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EMPREENDEDORISMO

SUMÁRIO

1 Aspectos Históricos do Empreendedorismo (Unidade

I)...............................................2

2 O Processo Empreendedor (Unidade

II).........................................................................20

3 O Perfil Empreendedor (Unidade

III)...............................................................................38
UNIDADE I - ASPECTOS HISTÓRICOS DO EMPREENDEDORISMO

Conteúdo programático

● História do Empreendedorismo
● Empreendedorismo no Brasil
● Etimologia
● Conceituação
● Macro benefícios do Empreendedorismo

Objetivos

• Discutir o Empreendedorismo como comportamento frente às


novas tendências de mercado e de empregabilidade.

• Conhecer os principais conceitos ligados ao Empreendedorismo.


O surgimento do empreendedorismo no mundo

A história do empreendedorismo pode ser datada desde a pré-história.


Não é nenhuma surpresa que os nossos ancestrais já tinham talento como
empreendedores. Talvez não com esse nome, mas eles sabiam como
gerir recursos e fazer grandes negócios.

Sabe- se que as primeiras trocas comerciais começaram a partir da


agricultura, na qual o que sobrava poderia ser cambiado por produtos
de outros povos para complementar os seus bens. Não só isso, com o
passar do tempo, as civilizações conseguiram erguer maravilhas no
mundo todo, sejam os maias, incas e astecas no nosso continente, ou
então os chineses, egípcios e persas no resto do mundo, por exemplo.

Essas construções e descobertas são frutos das visões empreendedoras,


que resultam em bens culturais que guardamos até então e evoluíram no
mundo moderno.

Um bom tempo depois, por volta do século XVII, a noção formal de


empreendedorismo começou a avançar mais com o surgimento de
acordos entre a burguesia e o governo para a produção.

Esse mesmo grupo evoluiu com o decorrer da Revolução Industrial, que


foi quando de fato o empreendedorismo surgiu, a partir do início da
industrialização que ocorria por todo o mundo naquela época.

A 1ª Revolução Industrial, que ocorreu na Grã Bretanha, trouxe mudanças


para a sociedade ocidental; entretanto, essas mudanças ocorreram num
primeiro momento. Posteriormente, a industrialização atingiu e provocou
mudanças no Oriente, principalmente no Japão, na China e na Coréia.

Esse processo contou com o aperfeiçoamento da máquina a vapor, que


assegurou novo elemento energético superior a qualquer outro existente,
manifestando-se sobretudo na produção têxtil e metalúrgica. É a
passagem do sistema doméstico para o sistema de fábrica. E foi nesse
momento que cristalizou-se o capitalismo.
Enquanto antes se produzia para certo mercado, conhecido por pessoas
conhecidas, agora se produz para um mercado anônimo. Antes o artigo
era feito pelo artesão, uma pessoa, agora o é pela máquina ou por várias
pessoas que dividem as tarefas de modo a tornar o trabalho mais
racional e rentável. A produtividade do trabalho com a máquina é
evidentemente muito superior à do trabalho antigo. Altera-se
fundamentalmente o modo de produzir. Não prepondera mais a
produção domiciliar do artigo, o sistema artesanal, mas a existência da
fábrica, a agrupar até centenas de trabalhadores.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/revolucao-industrial-inglesa/
Fonte: https://conhecimentocientifico.r7.com/o-que-foi-a-revolucao-industrial-e-como-ela-
mudou-o-mundo/

Porém, a primeira noção que tivemos de empreendedorismo veio no


século XII com os franceses que criaram o termo a partir da palavra
“entrepreneur” que significa: “aquele que incentiva as brigas”. Esta
palavra deu origem, a palavra “entrepreneurship” (empreendedorismo
em inglês) que é um neologismo da palavra francesa. A literatura
estadunidense define entrepreneurship como a “capacidade e
disposição de desenvolver, organizar e gerenciar um novo negócio,
assumindo seus riscos com o intuito de gerar lucro”. O conceito surgiu
para diferenciar um empreendedor de um capitalista (o profissional que
fornecia capital). Assim diferenciados, o empreendedor se confundia
levemente com um administrador, a partir do ponto de vista econômico
pois nesse período da industrialização pelo mundo, as ações
desenvolvidas pelos empreendedores englobavam a organização e o
controle, confundindo os mesmos com administradores, engajando o
mesmo perfil até a divisão do trabalho e a época de urbanização, com
produção em série e máquinas produtivas.

No início de seu trabalho, o conceito era sobre um profissional que


possuía habilidades técnicas para produzir, colaborando no
desenvolvimento econômico com a transformação de recursos em
negócios lucrativos. Como um investidor, inovador e gestor, o
empreendedor logo teve seu aspecto expandido no mercado de
trabalho, tornando-se um profissional real, com intenções variadas e
amplos planejamentos. Rumo ao sucesso de carreira, o empreendedor
se fortaleceu em áreas diversas, tomando jovens e adultos numa jornada
altamente inventiva e diferenciada.

O empreendedorismo se desenvolveu como um serviço de criação


diferenciada e valorizada, que envolve dedicação de tempo, esforço,
assumida de riscos financeiros, psicológicos e sociais, além da
contribuição com as necessidades sociais e a busca pela satisfação
econômica.

Após a primeira guerra mundial, em 1918, a Organização das Nações


Unidas (ONU) promoveu uma grande campanha de fomento ao
empreendedorismo no continente europeu, com o objetivo de
reconstruir economicamente a Europa. Contudo, a maioria dos
empreendimentos criados por meio desse financiamento não obteve
sucesso, e a maior parte do dinheiro empregado foi desperdiçado. Em
1939 foi iniciada a segunda guerra mundial, que terminou em 1945, e
novamente a Europa foi duramente castigada e destruída. Com isso, a
ONU realizou uma pesquisa com empreendedores de sucesso para
levantar comportamentos em comum entre eles, e então utilizou o
resultado da pesquisa para criar um programa de formação de
empreendedores.

O surgimento do empreendedorismo no Brasil

Quando a primeira Revolução Industrial Europeia chegou ao Brasil, trouxe


consigo a necessidade de construção das principais infraestruturas de
transporte e escoamento de mercadorias. Nesse contexto, um
personagem despontou: Irineu Evangelista de Sousa, também conhecido
como Barão de Mauá. O Barão de Mauá é conhecido por seus inúmeros
projetos comerciais, como a fabricação de engenhos de açúcar e
projetos mais inovadores para a época. Por exemplo, a primeira ferrovia
brasileira, localizada em Magé no estado do Rio de Janeiro. Além dela,
o Barão de Mauá também inaugurou a primeira rodovia pavimentada
do país, entre Petrópolis e Juiz de Fora, em 1856.
Fonte: http://www.negociosemmovimento.com.br/artigos/os-desafios-do-empreendedorismo-
no-brasil/

Com o passar dos anos, vários empreendedores deixaram sua marca na


história brasileira. Os anos 90, período pós-ditadura e com a abertura
econômica, também foram muito importantes para o país. Ocorreu a
entrada de capital estrangeiro e o aumento da competitividade, e foi
assim que a cultura empreendedora cresceu no Brasil.

Porém, as primeiras incubadoras do país surgiram com um atraso de


meros 40 anos em relação à primeira experiência nos Estados Unidos,
após a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque (1929). O Brasil estava
numa década um tanto quanto conturbada, pois ocorria a Revolução
de 30, seguida da Revolução Constitucionalista em 1932 e a
convocação da Assembleia Constituinte, sendo em 1934 promulgada a
nova Constituição. Por isso, foi impossível acompanhar os
acontecimentos inovadores do cenário corporativo mundial. As primeiras
incubadoras do país surgiram então, alcançando um crescimento
significativo por aqui apenas na década de 90.

Segundo Dornelas (2008), o papel do empreendedor foi e sempre será


fundamental para sociedade. Portanto, pode-se dizer que o
empreendedorismo não é um modismo e sim uma mudança
tecnológica, pois elimina barreiras comerciais, culturais, encurta
distâncias, globaliza e renova conceitos econômicos, cria relações e
novos empregos quebram paradigmas e geram renda para a
sociedade.
Desde o surgimento do empreendedorismo no Brasil e de acordo com
fontes IBGE, o país vem se destacando como um país empreendedor e
nos últimos anos esta atividade foi estimulada pela crise financeira e pela
alta taxa de desemprego. Em 2015, no relatório anual do GEM foi
destacado que a taxa de empreendedorismo (TTE) foi de 39%
comparada com a TTE de 2014 que foi de 34,4%.

No Brasil em 2012, 14,4 milhões de pessoas estavam envolvidas com


alguma atividade empreendedora, ou seja, um em cada sete brasileiros
que têm entre dezoito e sessenta e quatro anos de idade está abrindo
negócio próprio. O Brasil tem uma taxa de empreendedorismo
(porcentagem de 36 pessoas que abrem a própria empresa em relação
à população economicamente ativa) maior do que a média mundial:
13,5% contra 12%%, (SCHLINDWEIN, 2004, apud IBQP, 2002, p. 1).

Atualmente no Brasil, o empreendedorismo está no auge, ou seja, pode


ser classificada como a era do empreendedorismo, Oliveira (1995) faz
referências a uma das razões que justificam o aquecimento da atividade
empreendedora no Brasil. No gráfico a seguir demonstra a evolução do
empreendedorismo no Brasil entre 2002 – 2015.

Gráfico – Evolução das taxas* de empreendedorismo Brasil 2002:2015.


Fonte: GEM Brasil 2015

O espírito empreendedor vem sendo reconhecido mundialmente até


mais do que países como Canadá, Estados Unidos, Itália e França.
Segundo Oliveira (1995) mesmo que não pareça o apoio à atividade
empreendedora por órgãos governamentais e privados está bem
difundida no Brasil, porém apesar de todo apoio e incentivo a taxa de
mortalidade destes pequenos negócios é bem significativa.
No Brasil existe outra razão, tão ou mais importante, pela qual o
empreendedor nos negócios passou a ser uma opção procurada pelos
indivíduos em geral, tenha ou não alguma qualificação profissional: a
falta de emprego! Durante os anos 80, a “década perdida”, um número
assustadoramente grande de pessoas perdeu o emprego e teve que “se
virar” para sobreviver por meio de subempregos, "bico", trabalhos
temporários, negócios próprios, atividades informais etc. (OLIVEIRA, 1995,
p. 47).

Etimologia

Fonte: https://revistafranquia.com.br/?p=766

Empreendedorismo são as atividades que envolvam, de alguma forma,


a criação de riquezas, quer pela inovação em áreas como
mercadologia, produção, organização, etc., quer pela transformação
de conhecimentos em novos produtos ou serviços, quer pela alteração
de processos produtivos ou administrativos já existentes (DOLABELA,
2008).

O conceito "Empreendedorismo" foi popularizado pelo economista


Joseph Schumpeter, em 1945, como a base de sua teoria da Destruição
Criativa. Segundo Schumpeter, o empreendedor é alguém versátil, que
possui as habilidades técnicas para saber produzir, e capitalista, que
consegue reunir recursos financeiros, organizar as operações internas e
realizar as vendas da sua empresa. Contudo, uma das definições mais
aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso Robert D. Hisrich, em seu livro
“Empreendedorismo”. Segundo ele, "o empreendedorismo é o processo
de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e esforço
necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais
correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da
satisfação econômica e pessoal".

A palavra Empreendedorismo pode estar relacionada com as seguintes


questões:

● Geração do auto emprego (trabalhador autônomo).

O empreendedorismo e o autoemprego possuem em comum a busca


pela liberdade e autonomia profissional. Porém, enquanto no auto
emprego o profissional trabalha com liberdade, mas mantém as mesmas
atividades que tinha quando era empregado, o empreendedor é um
investidor de ideias e negócios. Com perfil inquieto e que não se
conforma com resultados aquém do seu objetivo, ele sabe delegar
funções e está sempre se cercando de pessoas capazes de realizar um
trabalho de excelência, em prol do desenvolvimento da empresa que
está formando, não importa o tamanho.
Fonte: https://samadhidigital.com.br/o-que-e-produtor-digital/

Ambos não estão protegidos pelos direitos trabalhistas e abriram mão do


décimo terceiro salário, das férias, vale refeição e carga horária pré-
determinada, para desbravarem um caminho mais árduo e sem
garantias. Cada um traça o caminho que é mais adequado ao seu
próprio perfil pessoal, fazendo com que o mercado se renove ainda mais.

● Empreendedorismo comunitário

O empreendedorismo comunitário ou social é uma forma de


empreendedorismo que tem como objetivo principal produzir bens e
serviços que beneficiem a sociedade local e global, com foco nos
problemas sociais e na sociedade que os enfrenta mais proximamente.
Esse tipo de empreendedorismo ocorre quando uma comunidade
desencadeia ações empresariais com vista a alcançar um resultado
comum e partilhado pelos membros dessa comunidade. Nessas
circunstâncias existe um grupo de pessoas, famílias e organizações
variadas (empresas, autarquias, associações diversas, etc.) que
constituem uma comunidade e partilham em rede um mesmo local.
Unem-se no esforço de alcançar algum propósito comum.
Fonte: https://colletive.duopana.com/blog/o-que-e-o-programa-de-empreendedorismo-social-
comunitario

O empreendedorismo comunitário oferece a possibilidade de uma rede


de pessoas e organizações da comunidade local desencadear ações de
natureza empresarial. Articulando recursos diversos e dispersos, estas
ações permitem suprir algumas das necessidades sentidas nesse local,
seja num concelho, numa freguesia, num bairro ou numa rua, visando as
necessidades que se sentem num espaço próprio onde existe uma
comunidade de interesses.

Quando se fala de Empreendedorismo social, busca-se um novo


paradigma. “O objetivo não é mais o negócio do negócio [...] trata-se,
sim, do negócio do social, que tem na sociedade civil o seu principal foco
de atuação e na parceria envolvendo comunidade, governo e setor
privado, a sua estratégia.” (MELO NETO E FROES, 2001).

● Intraempreendedorismo (o funcionário empreendedor).


O intraempreendedorismo consiste em encontrar oportunidades de
empreender e inovar dentro da própria empresa, aproveitando os
colaboradores que se interessam por empreendedorismo, criatividade e
inovação. Com o apoio do negócio, eles podem desenvolver novos
produtos, serviços ou processos. A ideia é que os colaboradores tenham
liberdade para inovar e experimentar e que ajam como se a empresa
fosse deles, de maneira proativa, criativa e inovadora. Ou seja, como
empreendedores.

O termo é creditado ao empreendedor, autor e inventor norte-


americano Gifford Pinchot III. Em 1978, ele e sua esposa, Elizabeth Pinchot,
escreveram um artigo utilizando a palavra pela primeira vez. Mais tarde,
em 1985, ele lançou o livro “Intrapreneuring: Why You Don’t Have to Leave
the Corporation to Become an Entrepreneur'' para aprofundar o conceito.

Fonte: https://topservicetur.com.br/intraempreendedorismo-entenda-o-que-e-e-por-que-
incentiva-lo/
O intraempreendedorismo é, também, uma maneira de promover a
inovação dentro da empresa.

Políticas públicas para o setor (Leis, financiamentos e normas).

Apesar de o mercado brasileiro de startups ainda estar em fase de


consolidação, já existe uma série de iniciativas, conjuntos de programas
e aparatos legais fomentados em âmbito federal, estadual e municipal
para assegurar direitos e apoiar quem está entrando agora no universo
do empreendedorismo.

Fonte: https://fce.edu.br/blog/politicas-publicas-do-brasil-colonia-aos-dias-atuais-um-percurso-
historico/

“Temos uma série de políticas públicas e público-privadas que dão


suporte ao empreendedor, mas muitos jovens não têm acesso a essa
informação”, afirma Diego Silva, porta-voz da Secretaria Nacional de
Juventude e coordenador do Plano Nacional de Empreendedorismo e
Startups para Juventude. “Nosso objetivo é fortalecer e difundir esses
programas, fazendo a articulação para que essas informações cheguem
a todas as partes”.

Algumas políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo no Brasil


são:

1. InovAtiva

O InovAtiva Brasil foi criado em 2013 pelo Ministério da Economia, sendo


idealizado e articulado para se tornar uma ferramenta de gestão pública
que realiza aceleração, conexão, visibilidade e mentoria para startups
em todo o território nacional.

Em 2016, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas


(Sebrae) somou esforços com o Ministério da Economia e se tornou
correalizador, trazendo capilaridade nas ações do programa pelo país.
Atualmente, o programa é coordenado pela Secretaria Especial de
Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia e
pelo Sebrae.

2. StartOut

StartOut Brasil é um programa de apoio à inserção de startups brasileiras


nos mais promissores ecossistemas de inovação do mundo. Até 20
startups com potencial de internacionalização são selecionadas, por
ciclo de imersão, e têm acesso, gratuitamente, às atividades de:
Consultoria especializada em internacionalização, mentoria com
especialistas no mercado de destino e treinamento de pitch;
Participação em missão com agenda voltada à prospecção de clientes
e investidores e à conexão a ambientes de inovação, com visitas a
aceleradoras, incubadoras e empresas locais; seminário de
oportunidades; rodada de reuniões com prestadores de serviços;
encontros organizados por matchmaker e demo day para investidores;
Apoio pós-missão para definição da sua estratégia de
internacionalização e/ou softlanding no mercado-alvo.

3. StartUp Brasil

O Start-Up Brasil, Programa Nacional de Aceleração de Startups, é uma


iniciativa do governo federal, criado pelo Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), com gestão da Softex
e em parceria com aceleradoras, para apoiar as empresas nascentes de
base tecnológica – as startups.

As startups cumprem com a função de continuamente revitalizar o


mercado, mas precisam de um ambiente propício para que se
desenvolvam e tenham sucesso. A figura da aceleradora surge nesse
contexto como um agente fortemente orientado ao mercado,
geralmente de origem privada e com capacidade de investimento
financeiro, que tem a função de direcionar e potencializar o
desenvolvimento das startups. O programa funciona por edições com
duração de um ano. Em cada edição são lançadas até duas chamadas
públicas, uma para qualificar e habilitar aceleradoras e outra para a
seleção de startups, com rodadas semestrais.

4. FINEP StartUp

Já o programa lançado pelo instituto FINEP (Empresa Brasileira de


Inovação e Pesquisa) Tem por objetivo apoiar a inovação em empresas
nascentes intensivas em conhecimento, cobrindo o gap de apoio e
financiamento existente entre aportes feitos por programas de
aceleração, investidores-anjo e ferramentas de financiamento coletivo
(crowdfunding) e aportes feitos por fundos de Seed Money e Venture
Capital.

Com o Finep Startup, a Finep pretende:

• Fortalecer o Sistema Nacional de CT&I por meio de apoio a um


segmento empresarial de alto dinamismo tecnológico;
• Disponibilizar recursos financeiros e conhecimento para empresas com
alto potencial de crescimento e retorno;
• Promover o crescimento do mercado de capital semente no Brasil; e
• Estimular o investimento privado por meio de investidores-anjos.

5. ENIMPACTO

Em 2017, a Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto


conseguiu, por meio de um acordo de cooperação com o MDIC, a
assinatura do decreto presidencial nº 9.244 para a criação da Estratégia
Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (ENIMPACTO).
A Estratégia visa promover o engajamento de órgãos do governo, setor
privado e sociedade civil na consolidação de uma articulação entre
esses diferentes atores para o fortalecimento de um ambiente favorável
ao desenvolvimento de empreendimentos que gerem transformação
social.

6. SEED

Embora seja um programa local de incentivo ao empreendedorismo, as


oportunidades oferecidas pela aceleradora do governo estadual de
Minas Gerais se estendem para empreendimentos no mundo inteiro que
queiram desenvolver seus negócios no estado brasileiro. O Startups and
Entrepreneurship Ecosystem Development (SEED) é mantido pela
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior (SEDECTES) e tem como objetivo transformar Minas Gerais no
maior polo de empreendedorismo e inovação da América Latina. O SEED
dura seis meses e abriga 40 startups, que recebem capital semente. A
participação está aberta a brasileiros e estrangeiros (naturalizados ou
que possam ficar no país para participar de todo o programa), ter idade
mínima de 18 anos e formar uma equipe de 2 a 3 empreendedores.

7. Minha Primeira Empresa

É também uma iniciativa regional em expansão. Idealizado pela


Federação das Associações de Jovens Empresários e Empreendedores
(FAJE) de Goiás, o programa tem como diferencial o apoio, capacitação
e acompanhamento de empreendedores em fase inicial, que não
necessariamente tenham uma empresa, mas possuam boa iniciativa. Em
2014, o Minha Primeira Empresa foi oficializado pela CONAJE e passou
para uma fase de estudo para expansão do modelo para outros estados.
Os participantes, selecionados por meio de edital, contam com
capacitação, mentoria, captação de recursos e acompanhamento
durante dois anos após o fim do período de aceleração.

Modismo x alternativa para o desenvolvimento

O modismo ou uma moda passageira é qualquer forma de


comportamento que é intensamente seguida por uma população por
um curto período de tempo. O comportamento aumentará
relativamente rápido e cairá na mesma proporção uma vez que a
percepção da novidade tenha desaparecido. Muitas empresas são
lançadas no improviso, no calor do momento, na onda da moda.

Fonte: https://www.ideiademarketing.com.br/2017/07/13/inovacao-x-modismo-e-preciso-
entender-a-diferenca-para-empreender-de-forma-positiva/

Para construir uma empresa que cresce e dura, é preciso primeiro


identificar um problema real, verificável e generalizado com soluções
insatisfatórias, inexistentes ou que podem ser drasticamente aprimoradas.
Modismos e tendências têm um valor real para estratégias empresariais,
mas a compreensão da diferença pode ser necessária para a
sobrevivência e se transformar em uma alternativa de desenvolvimento.
Ignorar tendências pode significar que empresas serão forçadas a se
adaptar mais tarde e estarão necessariamente atrasadas, ou,
simplesmente, entrará para estatística e desaparecerá.

A contribuição do empreendedorismo

O empreendedorismo tem um impacto positivo para a economia de


qualquer país e, quando isso é feito de forma correta, com
conhecimento e curso de gestão, maiores são as chances do
empreendedor contribuir para uma melhora na economia, geração de
empregos e inovação para o mercado. Alguns dos principais benefícios
do empreendedorismo são:
Soluções de problemas

O papel do empreendedorismo é inovar ao criar soluções para


problemas sociais. Sendo assim, muitos empreendimentos são essenciais
para a sociedade, pois impactam positivamente na vida da população.

Geração de renda

Tanto as pequenas quanto as grandes empresas conseguem promover


a geração de renda local, principalmente em pequenas cidades. Elas
são essenciais para que a economia local consiga se desenvolver e
prosperar.

Desenvolvimento da economia

As nove milhões de micro e pequenas empresas, por exemplo,


representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) no país, segundo pesquisa
do Sebrae. Isso significa que o empreendedorismo, mesmo o de micro e
pequenas empresas, têm um potencial gigante para promover o
desenvolvimento econômico do país.

Criação de novos postos de emprego

O empreendedorismo também é fundamental para abrir novos postos


de trabalho no mercado. Quando o governo investe em
empreendedorismo para pequenas e médias empresas, ele está
promovendo a geração de empregos.

Saiba mais

Sugestão de leitura:

DOLABELA, Fernando. O segredo de Luisa: uma idéia, uma paixão e um


plano de negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma
empresa. 30. ed. São Paulo: Cultura, 2008.
SEBRAE. 50 histórias para inspirar a sua jornada empreendedora.
Disponível em: <https://cutt.ly/Ln5C9qh> Acesso em 24 de Junho de 2021.
SEBRAE. Qual o seu perfil empreendedor? Faça o teste. Disponível em:
<https://cutt.ly/Hn5Vsv7> Acesso em 24 de Junho de 2021.

Indicação de Filmes:

Joy: o nome do sucesso.


Direção: David O. Russell
Onde assistir: Disney +

REFERÊNCIAS

COUTINHO, Thiago. Como surgiu o empreendedorismo e 6 formas de ser


um empreendedor. Voitto, 2019, Disponível em:
https://www.voitto.com.br/blog/artigo/empreendedorismo-o-que-e.
Acesso em: 20, Julho, 2021

ALVERGA, Carlos Frederico Rubino Polari de. A revolução industrial da Grã


Bretanha. Jus, 2018. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/67677/a-
revolucao-industrial-na-gra-bretanha. Acesso em: 20, Julho, 2021

SOUZA, Ivan de. Conheça a história do empreendedorismo e como ele


revolucionou o mundo dos negócios. Rockcontent, 2020. Disponível em:
https://rockcontent.com/br/blog/historia-do-empreendedorismo/.
Acesso em: 20, Julho, 2021

Autor desconhecido. Empreendedorismo–Ousar é preciso!. OPA!


(Organização para o aprendizado), 2017. Disponível em:
http://www.muitaopanessahora.com.br/empreendedorismo-ousar-e-
preciso/. Acesso em: 20, Julho, 2021.

CONTEZINI, Diego. Conheça a história do empreendedorismo no Brasil.


Asaas blog, 2021. Disponível em: https://blog.asaas.com/conheca-a-
historia-do-empreendedorismo-no-brasil/. Acesso em: 20, Julho, 2021.

Autor desconhecido. Entenda o conceito de autoemprego e suas


principais características. Mundo carreira, 2018. Disponível em:
http://mundocarreira.com.br/plano-de-carreira/entenda-o-conceito-
de-autoemprego-e-suas-principais-caracteristicas/. Acesso em: 20, Julho,
2021.

EIRIZ, Vasco. EMPREENDEDORISMO COMUNITÁRIO. Vasco Eiriz, 2011.


Disponível em: http://www.eiriz.org/2011/04/empreendedorismo-
comunitario.html?m=1. Acesso em: 20, Julho, 2021.

JÚNIOR, Edy Ney da Silva. Empreendedor comunitário. Edy Ney da Silva


Junior, 2008. Disponível em:
https://sites.google.com/site/edyneydasilvajunior/empreendedorismo/ti
posdeempreendedores/empreendedor-comunitario. Acesso em: 20,
Julho, 2021.

Autor desconhecido. Intraempreendedorismo: o que é? Quais os


benefícios? Como fazer?. DISTRITO, 2021. Disponível em:
https://distrito.me/intraempreendedorismo/. Acesso em: 18, Julho, 2021.

Autor desconhecido. ENIMPACTO. Gov.br, 2021. Disponível em:


https://www.gov.br/produtividade-e-comercio-exterior/pt-
br/assuntos/inovacao/enimpacto. Acesso em: 19, Julho, 2021.

FINEP. Finep Startup, Finep, 2020. Disponível em:


http://www.finep.gov.br/apoio-e-financiamento-externa/programas-e-
linhas/finep-startup. Acesso em: 20, Julho, 2021
STARTUP. O programa. Start-Up Brasil, 2021. Disponível em:
https://www.startupbrasil.org.br/sobre_programa/. Acesso em: 19, Julho,
2021.

STARTOUT O que é o Startout Brasil. Startout Brasil, 2021. Disponível em:


https://www.startoutbrasil.com.br/sobre/. Acesso em: 19, Julho, 2021.

INOVATIVA. Sobre o Inovativa Brasil. Inovativa Brasil, 2021. Disponível em:


https://www.inovativabrasil.com.br/. Acesso em: 17, Julho, 2021.

MESCLA. Tendência x Modismo: Conceitos que podem (ou não) definir o


sucesso da sua empresa. Mescla.yo, 2018. Disponível em:
https://mescla.co/2018/04/11/tendencia-x-modismo-conceitos-que-
podem-ou-nao-definir-o-sucesso-da-sua-empresa/. Acesso em 20, Julho,
2021.

LEAL, Adriana Pinheiro. A Importância do Empreendedorismo para o


Desenvolvimento Econômico no Brasil. Revista Científica Multidisciplinar
Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 01, pp. 115-135, Agosto de
2018. ISSN:2448-0959

DOLABELA, Fernando. O segredo de Luisa: uma idéia, uma paixão e um


plano de negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma
empresa. 30. ed. São Paulo: Cultura, 2008.

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