconhecimento e de nosso
respeito à sua memória, o que justifica sobradamente esta homenagem.

Fonte: Dicionário do Movimento Pentecostal

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