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HISTÓRIA ANTIGA I
Recife
2024
1- INTRODUÇÃO
2 - MÉTODO
Para formular os aspectos que serão abordados nesta resenha, foram feitas anotações
sobre os pontos principais que os documentários transmitem, bem como referências às
citações feitas pelos pesquisadores durante as obras. Após isso, as informações serão
sintetizadas no texto a seguir, com o intuito de tecer uma crítica, assim como também
apontar as mais fundamentais semelhanças e diferenças.
3 – RESUMO
Salvo em períodos de forte agitação social, o Egito era, em maior parte do tempo, um
governo centralizado. A religião politeísta possuía deuses que representavam as forças
da natureza (Rá = Sol; Anubis = Morte; Aton = Luz; Amon = Deus dos Deuses, etc).
Aspectos religiosos também envolviam a presença de figuras antropozoomórficas (meio
humana, meio animal), frequentemente usados como elementos legitimadores do
governo de um Faraó – usualmente esculpidos posando junto com esses elementos -
visto que isso significava que tal governo era validado pelos deuses. É também
mencionado no documentário que este fenômeno social também foi presente nos
impérios europeus das eras seguintes.
Fonte: Pinterest
Entretanto, assim como diversas crenças que perduram até hoje, o mito da criação
também é presente na cultura egípcia. Resumidamente, nela dizia que o Caos
predominava no mundo, até que Áton sai de dentro de um ovo, e Rá dá à luz a terra.
Muitos faraós durante o longo percurso do Egito incorporavam o nome das divindades
que eles adoravam aos seus próprios nomes, afirmando ser descendentes direto delas,
como por exemplo, Akenaton e Tutankâmon.
Fonte: O Globo
No que tange as mulheres, a obra destaca o grande peso que exerciam nos campos
políticos e sobretudo religioso, por exemplo, as Esposas de Amon, que tinham a tarefa
de cuidar das necessidades da divindade na terra. Regine Schulz fala “Durante a XXVª
dinastia, sob domínio dos reis núbios, elas desempenharam um papel crucial. Elas eram
filhas de reis, e sua importância alcançaria o apogeu no império tebano. Como Esposas
de Amon, elas tinham não somente relevância religiosa, mas também política. O poder
delas era incrível, e pode ser equiparado ao dos líderes religiosos modernos. Sua enorme
influência tanto na religião, quanto na política, não deve ser subestimada de jeito
nenhum”. O audiovisual também evidencia Nefertari, escriba e esposa de Ramsés II. Ela
foi uma grande influencia na política das relações exteriores do Kemet, tendo auxiliado
diretamente na criação do primeiro tratado de paz entre os hititas e os egípcios.
Perto do final, a obra foca no declínio do império egípcio, com as crescentes invasões
persas no século V a.C, e alexandrinas no século III a.C., que puseram um fim ao
longínquo Antigo Egito. Primeiramente, aborda rapidamente a invasão persa e seus
impactos na cultura, como a mudança do meio de transporte do burro para o camelo, e
melhorias na infraestrutura hidráulica. No que diz respeito a invasão de Alexandre, sua
maior consequencia foi a construção da cidade portuária de Alexandria, que trouxe
novas agitações multiculturais ao tão antigo Egito. Também é útil destacar a criação de
novos deuses, como um sincretismo entre as crenças egípcias e gregas. A morte de
Alexrandre, e a divisão do seu império entre os generais resultou no que viria a ser a
última dinastia do Kemet, a dinastia de Ptolomeu.
Outro assunto que é indispensável abordar quando se trata sobre o Egito, é a figura
enigmática de Cleopatra, a última faraó. Com sua inteligência e perspicácia, Cleopatra
seduziu os imperadores romanos Julio Cesar e Marco Antonio para conseguir recuperar
a autonomia do povo egípcio, que estava sob ameaça dos romanos. Após obter sucesso,
e governar brevemente o Egito final, sua imagem mundo afora era de uma prostituta.
Por muitos séculos, sua figura fora resumida a como a de uma messalina. Contudo, toda
a história do Kemet antigo morre um pouco quando Cleopatra comete suicídio, após ser
ameaçada por Otaviano, filho de Marco Antonio. Logo após a morte da última faraó, o
que era uma vez um império forte, imponente e acima de tudo, longevo, viraria uma
província do vasto e novo império romano.
Fonte: Wikipédia
Por fim, o documentário pincela brevemente sobre a Núbia, hora importante parceiro
comercial do Egito, hora inimigo militar. É provável que o ouro utilizado no dia a dia da
realeza tenha sido originado de lá. O povo núbio não deixou muitos registros escritos.
Começando com shots do que se assemelham ao Jardim do Éden, numa honrosa menção
ao título do filme, o documentário aborda a Mesopotâmia numa perspectiva
decrescente, da história mais recente do período antigo (Babilônia), passando pelo
período médio (Assíria), e finalizando com o mais primitivo (Suméria). Sua descrição
dos babilônicos se limita a assimilações com os livros da bíblia, onde informam sobre
passagens que se situaram nas terras entrerrios, e uma rápida menção ao Código de
Hammurabi. Interrompendo abruptamente, o assunto muda para os Assírios, onde é
brevemente mencionado seus métodos violentos de guerra e sua rica ourivesaria, além
de passear brevemente sobre a tirania, porém novamente sendo interrompido na metade.
Contudo, os Sumérios tomam conta do documentário, nos últimos 15 minutos de tela,
que começam abordando a primeira obra literária já achada: a Epopeia de Gilgamesh. O
poema, que precede a bíblia por mais de dois mil anos, muito se assemelha a parábola
da Arca de Noé e do Dilúvio.
Finaliza descrevendo Bahrain, o que seria o “Paraíso na Terra”, que muito se parece
com a ideia do Éden, com rica fauna e flora e rodeada de água, e por ser uma ilha,
diferentemente do deserto onde se encontra a Mesopotâmia. O shot final é o mesmo que
o inicial.
4 – SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
Tendo como fonte os dois documentários para análise de semelhanças e diferenças entre
a sociedade egípcia e sumeriana, é necessário pontuar o contraste entre a quantidade de
informações trazidas pelas duas fontes, visto que uma possui 4hrs de duração, e a outra,
meros 15 minutos. No entanto, trarei algumas informações que também foram
fornecidas nas aulas.
5 – CRÍTICAS
Novamente, dentro dessa perspectiva, boa parte dos pesquisadores trazidos também são
em sua maioria, brancos e europeus. Salima Ikram, e Tarik Tawfik são uns dos poucos
nativos que estão presentes contando sua própria história. É importante delegar aos
africanos, e mais especialmente, aos egípcios, o domínio de sua própria história, e
sobretudo, o conhecimento sobre sua cor.
REFERÊNCIAS
https://www.youtube.com/watch?v=eUGt_7Q-HeA
https://youtube.com/playlist?
list=PLAr322Yg8UkDxwlEIgvRqXgxsB2xl5zmI&si=mLZUg4MUR-4BQzlk