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Disciplina de Educação Física

Ano letivo 22/23

Ginástica de solo

12/12/2022 João Oliveira 10ºSE nº8


Índice:
1. Apresentação do tema e a sua ideia central
2. Identificação dos conceitos fundamentais
A ginástica de solo, é uma subárea da ginástica incluída
nos programas de educação física, com o objetivo de
fortalecer as capacidades motoras dos estudantes, e assim
permitir um desenvolvimento equilibrado dos mesmos. A
ginástica de solo tem um grau de exigência muito elevado,
pois a maioria dos exercícios não são de todo fáceis e além
disso devem ser realizados com elegância, amplitude e
correção.

As provas de solo são disputadas nas categorias masculina e feminina. A área de


apresentação é composta por um tablado de 12m por 12m, coberto por carpete e
rodeado por uma área de segurança de 2m. O material elástico do tablado do solo serve
para impulsionar melhor o ginasta e amortecer as aterrissagens e quedas.

As séries de solo femininas têm duração máxima de 90 segundos e precisam ser


acompanhadas de uma música instrumental. Já na competição de ginástica artística
masculina, a série pode ter até 70 segundos, sem acompanhamento musical.

Os movimentos da ginástica artística precisam ser suaves, fluidos e bem precisos.


Nos elementos gímnicos temos posições de equilíbrio (avião, vela e bandeira), posições
de flexibilidade (ponte, espargata e sapo), posições de ligação (saltos, voltas e afundos).
É preciso conexão entre o final de um exercício e outro para criar harmonia e
naturalidade. Essas ligações dão bônus nas pontuações de competições.

Nas acrobacias da ginástica artística, são avaliados força, precisão, equilíbrio, e, no caso
da feminina, expressão artística.
Durante a apresentação, os ginastas não podem ultrapassar as bordas marcadas do
tablado. A série deve ser realizada de forma contínua e sem interrupções. Desequilíbrios
nas aterrissagens e aterrissagens fora da área de apresentação são as principais falhas
cometidas e são motivo de desconto de pontos.

O ginasta começa com a pontuação mais alta possível, e os pontos vão sendo tirados de
acordo com as falhas ou faltas nas séries de solo. Quem avalia isso é uma comissão
técnica de juízes.

Existem duas pontuações na ginástica de solo: a pontuação de dificuldade (PD) e a


pontuação de execução (PE). A PD avalia o nível de dificuldade da série do atleta, ou
seja, o quão complexas são suas acrobacias. Séries de maior nível de dificuldade,
consequentemente, recebem pontuações maiores.

A PE avalia o desempenho do ginasta na realização daquela série, isto é, se a execução


dos movimentos foi bem-feita, em termos técnicos, e também artísticos no caso da
feminina.

 Conceitos fundamentais na ginástica de solo:

Rolamento a Frente

Posição inicial: pés juntos, joelhos fletidos e unidos, tronco ligeiramente inclinado à
frente, ventre encolhido, queixo junto ao peito, braços estendidos e no prolongamento
do tronco.

Execução técnica: através de um impulso das pernas e sem baixar os braços, apoia as
mãos no solo à largura dos ombros e com dedos orientados para a frente.
Os pés saem do chão após a uma ligeira impulsão ao mesmo tempo que se eleva a
bacia. Assim que as mãos tocam no solo, o atleta flete os cotovelos sem os afastar,
apoia a nuca no chão e através da repulsão dos membros superiores “rola”, mantendo a
cabeça em flexão e o corpo engrupado.
Projetar os ombros e os braços estendidos para a frente de forma a voltar à posição
inicial.

Erros a evitar:
– Colocação da testa no solo no início do rolamento;

– Colocação das mãos muito perto dos pés;

– Não impulsionar os membros inferiores;

– Elevação insuficiente da bacia;

– Colocar os pés muito longe das nádegas no final do rolamento;

– Levantar-se com a ajuda das mãos;

– Extensão da nuca;

– Afastar os cotovelos.

Ajudas:
– Colocar uma mão na coxa e outra nas costas ou na nuca;

– Segurar as mãos na fase de elevação.

Rolamento à retaguarda

Posição inicial: pés juntos, joelhos fletidos e unidos, tronco ligeiramente inclinado para
trás, ventre encolhido, queixo junto ao peito, braços junto ao corpo com as palmas das
mãos viradas para cima e as costas das mãos apoiadas perto dos ombros.

Execução técnica: através de um pequeno desequilíbrio, apoia a parte posterior das


costas até chegar à nuca. Os pés abandonam o chão após a uma ligeira impulsão ao
mesmo tempo que se eleva a bacia. Assim que as mãos tocam no solo, o atleta flete os
cotovelos sem os afastar, apoia a nuca no solo e através de repulsão dos membros
superiores “rola”, mantendo a cabeça em flexão e o corpo engrupado. Projetar os
ombros e os braços estendidos para a frente de forma a voltar à posição inicial.
Erros a evitar:
– Colocação das mãos muito perto dos pés;

– Não impulsionar os membros inferiores;

– Não afastar os membros superiores;

– Elevação insuficiente da bacia;

– Colocar os pés muito longe das nádegas no final do rolamento;

– Elevar-se com a ajuda das mãos;

– Fletir muito depressa as mãos;

– Extensão da nuca;

– Afastar os cotovelos.

Ajudas:
– Colocar uma mão junto à nuca e a outra nas suas costas. O ajudante deve estar de
joelhos em direção ao executante.

Roda

Componentes críticas:
– Dar início ao movimento com um pé à frente do outro;

– Avanço de um dos M.I. e afundo lateral;

– Balanço enérgico do M.I de trás que se encontra em extensão;

– Apoio alternado das mãos na linha do movimento;

– Impulsão da perna de chamada (perna da frente);

– M.S. e tronco alinhados na vertical dos apoios;


– Na trajetória aérea, os M.I. realizam o máximo afastamento possível e em extensão
completa;

– No contacto ao solo o apoio dos pés é alternado na linha do movimento.


Nota: M. I= Membro inferior; M.S= Membro superior

Ajudas:
– A mão mais próxima do ajudante coloca-se na anca mais próxima do executante e a
outra é depois colocada na outra anca, quando executante atinge a vertical dos apoios.
Deve-se sempre acompanhar o executante até ao final do movimento.

Posição de equilibrio (avião)

Componentes críticas:
– Tronco paralelo ao solo;

– M.S. em extensão, no prolongamento do tronco;

– M.I. em elevação, paralela ao solo e no prolongamento do tronco;

– M.I. de apoio em extensão;

– Olhar dirigido para a frente.

Ajudas:
– Mão na perna livre, exercer força para cima, para ajudar a sua elevação até a posição
correta.
Posição de Flexibilidade- Ponte

Componentes críticas:
– Extensão dos MS;

– Extensão dos MI;

– Cabeça acompanha o movimento de extensão da coluna.

Ajudas:
– Mãos nos ombros do executante exercendo uma força para cima. O executante segura
os tornozelos do companheiro, para ajudar a extensão dos membros superiores e
inferiores.

– Mãos nos ombros e na cintura do executante, para ajudar a colocação dos membros
superiores no solo e a extensão dos membros superiores e inferiores.

Salto em extensão (vela)

Fase aérea:
– O corpo deve estar em tonicidade;

– O corpo eleva-se verticalmente;


– M.I. unidos e em extensão;

– M.S. em elevação superior, com os dedos unidos;

– Olhar em frente.

Salto com ½ Pirueta

Fase aérea:
– Realizar a corrida de balanço e a chamada;

– Elevar o corpo em completa extensão e em tonicidade;

– Iniciar a rotação do tronco na fase ascendente;

– Colocar os M.S. próximo do eixo longitudinal;

– Acompanhar com o olhar o sentido da rotação.

Apoio Facial Invertido

Componentes criticas:

– Mãos á largura dos ombros, com a mão para a frente;


– Olhar dirigido para a frente;
– Elevar a bacia com impulsão da perna livre;
– Corpo completamente alinhado;
– Regresso á posição inicial;
Erros frequentes:

– Avançar os ombros;
– Dobrar os membros inferiores;
– Selar o corpo;

Ajudas:
– A pessoa que está a efetuar a ajuda deve-se colocar na frente do aluno puxando-o
pelas ancas até que a bacia se encontre na vertical;
– O ajudante deve também ajudar ao nível dos membros inferiores ajudando assim o
aluno a manter o equilíbrio;

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