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A GLÓRIA DO G.·.A.·.D.·.U.·.

Nome: Jorge José da Rocha Cruz Júnior CIM: 10295

Grau: Companheiro Maçom Loja: Pan Americana Nº 13 Oriente: Recife-PE

Primeira instrução do 2º grau


Nesta primeira Instrução, temos a menção ao Painel da Loj:. de Comp:. onde se vê a
representação da frente do Templo do Rei Salomão. A origem dos componentes da
Maçonaria Simbólica vem da construção deste Templo. Os operários, os artífices e os
mestres construtores, recebiam semanalmente orientação, sustento e salário.
A História Sagrada descreve em minúcias as duas colunas, que denominamos em
linguagem maçônica de colunas “J” e “B”; aliás é a única descrição existente que se conhece.
Essas colunas eram fundidas em bronze, construídas nos terrenos argilosos das margens do
rio Jordão, entre Sucote e Zeredata. Elas representam as colunas que estavam no Pórtico do
Templo de Jerusalém do Rei Salomão, em cada lado da entrada oriental. Esses pilares, de
bronze, de quatro dedos de espessura, tinham, de acordo com o melhor que sabemos 18
côvados de altura, com um capitel de cinco côvados de altura. A largura de cada uma era de
4 côvados de diâmetro. Um côvado tem 30,5 cm, ou seja, cada coluna tinha um pouco mais
de 5,5 metros de altura, cada capitel um pouco mais de 1,5 metros de altura, e o diâmetro
1,20 metros. Essas colunas eram imitações das grandes colunas consagradas aos Ventos e
ao Fogo na entrada do famoso Templo de Malkarth, na cidade de Tiro. Os capitéis estavam
adornados com romãs de bronze, cobertas com uma rede de bronze e ornamentadas com
tranças de bronze, de modo a imitar a forma do recipiente das sementes do lótus ou do lírio
egípcio, um símbolo sagrado para os hindus e egípcios. O pilar ou coluna da direita, ou do
Sul, era chamada, JAKIN; e o da esquerda, BOOZ. A primeira palavra significa “Ele
estabelecerá”, e a segunda “Nele está a força”. A palavra Jakin, em hebraico, pronunciada
Ya-kayan, significa “Aquele que fortalece”; portanto, firme, estável, ereto.
Adentrando ao Templo de Salomão e passando pelas CC.·., havia uma escada em
caracol e em seu topo, o acesso a C.·. do M.·. que estava aberta, porém impedida a
passagem de todos que não fossem CComp.·. pela presença de um Vigilante. Desde a mais
remota antiguidade, a escada tem sido utilizada por vários povos como símbolo de ascensão,
seja moral ou espiritual. Assim, a encontramos, por exemplo nos mistérios Mitríaco ou
Egípcios. A Escada em Caracol representa as grandes dificuldades que alguém, na
Maçonaria, tem para estudar, compreender e apreender tudo o que é necessário para
alcançar o Grau de Mestre. Não há evolução sem obstáculos a serem transpostos. Assim, a
coragem, a perseverança, a paciência, a tolerância, entre outras, são as virtudes que o
Comp:. já deverá ter absorvido durante o seu período de aprendizado, para que possa
suportar os empecilhos que encontrará em sua trajetória rumo à Perfeição. A Escada de
Caracol é constituída por três, cinco e sete degraus. Simbolicamente, Três governam a Loj:.,
cinco a constituem e sete ou mais a tornam perfeita. Três governam uma Loj:. porque três
foram os Grão-Mestres que presidiram a construção do primeiro Templo de Jerusalém:
Salomão, Hiram e Hiram Habif, cinco constituem a Loj:. em consideração às cinco ordens
nobres da arquitetura: toscana, dórica, jônica, coríntia e compósita. Cinco também são os
sentidos humanos; Sete ou mais a tornam perfeita, porque Salomão gastou mais de sete
anos na Construção, acabamento e consagração a serviço de Deus. Também sete são as

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artes ou ciências da antiguidade: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria, Música
e Astronomia.
Após terem atingido o cimo da escada, nossos antigos IIr:. Se encontravam diante da
porta da câmara do meio onde pediam-lhes o sinal, o toque e a palavra de passe. Para
distinguir os Apr:. dos Comp:. era usada uma P:. de P:. que significa abundância e que está
representada no Painel por uma queda d’água e uma espiga de trigo. Essa P:. de P:. surgiu
de uma lenda das escrituras que teve origem na época em que um exército dos efraimitas
(Povos semitas. O termo semita tem como principal designação o conjunto linguístico
composto por uma família de vários povos, entre os quais se destacam os árabes e hebreus,
que compartilham as mesmas origens culturais) atravessou o rio Jordão para combater Jefté,
famoso General Gileadita. Os efraimitas, por defeito vocal, próprio de seu dialeto, não
conseguiam pronunciar a palavra Sch:., mas sim Si:. Deste modo, a ligeira diferença de
pronúncia descobria sua nacionalidade, foi então, a palavra que serviu para distinguir amigos
de inimigos. Salomão resolveu adotá-la como P:. de P:. dos CComp:..
Passada a câmara do meio do templo, a atenção era despertada por certos caracteres
hebraicos, que atualmente, em loja, são representados por um triangulo equilátero tendo no
centro a letra G:. (IOD). A letra G dentro do triângulo constitui um símbolo de sublime
interpretação do “gênio do homem” subjugado pela força da vontade. Simboliza atualmente,
o nome do Grande Geômetra, os seja, o G:.A:.D:.U:.. Esta letra provem do “Gamma” grego,
do “Ghimel” fenício, do “Gomal” sírio, ou do “Gun” árabe. Como emblema maçônico é dada a
letra “G” como originária da língua inglesa, expressando “GOD”, ou seja, Deus. Na maioria
dos idiomas o nome “Deus” inicia com a letra G, como por exemplo, sírio “Gad”, em judeu
“Gannes”, em alemão “Got” e em sueco “Gud”.
No infinito campo das interpretações filosóficas e simbólicas, a letra “G” constitui o
ponto de partida para o campo científico da Ordem. Como curiosidade, por ocasião da Grande
Convenção realizada na Inglaterra em 1721, concordaram também em colocar a letra “G”
dentro do Compasso e Esquadro, para estabelecer um emblema universal da maçonaria, que
hoje denominamos de Escudo Maçônico.

Conclusão

Cabe ao Companheiro Maçom, a tarefa de polir a Pedra Bruta, já desbastada no grau


de aprendiz, os segredos de nossos mistérios começam agora a ser revelados. Dando início
a nossa jornada como companheiro maçom, temos a primeira instrução, que diz respeito à
explicação do Painel da Loja de Companheiro, um dos mais antigos símbolos da Maçonaria.
O Painel da Loja de Comp.·. guarda em si, não só uma gama de símbolos e alegorias de
cunho filosófico, mas aponta mais um caminho a seguir, os obstáculos que serão
encontrados, os instrumentos a serem usados para transpor estes obstáculos e a certeza do
apoio necessário em todas as etapas do caminho.

Bibliografia

. 2004. Junqueira, Humberto. Manual de instruções do companheiro Maçom. Ed. A Gazeta Maçônica Ltda.
2000. Da Camino, Rizzardo. Simbolismo do segundo grau: Companheiro. Ed. Madras; 1ª edição.
1928. GLMPE. Ritual de Companheiro Rito Escocês Antigo e Aceito.

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