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Redação Bimestral:

Nome: Sofia Denzin Zoccoler


Série: 3-B

A transformação da aparência humana ao longo dos séculos vai além da simples


busca estética, incorporando práticas com raízes que se estendem por mais de 100
mil anos. Seja por meio de escolhas vestimentares, cortes de cabelo, tatuagens ou
procedimentos cirúrgicos, esses comportamentos refletem uma intricada interação
entre fatores socioculturais, ecológicos e evolutivos. Nesse contexto diversificado, a
compreensão dessas práticas emerge como crucial para desvendar não apenas a
expressão individual, mas também as sutilezas sociais e adaptativas presentes nas
alterações da aparência.

Contudo, é essencial considerar as potenciais repercussões negativas desse


fenômeno. A pressão social para se adequar a padrões estéticos frequentemente
inatingíveis pode resultar em ansiedade e uma diminuição da autoestima entre os
adolescentes. Na mitologia grega, o "mito do Procusto" expõe o quanto essa forma
de padronização da beleza pode ser um processo doloroso. No mito,Procusto mutila
as pessoas para que as mesmas fiquem parecidas com ele. Esse processo se
assemelha as formas atuais de se conseguir um corpo ideal: dietas absurdas,
obsessão por músculos, utilização de produtos de beleza e remédios
emagrecedores e até cirurgias plasticas, que muitas vezes dão errado e levam o
individuo a morte, com foi o caso da modelo Andressa Urach, que quase morreu ao
realizar uma cirurgia.

Além disso, é válido afirmar que diversos são os efeitos tanto a nível de indivíduo
quanto de sociedade que essa supervalorização do corpo pode trazer como
consequência. Isso porque a constante desaprovação de seu corpo, nunca estando
bem consigo mesmo ao olhar-se no espelho.Ver-se impedido de encontrar-se com
pessoas em demasia sem pensar no que pensarão sobre si devido ao seu
corpo,levando assim a uma sociedade com maior índice de depressão.Ainda
assim,esse sentimento pode ser precursor de problemas diversas por meio de
ações desesperadas,como o uso indevido de esteróides e o desenvolvimento de
anorexia e bulimia.

Diante desse cenário, é compreensível a busca por uma identidade visual durante a
adolescência. Contudo, torna-se imperativo ponderar cuidadosamente tanto os
benefícios quanto os possíveis riscos associados a essas modificações. Estabelecer
padrões realistas, promover a autoaceitação e celebrar a diversidade revelam-se
pilares essenciais para garantir que os adolescentes possam explorar sua
identidade de maneira positiva, sem comprometer o equilíbrio emocional e
psicológico. Essa abordagem não apenas orienta os jovens na construção de uma
imagem pessoal autêntica, mas também contribui para um ambiente que fomente o
bem-estar integral dessa fase crucial do desenvolvimento.

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