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período embrionário, por volta do final do segundo mês, a maioria dos sistemas orgânicos se
ECTODERME
assume a
forma de disco, mais largo na região cefálica que na região caudal (Figura 6.1). O aparecimento da
da placa neural (Figura 6.2A e B). As células da placa formam o neuroectoderma, e sua indução
NEURULAÑ{AO
A neurulação é o processo pelo qual a placa neural forma o tubo neural. Um dos eventos principais
desse processo é o alongamento da placa neural e do eixo do corpo pelo fenômeno da extensão
convergente, por meio do qual há um movimento lateral a medial das células no plano do
ectoderma
planar (ver Capítulo 1) e é essencial para o desenvolvimento do tubo neural. Conforme a placa
neural é alongada, suas extremidades laterais elevam-se para formar as pregas neurais, enquanto a
aproximam uma da outra na linha média, onde se fundem (Figura 6.3A e B). A fusão começa na
região cervical (quinto somito) e continua cranial e caudalmente (Figura 6.3C e D). Como resultado,
posterior se fecha no vigésimo oitavo dia (estágio de 25 somitos) (Figura 6.4B). A neurulação então,
se completa, e o sistema nervoso central passa a ser representado por uma estrutura tubular
fechada
Crista neural
do tubo neural e migram ao longo de duas vias: (1) uma via dorsal através da derme, de onde
adentram o ectoderma para dar origem aos melanócitos da pele e dos folículos pilosos; e (2) uma
via ventral através da metade anterior de cada somito para se tornarem gânglios sensoriais,
a formação do esqueleto craniofacial, dos neurônios dos gânglios craniais, das células gliais, de
Por volta do período em que o tubo neural se fecha, dois espessamentos ectodérmicos
bilaterais, os placódios óticos e os placódios dos cristalinos, tornam-se visíveis na região cefálica
formam as vesículas ópticas, que se desenvolvem nas estruturas necessárias para a audição e para a
manutenção do equilíbrio (ver Capítulo 19). Aproximadamente ao mesmo tempo, os placódios dos
cristalinos aparecem. Esses placódios também invaginam e, durante a quinta semana, formam os
Em termos gerais, o folheto embrionário ectodérmico dá origem a órgãos e estruturas que mantêm
contato com o mundo externo:
Às glândulas subcutâneas
Às glândulas mamárias
À glândula hipófise
Os defeitos do tubo neural (DTNs)ocorrem quando não há fechamento do tubo neural. Assim, se ele
não consegue se fechar na
regiãocranial,amaiorpartedocérebrodeixadeseformar;odefeitoéchamadode anencefalia
(Figura6.7A).Se o fechamento não
ocorreemqualqueroutrapartecaudalmenteapartirdaregiãocervical,odefeitoédenominado espinha
bífida (Figura6.7B e C),
Inicialmente, as células do folheto mesodérmico formam uma lâmina fina de tecido ligado
frouxamente de cada lado da linha média (Figura 6.8). Entretanto, por volta do décimo sétimo dia, as
células próximas da linha média formam uma placa espessa de tecido, conhecida como mesoderma
paraxial
Mesoderma paraxial
como somitômeros, que aparecem primeiramente na região cefálica do embrião. Sua formação
Mesoderma intermediário
(Figuras 6.8D e 6.9), diferencia-se em estruturas urogenitais. Nas regiões cervical e torácica
superior, ele dá origem a grupos celulares segmentares (futuros nefrótomos), enquanto, mais
caudalmente, forma massa tecidual não segmentada, o cordão nefrogênico. As unidades excretórias
Mesoderma lateral
O mesoderma lateral divide-se nas camadas parietal (somática) e visceral (esplâncnica), que
e 6.13A). O mesoderma da camada parietal, junto com o ectoderma sobrejacente, forma as pregas
da
parede corporal lateral (Figura 6.13A), que, junto com as dobraduras da cabeça (cefálica) e da cauda
(caudal), fecham a parede corporal ventral. A camada parietal do mesoderma lateral dá origem,
então, à derme da pele na parede corporal e nos membros, aos ossos e ao tecido conjuntivo dos
membros e ao esterno. Além disso, o esclerótomo e as células precursoras musculares que migram
para a camada parietal do mesoderma lateral formam as cartilagens costais, os músculos dos
membros e a maior parte dos músculos da parede muscular (ver Capítulo 11). A camada visceral do
mesoderma lateral, junto com o endoderma embrionário, forma a parede do tubo intestinal (Figura
formam de duas maneiras: por vasculogênese, por meio da qual os vasos surgem de ilhotas
sanguíneas (Figura 6.14), e por angiogênese, que envolve a ramificação a partir de vasos já
existentes. As primeiras ilhotas sanguíneas aparecem no mesoderma que cerca a parede da vesícula
outras regiões (Figura 6.15). Essas ilhotas surgem das células mesodérmicas que são induzidas a
originar hemangioblastos, um precursor comum para a formação dos vasos e das células sanguíneas.