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Questão 1

No caso em questão, a culpa exclusiva de Maria pela fuga dos cavalos


caracteriza um fato do serviço, previsto no artigo 14 do Código de Defesa do
Consumidor, que estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor pelos
danos causados aos consumidores. Assim, Maria é responsável pelos danos
sofridos por Eduardo e Mônica em razão da fuga dos animais.
Quanto à cláusula de solidariedade ativa prevista no contrato, ela estabelece
que tanto Eduardo quanto Mônica são responsáveis pelo cumprimento das
obrigações assumidas no contrato. Assim, ambos são obrigados a receber os
animais, uma vez que não houve culpa por parte deles na fuga dos cavalos.
No entanto, como Maria não cumpriu integralmente a obrigação assumida no
contrato, Eduardo e Mônica têm direito a pleitear indenização pelos danos
sofridos em razão da entrega incompleta dos animais. Nesse sentido, o artigo
389 do Código Civil prevê que "não cumprida a obrigação, responde o devedor
por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado".
No caso em questão, as perdas e danos correspondem à diferença entre o
valor dos 15 cavalos que seriam entregues e o valor dos 3 cavalos que foram
efetivamente entregues, que deverá ser apurada em liquidação de sentença.
Além disso, Eduardo e Mônica também têm direito a receber juros e correção
monetária, conforme estabelecido pelo artigo 406 do Código Civil.
Portanto, Eduardo e Mônica são obrigados a receber os animais, mas têm
direito a pleitear indenização por perdas e danos em razão da entrega
incompleta dos cavalos, em virtude da responsabilidade objetiva de Maria pelos
danos causados.

Questão 2

a) O pagamento feito por Carlos ou por Paula tem o condão de extinguir a


dívida, ainda que parcialmente. De acordo com o artigo 306 do Código
Civil Brasileiro, o pagamento feito por um dos devedores solidários
extingue a obrigação para com o credor. Isso significa que qualquer um
dos devedores pode pagar a totalidade da dívida, extinguindo-a
completamente, ou pagar apenas uma parte, reduzindo o valor da dívida
em relação ao credor.

b) A impossibilidade do cumprimento da obrigação por culpa de um dos devedores solidários


não extingue a solidariedade, e apenas ele responde pelo equivalente. Conforme o artigo 275
do Código Civil Brasileiro, a solidariedade não se extingue pela impossibilidade de um dos
devedores cumprir a obrigação. Nesse caso, o credor pode exigir o cumprimento da obrigação
de qualquer um dos devedores solidários, sendo que o devedor que realizou o pagamento
pode regressar contra o outro devedor solidário para exigir a parte que lhe cabia na
obrigação. Isso significa que, mesmo que um dos devedores se torne
impossibilitado de cumprir a obrigação, a responsabilidade solidária
permanece, e os outros devedores continuam obrigados a cumprir a obrigação
conjuntamente.

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