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Projeto de Extensão

Saberes e Poderes

“Da Flor do Mandacaru ao Lunário Perpétuo:


Introdução aos saberes e práticas dos
profetas da chuva do Nordeste

Prof. Dr. Valdênio Freitas Meneses


UFCG ( Pombal-PB)
Valdênio Freitas Meneses

Professor do CCTA/UFCG ( Campus Pombal- PB)


Doutor em Ciências Sociais – CPDA/UFRRJ

Membro do Laboratório de Estudos do Poder e da Política


(LEPP)/ PPGS/UFS ( Vínculo CAPES BRASIL).

Lattes: http://lattes.cnpq.br/0511840894418595
Contato:E-mail:valdenio.freitas@professor.ufcg.edu.br
As secas no Nordeste

(...) vários processos sociais e suas dramatizações: no


messianismo das profecias apocalípticas; nos diários de viajantes do
Brasil colonial e cenários das cantorias e poesias da literatura
regionalista; nas brigas de honra de família; nas cenas de frentes de
emergência, de saques e retirantes nas estradas; no apelo midiático
da injustiça social e miséria; e, por fim, no debate acirrado que
atravessou o século XX, entre academias de ciência, políticos e
formuladores de projetos de modernização que diagnosticaram e
tecnificaram a seca e suas supostas soluções até o atual paradigma
da convivência com semiárido ( MENESES, 2021, p. 46-47)

Pesquisa com material encontrado durante escrita de tese* de


doutorado (2014-2018).

*( Prêmio Capes 2019, publicada em livro em 2021 )


1- Menção as técnicas e aos profetas da chuva:
Estudos e relatos sobre as secas (inicio do século XX)
Estudos de folcloristas sobre as secas nos anos 1920-50)

2- Saberes cruzados:
Lunário perpetuo: traços de uma astrologia medieval até catolicismo)
Técnicas sobre calendário, números, observação de animais, plantas e nuvens
Outros saberes e cosmologias

3- Pesquisas recentes
Antropologia, psicologia e comunicação (2000- Atual)

4- Debates
Epistemologia, observação, saberes natureza e cultura etc

5- Conclusões
Proposta de agenda de pesquisa
1. Menções as técnicas e aos profetas da chuva

Livros sobre as secas ( folcloristas, memorialistas, literatos, políticos etc.) feitos na 1ª metade do século XX

Tratados como “ curiosidades, superstições ou crendices populares”

Phelippe Guerra & Theophilo Guerra Seccas Contra a Secca – Rio Grande do Norte –Seccas e invernos,
açudagem, irrigação, vida, costumes sertanejos. (1909)

Josá Magalhães - Previsões Folclóricas das Secas e dos invernos no Nordeste brasileiro – ( 1951, 1963)

Disponíveis em: Arquivos Mossoroense ( Prof. Vingt Un Rosado)


Acervos Oswaldo Lamartine https://colecaomossoroense.org.br/site/acervo-oswaldo-lamartine/
Phelippe Guerra & Theophilo Guerra Seccas Contra a Secca – Rio Grande do Norte –Seccas e
invernos, açudagem, irrigação, vida, costumes sertanejos. (1909)

“Entre as [profecias] aceitas pelos sertanejos, penso Alguns baseiam as previsões em fatos certos e
eu, as principais são: o dia 1º do ano limpo, com sol determinados que acompanhavam o ano. Esses
claro, é sinal de bom inverno; chuvoso, indica mau são os que se apresentam com ares de
inverno ou seca. O mesmo com o dia 2 de fevereiro. suficiência, são os que se julgam mais cientistas;
Chuvas parciais em Outubro, ramas, relâmpagos para inspiram-se muito no celebre Lunário Perpétuo,
cima, bom sinal; chuvas em Novembro, mau signal. que dizem interpretar e que ainda tem para muitos
Chuvas em dezembro, ramas, babugens, relâmpagos sertanejos a força das Escrituras Santas. São por
para cima ,ótimo sinal. Houve relâmpagos nas isso conhecidos, esses, por lunaristas, e suas
vésperas da Conceição? Excelente sinal. O dia 24 de experiências dizem respeito principalmente aos
Dezembro apresentou sinais de inverno, chuvas ou calendários. Em que dia principia o ano? Veja o
mesmo simples relâmpagos para cima? Pode comprar planeta desse dia o que diz, o que promete, pois
garrotes sem medo, pois o inverno virá. Choveu será ele o regulador do ano.
domingo de carnaval; a semana santa foi chuvosa? ( Guerra, 1909, p. 62)
Bom inverno. Dia de S. José, 19 de Março, foi limpo,
ainda soprou o vento da seca? Pode contar com a
seca.”
Josá Magalhães - Previsões Folclóricas das Secas e dos invernos no Nordeste brasileiro – ( 1951, 1963)

https://www.institutodoceara.org.br/rev
ista/Rev-
apresentacao/RevPorAno/1952/1952-
PrevisoesFolcloricasSecasInvernosno
NordesteBrasileiro.pdf
2- Saberes cruzados

Lunário Perpétuo (1594)


( Geronimo Cortés, 1555-1615)

(...) antigos almanaques astrológicos manuscritos da Idade Média e principalmente


aos mais recentes surgidos após o advento da Imprensa. Dentre estes se destaca
o “Lunário Perpétuo” do astrólogo valenciano Gerónimo Cortés (1555-1615)
publicado na Espanha em 1594, com o extenso título de “Lunario perpetuo , el cual
contiene los llenos y conjunciones perpetuas de la Luna, declarando si seran de
tarde o de mañana, con la pronosticacion natural y general de los tiempos”e cuja
primeira tradução para o português data de 1703 ( Almeida, 2012, p. 4)

Livro muito popular nas regiões rurais do Brasil nos séculos


XVIII, XIX e na primeira metade do século XX, o Lunário é uma obra
calcada em preceitos astrológico-hipocráticos inseridos em uma visão mágica de
mundo muito em voga no Renascimento.
Lunário perpétuo foi o livro mais lido nos sertões do Nordeste durante 200 anos.
Ensinava com vastidão de um almanaque, desde os prognósticos meteorológicos até
remédios estupefaciente; informava ainda sobre horóscopos, países da Europa,
mitologia, doutrina cristã, conselhos veterinários, nomes de estrelas, biografias de
papas, ladainhas fúnebres, rudimentos de física e química e dicas culinárias. Ainda
explicava como agir em caso de terremotos, maremotos e demais catástrofes naturais.
(SIMAS, 2018, p. 247)

Não existia autoridade maior para os olhos dos fazenderiros e os prognósticos


meteorológicos (...) Foi um dos livros mestres para os cantadores populares na parte
deles denominavam “ciência! Ou “ cantar teoria”, gramática, história, doutrina cristâ,
países da Europa, capitais, mitologia ( CAMARA CASCUDO, [1972] 2012, p. 406)
Almanaques de Cordel

Articulam astrologia, ciências ocultas ,medicina popular ao saber religioso e às


observações sobre a natureza. Esses objetos escritos são elaborados com as
mesmas características editoriais dos folhetos de cordel e constituem um gênero
literário que procura atender a muitas demandas, intercalando o deleite da poesia
em versos com previsões do tempo, horóscopo e ensinamentos morais.

Trata-se de uma publicação anual, sob o formato de calendário,


contendo datas comemorativas, festas móveis e feriados. Apresenta também
indicações astrológicas, previsões meteorológicas destinadas aos agricultores,
orientações sobre saúde e comportamento, além de curiosidades, provérbios e
receitas. Em última instância, os almanaques são livros sobreo tempo, sua
medição, sua passagem e traz, também, a possibilidade de sua pré)visão ( Melo,
2011, p. 109-110)

Melo, 2011, p. 129-130


A)Santos católicos e o calendário, numerologia dos anos

B) Observação da natureza: animais, arvores, ventos e nuvens


DATA TÉCNICA/OBSERVAÇÃO
O dia 1º do ano limpo, com sol claro, é sinal de bom inverno; chuvoso, indica mau inverno ou seca
Primeiros dias de Janeiro Quando a primeira lua nova de janeiro se mostra com o corno virado para o Norte, em posição mais baixa que o do sul, espera-se bom
inverno
10-20 de janeiro (Festa de A)Santos católicos e o calendário
Se balões soltados a noite, depois da novena, se dirigiam para o lado do poente ou sertão, o inverno seria escasso. Se rumarem para o
São Sebastião ) nascente podia-se contar com bom inverno ( Magalhães, 1963, p.24-25)

02 de fevereiro ( Nossa
Observar a chuva ou sol (...)
Senhora das Candeias–
As seis horas da manhã do dia 2 de fevereiro, costuma-se fazer uma pequena fogueira com fragmentos de madeira a qual se não se
Iemanjá a depender da região
deixa enchamejar. Se a fumaça subir verticalmente é inverno ruim. Se, ao contrário, a fumaça espalhar-se rasteira, muito baixa,
do Brasil) preconício é de bom inverno ( Magalhães, 1963)

19 de março ( dia de São (...) foi limpo, ainda soprou o vento da seca? Pode contar com a seca
José) (...) se não chover até este dia esta decretada a seca

24 a 25 de Junho ( São João) Diz-se que no dia 23 ou 24 de junho, véspera ou dia de São João, cair um serenozinho ou pintar chuva durante o dia, o inverno do ano
seguinte será bom (...) se a noite cair chuva que apague a fogueira de São João, não faltará inverno, igualmente no próximo ano.
Garrafa com água embaixo da fogueira: a garrafa conserva-se ainda cheia, haverá bom inverno. Se estiver inteiramente vazia, será uma
29 de junho ( São Pedro)
seca. Se nela existir bastante água, sinal de inverno regular. Se, porém, houver muito pouca, conta-se com um inverno escasso.
03 a 04 de outubro ( São
Chuvas nesses dias anunciam um ano seguinte bom ( Guerra, 1909)
Francisco)
18 de Outubro Se nesse dia, ao por do Sol fizer uma barra grande no poente pode-se contar com inverno ( Guerra, 1909)

(...) Ao arrancar-se um seixo que esteja com uma parte exposta, a parte enterrada se encontrar com a superfície suada ou umedecida,
De setembro a novembro
choverá bastante ( Magalhães, 1963, p. 42)
Sobre uma superfície lisa qualquer, exposta ao sereno da noite, depõem-se seis pequenas pedras de sal que representam,
13 de dezembro ( Santa
designadamente, os seis primeiros meses do ano. Na manhã seguinte, o maior ou menor grau de umidade de cada pedra responda a
Luzia) maior ou menor intensidade de chuva no mês que ela representa. ( MAGALHÃES, 1963, p.
Lua Cheia, serras cobertas de “neve”
24-27 de dezembro ( Natal)
Observar o barulho que a hóstia faz ao ser partida na Missa do Galo

Elaborado a partir de trechos de Magalhães ( 1952, 1963) e Guerra (1909 )


A Estrela d alva

Sempre preocupados com a possibilidade de uma seca, com muita atenção, acompanham os
sertanejos os movimentos dos astros, observam a inclinação do cruzeiro, a situação da barquinha,
a posição do sete-estrelo, o brilho das estrelas e a intensidade das manchas do sul. E é por isso
que, à noite, os homens mais idosos vivem com os olhos cravados no céu.
Quando a primeira lua nova de janeiro se mostra com o corno virado para o norte, em posição
mais baixa que o do sul, espera-se bom inverno. A estrela Dalva quando aparece no poente, à
boca da noite, pressagia inverno copioso, disse-me Ricardo Alves da Silva, residente em Bonito,
município de Canindé. As estrelas, também, não deixam de ser observadas. Se nos três últimos
meses do ano presentam-se luminosas e brilhantes indicam seca. Quando, porém, na mesma
época, se mostram embaçadas e sem brilho, prenunciam (...) inverno abundante.

( Magalhães, 1963, p. 131)


ANIMAL TÉCNICA/OBSERVAÇÃO
Tatu deu o mês de novembro, dezembro, janeiro e dias de fevereiro, continuando magro, é bom sinal de inverno, embora
Tatu ( peba)
tardio. Tatu gordo nestes meses significa seca ou mau inverno. ( Magalhães, 1963, p. 110)
Tiago Pereira da Costa,residente na fazenda São Gerardo, no município de Canindé,
Preá relevou-me uma curiosidade sobremaneira, surpreendente: “Nas vésperas das secas desaparecem os grãos dos preás. Os
sacos ficam vazios. Verifiquei isto nas eras de 18 a 32” ( Magalhães, 1963, p. 111)
Contou-me o sertanejo Joaquim Serafim que, antes de uma seca, não há quem mate uma cascavel, porque esta cobra não
Cobras aparece, fica metida nos buracos. Um outro sertanejo confirma essa observação alegando haver muita chuva quando as
cobras começam a andar.
Aranha caranguejeira faz uma toca e nela se mete. Quando está para chover ela se desentoca e começa a andar. A sua
Aranha caranguejeira saída, bem como a das cobras, talvez esteja influenciada pela pressão barométrica que aumenta com aproximação do
inverno Magalhães, 1963, p. 111)
Juruti ( ave) quando a juriti retira os filhos da coroa do rio, de dezembro para janeiro, significa inverno próximo com rio cheio
Afirma Francisco Pinheiro de Sousa, residente na Serra do Machado que se, em dezembro, os sapos cururus berram no
Sapo seco, o ao seguinte é bom. Acrescenta observar este fato desde que teve entendimento e está com 50 anos de idade.
Adianta, ainda, que seu pai o mesmo afirma
Quando as formigas de roça botam a comida velha para forma do formigueiro, de setembro em diante, informa Manoel
Formiga Honorato, de Mombaça, o inverno é bom. Se, em dezembro, o cupim já tem asa, o inverno vindouro será cedo e bom
porque cupim só voa com chuva. Tanajura é a saúva quando se mune de asas e voa logo depois das primeiras chuvas
No sertão existe um coleóptero de talho avantajado, denome serrador, porque serra circularmente galhos de árvores de
Serrador alguns centímetros de circunferência. Dizem que no ano em que este besouro serra com muita atividade, o inverno
seguinte será copioso
O anum preto é um pássaro associativo. Anda sempre em bando. Além do cântico ordinário, de todos os dias, ele tem um
Anum especial cântico coral, em conjunto, que só é ouvido nas coroas,às margens dos rios e riachos e apresenta a singularidade
de ser onomatopéico, lembrando o ruído provocado pelas enchente
O velho Paulino, residente em Furnas, município de Canindé, disse-me, uma vez, que, quando as abelhas de capuxu e
Abelhas
enxu bebem água nas cacimbas, de setembro para outubro, pode-se contar com bom inverno. ( Magalhães, 1963, p. 120)
PLANTA TÉCNICA/OBSERVAÇÃO

o angico deita muita rezina é bom sinal. Contou-me Nenen Chagas, residente na fazenda Carretão,município de
Angico
Quixeramobim, que, em 1920, durante o verão, todo angico tinha rezina e no ano seguinte, 21, houve bom inverno.

Cajueiro Se o cajueiro flora cedo é bom prenúncio para o inverno do ano seguinte.

Pau d´ arco roxo Ano em que paud’arco roxo flora de junho para julho e segura bem a carga,haverá inverno no próximo ano.

Umarizeira A umarizeira carrega muito, o inverno é bom

Quando floram muito em toda a copa, o inverno é bom e se pode plantar, sem medo de perder, em qualquer lugar. Se,
Mangueira porém, carrega só por baixo é sinal de que a plantação só deverá ser feita nos baixios, porque será inverno de poucas
águas

Carnaubeira e Se vingam bem, a primeira, de outubro para novembro, a segunda, de agosto para setembro, e a terceira, em janeiro,
Juazeiro não pode deixar de haver inverno.

Contou-me José Rodrigues Vaz, residente no município de Canindé, que no terreiro de sua casa existe uma
Timbaubeira timbaubeira. Quando ela muda a folha, toda por igual, é bom inverno. Quando, porém a folha nova vem com
irregularidade, primeiro um galho, depois outro, o inverno é ruim.

Elaborado ( Magalhães, 1963, p. 125-126)


3- Pesquisas recentes
Antropologia, psicologia e comunicação (2000- Atual)

https://br1lib.org/book/5433008/f9c5be?id=5433008&secret=f9c5be
Martins, 2005
Taddei e Gamboggi, 2010
Entrevistas com nove profetas ( homens, origem em família de trabalhadores rurais ou de obras dos açudes, idosos.) na
região de Quixadá-CE durante encontro da FUNCEME.

Antônio Lima ( Quixadá-CE) : “ Tudo é natureza... A senhora vê um sapo por aqui pra baixo do cedro...passa
seis meses debaixo de uma pedra e quando tá pra chover ele acelera, porque a terra se balança, por que a terra
mostra a ele, ele vai cantar (...) Como a gente ia conversando a gente não sabe de nada não; agora a gente toma
providência: aquelas experiências sobre as flores, as aves. Nós toda vida gostamos de prestar atenção as
experiências do inverno, desde pequeno

Francisco dos Santos ( Chico Leiteiro) – Quixadá –CE “ Foi dote dado por Deus, ninguém nunca me ensinou.
Eu toda vida gostei de observar os astros, desde eu menino molecote com uns dez anos, passava a noite todinha
olhando o relâmpago (...) Quando dava fé eu tava sentado olhando relâmpago a noite todinha! AI na hora de tirar
o leite já era três e meia (...) ;

Rapaz, nós faz essas previsões, nós temos muito tipo de experiência. Ninguèm pode nem entrar em detalhe
porque as vezes tem delas que nega um pouco e tem delas que é mais favorável. Aí, do tempo previsto, concluo
qual foi melhor. A que deu mais positivo. Aí já serve de explicação para outra vez. Esa aqui falhou, aquela deu
mais certo um pouco. Essa foi melhor (...)
Eu respeito a FUNCEME. Num sou contrário não. Eles tem estudo, tem o rastreador pra observar todo tipo d
enuvem, onde cai mais chuva. Num sô contra, não, dou o maior valor, que eles são estudiosos, e nós na vista
deles somo analfabeto. De letra não entendo quase nada, mas de natureza... É outro livro aberto. As vezes o
cabra diz: “ Como é que você entende?” Meu amigo ver é uma coisa, conhecer é outra
4- Debates

A) Epistemologia – Condições de produção de conhecimento

O papel da experiência e da observação


Saberes não institucionalizados pela ciência e Estado
A meteorologia da Funceme X profetas da chuva
Linguistica e poesia dos profetas e a linguagem “ seca” dos dados meteorológicos
Debate do modelo de ciência e temas da antropologia: natureza/cultura ; sujeito/objeto

Qual relação com vários saberes e cosmologias indígenas ou africanas?

B) Debates na comunicação, semiótica, psicologia e linguística

O prestígio dos profetas e a comunicação das previsões (Pennesi, 2005, p. 164)


Tecnologia de comunicação e previsões e relação com a mídia ( Telejornal até youtube e Whatsapp
nos encontros mais recentes)
Fonte: Diário do Nordeste (23/01/2021)
Via Facebook
Links:

https://www.tvceara.ce.gov.br/2021/03/24/profetas-da-chuva-se-mantem-otimistas-para-
quadra-chuvosa-no-ceara-em-2021/

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/regiao/profetas-da-chuva-reunidos-em-
quixada-mantem-otimismo-para-quadra-chuvosa-do-ceara-em-2021-1.3037418

https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/2021/01/23/profetas-da-chuva-de-quixada-
anunciam-boas-chuvas-para-o-ceara-em-2021.html

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/04/profetas-da-chuva-do-nordeste-aderem-
ao-trabalho-remoto.shtml

Facebook:
https://www.facebook.com/watch/live/?v=166025134976665&ref=watch_permalink&t=0
Videos e Documentários

Ariano Suassuna sobre o Lunário: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1007200026.htm

Livro Profetas da Chuva ( Sec de Turismo e CAGECE)

https://www.livroprofetas.com.br/e-book/

Série Nordeste: Documentário dos Profetas da Chuva

https://www.youtube.com/watch?v=TNqI7VNzQ3k

Músicas

Belchior/Fagner ( Mote e Glosa) ( 1971)

Luiz Gonzaga ( Xota das Meninas)


Referências
ALMEIDA, S. F. Influxos do Céu: uma história das previsões ( séculos XIII-XV). São Paulo, Unifesp 2018
CAMARA CASCUDO, L. Dicionário do Folclore Brasileiro, 12ª edição. São Paulo, Global, 2012

MENESES, V. Saudade e Rusticidade: sentidos da convivência com o semiárido em fazendas do Cariri paraibano,
Recife, Editora Liceu, 2021.

MAGALHÃES, J. Previsões Folclóricas das secas e dos invernos no Nordeste brasileiro. Fortaleza Imprensa
Universitária do Ceará, 1963

GUERRA, P. ; GUERRA, T. (1909) Seccas Contra a Secca – Rio Grande do Norte –Seccas e invernos, açudagem,
irrigação, vida, costumes sertanejos. In Memorial da Seca, Coleção Mossoroense. Disponível em <
https://colecaomossoroense.org.br/site/acervo-oswaldo-lamartine/> Acesso em junho de 2020.

MARTINS, K. Profetas da Chuva, Fortaleza, Tempo D´imagem, 2006

MELO, R. Almanaques de cordel:do fascínio da leitura para a feitura da escritura, outro campo de pesquisas.
Revista IEB n52 2011 set./mar. p. 107-122

SIMAS FILHO, L. Almanaque Brasilidades: um inventário do Brasil popular, Bazar do tempo, 2018
TADDEI, R. ; GAMBOGGI, L.A . Introdução. In: TADDEI, R. ; GAMBOGGI, L.A ( Orgs.) Depois que a chuva não
veio: respostas sociais as secas no Nordeste, Amazônia e Sul do Brasil. Fortaleza: CIMAS, FUNCEME, 2010, p. 7-
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