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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF)

FACULDADE DE FARMÁCIA
INTRODUÇÃO À PROFISSÃO FARMACÊUTICA – 2024-1
CLARICE FONTES DE OLIVEIRA, 09/04/2024.

1 TEMA

O livro "O que é a Universidade?", de Luiz Eduardo W. Wanderley, explora os


múltiplos aspectos da universidade, levando em consideração os diferentes modelos
socioeconômicos e ideológicos que a influenciam. O autor compreende que o
conceito de universidade está interligado a outros conceitos básicos, como ciência,
pesquisa e cultura, os quais, quando analisados em conjunto, permitem melhor
entendimento da natureza e do papel das universidades na sociedade.

2 RESUMO DO FRAGMENTO

No excerto analisado do livro “O que é Universidade?”, o autor Luiz Eduardo


W. Wanderley aborda a universidade dentro de diferentes sistemas sociais e
ideológicos, capitalista e socialista, e as diferentes vertentes de pensamentos sobre
esse espaço, explorando seu papel na produção e disseminação do conhecimento e
na formação de profissionais e de cidadãos.
O autor destaca em sua visão que a universidade deve ser um lugar aberto
ao pluralismo e à liberdade de pensamento, formando futuros profissionais que
supram as demandas da sociedade em que está inserido. Além disso, explora o
papel da universidade para a transformação do cenário de dependência
socioeconômica dos países da América Latina e os movimentos para a reforma
universitária, utilizando como exemplo o Manifesto de Córdoba- movimento
reformista que ocorreu na Argentina em 1918.

2.1 VISÕES DE UNIVERSIDADE

Na contemporaneidade, a visão sobre universidades segue duas principais


vertentes: a de países socialistas e a de países capitalistas. No primeiro, as
universidades, assim como outros estratos da sociedade, estão sob o controle do
Estado e devem servir aos interesses da sociedade socialista e ao seu
desenvolvimento. Nesse modelo, há a busca pela alta especialização, pelos avanços
tecnológicos e científicos, por pesquisas direcionadas pelo Estado e pelo acesso
igualitário à educação. Já no segundo, é garantido uma autonomia relativamente
maior às universidades, porém, o avanço tecno-científico é condicionado pelo grau
de desenvolvimento do país.

2.2 CONCEPÇÕES UNIVERSITÁRIAS

Dentro do modelo capitalista, há diferentes concepções sobre a universidade.


Para alguns, a universidade é difusora do conhecimento técnico-científico, mas tem
sua autonomia limitada pelos interesses das classes dominantes. Para outros, a
universidade perpetua a visão política e ideológica das elites, criando maior
separação social entre o trabalho manual e o intelectual. Dentro dessa concepção
há duas vertentes, uma, acredita que a reflexão teórica nas universidades já está
consolidada e que se deve agir e sair da teoria, outra, acredita que a universidade
tem que se opor aos sistemas autoritários e injustos e propõe que a luta universitária
seja inserida como uma luta social.
Além dessas, há a visão freiriana que considera educação e as universidades
agentes de mudança social e desenvolvimento. Por fim, há os que consideram a
universidade obsoleta e defendem sua reformulação.

3 COMENTÁRIOS

Na minha perspectiva, é desafiador definir a universidade em uma única


concepção devido à sua complexidade e variedade. No contexto do sistema
capitalista de um país em desenvolvimento em que estamos inseridos, a
universidade é um importante agente para a mudança social, apesar de seu acesso
limitado para grande parte da população. Assim, universidade deve representar não
apenas um espaço de inovações acadêmicas e propagação do conhecimento, mas
também um ambiente propício para engajamento e mobilização social. Além disso,
certos aspectos do ensino são obsoletos e estão sujeitos a modificações, como o
modelo de educação jesuítico.
4 ANOTAÇÕES COMPLEMENTARES

Além da reforma universitária mencionada, o Manifesto de Córdoba, houve no


Brasil a Reforma Universitária de 1968. Em meio ao Regime Militar, as demandas
dos estudantes incluíam a democratização da universidade, a liberdade para
professores universitários, o fim da censura e da perseguição política dentro das
instituições de ensino, além de uma maior participação dos estudantes nas decisões
acadêmicas e administrativas.

5 LINHA DO TEMPO: SURGIMENTO DAS UNIVERSIDADES

1088: Universidade de Bolonha, na Itália, a partir desse desenvolvimento, surgem


outras escolas de direito.

1096: Universidade de Oxford, universidade de língua inglesa mais antiga.

1150: Universidade de Paris, que se tornaria um centro importante de ensino na


Europa medieval.

1175: Universidade de Modena, na Itália.

Século XIII: surgimento das Universidades pela Europa, como a Universidade de


Cambridge, na Inglaterra (1209) e a Universidade de Coimbra, em Lisboa (1920)

Séculos XIV e XV: expansão das Universidades pela Europa, como Universidade de
Roma, na Itália (1303), Universidade de Praga, na República Tcheca (1348),
Universidade de Viena, na Áustria (1365), Universidade de Glasgow, na Escócia
(1451) e muitas outras no decorrer dos próximos séculos.

Século XVIII e XIX, começa o surgimento e a difusão das Universidades no Brasil.

1724: A primeira escola de farmácia é fundada na América do Norte, em Filadélfia

1839: A Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, estabelece a primeira


faculdade de farmácia autônoma.

1839: Escola de Farmácia- Ouro Preto, Minas Gerais, primeira escola de farmácia no
país.

1900: Faculdades de Filosofia


1934: Universidade de São Paulo (USP)

1882: Fundação da Escola de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

1960: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que contava como uma das
pioneiras a faculdade de Farmácia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, A. L. Universidade: História da Farmácia. Disponível em:


<https://ead.ufjf.br/pluginfile.php/1819099/mod_resource/content/1/Profar%20Univer
sidade%202022%203%20%281%29.pdf>. Acesso em: 7 abr. 2024.

BARRETO, A. Origens Da Universidade Brasileira. Disponível em:


<https://ead.ufjf.br/pluginfile.php/1819102/mod_resource/content/1/Universidade%20
SBQ.pdf>. Acesso em: 7 abr. 2024.

CRF- MG. História Da Farmácia. Disponível em:


<https://www.crfmg.org.br/externo/institucional/historia_historia.php>. Acesso em: 7
abr. 2024.

MARTINS, C. B. A Reforma Universitária De 1968 E a Abertura Para O Ensino


Superior Privado No Brasil. Educação & Sociedade, v. 30, n.
https://doi.org/10.1590/S0101-73302009000100002, p. 15–35, 1 abr. 2009.

WANDERLEY, L. E. O que é Universidade? Disponível em:


<https://ead.ufjf.br/pluginfile.php/1819097/mod_resource/content/1/O%20que%20%C
3%A9%20Universidade%20-%20extrato.pdf>. Acesso em: 6 abr. 2024.
Apr 09, 2024

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1 TEMA O livro "O que é a Universidade?", de Luiz Eduardo W. Wanderley,
explora os múltiplos aspectos da universidade, levando em consideração os
diferentes modelos socioeconômicos e ideológicos que a influenciam. O
autor compreende que o conceito de universidade está interligado a outros
conceitos básicos, como ciência, pesquisa e cultura, os quais, quando
analisados em conjunto, permitem melhor entendimento da natureza e do
papel das universidades na sociedade. 2 RESUMO DO FRAGMENTO No
excerto analisado do livro “O que é Universidade?”, o autor Luiz Eduardo W.
Wanderley aborda a universidade dentro de diferentes sistemas sociais e
ideológicos, capitalista e socialista, e as diferentes vertentes de pensamentos
sobre esse espaço, explorando seu papel na produção e disseminação do
conhecimento e na formação de profissionais e de cidadãos. O autor destaca
em sua visão que a universidade deve ser um lugar aberto ao pluralismo e à
liberdade de pensamento, formando futuros profissionais que supram as
demandas da sociedade em que está inserido. Além disso, explora o papel da
universidade para a transformação do cenário de dependência sócio-
econômica dos países da América Latina e os movimentos para a reforma
universitária, utilizando como exemplo o Manifesto de Córdoba- movimento
reformista que ocorreu na Argentina em 1918. 2.1 VISÕES DE UNIVERSIDADE
Na contemporaneidade, a visão sobre universidades segue duas principais
vertentes: a de países socialistas e a de países capitalistas. No primeiro, as
universidades, assim como outros estratos da sociedade, estão sob o controle
do Estado e devem servir aos interesses da sociedade socialista e ao seu
desenvolvimento. Nesse modelo, há a busca pela alta especialização, pelos
avanços tecnológicos e científicos, por pesquisas direcionadas pelo Estado e
pelo acesso igualitário à educação. Já no segundo, é garantido uma
autonomia relativamente maior às universidades, porém, o avanço tecno-
científico é condicionado pelo grau de desenvolvimento do país. 2.2
CONCEPÇÕES UNIVERSITÁRIAS Dentro do modelo capitalista, há diferentes
concepções sobre a universidade. Para alguns, a universidade é difusora do
conhecimento técnico-científico, mas tem sua autonomia limitada pelos
interesses das classes dominantes. Para outros, a universidade perpetua a
visão política e ideológica das elites, criando maior separação social entre o
trabalho manual e o intelectual. Dentro dessa concepção há duas vertentes,
uma, acredita que a reflexão teórica nas universidades já está consolidada e
que se deve agir e sair da teoria, outra, acredita que a universidade tem que

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se opor aos sistemas autoritários e injustos e propõe que a luta universitária
seja inserida como uma luta social. Além dessas, há a visão freiriana que
considera educação e as universidades agentes de mudança social e
desenvolvimento. Por fim, há os que consideram a universidade obsoleta e
defendem sua reformulação. 3 COMENTÁRIOS Na minha perspectiva, é
desafiador definir a universidade em uma única concepção devido à sua
complexidade e variedade. No contexto do sistema capitalista de um país em
desenvolvimento em que estamos inseridos, a universidade é um importante
agente para a mudança social, apesar de seu acesso limitado para grande
parte da população. Assim, universidade deve representar não apenas um
espaço de inovações acadêmicas e propagação do conhecimento, mas
também um ambiente propício para engajamento e mobilização social. Além
disso, certos aspectos do ensino são obsoletos e estão sujeitos a modificações,
como o modelo de educação jesuítico. 4 ANOTAÇÕES COMPLEMENTARES
Além da reforma universitária mencionada, o Manifesto de Córdoba, houve
no Brasil a Reforma Universitária de 1968. Em meio ao Regime Militar, as
demandas dos estudantes incluíam a democratização da universidade, a
liberdade para professores universitários, o fim da censura e da perseguição
política dentro das instituições de ensino, além de uma maior participação
dos estudantes nas decisões acadêmicas e administrativas. 5 LINHA DO
TEMPO: SURGIMENTO DAS UNIVERSIDADES 1088: Universidade de Bolonha,
na Itália, a partir desse desenvolvimento, surgem outras escolas de direito.
1096: Universidade de Oxford, universidade de língua inglesa mais antiga.
1150: Universidade de Paris, que se tornaria um centro importante de ensino
na Europa medieval. 1175: Universidade de Modena, na Itália. Século XIII:
surgimento das Universidades pela Europa, como a Universidade de
Cambridge, na Inglaterra (1209) e a Universidade de Coimbra, em Lisboa
(1920) Séculos XIV e XV: expansão das Universidades pela Europa, como
Universidade de Roma, na Itália (1303), Universidade de Praga, na República
Tcheca (1348), Universidade de Viena, na Áustria (1365), Universidade de
Glasgow, na Escócia (1451) e muitas outras no decorrer dos próximos séculos.
Século XVIII e XIX, começa o surgimento e a difusão das Universidades no
Brasil. 1724: A primeira escola de farmácia é fundada na América do Norte, em
Filadélfia 1839: A Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, estabelece a
primeira faculdade de farmácia autônoma. 1839: Escola de Farmácia- Ouro
Preto, Minas Gerais, primeira escola de farmácia no país. 1900: Faculdades de
Filosofia 1934: Universidade de São Paulo (USP) 1882: Fundação da Escola de
Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 1960: Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF), que contava como uma das pioneiras a
faculdade de Farmácia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAUJO, A. L.
Universidade: História da Farmácia. Disponível em: . Acesso em: 7 abr. 2024.
BARRETO, A. Origens Da Universidade Brasileira. Disponível em: . Acesso em:
7 abr. 2024. CRF- MG. História Da Farmácia. Disponível em: . Acesso em: 7 abr.
2024. MARTINS, C. B. A Reforma Universitária De 1968 E a Abertura Para O
Ensino Superior Privado No Brasil. Educação & Sociedade, v. 30, n.
https://doi.org/10.1590/S0101-73302009000100002, p. 15–35, 1 abr. 2009.

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WANDERLEY, L. E. O que é Universidade? Disponível em: . Acesso em: 6 abr.
2024.

Sources
3% Plagiarized
by CB Martins · 2009 · Cited by 612 — A reforma universitária de 1968 e a
abertura para o ensino superior privado no Brasil. The 1968 reform and the
opening of doors to private higher education ...

https://www.scielo.br/j/es/a/RKsKcwfYc6QVFBHy4nvJzHt/

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