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Fichamento: Critérios para análise e seleção de textos de literatura infantil, Mara

Ferreira Jardim.

Discente: Lohayna Maria da Silva Lima

• Multiplicidade de obras

• Dificuldade de seleção:

• “Uma rápida visita às sessões infantis das livrarias ou das bibliotecas permite
avaliar as dificuldades que se apresentam àquele que pretende selecionar um
bom acervo de literatura para seus alunos. Ali se encontram livros dos mais
diferentes formatos e materiais, com ilustrações coloridas e atraentes, figuras que
muitas vezes se movimentam, (...). Em geral, a narrativa em si é menos importante
do que a parafemália audiovisual oferecida ao leitor.” (p.75)

• Critérios – conhecimentos teóricos e objetivos

• Aspectos extrínsecos:

• “O ponto de partida a ser considerado diz respeito aos aspectos materiais, já que
a primeira interação da criança com o livro se dá através das impressões visuais e
táteis: a capa, o tamanho, o formato, o peso, a espessura e a qualidade do papel,
o número de páginas, o equilíbrio entre ilustração e texto, o tamanho e o tipo de
letras usados, as técnicas de ilustração e as cores. Tais características podem
atrair ou afastar o leitor infantil, mais suscetível a esses aspectos que o adulto.” (p.
75)

• Papel da ilustração:

• “A ilustração desempenha um papel importante no livro infantil e é um dos seus


traços caracterizadores (livros ditos para adultos raramente recorrem a ela). Assim
sendo, é preciso que o professor, em sua análise, se detenha em tal aspecto. A
ilustração estimula o raciocínio e a criatividade do leitor, por isso os desenhos
devem sugerir mais do que já está expresso no enunciado verbal, evitando mera
descrição gráfica do texto.” (p.76)

• Ilustrações exemplares:

• “Em Gato que pulava em sapato a escolha das cores, por exemplo, ajuda o leitor
a “descobrir” o estado de espírito do herói; em quase todas as ilustrações do livro
apenas são mostradas as pernas e as mãos da dona do gato, cujo rosto só
aparece ao final da história, fato que pode despertar diferentes interpretações e
discussões.” (p. 76)

• Ilustrações: estereótipos e preconceitos


• Registro de código:

• “O texto literário, sobretudo o infantil, deve, obviamente, apresentar o registro


escrito convencional (exceto as incorreções deliberadas do autor em função de
um efeito pretendido).” (p. 76)

• Crianças – interesses: fases de leitura

• 1ª fase - histórias de animaizinhos:

• “Vai dos 2 aos 5 ou 6 anos de idade. Nessa fase, a criança faz pouca distinção
entre o mundo exterior e o interior, vivendo um período de grande egocentrismo. É
também a idade do pensamento mágico. Os primeiros livros oferecidos ao bebê
devem conter gravuras que apresentem objetos simples, isolados, pertencentes
ao meio em que a criança vive e que possam ser identificados por ela (brinquedos,
animais, etc.).” (p. 77)

• 2ª fase - contos de fadas

• “vai dos 5 aos 8 ou 9 anos. Beinlich caracteriza-a como a “idade de leitura de


realismo mágico”. Trata-se de um período em que a criança deixa-se levar pela
fantasia.” (p. 77)

• 3ª fase - histórias de aventuras

• “se estende dos 9 aos 12 anos. Beinlich caracteriza-a como um período em que
a criança constrói “uma fachada prática, realista, ordenada racionalmente, diante
de um fundo mágico-aventuresco pseudorrealisticamente mascarado”.” (p. 77)

• 4ª fase - histórias de aventuras e sentimentais

• “fase do “realismo aventuroso” ou “da leitura não psicológica orientada para o


sensacionalismo” (de 12 a 14 ou 15 anos). Nesse período, o pré-adolescente,
pouco a pouco, toma consciência da própria personalidade. (...) Os interesses
gerais de leitura giram em torno dos livros de aventuras, dos romances
sensacionais, dos livros de viagens e das histórias sentimentais.” (p. 77)

• 5ª fase - leituras diversificadas

• “quinta e última fase corresponde aos anos de maturidade ou de


“desenvolvimento da esfera estético-literária da leitura (de 14 a 17 anos). Nesse
período, o leitor já é capaz de valorizar, além da trama, a forma e o conteúdo das
histórias. O interesse pelo mundo exterior começa a ser substituído pela
participação no mundo interior e no mundo dos valores.” (p. 77)

• Interesse – sexo do leitor

• Textos literários × textos informativos


• Contos de fadas – pontos positivos e negativos

• Seleção poemas:

• “Enfim, a boa poesia infantil tenta recuperar a maneira lúdica e espontânea das
primeiras experiências com parlendas, cantigas de rodas, brincadeiras e jogos
infantis, sem necessariamente resvalar pela obviedade das rimas fáceis e das
frases feitas, abrindo entre linhas instigantes à criação do leitor.” (p. 79)

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