Você está na página 1de 49

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS

AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9 . INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS *

9.1 Métodos empíricos


9.2 Métodos de simulação
9.3 Métodos probabilísticos

Fonte:
Barros, C.. (2000). Decisões de Investimento e Financiamento de Projectos. Lisboa: Edições Sílabo
Cebola, António. (2017). Projetos de Investimento de PME – Elaboração e Análise, 2ª ed.. Lisboa: Edições Sílabo.
Fernandes, Carla et. al.. (2017). Análise Financeira – Teoria e Prática, 4ª ed.. Lisboa: Edições Sílabo
Soares, I. at al. (2015). Decisões de Investimento – Análise Financeira de Projetos, 4ª ed.. Lisboa: Edições Sílabo.

NOTA:
Os slides são unicamente um recurso de apoio e não substituem, em
caso algum, o estudo da bibliografia recomendada
SR/JP 278
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

As decisões e análise de investimentos são decisões previsionais sobre


situações que se podem verificar ou não no futuro.

Trabalhar com o futuro obriga ter presente a incerteza e o risco que lhe
está associado, resultante de atos humanos ou de atos da natureza.

O Cash-Flow previsional do Investimento é um acontecimento futuro, que


tanto pode ocorrer na dimensão esperada como pode ocorrer em
dimensão diferente.

Na análise de investimentos deve ter-se presente a incerteza e o risco


associado aos cash-flows.

Numa situação de incerteza podem calcular-se as probabilidades de


ocorrência e o risco associado, mas numa situação de desconhecimento
(turbulência) o resultado futuro é completamente desconhecido, não sendo
possível atribuir-lhe probabilidades, pelo que se deve procurar transformá-
la numa situação de incerteza, para se poderem definir probabilidades
SR/JP 279
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

A incerteza na análise de investimentos pode apresentar-se em diferentes


tipos:

• Incerteza sobre mecanismos e fenómenos – verifica-se mais em


investimentos de inovação ou nos investimentos dependentes de
condições naturais ou de situações subjetivas;

• Incerteza sobre os custos de investimento ou de exploração – ocorre


mais em investimentos inovadores ou nos que não exista muita
experiência anterior;

• Incerteza sobre a procura e receitas respetivas – verifica-se na


generalidade dos investimentos, resultante da falta de transparência do
mercado e de algum desconhecimento sobre ele;

SR/JP 280
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

Face ao desconhecimento sobre o resultado futuro do Cash-Flow, deve


ter-se em consideração a incerteza e o risco a ele associado,
incorporando-os na análise de investimentos, para o que se utilizam:

• Métodos empíricos
• Métodos da teoria da decisão e de simulação
• Métodos probabilísticos

SR/JP 281
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.1 MÉTODOS EMPÍRICOS
Os métodos empíricos para abordar a incerteza e o risco são
procedimentos cautelosos, pessimistas, relativos à implementação do
investimento.
• O Payback é um método que privilegia o período de recuperação face à
rendibilidade, assumindo que a incerteza e o risco aumentam com o
tempo, com a vida útil do projeto de investimento.
É um método que apresenta uma indicação sobre a incerteza e risco.

• Outros métodos compensam a incerteza e o risco resultante do futuro e


associados ao investimento, através da adição de um prémio de risco
extra: 𝐧 𝐧
𝐂𝐅𝐆𝐭 𝐂𝐅𝐆𝐭
𝐕𝐀𝐋 = ෍ ou 𝐕𝐀𝐋 = ෍
(𝟏 + 𝐊)𝐭 (𝟏 + 𝐊)𝐭
𝐭=𝟎 𝐭=𝟎

* ajustando a taxa de atualização ou


* ajustando os cash-flows esperados.
SR/JP 282
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.1 MÉTODOS EMPÍRICOS
✓ AJUSTAMENTO DA TAXA DE ATUALIZAÇÃO
Introduz-se a incerteza na análise, incorporando um prémio de risco
adicional na rendibilidade exigida pelos acionistas.

Incrementa-se o custo do capital.

O VAL que se obtém é o VAL ajustado ao risco

Utilizado na prática.

Limitações:
• Estimativa do prémio adicional, que incrementa a taxa de atualização;
• A taxa de atualização ajustada deixa de ser o preço de referência
intertemporal entre rendimentos futuros e rendimentos atuais;

SR/JP 283
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.1 MÉTODOS EMPÍRICOS
✓ MÉTODO DO EQUIVALENTE CERTO
Introduz-se a incerteza na análise ajustando os cash-flow, através do
coeficiente de equivalência certo, αt, que representa um índice de
confiança do investidor na realização dos fluxos.
𝐧
𝐂𝐅𝐆𝐭 1 >= αt >= 0
𝐕𝐀𝐋 = ෍ αt
(𝟏 + 𝐊)𝐭 Incerteza reduzida Incerteza elevada
𝐭=𝟎

Um αt = 0,7, significa, por ex., que um investidor considera que 700 u.m.
certas são equivalentes a 1.000 u.m. incertas.
O complemento de αt para 1 que é 0,3, que corresponde ao prémio de
risco a incluir nos cash-flow do investimento.
Vantagem: Permite comparar dois investimentos, pois considera a taxa de
atualização real, ao contrário do ajustamento da taxa de atualização
Limitações: Subjetividade da fixação do αt que é função dos investidores.
SR/JP 284
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
O objetivo é estudar a alteração na rendibilidade de um investimento,
medida pelo VAL e pela TIR, em resultado da alteração na realidade dos
seus pressupostos, face ao previsto.

Análise de sensibilidade:
• Univariada - Quando se estuda a variação de um único pressuposto
• Multivariada - Quando se estuda a variação simultânea de mais que
um pressuposto.

Os pressupostos ou coeficientes cuja variação deve ser analisada, devem


ser as variáveis criticas do investimento.

SR/JP 285
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
➢ Variáveis críticas do Investimento
É necessário uma análise prévia para conhecimento das variáveis críticas
ou determinantes do investimento:
• variáveis com maior intervenção no investimento, em termos de
impacto, dimensão, e
• variáveis cujo risco de ocorrência de alteração seja elevado.

➢ Amplitudes de variação das variáveis críticas


É necessário a identificação das (os):
• amplitudes possíveis de variação de cada uma das variáveis críticas;
• limites de oscilação das variáveis, que mantêm uma rendibilidade mínima;
As amplitudes e as oscilações possíveis são específicas de cada variável,
quer em dimensão, quer em sentido (variação positiva e negativa).
SR/JP 286
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Vantagens da análise de sensibilidade do investimento:
• Identificação das variáveis de maior sensibilidade do investimento. Isto
é, aquelas em que uma pequena alteração dos seus valores levam a
uma grade alteração na rendibilidade do investimento (VAL e TIR);
• Identificação das amplitudes de variação e dos limites ou pontos
críticos de oscilação (valores máximos ou mínimos) das variáveis, que
mantêm uma rentabilidade mínima aceitável do projeto;
Nota:
• Um gráfico é um bom instrumento para evidenciar o efeito resultante da
alteração de uma variável no critério de avaliação (VAL ou TIR).
• No eixo das abcissas apresenta-se a variável em análise e em
ordenadas o critério da avaliação (VAL ou TIR), pelo que quanto maior a
inclinação da curva, maior é a sensibilidade do critério (VAL ou TIR –
projeto de investimento) à variável crítica em análise.
SR/JP 287
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Limitações:
• As análises univariadas não permitem considerar eventuais relações
entre variáveis;

• A análise multivariada é de difícil operacionalização, para mais que


duas variáveis;

• O risco do investimento não depende apenas da sensibilidade a


alterações em certas variáveis, pois pode acontecer que uma variável
crítica provoque uma baixa sensibilidade, mas tenha um elevado risco
de ocorrência de alterção.

SR/JP 288
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Projeto de Investimento inicial

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Ativo Não
Total Investimento em Capital FixoCorrente - 152.000 - 61.500 - 12.000 0 0 0

Variação de FMN (investimento em FM) 0 - 2.920 - 20.370 - 1.730 - 430 0

Valor Residual do Investimento 27.950

Cash-flow do investimento - 152.000 - 64.420 - 32.370 - 1.730 - 430 +-27.950

SR/JP 289
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Projeto de Investimento inicial
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Vendas 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000


Total de Rendimentos Operacionais 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000

CMVMC 0 24.000 30.000 32.000 32.000 32.000

Fornecimentos e Serviços Externos 0 12.000 15.000 16.000 16.000 16.000


Pessoal 0 14.000 21.000 28.000 35.000 35.000

Amortizações 0 42.333 58.667 61.833 44.500 15.667

Total de Gastos Operacionais 0 92.333 124.667 137.833 127.500 98.667

Resultados Antes de Impostos 0 27.667 25.333 22.167 32.500 61.333


Imposto sobre o Rendimento - IRC (25%) 0 6.917 6.333 5.542 8.125 15.333

Resultados Líquidos de Exploração 0 20.750 19.000 16.625 24.375 46.000

F Cx Exploração 63.083 77.667 79.458 69.875 61.667

F Cx Global -152.000 -1337 45.297 76.728 69.445 89.617

SR/JP 290
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica - Preço de venda (amplitude de variação + 10% a -10%)
Aumento de 10% no preço das vendas

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas (+10%) 0 132.000 165.000 176.000 176.000 176.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 132.000 165.000 176.000 176.000 176.000
Resultados Líquidos de Exploração 0 29.750 30.250 28.625 36.375 58.000

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 72.083 88.917 90.458 80.875 73.667

Cash-flow do investimento -152.000 - 65.116 - 33.924 - 1.880 - 430 +-30.350


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 6.967 54.993 88.578 80.445 104.017

SR/JP 291
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica - Preço de venda (amplitude de variação + 10% a -10%)
Aumento de 5% no preço das vendas

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas (+5%) 0 126.000 157.500 168.000 168.000 168.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 126.000 157.500 168.000 168.000 168.000
Resultados Líquidos de Exploração 0 25.250 24.625 22.625 30.375 52.000

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 67.583 83.292 84.458 74.875 67.667

Cash-flow do investimento -152.000 - 64.768 - 33.147 -1.805 - 430 +-29.150


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 2.815 50.145 82.653 74.445 96.817

SR/JP 292
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica - Preço de venda (amplitude de variação + 10% a -10%)
Redução de de 5% no preço das vendas

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas (-5%) 0 114.000 142.500 152.000 152.000 152.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 114.000 142.500 152.000 152.000 152.000
Resultados Líquidos de Exploração 0 16.250 13.375 10.625 18.375 40.000

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 58.583 72.042 72.458 62.875 55.667

Cash-flow do investimento - 152.000 - 64.072 - 31.593 - 1.655 - 430 +-26.750


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -5.489 40.449 70.803 62.445 82.417

SR/JP 293
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica - Preço de venda (amplitude de variação + 10% a -10%)
Redução de 10% no preço das vendas

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas (-10%) 0 108.000 135.000 144.000 144.000 144.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 108.000 135.000 144.000 144.000 144.000
Resultados Líquidos de Exploração 0 11.750 7.750 4.625 12.375 34.000

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 54.083 66.417 66.458 56.875 49.667

Cash-flow do investimento - 152.000 - 63.724 - 30.816 - 1.580 - 430 +-25.550


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -9.641 35.601 64.878 56.445 75.217

SR/JP 294
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica - Preço de venda (amplitude de variação + 10% a -10%)
Efeito provocado no VAL (10%) e TIR

Cash-flow Líquido do Projeto


Var. preço de
VAL (10%) TIR
vendas
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

+10% -152.000 6.967 54.993 89.578 80.445 104.017 85.864 25,3%

+5% -152.000 2.815 50.145 82.653 74.445 96.817 65.062 21,8%

0% -152.000 -1.337 45.297 76.728 69.445 89.617 44.261 18,1%

-5% -152.000 -5.489 40.449 70.803 62.445 82.417 23.460 14,4%

-10% -152.000 -9.641 35.601 64.878 56.445 75.217 2.658 10,5%

SR/JP 295
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica - Preço de venda (amplitude de variação + 10% a -10%)
VAL
Efeito provocado no VAL(10%) e TIRTIR

85.854 25,3%

65.062 21,8%

44.261 18,1%

% de desvio da % de desvio da variável


variável em relação em relação ao valor
23.460 ao valor esperado 14,4% esperado

2.658 10,5%

-10% -5% 0% +5% +10% -10% -5% 0% +5% +10%

• Um aumento de 10% nos preços de venda provoca uma variação do VAL em mais 93% (85.854/44.261-
1) e um aumento na TIR de 40% (7,2% absolutos = 25,3%-18,1%).
• Uma diminuição de 5% nos preços de venda provoca uma variação do VAL em menos 47% e uma
diminuição na TIR de 20% (3,7% absolutos).
• O PROJETO DE INVESTIMENTO É BASTANTE SENSÍVEL ÀS VARIAÇÕES DO P. DE VENDA
SR/JP 296
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Preço das MP e MS (amplitude de variação + 10% a -10%)
Aumento de 10% no CMVMC

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
CMVMC (+10%) 0 26.400 33.000 35.200 35.200 35.200
Resultados Líquidos de Exploração 0 18.950 16.750 14.225 21.975 43.600

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 61.283 75.417 76.058 66.475 59.267

Cash-flow do investimento - 152.000 - 64.180 - 32.310 - 1.710 - 430 +-27.630


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -2.897 43.107 74.348 66.045 86.897

SR/JP 297
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Preço das MP e MS (amplitude de variação + 10% a -10%)
Aumento de 5% no CMVMC

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
CMVMC (+5%) 0 25.200 31.500 33.600 33.600 33.600
Resultados Líquidos de Exploração 0 19.850 17.875 15.425 23.175 44.800

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 62.183 76.542 77.258 67.675 60.467

Cash-flow do investimento -152.000 - 64.300 - 32.340 - 1.720 - 430 +-27.790


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -2.117 44.202 75.538 67.245 88.257

SR/JP 298
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Preço das MP e MS (amplitude de variação + 10% a -10%)
Redução de 5% no CMVMC

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
CMVMC (-5%) 0 22.800 28.500 30.400 30.400 30.400
Resultados Líquidos de Exploração 0 21.650 20.125 17.825 25.575 47.200

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 63.983 78.792 79.658 70.075 62.867

Cash-flow do investimento - 152.000 - 64.540 - 32.400 - 1.740 - 430 +-28.110


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -557 46.392 77.918 69.645 90.977

SR/JP 299
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Preço das MP e MS (amplitude de variação + 10% a -10%)
Redução de 10% no CMVMC

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
CMVMC (-10%) 0 21.600 27.000 28.800 28.800 28.800
Resultados Líquidos de Exploração 0 22.550 21.250 19.025 26.775 48.400

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 64.883 79.917 80.858 71.275 64.067

Cash-flow do investimento - 152.000 - 64.660 - 32.430 - 1.750 - 430 +-28.270


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 223 47.487 79.108 70.845 92.337

SR/JP 300
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Preço das MP e MS (amplitude de variação + 10% a -10%)

Efeito provocado no VAL(10%) e TIR

Cash-flow Líquido do Projeto


Var. CMVMC VAL (10%) TIR
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

+10% -152.000 -2.897 43.107 74.348 66.045 86.897 35.917 16,6%

+5% -152.000 -2.117 44.202 75.538 67.245 89.257 40.089 17,4%

0% -152.000 -1.337 45.297 76.728 69.445 89.617 44.261 18,1%

-5% -152.000 -557 46.392 77.918 69.645 90.977 49.433 18,9%

-10% -152.000 223 47.487 79.108 70.845 92.337 52.605 19,6%

SR/JP 301
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Preço das MP e MS (amplitude de variação + 10% a -10%)
VAL Efeito provocado no VAL(10%) e TIR TIR

52.605 19,6%

49.453 18,9%

44.261 18,1%

40.089 17,4%

35.917 16,6%

% de desvio da % de desvio da
variável em relação ao variável em relação ao
valor esperado valor esperado

-10% -5% 0% +5% +10% -10% -5% 0% +5% +10%

• Um aumento de 10% CMVMC provoca uma variação do VAL em menos 19% e uma diminuição na
TIR de 8% (1,5% absolutos).
• Uma diminuição de 5% nos CMVMC provoca uma variação do VAL em mais 9% e um aumento na TIR
de 4% (0,8%, absolutos).
• O PROJETO DE INVESTIMENTO É SENSÍVEL ÀS VARIAÇÕES DO P. DAS MP E MS (CMVMC)
SR/JP 302
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Gastos c/ Pessoal (amplitude de variação + 10% a -10%)
Aumento de 10% nos Gastos c/ Pessoal

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Pessoal (+10%) 0 15.400 23.100 30.800 38.500 38.500
Resultados Líquidos de Exploração 0 19.700 17.425 14.525 21.750 43.375

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 62.033 76.092 76.358 66.250 59.042

Cash-flow do investimento - 152.000 - 64.406 - 32.363 - 1.723 - 423 +-27.915


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -2.373 43.729 74.635 65.827 86.957

SR/JP 303
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Gastos c/ Pessoal (amplitude de variação + 10% a -10%)
Aumento de 5% nos Gastos c/ Pessoal

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Pessoal (+5%) 0 14.700 22.050 29.400 36.750 36.750
Resultados Líquidos de Exploração 0 20.225 18.213 15.575 23.063 44.688

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 62.558 76.879 77.408 67.562 60.354

Cash-flow do investimento - 152.000 - 64.413 - 32.367 - 1.727 - 427 +-27.933


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -1.855 44.513 75.682 67.136 88.287

SR/JP 304
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Gastos c/ Pessoal (amplitude de variação + 10% a -10%)
Redução de 5% nos Gastos c/ Pessoal

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Pessoal (-5%) 0 13.300 19.950 26.600 33.250 33.250
Resultados Líquidos de Exploração 0 21.275 19.788 17.675 25.688 47.313

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 63.608 78.454 79.508 70.187 62.979

Cash-flow do investimento - 152.000 - 64.427 - 32.374 - 1.734 - 434 +-27.968


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -819 46.081 77.775 69.754 90.947

SR/JP 305
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Gastos c/ Pessoal (amplitude de variação + 10% a -10%)
Redução de 10% nos Gastos c/ Pessoal

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5


Vendas 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Total de Rendimentos Operacionais 0 120.000 150.000 160.000 160.000 160.000
Pessoal (-10%) 0 12.600 18.900 25.200 31.500 31.500
Resultados Líquidos de Exploração 0 21.800 20.575 18.725 27.000 48.625

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 64.133 79.242 80.558 71.500 64.292

Cash-flow do investimento - 152.000 - 64.434 - 32.377 - 1.737 - 437 +-27.985


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -301 46.865 78.821 71.063 92.277

SR/JP 306
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Gastos c/ Pessoal (amplitude de variação + 10% a -10%)

Efeito provocado no VAL(10%) e TIR

Cash-flow Líquido do Projeto


Var. Enc.
VAL (10%) TIR
Salariais
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

+10% -152.000 -2.373 43.729 74.635 65.827 86.957 37.011 16,9%

+5% -152.000 -1.855 44.513 75.682 67.136 89.287 40.636 17,5%

0% -152.000 -1.337 45.297 76.728 69.445 89.617 44.261 18,1%

-5% -152.000 -819 46.081 77.775 69.754 90.947 47.886 18,8%

-10% -152.000 -301 46.865 79.821 71.063 92.277 51.511 19,4%

SR/JP 307
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Exemplo: Variável crítica – Gastos c/ Pessoal (amplitude de variação + 10% a -10%)

VAL
Efeito provocado no VAL(10%) e TIR TIR

19,4%
51.511
18,8%
49.886
44.261 18,1%

40.636 17,5%
37.011 16,9%

% de desvio da variável % de desvio da


em relação ao valor variável em relação
esperado ao valor esperado

-10% -5% 0% +5% +10% -10% -5% 0% +5% +10%

• Um aumento de 10% nos Encargos Salariais provoca uma variação do VAL em menos 17% e uma
diminuição na TIR de 7% (1,2% absolutos).
• Uma diminuição de 5% nos Encargos Salariais provoca uma variação do VAL em mais 8% e um
aumento na TIR de 4% (0,7% absolutos).
• O PROJETO DE INVESTIMENTO É SENSÍVEL ÀS VARIAÇÕES DOS GASTOS C/ PESSOAL
SR/JP 308
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Síntese do efeito provocado no VAL (10%)
VAL

Peço de Venda
85.854
CMVMC

44.261
Enc. Sal.

% de desvio da
variável em relação
ao valor esperado
2.658

-10% -5% 0% +5% +10%

SR/JP 309
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Síntese do efeito provocado na TIR
TIR

Peço de Venda
25,3%
CMVMC

18,1%
Enc. Sal.

% de desvio da variável
em relação ao valor
esperado
10,5%

-10% -5% 0% +5% +10%

SR/JP 310
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE CENÁRIOS
Cenário é uma representação de uma situação real ou previsional
Ao estudar-se um investimento pode elaborar-se um conjunto de cenários
que considerem as variáveis críticas e representem a situação futura do
ambiente onde o investimento se enquadra.
Cada cenário dará uma rendibilidade do investimento distinta.
Um cenário corresponde a um conjunto coerente de variáveis sujeitas à
ocorrência de um impacto extrínseco ao investimento.
Um cenário pode ser considerado uma forma desenvolvida de uma análise
de sensibilidade multivariada, mas não significa somente variar algumas
variáveis críticas, mantendo as restantes constantes.
Um cenário implica reformular o estudo, considerando como o
investimento se comportaria sob a ocorrência de um impacto externo.

SR/JP 311
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE CENÁRIOS

Exemplo:

Se tivermos um investimento que produza um equipamento para gerar


energias renováveis e colocarmos a hipótese de ocorrência de uma subida
elevada dos preços do petróleo (choque petrolífero), temos as seguintes
implicações:
• Aumento de apetência pelos equipamentos do investimento;

• Mas, existirá inflação, logo redução do poder de compra das famílias,


eventual recessão, e diminuição da compra de bens duradouros;

O impacto global sobre o investimento dependeria dos efeitos económicos


diferenciados que poderiam ser favoráveis ou desfavoráveis;

SR/JP 312
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE CENÁRIOS
A análise de cenários levava a reformular o investimento, considerando os
impactos do choque petrolífero na economia e no investimento,
realizando-se um conjunto de hipóteses ou, pelo menos, um conjunto
reduzido de cenários:
• um otimista,
• um moderado e
• um pessimista,
atribuindo-se-lhes probabilidades de ocorrência.
Calculando-se o VAL ou a TIR de cada cenário e atribuindo probabilidades
de ocorrência a cada um dos cenários, pode obter-se:
• Valor médio esperado do indicador,
• Calcular o desvio padrão,
• A probabilidade associada à ocorrência de um valor mínimo ou máximo
para o VAL ou TIR, no caso de distribuição normal ou aproximada.
SR/JP 313
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE CENÁRIOS

Exemplo (retomando o exemplo anterior)

Exemplo de Cenário Otimista: Exemplo de Cenário Pessimista:

Os Preços de Venda  5%; Os Preços de Venda  5%;


Os CMVMV  10%; Os CMVMV  10%;
Os Encargos Salariais  5%. Os Encargos Salariais  5%.

SR/JP 314
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE CENÁRIOS

Exemplo (Cenário Otimista)


Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Vendas (+5%) 0 126.000 157.500 168.000 168.000 168.000


Total de Rendimentos Operacionais 0 126.000 157.500 168.000 168.000 168.000

CMVMC (-10%) 0 21.600 27.000 28.800 28.800 28.800

Pessoal (-5%) 0 13.300 19.950 26.600 33.250 33.250

Resultados Líquidos de Exploração 0 27.575 27.663 26.075 34.088 55.713

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 69.908 86.329 87.908 78.587 71.379

Cash-flow do investimento - 152.000 - 65.015 - 33.211 - 1.829 - 434 +-29.488


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 4.893 53.119 86.080 78.154 100.867

SR/JP 315
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE CENÁRIOS

Exemplo (Cenário Pessimista)


Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Vendas (-5%) 0 114.000 142.500 152.000 152.000 152.000


Total de Rendimentos Operacionais 0 114.000 142.500 152.000 152.000 152.000

CMVMC (+10%) 0 26.400 33.000 35.200 35.200 35.200

Pessoal (+5%) 0 14.700 22.050 29.400 36.750 36.750

Resultados Líquidos de Exploração 0 13.925 10.338 7.175 14.663 36.288

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Cash-flow de Exploração 0 56.258 69.004 69.008 59.162 51.954

Cash-flow do investimento - 152.000 - 63.825 - 31.530 - 1.632 - 427 +-26.413


Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -7.567 37.475 67.377 58.736 78.367

SR/JP 316
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE CENÁRIOS Exemplo (Síntese)
Cash-flow Líquido do Projeto
Cenário VAL (10%) TIR
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Otimista -152.000 4.893 53.119 86.080 79.154 100.867 77.032 23,8%

Previsto -152000 -1337 45297 76728 68445 89617 44.261 18,1%

Pessimista -152.000 -7.567 37.475 67.377 59.736 79.367 11.490 12,2%

VAL (10%) TIR


77 032
23,8%
80 000 25,0%
70 000 18,1%
20,0%
60 000 44 261
12,2%
50 000 15,0%
40 000
30 000 10,0%
11 490
20 000
5,0%
10 000
0 0,0%
Optimista Previsto Pessimista Optimista Previsto Pessimista
Cenários Cenários

SR/JP 317
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.2 MÉTODOS DE SIMULAÇÃO
✓ ANÁLISE DE CENÁRIOS (outro exemplo)
Cenário VAL Prob. pxVAL VARVAL = pX[VAL-E(VAL)]2
A -150 5% -7,5 2626,6
B -10 8% -0,8 636,5
C 10 10% 1 478,9
D 75 12% 9 2,1
Base 100 35% 35 151,4
F 115 15% 17,25 192,2
G 150 9% 13,5 451,1
H 175 5% 8,75 458,9
I 300 1% 3 487,5
79,2 5485,2

E(VAL) 79,2 𝑛
VAL esperado
VAR VAL = σ𝑛𝑖 p (VAL – E(VAL))2 σVAL = ෍ 𝑝 𝑉𝐴𝐿 − 𝐸 𝑉𝐴𝐿 2

σVAL 74,1 𝑖
(Desvio Padrão)

SR/JP 318
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.3 MÉTODOS PROBABILÍSTICOS
✓ MÉTODO DE SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO
Método estatístico probabilístico que simula um modelo do sistema real,
que é objeto de experiências, por forma a se conhecer o seu
comportamento, para posterior tomada de decisão.
O método baseia-se em números aleatórios e visa obter uma amostra
significativa do comportamento de um sistema.
As variáveis críticas são caraterizadas pelas distribuições de
probabilidade associadas à sua natureza, em vez de se utilizarem os
fluxos financeiros mais prováveis.
A variabilidade de cada variável representa a incerteza correspondente ao
seu valor mais provável
O modelo permite obter uma distribuição de probabilidade associada aos
critérios de decisão, VAL ou TIR, evidenciando o intervalo de resultados
dos critérios ou a probabilidade de um projeto ultrapassar um valor
definido.
SR/JP 319
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.3 MÉTODOS PROBABILÍSTICOS
✓ MÉTODO DE SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO
Procedimento simplista:
1. Definem-se as variáveis críticas;
2. Associa-se uma distribuição de probabilidade às variáveis;
3. Geram-se nº aleatórios (normalmente em computador), a partir dos
quais resultarão vários valores possíveis para cada uma das variáveis;
4. Cada cenário é constituído por um conjunto de valores de cada uma
das variáveis (as variáveis de cada cenário não têm que variar todas no
mesmo sentido, umas podem ser favoráveis e outras desfavoráveis;
5. Calcula-se o VAL e/ou a TIR para cada um dos cenários;
6. Elabora-se um Histograma, dividindo os vários resultados por classes,
verificando-se aquela (classe) onde existe maior frequência de
resultados.

SR/JP 320
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.3 MÉTODOS PROBABILÍSTICOS
✓ MÉTODO DE SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO
Exemplo (retomando o exemplo anterior)
➢ Variáveis críticas
• O Preço de Venda;
• O CMVMV;
• O Gastos c/ Pessoal

Para simplificar, no exemplo seguinte é considerado:


➢Somente 5 cenários;
➢Limites às variações:
• Preços de Venda: valores aleatórios entre –10% e + 10%, em relação ao previsto;
• CMVMV: valores aleatórios entre – 5% e + 5%, em relação ao previsto;
• Os Gastos c/ Pessoal: valores aleatórios entre – 5% e + 5%, em relação ao
previsto).

SR/JP 321
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.3 MÉTODOS PROBABILÍSTICOS
✓ MÉTODO DE SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO
Exemplo anterior Valores obtidos aleatoriamente (com apoio do Excel)
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Vendas
Cenário 1 0 127.150 147.623 160.056 159.230 165.147
Cenário 2 0 115.863 170.165 145.159 163.677 172.260
Cenário 3 0 121.312 169.161 169.346 173.727 153.127
Cenário 4 0 119.052 162.867 173.660 170.571 145.512
Cenário 5 0 125.023 166.028 174.023 149.544 170.556
CMVMC
Cenário 1 0 29.863 30.911 33.422 30.784 32.937
Cenário 2 0 31.499 31.222 31.269 30.759 30.602
Cenário 3 0 29.233 30.982 33.000 31.939 32.904
Cenário 4 0 31.024 30.464 30.890 32.634 30.875
Cenário 5 0 30.426 29.707 30.878 32.003 32.413
Pessoal
Cenário 1 0 13.764 20.367 29.469 34.067 36.397
Cenário 2 0 14.503 20.052 29.938 35.087 36.284
Cenário 3 0 14.554 20.785 29.131 33.533 35.188
Cenário 4 0 13.417 20.057 29.864 33.593 33.720
Cenário 5 0 14.213 20.566 27.205 35.226 35.816

SR/JP 322
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.3 MÉTODOS PROBABILÍSTICOS
✓ MÉTODO DE SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO
Exemplo anterior Valores correspondentes a cada um dos cenários
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Vendas 0 127.150 147.623 160.056 159.230 165.147
Cenário 1 CMVMC 0 29.863 30.911 33.422 30.784 32.937
Pessoal 0 13.764 20.367 29.469 34.067 36.397
Vendas 0 115.863 170.165 145.159 163.677 172.260
Cenário 2 CMVMC 0 31.499 31.222 31.269 30.759 30.602
Pessoal 0 14.503 20.052 29.938 35.087 36.284
Vendas 0 121.312 169.161 169.346 173.727 153.127
Cenário 3 CMVMC 0 29.233 30.982 33.000 31.939 32.904
Pessoal 0 14.554 20.785 29.131 33.533 35.188
Vendas 0 119.052 162.867 173.660 170.571 145.512
Cenário 4 CMVMC 0 31.024 30.464 30.890 32.634 30.875
Pessoal 0 13.417 20.057 29.864 33.593 33.720
Vendas 0 125.023 166.028 174.023 149.544 170.556
Cenário 5 CMVMC 0 30.426 29.707 30.878 32.003 32.413
Pessoal 0 14.213 20.566 27.205 35.226 35.816

SR/JP 323
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.3 MÉTODOS PROBABILÍSTICOS
✓ MÉTODO DE SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO
Exemplo anterior Resultados correspondentes a cada um dos cenários
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 VAL (10%) TIR
Cash-flow de Exploração 0 64.226 75.676 77.082 69.159 63.777
Cenário 1 Cash-flow do investimento -152.000 - 64.420 -32.370 -1.730 - 430 +-27.950
Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -194 43.306 75.352 69.729 91.727 44.124 18,1%
Cash-flow de Exploração 0 53.979 92.585 67.172 72.498 70.947
Cenário 2 Cash-flow do investimento -152.000 -64.420 -32.370 -1.730 - 430 +-27.950
Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -10.441 60.215 65.442 72.068 99.897 49.071 18,6%
Cash-flow de Exploração 0 59.727 91.462 83.870 80.317 55.693
Cenário 3 Cash-flow do investimento -152.000 -64.420 -32.370 -1.730 - 430 +-27.950
Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -4.693 59.092 82.140 79.887 83.643 60.782 21,1%
Cash-flow de Exploração 0 56.792 87.676 89.888 77.383 52.604
Cenário 4 Cash-flow do investimento -152.000 -64.420 -32.370 -1.730 - 430 +-27.950
Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -7.628 55.306 87.158 76.953 80.554 54.834 20,0%
Cash-flow de Exploração 0 61.871 90.982 90.414 60.111 69.662
Cenário 5 Cash-flow do investimento -152.000 -64.420 -32.370 -1.730 - 430 +-27.950
Cash-flow Líquido do Projeto -152.000 -2.549 59.612 89.684 59.681 96.613 61.504 21,2%
Cash-flow Líquido do
Previsto -152000 -1337 45297 76728 68445 89617 44.261 18,10%
Projeto

SR/JP 324
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.3 MÉTODOS PROBABILÍSTICOS
✓ MÉTODO DE SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO
Notas Importantes:

No exemplo apresentado, para simplificar, foram considerados somente 5 cenários


(interações) e impostas limitações (percentagens) às variações dos valores de cada
uma das variáveis.

Para existir validade estatística, deve ser considerado um número


significativamente maior de valores aleatórios (alguns autores referem, no mínimo,
1.000).

As limitações (percentagens) às variações dos valores de cada uma das variáveis,


devem ter uma amplitude, em função da incerteza relativamente às variáveis
consideradas.

A elaboração de um histograma somente tem sentido com a utilização de um


número elevado de valores aleatórios (conforme exemplo no slide seguinte).

SR/JP 325
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

9. INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS


9.3 MÉTODOS PROBABILÍSTICOS
✓ MÉTODO DE SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO
Exemplo de um histograma elaborado com base em 1.000 cenários
Histogram
100 100%

90 90%

80 80%

70 70%

60 60%
Frequency

50 50%
Frequency
40 40% Cumulative %
30 30%

20 20%

10 10%

0 0%
Classe c/ maior frequência
Bin de resultados

SR/JP 326

Você também pode gostar