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3.

Respeito

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3. Respeito

Objetivo geral: Oportunizar aos alunos, através de diferentes


atividades lúdicas e reflexões, situações que os levem a
compreender e desenvolver atitudes de valorização e respeito
pelo outro.
Conteúdo: Interpretação da história; diálogo; gênero textual
entrevista; leitura/escuta compartilhada e autônoma; oralidade;
concentração; valorização do coletivo.
Conteúdos musicais: Andamento; dinâmica; intensidade;
percussão corporal; criação e execução de instrumento.

História
Objetivo: Refletir sobre o que é respeito
e diferença em contextos sociais;
entrar em contato com a experiência
da personagem; perceber e comparar
a realidade da história com a sua.

A Baratona
Havia no alto de uma linda floresta uma comunidade chamada
Insetópolis. Ela era famosa por uma corrida chamada Baratona,
que acontecia todos os anos nas colinas da comunidade. A
Baratona era uma corrida que juntava várias habilidades e
premiava os animais mais inteligentes, fortes e rápidos da
região, pois suas provas misturavam velocidade, obstáculos e
testes que provavam o saber. Na comunidade vivia D. Matilde,
uma caracol muito, muito, mas muito lentinha, que, por causa
da sua idade, vivia cansada. Apesar disso, D. Matilde sempre

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sonhou em competir na Baratona. Ao longo dos anos essa
vontade brotava todas as vezes que via o anúncio da corrida,
mas, por ser lenta, ela acabava perdendo a coragem, afinal,
o morro onde ocorria a competição era muito alto. O desejo
de Dona Matilde ficava cada vez mais forte quando ela sabia
das dificuldades que passava o hospital que tinha trabalhado
durante a juventude. Com o prêmio,
ela poderia ajudar a comprar muitos
remédios. Ela amava ajudar seus amigos
insetos, apesar de não ser um deles.
Numa manhã de domingo ela acordou,
se encheu de coragem e, muito
empolgada, decidiu se inscrever na
corrida. Muitos vizinhos debocharam
dela, outros ficaram com pena, outros
que foram ajudados por ela resolveram
incentivá-la. D. Matilde aproveitou os dias que
ainda faltavam e treinou muito, fez exercícios,
leu mais livros para se preparar para a prova.
Chegando o dia, só havia um concorrente, o
gafanhoto Julião, que foi o vencedor da Baratona nos dez
anos anteriores. Talvez isso desanimasse a participação de
outros concorrentes.
Quando ele viu D. Matilde, começou a rir, dizendo:
- Ah! Essa vitória já é minha! Deveriam arrumar
um concorrente à minha altura!
Vencer essa vovozinha, tá no papo!
Foi dada a largada! O gafanhoto,
saltitante e já se sentindo
o campeão, saiu na frente.
D. Matilde, amparada pelos
seus amigos, ia lentamente, mas
mantendo um ritmo constante. Sempre
obedecendo todas as regras do jogo! Julião,
por sua vez, adorava trapacear. Ele sabia que

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não podia voar, mas toda vez que os fiscais estavam
desatentos, ele voava rasteirinho na pista para ninguém
perceber. Já confiante e perto da chegada, o gafanhoto
espertalhão, ansioso por vencer e no auge da
sua ambição, deu um salto tão alto que até
precisou usar suas asas escondidas. Só que
ele não viu que uma grande Sabiá estava
pousada na mangueira que trazia sombra
ao morro. A Sabiá, num só golpe, engoliu
o gafanhoto deixando a vitória certa
para D. Matilde. Lentamente ela
terminou o percurso, respondeu às
perguntas e recebeu gloriosamente
seu prêmio diante de todos os
moradores da cidade. D. Matilde usou
todo o dinheiro para ajudar o hospital, que, em gratidão,
deu seu nome à praça que ficava no centro prédio.
Ilustrações disponíveis nos anexos do aplicativo Sinta o Som - Caderno 2.

Roda de conversa
Nossa! Quanta coragem da D.Matilde, não é mesmo? O que
vocês acham que deu coragem à D. Matilde para enfrentar
o gafanhoto? Quais devem ter sido as palavras de incentivo
desses amigos? Por que será que o gafanhoto, mesmo sabendo
ser mais ágil, preferiu trapacear? Por que ele se achava melhor
do que a D. Matilde? Vocês concordam com isso? Vocês já
vivenciaram ou observaram situações como as que aparecem
na história, na vida real, entre as pessoas?
Depois de refletirem sobre a história, você pode apresentar
para os alunos histórias similares, como a fábula de Esopo
“A lebre e a tartaruga”, bem como histórias similares do folclore
brasileiro, como “O jabuti e o coelho”, “O jabuti e o cachorro”
etc. Seria importante trazer, nessa conversa, referências dessas

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outras histórias, que são histórias
da tradição oral e que sempre
trazem os valores de uma cultura,
as contradições humanas e, por
vezes, reforçam ensinamentos, no
intuito de provocar as pessoas a
pensarem sobre a vida.

Brincadeiras

Jogo de perguntas e respostas


Objetivo: Refletir e compreender que as pessoas têm
opiniões e práticas tanto comuns quanto diferentes.

Material necessário: Fichas com itens contendo pelo menos


duas opções de resposta.
Como fazer: Selecione previamente diversos itens com, pelo
menos, duas respostas, como comida, cor e animal. Junto aos
alunos, fale o item escolhido e as opções de resposta: comida -
quem gosta mais de arroz, vá para a direita, quem gosta mais
de macarrão, vá para a esquerda; cores - quem gosta mais da
cor vermelha, vá para a direita, quem gosta mais de verde, vá
para esquerda etc.
A cada resposta, a turma vai naturalmente se separar e,
conforme as respostas dadas, os alunos vão começar a ver que
os grupos vão se misturando e se recompondo à medida que
as respostas forem diferentes.
Ao final, peça para os alunos compararem as formações
dos grupos desde o início, com gostos diferentes. Incite-
os a refletirem e a falarem sobre como se sentiram quando

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estiveram em um grupo quando a escolha era da maioria ou
quando a sua opinião era a minoria. Será que se sentiram
mal pelas suas escolhas? Ou sentiram medo, por exemplo, de
serem desrespeitados pelas suas preferências? O intuito é que
eles possam perceber a necessidade do respeito mútuo.

O que é belo
Objetivo: Refletir sobre os padrões estéticos e de beleza;
observar e reconhecer as diferenças entre as pessoas;
respeitar diferentes pontos de vista.

Material necessário: folhas e lápis de cor ou giz de cera.


Como fazer: Promova uma breve conversa entre os alunos
sobre o que acham que é beleza e o que é ser bonito.
Peça que desenhem um menino ou uma menina com
características que considerem belas. Em seguida, misture os
desenhos e coloque-os virados para baixo; peça que peguem
um que não seja o seu próprio. Cada um vai mostrar o desenho
e falar o que aquela pessoa desenhada tem de bonito em seu
ponto de vista. O autor do desenho também pode falar sobre o
que ele desenhou.
Faça a intermediação da brincadeira instigando os alunos a
pensarem sobre os diferentes pontos de vista e a desconstrução
dos padrões sociais e midiáticos de beleza e estética.

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Jogos Teatrais

Meu ritmo
Objetivo: Perceber o ritmo corporal e refletir sobre o ritmo
interno de cada um; experimentar diferentes velocidades e
perceber como elas alteram o nosso corpo.

Como fazer:
Etapa 1: Promova uma conversa com seus alunos sobre ritmo e
velocidade corporal até chegar à ideia do ritmo interno de cada
um. Você pode fazer perguntas como “quem é aqui mais lento
para fazer uma determinada atividade corporal?”, “quem são
os mais velozes na educação física?”, “quem é mais quieto?”,
“quem é mais agitado?” etc.
Aproveite e amplie a discussão tocando no tema do
envelhecimento e o respeito às pessoas mais velhas. No debate
você também pode provocar a reflexão sobre o fato de que nem
toda pessoa mais velha é necessariamente lenta ou, também,
que nem toda pessoa jovem é rápida.
Etapa 2: Após essa sensibilização por meio da troca de ideias e
exemplos, proponha que realizem algumas ações imaginárias,
como pegar uma fruta no pé, limpar o chão, servir uma bandeja,
correr etc. Durante essas ações, brinque de acelerar ou ficar
muito lento (conduzindo gradações dentro do lento e do rápido)
para que o aluno tenha a percepção sobre a maneira como o
corpo reage e percebe o movimento lento e o acelerado, bem
como as reações corporais que ambos os ritmos causam.
Etapa 3: Ao término deste exercício, debata com a turma sobre
como está o corpo de cada um, como se sentem. Relembre com
eles a primeira reflexão feita antes do exercício e peça para que
pensem sobre o ritmo interno de cada um.

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Etapa 4: Agora, divida a turma em três grupos. Cada grupo
irá criar uma cena que retrate a convivência entre pessoas de
ritmos diferentes

Corpo e canção

Julião
Objetivo: Identificar, a partir da música, atitudes
desrespeitosas e refletir sobre elas, bem como as formas
mais educadas de se colocar diante de cada situação;
realizar movimentos rítmico-corporais a partir da música;
representar, por meio da dança e da expressão corporal,
os contextos apontados na música.

Material necessário: Áudio da música “Julião com a cara no


chão”, disponível no CD Sinta o Som – Juntos e misturados.
Como fazer: Apresente a música para a escuta atenta da letra
e, a partir daí, abra um espaço para o grupo refletir e falar
sobre atitudes e palavras desrespeitosas que são repetidas
cotidianamente em diversas circunstâncias e qual poderia ser
a forma mais cordial de se posicionar diante de cada situação
(“o que você acha das pessoas que querem sempre parecer
‘mais espertas’?”, “você já ofereceu o seu lugar no ônibus/
trem?”, “é preciso gritar ou existem outras formas de se
comunicar?”, “você tem dificuldade em aguardar a sua vez?”).
Pergunte aos alunos, também, o que eles pensam que seja
o significado de “ficar com a cara no chão”, como sugere a
música. De acordo com as respostas, como seria a postura
corporal para interpretar esse significado? (por exemplo, postura
envergonhada; literalmente com a cara encostada no chão...).

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Da mesma forma, leve a turma a pensar sobre o que seria
“aprender a lição”, no contexto da música, e de que forma isso
poderia acontecer com o personagem Julião.
Após a roda de conversa, coloque novamente a música para
que os alunos dancem e representem corporalmente cada
atitude de Julião (por exemplo, como pode ser a movimentação
de empurrar para entrar no ônibus).
Na parte da música em que fala “Julião, Julião, Julião”, pode-
se fazer movimentos simples e repetidos (um movimento para
cada vez que se repete a palavra ‘Julião’), como palmas, batidas
com o pé no chão, pequenos saltos; ou movimentos conjugados
(mais de um movimento ao mesmo tempo): bater palmas e pés,
por exemplo.
Na negativa do respeito expressa pela parte da música “quem
não respeita o outro”, incentive os alunos a descobrirem
movimentos com o corpo que remetam à ideia do ‘não’, além do
movimento comum da cabeça e dos dedos das mãos (somente
com o calcanhar apoiado no chão, balançar o pé para um lado e
outro como se faz com a cabeça para negar, por exemplo). Não
é necessário que todos façam igual. É mais interessante que a
pesquisa e a descoberta de movimentos sejam livres.
A parte “fica sempre com a cara no chão” pode ser
representada pela forma postural que os alunos pesquisaram
durante a roda de conversa.

Julião com a cara no chão


Lá vai Julião pra fila.
Na frente do colega ele quer passar. (2x)
Julião, Julião, Julião, vê se aprende essa lição.
Quem não respeita o outro fica sempre com a cara no chão
Lá vai Julião no trem.
Na cadeira reservada ele quer sentar (2x)
Julião, Julião, Julião, vê se aprende essa lição.
Quem não respeita o outro fica sempre com a cara no chão

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Lá vai Julião na aula.
Não espera a sua vez pra poder falar (2x)
Julião, Julião, Julião, vê se aprende essa lição.
Quem não respeita o outro fica sempre com a cara no chão
Lá vai Julião na rua.i
Ele grita com o guarda que faz ele esperar (2x)
Julião, Julião, Julião, vê se aprende essa lição.
Quem não respeita o outro fica sempre com a cara no chão
Lá vai Julião no busão.
Empurrando as pessoas para entrar (2X)
Julião, Julião, Julião, vê se aprende essa lição.
Quem não respeita o outro fica sempre com a cara no chão (2x)
Fica sempre com a cara no chão (2x)

Jogos de sentido

O percurso da canção
Objetivo: Promover a atenção e a dinâmica musical;
promover a compreensão e o respeito pelo outro – tanto na
condução do exercício quanto pela escuta.

Como fazer:
Etapa 1: Escolha uma canção conhecida pela turma e, em algum
espaço da escola ou mesmo na sala de aula (com as cadeiras
afastadas), proponha um percurso com alguns obstáculos.
Esses obstáculos serão representados por cartões nas cores
verde, vermelha e amarela, que, assim como nos sinais de
trânsito, terão a função de “siga”, “pare” e “atenção”. O percurso
será realizado com uma criança por vez, enquanto as outras
seguem cantando de acordo com os comandos. Ao passar pelos
cartões verdes, todos cantam; quando passar pelos amarelos,

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eles sussurram; e quando passarem pelo vermelho, só mantêm
a melodia na cabeça até que o aluno do percurso chegue ao
próximo cartão.
Etapa 2: Você pode fazer diferentes percursos para que a turma
experimente diferentes sequências sonoras.

Sugestão de desenvolvimento:
Esses obstáculos no percurso podem ser apenas os cartões,
mas você também pode ‘brincar’ com elementos concretos da
sala de aula e colocar cartões neles. Por exemplo, pode ter uma
cadeira em que se deve passar por baixo e que haja um cartão
ao lado dessa cadeira, Também é possível que se tenha que
passar por cima de uma cadeira, em que, ao seu lado, haja um
outro cartão... Use a sua imaginação (e as sugestões do próprio
grupo) para criar outros obstáculos.

Batucando

Um som, por favor!


Objetivo: Vivenciar ações de respeito e a escuta atenta;
praticar a percussão corporal.

Material necessário: Vídeo com o passo a passo, disponível no


aplicativo Sinta o Som – Caderno 2.
Como fazer: Em roda, um aluno diz: “você poderia bater palma,
por favor?”, e o aluno ao seu lado responde: “claro, meu amigo!”
e atende ao pedido. Em seguida, o aluno que fez o som escolhe
o som do próximo, usando a mesma frase, mudando apenas
o som pedido. Essa dinâmica ocorrerá, sucessivamente, até

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terminar a roda. Se algum aluno esquecer de falar as palavras
de gentileza, o outro aluno deve ficar calado.
Use uma frase-padrão para todos repetirem, como, por exemplo:
• Você poderia bater o pé no chão, por favor?
• Claro meu/minha amigo/amiga! (aluno bate o pé no chão)
Você pode criar sua frase da pergunta usando outras palavras
de respeito, como “por gentileza, por obséquio, por delicadeza,
por cortesia”. E a da resposta também, usando algo como “com
certeza”, “pois não”, “com prazer”.
É possível também mesclar todas elas.
Antes de começar, apresente aos alunos alguns sons que eles
podem pedir para o outro fazer, como:
• Palmas;
• Pés batendo ou esfregando no chão
• Mãos batendo na coxa;
• Estalo de língua;
• Mãos esfregando;
• Mãos batendo no peito;
• Mãos batendo na barriga.
Você pode também adicionar o parâmetro de intensidade do
som, como forte e fraco, ou seja, ao pedir o som, o aluno deve
dizer se quer ouvi-lo forte ou fraco.
Uma outra ideia para incrementar a brincadeira é pedir duas
percussões diferentes, em vez de uma. Exemplo: você poderia
esfregar as mãos e estalar a língua, por favor?
Veja esta atividade em nosso aplicativo.

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Reciclarte

Zabumba
Objetivo: Conhecer o ritmo do baião; vivenciar o baião
através da percepção e da construção do instrumento.

Vamos refletir:
Converse com os alunos sobre os ritmos nordestinos; a
importância da construção cultural com o enriquecimento
de outras culturas presentes em nosso país; como devemos
respeitar as diferenças e como elas são importantes para a
riqueza musical. Já pensou se em nosso país existisse só um
tipo de música? Só um ritmo? O Rio de Janeiro é um local
privilegiado por ter um pouco da música de todas as regiões,
como o sertanejo, o forró, o pagode, o funk, o samba, a bossa
nova… O instrumento que vamos construir nesta unidade está
muito presente nos ritmos nordestinos e se chama zabumba.
Mas, afinal, o que é uma zabumba?
Antes da construção do instrumento,
vamos olhar para os materiais que
serão utilizados. Todos esses materiais
seriam descartados. Mas, antes de
conhecer a reutilização, o professor
pode abordar o tema com algumas
indagações: como vocês fariam esse
descarte? Espere que alguns alunos
apresentem como jogariam fora esses recursos. Então, pode-
se perguntar: vocês conhecem a coleta seletiva? A partir da
resposta da turma, reflita sobre o tema e os espaços que eles
convivem, como a escola e a casa onde moram.
Coleta seletiva: consiste na separação e no recolhimento
de todo o lixo seco descartado por empresas, escolas e até

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mesmo por nós, em nossas casas. Fazendo isso, todo o lixo
que pode ser reaproveitado é separado do lixo orgânico,
também chamado de lixo úmido, composto por restos de
frutas, verduras e outros alimentos. Os materiais recicláveis
são separados em plástico, papel, vidro e metais. Há muitas
indústrias que transformam todo esse lixo reciclável em
outros produtos, como vassouras, chinelas, artesanato, entre
tantos outros. Envolva os alunos a pensarem onde, na cidade,
podemos encontrar lixeiras para recolher os objetos recicláveis.
Essas lixeiras são separadas por cores?

Vamos entendê-las?
As lixeiras amarelas são para… As azuis... as verdes e as lixeiras
vermelhas?
Dê as respostas só quando não conseguir extrair a resposta
dos alunos, estimulando sempre que eles possam refletir sobre
o que estão vendo. Envolva-os na proposta musical com a
construção do instrumento, destacando que, antes de todo o
descarte de materiais, podemos dar um novo significado à sua
utilização. Podemos separar aquilo que não sabemos reutilizar
para facilitar a reciclagem, através da coleta seletiva.
Material necessário:
• Balde;
• TNT;
• Colher de pau ou pedaço de cabo de vassoura;
• Esponja velha;
• Um balão de aniversário;
• Fita adesiva;
• Palito de churrasco;
• Tesoura com ponta;
• Áudio da música “Julião cara no chão”, disponível no CD
Sinta o Som – Juntos e Misturados;
• Vídeo com o passo a passo, disponível no aplicativo
Sinta o Som – Caderno 2.

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Como fazer:
• Utilize a tesoura com ponta para perfurar as laterais do balde.
• Passe o TNT para fazer a alça da zabumba.
• A maceta será a colher de pau ou um pedaço de cabo de
vassoura, que será envolvida em uma esponja. Fixe-a na colher
com fita adesiva.
• O bacalhau será o palito de churrasco.

Praticando:
Comece com a apreciação da canção “Julião cara no chão”. Em
seguida, discuta com os alunos quais atitudes da personagem
não corroboram com o respeito – caso o professor já tenha
feito a atividade anterior a esta que também solicita esta
discussão, vale a pena retomar “lembram daquela atividade que
fizemos sobre a música...” Ainda sobre a apreciação, provoque
questionamentos sobre a canção: vocês notaram se a música
sofre alguma mudança? Onde ela ocorre? Após esse processo
de apreciação, estimule a turma a executar o ritmo baião e,
posteriormente, a desenvolvê-lo junto com a música apreciada.

Gênero textual

Entrevista
Objetivo: Exercitar a oralidade; compreender as informações
produzidas; experimentar e vivenciar momentos de criação;
compreender a função de uma entrevista.

Material necessário: Entrevista em formato de revista,


disponível no aplicativo Sinta o Som – Caderno 2; outros
recortes de entrevistas em jornal e revista.

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Como fazer: Por meio de recurso multimídia ou cartaz,
apresente aos alunos a entrevista abaixo, podendo fazer
referência à história dessa unidade para que compreendam
melhor o assunto em destaque. Depois, sugerimos algumas
perguntas: vocês conhecem esse tipo de texto? onde eles
podem ser encontrados? sobre o que fala essa entrevista?
quais as características desse tipo textual? (esta última
pergunta poderia ser substituída por outras do tipo: esse
tipo de texto, entrevista, é igual a outros tipos de textos que
aparecem nos jornais e revistas? É igual a uma notícia que
conta, por exemplo, quanto foi o jogo de futebol do domingo?
É igual a um classificado? Etc. Não? Em que a entrevista é
diferente? É só o jornalista que “fala” na entrevista escrita?)
Em seguida, divididos em pequenos grupos, com a
entrevista em mãos, peça que anotem, em seus cadernos,
as características que conseguiram perceber: perguntas e
respostas, pontuação, a forma da linguagem. Ao final, os alunos
apresentarão as características que perceberam, e você poderá
escrevê-las no quadro para servir de orientação para a próxima
etapa, quando cada grupo elaborará uma entrevista para fazer
com um colega que não faz parte daquele grupo. Oriente-os
a seguir as características da entrevista: título, apresentação,
perguntas e respostas. Quando terminarem o trabalho em
grupo, poderão ler a entrevista que elaboraram.
Como desdobramento, sugerimos a correção coletiva de uma ou
duas entrevistas criadas por eles. Assim, todos podem participar
dessa reflexão e, ao final, podem rever seus próprios trabalhos.

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Músico em destaque

Jair Rodrigues e família


Jair Rodrigues é um grande cantor
da música brasileira. Ele nasceu em
Igarapava, no estado de São Paulo,
em 1939. Durante a juventude,
ele passou por várias profissões:
engraxate, mecânico e pedreiro, até participar de
um programa de calouros e se classificar em primeiro lugar.
Após o sucesso do programa, ele começou a cantar na noite,
em bares e festas. Jair é pai dos também cantores Luciana Mello
e Jair Oliveira, conhecido como Jairzinho. Os dois tornaram-se
conhecidos por participarem de um programa de TV chamado
Balão Mágico. Depois, quando se tornaram adultos, seguiram os
passos do pai, e são grandes artistas da música brasileira.
Analise com os alunos a canção “Deixa isso pra lá”, que é um
claro desabafo. Sobre o que andam falando de quem? Do quê?
Será que os personagens da canção estão se importando com
o que falam? Será que Jair, em sua vida, ouviu falarem mal dele
e de sua beleza? Caso já tenha lido a história “A Baratona”,
compare o que a D. Matilde teve que ouvir do Julião e o que,
possivelmente, Jair ouviu em sua trajetória, como nas suas
primeiras profissões, principalmente naquela época. Assim
como o gafanhoto foi desrespeitoso com D. Matilde, será que os
personagens da canção foram desrespeitados? No final do verso
do refrão, a música diz: “faz mal bater um papo assim gostoso
com alguém? Faz mal ser diferente? Ter opiniões diferentes?”
Depois ouça novamente a canção, dance com
os alunos e faça o gesto característico da música,
que é a mão fazendo rotação interna e externa.

https://www.youtube.com/watch?v=mpDHQVhyUrY

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Deixa isso pra lá

Deixa que digam Deixa que digam


Que pensem Que pensem
Que falem Que falem

Deixa isso pra lá Deixa isso pra lá


Vem pra cá Vem pra cá
O que que tem? O que que tem?
Eu não estou fazendo nada Eu não estou fazendo nada
Você também Você também
Faz mal bater um papo Faz mal bater um papo
Assim gostoso com alguém? Assim gostoso com alguém?

Deixa que digam Deixa que digam


Que pensem Que pensem
Que falem Que falem

Deixa isso pra lá Deixa isso pra lá


Vem pra cá Vem pra cá
O que que tem? O que que tem?
Eu não estou fazendo nada Eu não estou fazendo nada
Você também Você também
Faz mal bater um papo Faz mal bater um papo
Assim gostoso com alguém? Assim gostoso com alguém?

Vai, vai por mim Vem balançar


Balanço de amor é assim Amor é balanceio, meu bem
Mãozinha com mãozinha pra lá Só vai no meu balanço quem tem
Beijinhos e beijinhos pra cá Carinho pra dar

Criatividade

Painel A beleza de cada um


Objetivo: Compreender a multiplicidade de culturas e
características das pessoas; criar desenhos para compor
o painel; exercitar a coordenação motora fina.

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Material necessário: Áudio da música “Cada um com sua
beleza”, disponível no CD Sinta o Som – Juntos e Misturados;
oito folhas de papel 40k coladas, uma na outra (para o fundo do
cenário); folhas de papel ofício ou A4 (pode ser folha usada com
um dos lados em branco); caneta pilot de várias cores; durex;
hidrocor ou guache e, ser for usar guache, pincel, pote com água
e pedaço de pano para limpar o pincel.
Como fazer: Temos uma canção para inspirar essa atividade.
Vamos aprender? Depois de ouvir e aprender a canção,
sugerimos mostrar diferentes imagens com indígenas, indianos,
asiáticos, negros, brancos para que os alunos possam, em suas
expressões, ir além dos estereótipos.
Vamos fazer um painel com todas essas belezas? Fazer várias
carinhas de crianças de todas as cores e nacionalidades?
Pessoas de todos os jeitos: altas, baixas, medianas; com cabelos
curtos, compridos, encaracolados, lisos; com traços orientais,
africanos, indianos, indígenas; com e sem óculos, cadeirantes…
Tudo o que sua imaginação conseguir trazer. Depois, elas serão
usadas para fazermos um painel. Vamos lá?!
Cada aluno deve unir duas folhas de papel ofício ou A4 com
durex para ser a base do seu desenho. Depois, desenhar e
recortar o desenho para que seja colado no painel. Com o painel
pronto, que tal montar um cenário e fazer um vídeo cantando a
música? Só não esqueça de compartilhar com a gente.

Cada um com sua beleza

A beleza não está no que se vê Não importa de onde eu venho


Está naquilo que eu sou (2x) Se plebeu ou realeza
O que importa meu amigo
Se sou alto, se sou baixo
É cada um com sua beleza
Se sou gordo, se sou magro,
Boca grande ou pequena,
Pele branca, ou morena

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