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Índice

Introdução................................................................................................................................4
Modelo de Mundell-Fleming....................................................................................................5
Componentes IS-LM:...............................................................................................................5
Componente BP (Balança de Pagamentos):.............................................................................5
Deslocamento da curva LM:....................................................................................................5
O modelo IS-LM:.....................................................................................................................6
Efeitos de um aumento de impostos:........................................................................................7
O Balanço de Pagamentos – BP:..............................................................................................7
Estrutura e principais componentes do BP:..............................................................................8
Política econômica numa economia aberta:..............................................................................9
Conclusão...............................................................................................................................12
Referencias Bibliográficas.....................................................................................................13
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Introdução

Neste presente trabalho iremos abordar sobre uma das mais famosas teorias
Macroeconómicas, essa mesma teoria é designada como o Modelo Mundell-Fleming, e
a partir desta descreveremos algumas descrições detalhadas do modelo e os seus
componentes. Neste contexto vamos abordar sobre os componentes IS-LM, que é
responsável pela análise da determinação do produto ou renda e da taxa de juros em
uma economia fechada, e sobre o componente BP (Balança de pagamentos) que é
responsável pela análise da determinação da taxa de câmbio em uma economia aberta, e
também vamos falar da estrutura e principais componentes do BP, e também é
apresentada a política numa economia aberta.
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Modelo de Mundell-Fleming

No livro “Economia Internacional: Teoria e Politica”, Krugman e Obsfeld descrevem o


Modelo Mundell-Fleming como uma estrutura analítica que integra a teoria do mercado
de bens e a teoria do mercado de ativos (ou câmbio) para analisar a política
macroeconómica em uma economia aberta. Eles destacam como o modelo examina os
efeitos das políticas monetárias e fiscais em uma economia sujeita a choques externos.

Aqui está uma descrição detalhada do modelo e seus componentes:

Componentes IS-LM:

O modelo IS-LM analisa a determinação do produto (renda) e da taxa de juros em uma


economia fechada. A curva IS mostra todas as combinações de produto e taxa de juros
onde o investimento é igual à poupança. A curva LM mostra todas as combinações de
produto e taxa de juros onde a demanda por moeda é igual à oferta de moeda. No
contexto do Modelo Mundell-Fleming, o componente IS-LM representa a economia
doméstica, sem considerar o sector externo.(Blanchard & Johnson, 2012)

Componente BP (Balança de Pagamentos):

A teoria do mercado de câmbio, ou BP, analisa a determinação da taxa de câmbio em


uma economia aberta. Ela considera como as políticas monetárias e fiscais de um país
afetam a demanda e a oferta de sua moeda estrangeira, e consequentemente, sua taxa de
câmbio. (Blanchard & Johnson, 2012)

A relação IS vem da condição de que a oferta de bens deve ser igual â demanda por
bens. Ela nos monstra como a taxa de juros afeta o produto, por sua vez, afeta a taxa de
juros. Agora combinamos as relações IS e LM. Em qualquer instante, a oferta de bens
deve ser igual à demanda por bens, e a oferta de bens deve ser igual à demanda por
bens, e a oferta de moeda deve ser igual à demanda por moeda. As relações IS e LM
devem valer. Juntas, elas determinam o produto e a taxa de juros:

Relação IS ; Y = C (Y-T) + 1 (Y.i) + G

M
Relação LM: = YL (i)
P

Deslocamento da curva LM:

Um aumento da moeda faz com que a curva LM se desloque para baixo.


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O modelo IS-LM:

O equilíbrio do mercado de bens implica que um aumento da taxa de juros leva a uma
diminuição do produto. Isso é representado pela curva IS. O equilíbrio dos mercados
financeiros implica que um aumento do produto leva a um aumento da taxa de juros.
Isso é representado pela curva LM. Somente no ponto A, que está nas duas curvas, é
que o mercado de bens e os mercados financeiros alcançam o equilíbrio. (Blanchard &
Johnson, 2012)

Isso significa que o ponto A, com níveis correspondentes de produto Y e de taxa de


juros i, constitui o equilíbrio geral, ou seja é o ponto em que há equilíbrio tanto do ,
mercado de bens como dos mercado financeiros. (Blanchard & Johnson, 2012)
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As relações IS e LM mostradas na segunda figura contêm muitas informações sobre


consumo, investimento, demanda por moeda e condições de equilíbrio. O modelo IS-
LM utilizado de maneira correcta ela nos permite estudar o que acontece com o produto
e com a taxa de juros quando o Banco Central decide aumentar o estoque de moeda. Ou
quando o Governo decide aumentar os impostos, ou quando o consumidor se torna mais
pessimista sobre o futuro. (Blanchard & Johnson, 2012)

Efeitos de um aumento de impostos:

Um aumento de impostos desloca a curva IS para a esquerda e leva uma diminuição do


nível do produto de equilíbrio e da taxa de juros de equilíbrio. (Blanchard & Johnson,
2012)

O Balanço de Pagamentos – BP:

O BP é caracterizado por dois fluxos básicos de entradas contábeis. De um lado, são


computados os registros dos créditos relativos aos ganhos de atividades internacionais
realizados pelas famílias, firmas e o governo. De outro lado, são registrados os débitos
relativos aos gastos realizados no exterior. Segundo os princípios da contabilidade de
partidas dobradas, cada crédito deve corresponder a um débito. Cada gasto com a
aquisição de bens estrangeiros deve ser financiado por meio do registro de um crédito.
(Mata, 2018)
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Estrutura e principais componentes do BP:

A estrutura do BP se compõe das seguintes contas: a) Conta Corrente ou Balança de


Transações Correntes; b) Movimentos de Capitais Autônomos ou Fluxo de Capitais; c)
Erros e Omissões ou Discrepâncias Estatísticas; d) Movimentos de Capitais
Compensatórios. (Mata, 2018)

a) Conta Corrente ou Balança de Transações Correntes: Balança de Transações


Correntes resume todas as transações realizadas em termos das exportações e
importações de mercadorias e serviços. A Conta corrente se desdobra em outras
duas contas, conforme a natureza ou categoria dos bens transacionados entre um
país e o resto do mundo. Assim, podemos considerar a Balança Comercial que
resume apenas as categorias relativas às mercadorias exportadas e importadas.
Quando o resultado entre exportações e importações de bens for positivo, se diz
que a balança comercial registrou saldo positivo ou que a balança comercial foi
superavitária. É importante que o país persiga metas de equilíbrio ou de
superávit comercial. Do contrário, quando o valor das importações de
mercadorias excederem o valor das exportações, dizemos que o balança
comercial se mostrou defi citária, o que não é muito favorável, a não ser que
esse défi cit seja fi nanciado por alguma outra fonte de entrada de capitais. O
segundo componente da Conta Corrente é a Balança de Serviços. A Balança de
Serviços agrupa categorias especiais de serviços, chamadas de serviços não
fatores, ou seja, são serviços completos e já acabados, diferentemente dos
serviços dos fatores de produção. Os itens que fazem parte da balança de
serviços são os serviços financeiros, serviços de seguros, serviços de transporte,
dividendos e juros ganhos pelas famílias nacionais com aquisição de ativos
estrangeiros e juros e dividendos pagos aos residentes no exterior com aquisição
de ativos nacionais.
Finalmente, o terceiro componente da Conta Corrente são as Transferências
Unilaterais, onde se registram os pagamentos de transferências privados e
governamentais entre países. São exemplos de transferências governamentais, a
ajuda aos países estrangeiros, pagamentos de serviços consulares, dentre outros.
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b) Movimentos de Capitais Autônomos ou Fluxo de Capitais: São registros de


fluxos de capitais relativos à entrada e saída autônomas de capital por meio de
compras de ativos nacionais adquiridas pelos residentes estrangeiros e vice-
versa. Incluem aquisições de títulos privados e governamentais, ações e
depósitos bancários pelos estrangeiros. Também consideramos os investimentos
estrangeiros diretos, construção de plantas industriais no país e os investimentos
brasileiros no exterior.

c) Erros e Omissões ou Discrepâncias: Estatísticas Representam discrepâncias a


necessidade de ajustes para equilibrar o resultado consolidado do Balanço de
Pagamentos.
d) Movimentos de Capitais Compensatórios: Correspondem a transações
relativas à variação das reservas internacionais, tais como ouro e outros direitos
especiais pela autoridade monetária do país. Essas ações visam alterar o saldo do
Balanço de Pagamentos.

Política econômica numa economia aberta:

Quando tratamos de política macroeconômica em economia aberta, estamos assumindo


as condições apropriadas para a dinâmica das exportações, importações e fluxos de
capitais que garantam a reprodução equilibrada do nível de produto. Nesse caso,
considerando a nossa tradicional identidade da demanda agregada para o caso de uma
economia aberta, pois nela agregamos as exportações líquidas NX = X - M, como
objetivo e meta de política econômica, tanto do lado fiscal (gestão dos gastos do
governo), quanto monetário (gestão da taxa de juros, câmbio e estoque monetário)
visam à determinação do nível de produto e emprego que induzam a economia ao nível
de equilíbrio com estabilidade de preços (controle inflacionário). (Mata, 2018)

Y=C+I+G+X–M

Notemos que as exportações líquidas em função da taxa de câmbio que afeta de forma
distinta a dinâmica das exportações e das importações e, também do nível da renda
doméstica (Y). Assim, se E for a taxa de câmbio, podemos definir a função X = X(E)e
M = M(Y). Mostramos na Figura abaixo um modelo simples de como as exportações e
importações que resumem basicamente a balança de transação corrente podem
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determinar o nível de renda de equilíbrio da economia. No caso de uma função


exportação determinada pela taxa de câmbio, podemos observar na Figura abaixo que a
renda poderá variar e ela não afeta a variável exportação. Já a função importação que
depende do nível de produção doméstica, essa função é apresentada na forma de um
modelo linear simples em que o intercepto capta o nível das importações autônomas e a
inclinação de M é chamada de propensão marginal a importar, ou seja, a parte da renda
nacional que se destina às importações. Assim, o produto de equilíbrio é determinado
pelo cruzamento entre exportações e importações de bens e serviços que sumariza a
conta corrente do Blanco de Pagamentos como descrevemos antes no item
correspondente ao Balanço de Pagamentos.

No modelo simples apresentado acima, no caso de cenário macroeconômico de


desvalorização ou depreciação da taxa de câmbio, que induz a elevação das exportações,
com ganhos em termos de superávit na conta corrente, serve para estimular a expansão
do nível de produto de equilíbrio da economia. (Mata, 2018)

Por outro lado, como o Balanço de Pagamento pode ser simplesmente representado pela
equação seguinte, em que mostramos que a conta corrente (CC) depende da taxa de
câmbio e a conta capital representada na forma de fluxo de capital (FK) depende da taxa
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de juros, tanto juros domésticos, quanto juros internacionais do resto do mundo. (Mata,
2018)

BP = CC (E) + FK(r)
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Conclusão

Depois de várias pesquisas relacionadas com o tema, chegamos a conclusão de que o


Modelo Mundell-Fleming é usado como uma ferramenta fundamental para entender
como as políticas econômicas afetam a produção, o emprego e a taxa de câmbio em uma
economia aberta, e também explica como o modelo incorpora a interação entre os
mercados de bens, serviços e ativos financeiros para analisar o equilíbrio
macroeconômico.
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Referencias Bibliográficas

Mata, H.T.C. (2018) MACROECONOMIA. Disponível em:


https://www.studocu.com/row/document/universidade-sao-tomas-de-mocambique/
economia-regional-e-urbana/macroeconomia-leitura/36534133

Blanchard, O., Johnson, D.R. (2012) MACROECONOMICS. Disponível em:


http://www.google.com/search?q=Blanchard+Macroeconomics+pdf+em+portugu
%C3%AAs&oq=Blanchard++Macroeconomics+pdf

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