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1. Quando teve início e o que motivou o Instituto Superior Politécnico de Tundavala (ISPT) a procurar a colaboração
da Universidade de Coimbra (UC) e do seu Departamento de Engenharia Civil (DEC), em particular?
A colaboração com a Universidade de Coimbra (UC) iniciou-se em 2008, nomeadamente com o Departamento Ciências
da Terra (DCT), consubstanciado na realização de Mestrados em Geociências em Angola, mais propriamente no ISPT. Na
sequência dessa colaboração, iniciou-se a colaboração com a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCE)
da UC em 2010, também com a realização de Mestrados em Psicologia Clínica, e finalmente em 2011 com o
Departamento de Engenharia Civil, no apoio ao desenvolvimento da Licenciatura em Engenharia Civil. A escolha da UC
resultou não só do prestígio inegável desta Universidade, como pela facilidade de contactos entre a Direção do ISPT e a
UC, nomeadamente a Direção da FCTUC.
2. De que forma o ISPT e a comunidade educativa tem usufruído da presença dos docentes do DEC, para além da
normal componente letiva? Considera que a colaboração tem respondido às espectativas iniciais, ou há aspetos que
dificultam a colaboração entre as duas instituições?
O ISPT e a comunidade educativa, para além da componente letiva, têm beneficiado por parte dos docentes do DEC,
entre outras, de opiniões, pareceres, participação em provas públicas, sem os quais teria sido muito difícil chegar ao
final das licenciaturas com uma componente de elevada qualidade. Esta participação tem permitido ao ISPT beneficiar
da experiência, quer docente, quer científica de alto nível.
A colaboração correspondeu em inteiro às expectativas iniciais, no entanto, aspetos que têm sido abordados bem como
a criação de um Mestrado são passos que ainda terão de ser dados. Desse ponto de vista, a recente alteração do
Estatuto do Estudante Estrangeiro, aprovado pela UC, não veio facilitar estes projetos de desenvolvimento.
3. Com a implementação das ações no terreno podem surgir situações inesperadas. Há algum episódio marcante
que queira partilhar?
Não propriamente ao nível da docência, onde a atividade decorreu de forma normal e de acordo com o previsto, mas
dentro do possível, o ISPT tem tentado mostrar aos docentes do DEC algo mais da realidade Angolana. Neste contexto,
o Professor João Negrão foi a Benguela, e ficámos na Baía Azul, uma das melhores praias de Angola. Quando acordámos
de manhã cedo, cerca das 6h30, não o encontrámos no Hotel. Já tinha ido dar dois mergulhos e assim ficou todo o dia,
só saindo para comer e a muito custo.
4. Qual tem sido a recetividade dos alunos do ISPT aos docentes do DEC?
Tem sido muito boa sem dúvida. O único inconveniente resulta da intensidade das aulas, com um período mais reduzido
de permanência dos docentes, mas é a única via possível, e com ganho muito relevante para os alunos, não só em termos
de conhecimento, como de experiências de outros contextos mais desenvolvidos.
5. As realidades são bastante diferentes na UC em Coimbra, e no ISPT no Lubango. Quais as maiores dificuldades que
os docentes têm tido para se adaptar, tanto a nível pessoal como profissional?
A adaptação de todos os docentes do DEC que têm vindo ao Lubango tem sido excelente, e já vieram durante esta
colaboração 8 docentes diferentes, a maioria por mais de uma vez. Um dos problemas apontados tem sido o regime
intensivo das aulas, e outro alguma falta de componente laboratorial, que estamos a tentar minimizar. A nível pessoal,
felizmente que para todos os docentes do DEC que já colaboraram com o ISPT, não há qualquer registo de alguma
dificuldade.
6. Com base na experiência passada, nas necessidades atuais e a curto prazo do ISPT, como vê o futuro da
colaboração do DEC?
Apesar das dificuldades já aludidas, a ideia do ISPT é avançar para o desenvolvimento do Mestrado, assim que o número
de Licenciados o justifique. Existe interesse dos alunos que se estão a licenciar e interesse do ISPT. Em conversa com o
atual Diretor da FCTUC, foi levantada a hipótese de utilizar o recente Protocolo entre a UC e a Universidade Aberta como
via possível para ultrapassar a limitação da aplicação do Estatuto do Estudante Estrangeiro.