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Ferreira Jardim.
• Multiplicidade de obras
• Dificuldade de seleção:
• “Uma rápida visita às sessões infantis das livrarias ou das bibliotecas permite
avaliar as dificuldades que se apresentam àquele que pretende selecionar um
bom acervo de literatura para seus alunos. Ali se encontram livros dos mais
diferentes formatos e materiais, com ilustrações coloridas e atraentes, figuras que
muitas vezes se movimentam, (...). Em geral, a narrativa em si é menos importante
do que a parafemália audiovisual oferecida ao leitor.” (p.75)
• Aspectos extrínsecos:
• “O ponto de partida a ser considerado diz respeito aos aspectos materiais, já que
a primeira interação da criança com o livro se dá através das impressões visuais e
táteis: a capa, o tamanho, o formato, o peso, a espessura e a qualidade do papel,
o número de páginas, o equilíbrio entre ilustração e texto, o tamanho e o tipo de
letras usados, as técnicas de ilustração e as cores. Tais características podem
atrair ou afastar o leitor infantil, mais suscetível a esses aspectos que o adulto.” (p.
75)
• Papel da ilustração:
• Ilustrações exemplares:
• “Em Gato que pulava em sapato a escolha das cores, por exemplo, ajuda o leitor
a “descobrir” o estado de espírito do herói; em quase todas as ilustrações do livro
apenas são mostradas as pernas e as mãos da dona do gato, cujo rosto só
aparece ao final da história, fato que pode despertar diferentes interpretações e
discussões.” (p. 76)
• “Vai dos 2 aos 5 ou 6 anos de idade. Nessa fase, a criança faz pouca distinção
entre o mundo exterior e o interior, vivendo um período de grande egocentrismo. É
também a idade do pensamento mágico. Os primeiros livros oferecidos ao bebê
devem conter gravuras que apresentem objetos simples, isolados, pertencentes
ao meio em que a criança vive e que possam ser identificados por ela (brinquedos,
animais, etc.).” (p. 77)
• “se estende dos 9 aos 12 anos. Beinlich caracteriza-a como um período em que
a criança constrói “uma fachada prática, realista, ordenada racionalmente, diante
de um fundo mágico-aventuresco pseudorrealisticamente mascarado”.” (p. 77)
• Seleção poemas:
• “Enfim, a boa poesia infantil tenta recuperar a maneira lúdica e espontânea das
primeiras experiências com parlendas, cantigas de rodas, brincadeiras e jogos
infantis, sem necessariamente resvalar pela obviedade das rimas fáceis e das
frases feitas, abrindo entre linhas instigantes à criação do leitor.” (p. 79)