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Otelo de Saraiva Carvalho, membro da MFA, planeou a estratégia do Golpe do 25 de abril de 1974, ou
Operação “Fim-Regime”
O 25 de abril
São as forças armadas que vêm para a rua na madrugada de 25 de abril de 1974 e conseguem levar a cabo
uma ação revolucionária que pôs fim ao regime. Tinha por objetivo ocupar diversos pontos estratégicos em
Lisboa:
- RTP
- Emissora Nacional
- Rádio Clube Português
- Aeroporto de Lisboa
- Quartel General
A ação começou quando por volta das 23 h, do dia 24, sob a ordem de Otelo de Saraiva Carvalho, é
transmitida na rádio “ E Depois do Adeus ” , de Paulo de Carvalho, esta seria a primeira indicação de que
estava tudo a correr bem.
Às 00:20h do dia 25, era transmitida a canção “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, uma das poucas
canções que o estado novo não havia censurado. Estava dado o sinal de que as unidades militares podiam
avançar para a ocupação dos pontos estratégicos.
Um dos momentos mais tensos da Operação, foi quando as forças do MFA, encontraram no terreiro do Paço,
o Regimento de Cavalaria 7 que saiu em defesa do Regime, mas Salgueiro Maia conseguiu dissuadi-los.
Com o fim da resistência e com a rendição imposta a Marcello Caetano, pelo cerco das tropas de Salgueiro
Maia, que ameaçavam bombardear o Quartel do Carmo, Marcello Caetano viu-se obrigado a entregar o
poder a Spínola.
O I Governo Provisório, no poder entre 16 de maio e 18 de julho de 1974, demitiu-se não só devido às
crescentes tensões sociais e políticas (greves, ocupações, exigências de aumentos salariais) como à acusação
de afastamento face ao programa do MFA.
Spínola deu posse ao Il Governo Provisório, que esteve em funções entre 18 de julho e 30 de
setembro de 1974.
Il Governo Provisório, revelou-se mais alinhado à esquerda, pelas ligações de Vasco Gonçalves ao Partido
Comunista Português (PCP).
Este novo ordenamento político aumentou o isolamento do Presidente da República, general Spínola, que
não escondeu o seu desconforto face à influência crescente dos comunistas e da extrema-esquerda.
Os setores conservadores convocaram para 28 de setembro uma manifestação de apoio a Spínola,
identificada com a expressão "maioria silenciosa" Foi proibida pelo MFA, por ser conotada com forças
contrarrevolucionárias. A 30 de setembro de 1974, Spínola demitiu-se.
CRIAÇÃO DO CONSELHO
DA REVOLUÇÃO (composto QUEDA DO III GOVERNO
exclusivamente por militares): PROVISÓRIO
• um novo centro de poder • tomada de posse do IV
Extinção da JSN político, ao qual cabia a Governo Provisório, liderado
e do Conselho institucionalização do por Vasco Gonçalves, que
de Estado. programa do MFA; esteve no poder entre 26 de
• instituiu-se o MFA como março e 8 de agosto de 1975;
órgão de poder, através do • negociação e assinatura do
Conselho da Revolução e da Pacto MFA/Partidos, entre
Assembleia do MFA, por março-abril de 1975.
decreto de 14 de março 1975.
Entretanto foi então criado o COPCON – Comando Operacional do Continente, sob a liderança de Otelo
Saraiva Carvalho, que fará deste órgão de poder militar e político um elemento essencial de ligação entre o
MFA e as movimentações populares, tendo, com o decorrer dos acontecimentos, evoluído para o apoio a
uma construção de formas de poder popular.
PREC ( Processo Revolucionário em Curso) é a expressão usada para designar a vaga de atividades
revolucionárias levadas a cabo pelos partidos mais à esquerda e uma parte do MFA a eles ligados, com vista
à institucionalização do poder popular e ao reforço da transição para o socialismo marxista.
Realização de
Ocupação de empresas
movimentações da classe
privadas ou adoção de
operária para assumir o
modelos de autogestão
controlo da
pelos trabalhadores.
produção e das empresas.