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ACADEMIA MILITAR “MARECHAL SAMORA MACHEL”

Manual de Metodologia de
Investigação Científica para os
cursos do mestrado

Nelson Manuel Alfredo Chapala


Hélio Mouzinho Conrado
Pascoal Diamantino Latifo António
Alexandre Edgar Lourenço Tocoloa

Nampula, Junho de 2023

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ÍNDICE

ÍNDICE....................................................................................................................................................2
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................3
1.1. Contextualização do módulo....................................................................................................4
No final deste módulo o estudante deve ser capaz de elaborar trabalhos de investigação
académica e científica...........................................................................................................................4
1.2. Tema (como formular um tema para pesquisa) e delimitação da investigação (temática,
espacial e temporal).........................................................................................................................4
1.3. Problematização....................................................................................................................5
1.4. Objectivos e questões de investigação/ hipóteses...............................................................6
1.5. Justificativa da pesquisa.....................................................................................................11
2. Revisão da literatura...................................................................................................................12
2.1. Teórica..................................................................................................................................12
2.2. Empírica................................................................................................................................12
3. Procedimentos metodológicos..................................................................................................12
3.1. Classificação da investigação..............................................................................................12
3.2. Universo e amostra/Participantes.......................................................................................15
3.3. Técnicas e instrumentos de recolha de dados...................................................................16
7.3. Técnicas de tratamento de dados.......................................................................................23
7.4. Relação entre o tipo de pesquisa, técnica, instrumento recolha e análise de dados......24
8. Resultados esperados.................................................................................................................24
9. Cronograma e orçamento..........................................................................................................24
9.1. Cronograma.........................................................................................................................24
9.2. Orçamento...........................................................................................................................26
10. Apresentação, análise e discussão de resultados..................................................................27
10.1. Apresentação dos resultados..............................................................................................27
10.2. Análise e discussão dos resultados.....................................................................................28
11. Normas de apresentações dos trabalhos..................................................................................28
12. Conclusão.................................................................................................................................28
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................................29

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1. INTRODUÇÃO

O módulo de metodologia de investigação científica, esta estruturado em 11 capítulos


que são: Introdução; Revisão da literatura; Normas de citação (C.f. Normas da AM);
Normas de referenciação (C.f. Normas da AM); Procedimentos metodológicos;
Resultados esperados; Cronograma e Orçamento; Apresentação de trabalhos em grupos
(explicação de como deve apresentar os power point e postura dos estudantes);
Resultados esperados; Cronograma e orçamento; Apresentação, análise e discussão dos
resultados; Conclusão. Para elaboração deste manual utilizou – se pesquisa bibliográfica.

Objectivos Gerais

☑ Desenvolver competências de relacionar os conhecimentos teóricos adquiridos no


processo de Ensino-Aprendizagem com a aplicação prática;
☑ Aprimorar habilidades cognitivas na busca sistemática de factos para orientar a
solução dos problemas;
☑ Desenvolver capacidade criativa e reflexiva na construção de conhecimentos
científicos.

Objectivos Específicos
☑ Ter capacidade de formular tema/problemas de investigação científica;
☑ Saber formular objectivos que correspondam ao tema/problema já estabelecidos;
☑ Ter habilidade de formular hipóteses e/ou Questões de Investigação;
☑ Saber seleccionar uma revisão bibliográfica a altura do problema levantado;
☑ Saber desenhar as metodologias correspondentes ao assunto em pesquisa;
☑ Ter habilidade de tratamento, análise e interpretação de dados;
☑ Conhecer as regras de elaboração do relatório final do trabalho.

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1.1. Contextualização do módulo

No final deste módulo o estudante deve ser capaz de elaborar trabalhos de investigação
académica e científica.

1.2. Tema (como formular um tema para pesquisa) e delimitação da


investigação (temática, espacial e temporal)
Neste ponto vamos falar do conceito de tema ou título, depois como podemos formular o
mesmo e a delimitação do tema de investigação (temática, espacial e temporal).

1.2.1. Definição do tema ou título


O título de um (artigo, trabalho, projecto, ensaio, monografia, dissertação, tese, …) de
pesquisa, que pode passar a ser o título do trabalho final, deve abarcar o seu conteúdo de
forma sumária, concisa e escrito na mesma língua do texto. As regras para o título são:
☑ Ser um pequeno resumo do trabalho e em regra não ultrapassa vinte e cinco (25)
palavras;
☑ Não contem símbolos particulares nem abreviaturas ou fórmulas.

Para (Prodanov & Freitas, 2013) o tema ou título é o assunto que desejamos provar ou
desenvolver. Pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada pelo pesquisador, da sua
curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da
própria teoria. Pode ter surgido pela entidade responsável, portanto, “encomendado”, o
que, porém, não lhe tira o caráter científico.

Independentemente de sua origem, o tema é, nessa fase, necessariamente amplo,


precisando bem o assunto geral sobre o qual desejamos realizar a pesquisa. Do tema é
feita a delimitação, que deve ser dotada de um sujeito e um objeto. Já o título,
acompanhado ou não por subtítulo, difere do tema. Enquanto este último sofre um
processo de delimitação e especificação, para torná-lo viável à realização da pesquisa, o
título sintetiza o seu conteúdo.

1.2.2. Como formular um tema

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1.2.3. Delimitação da investigação do tema (temática, espacial e temporal)

1.3. Problematização
O problema, em sentido geral, é uma questão que mostra uma situação necessita de
discussão, investigação, decisão ou solução.

Figura 1:

Como? O modo

O quê? A ação Onde? O lugar

Tema/Problema

Por que? O Quando? O


motivo tempo

Quem? O
agente

1.3.1. Formulação do problema

Conforme Carvalho (2009, p.123) formular o problema consiste em dizer de maneira


explicita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos
defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentado as suas
características. Quatro fases de resolução do problema:

i. Compreensão do problema;
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ii. Elaboração de um plano de resolução;

iii. Execução do plano;

iv. Análise retrospetiva.

1.4. Objectivos e questões de investigação/ hipóteses

1.4.1. Critérios de definição dos objetivos do trabalho de investigação

Conforme Richardson, et al (2008) é importante respeitar as seguintes “regras” na


formulação dos objetivos de investigação:

i. Objetivo deve ser claro, preciso e conciso.


ii. Objetivo deve expressar apenas uma ideia. Em termos gramaticais, deve incluir
apenas um sujeito e um complemento.
iii. Objetivo deve referir – se apenas à pesquisa que se pretende realizar. Não são
objetivos de uma pesquisa, propriamente, discussões, reflexões ou debates em
torno a resultados do trabalho. Essas ações são uma exigência de todo
trabalho científico: a revisão dos modelos utilizados.

Para (Richardson, et al 2008; & Sampieri; Collado & Lúcio, 2006) usualmente em uma
pesquisa podemos utilizar os verbos: escrever, identificar, levantar, descobrir, comparar,
construir, inserir, caracterizar, descrever, interpretar, diferenciar, traçar, medir, analisar,
avaliar, verificar, explicar, exemplificar, demonstrar, desenhar, recolher, provar, ilustrar,
justificar, designar, listar, classificar, definir, selecionar, capacitar, determinar, calcular,
distinguir, elaborar, medir, separar, apresentar, organizar, operar, preparar, produzir,
propor, resolver, resumir, traduzir, diagnosticar, indicar. Verbos a evitar: Aceitar,
conhecer, sentir, apreciar, reconhecer, perceber, saber, melhorar, entender,
compreender. Objetivos da pesquisa têm a finalidade de mostrar o que se deseja da
pesquisa e devem ser expresso com clareza, pois são orientações do estudo.

1.4.1.1. Objetivos gerais e objetivos específicos

Os objetivos a serem utilizados numa investigação. É comum classificar os objetivos em


gerais e específicos. Esses deverão ser extraídos diretamente dos problemas levantados.

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i. Objetivo geral

Para Gil (2007) o objetivo geral tem caracter finalístico; referem – se àquilo que o
estudante será capaz de fazer após a conclusão da disciplina ou curso. Enquanto Marconi
& Lakatos (2007, p.106) afirmam que objetivo geral esta ligado a uma visão global e
abrangente do tema. Relaciona – se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e
eventos, quer das ideias estudadas. Vincula – se diretamente à própria significação do
relatório.

Por exemplo:
Capacitar o estudante para aplicação de princípios e técnicas do programa SPSS para
analise e interpretação de dados do relatório do fim do curso.
Analisar as razões que levam os jovens da cidade de Nampula a fazerem o aborto
induzido com maior frequência, no ano de 2018.
Avaliar os fatores que levam as raparigas da cidade de Nampula a preferirem o
aborto seguro no ano de 2018.

ii. Objetivos específicos

Na visão de (Marconi & Lakatos, 2007, p.106), os objetivos específicos apresentam um


caracter mais concreto. Têm a função intermediária e instrumental, permitindo, de um
lado, atingir o objetivo geral e, do outro, aplicar este a situações particulares. E Gil (2007,
p.44), os objetivos específicos tem caracter intermediário. São utilizados para identificar
as diversas tarefas ou técnicas para alcançar o objetivo geral. São também objetivos
instrucionais ou objetivos de aprendizagens.

Por exemplo:
Identificar as principais técnicas para uso do programa SPSS.
Definir a base dados do questionário.
Inserir variáveis na base dados do SPSS.
Descrever os tipos de abortos realizados no Hospital Central de Nampula, no ano de
2018.

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Caracterizar cada tipo de aborto realizado no Hospital Central de Nampula, no ano de
2018.

iii. Exercícios de Aplicação


Com base em cada um dos temas abaixo mencionados elaborar um objetivo geral e três
ou quatro objetivos específicos:

Razões e implicações da baixa utilização dos serviços de maternidade por parte dos
membros da comunidade do distrito de Nacala – Porto, em 2018.
Impacto da implementação do abordo seguro no Hospital Central de Nampula, no
ano de 2018.
Implicações da utilização dos métodos anti – conceptivos por parte dos membros da
comunidade da cidade de Nampula, em 2018.
Avaliação das mortes maternas ocorridas na maternidade do Hospital Central de
Nampula, em 2018.

1.4.2. Questões de investigação

1.4.3. Hipóteses

Sampieri, Collado & Lúcio (2006, p.118) hipóteses são diretrizes para uma pesquisa. As
hipóteses indicam o que estamos buscando ou tentando provar e se definem como
tentativas de explicações do fenómeno pesquisado, formuladas como proposições.
Hipóteses: as tentativas de explicações do fenómeno pesquisado, formuladas como
proposições. Enquanto Carvalho (2009, p.124) afirma que hipóteses são suposições
colocadas como respostas plausíveis e provisorias para o problema de pesquisa. As

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hipóteses são provisorias porque poderão ser confirmadas ou refutadas com
desenvolvimento da pesquisa.

1.4.3.1. Características de uma hipótese

Na visão Sampieri, Collado & Lúcio (2006, p.123), no enfoque quantitativo, para que uma
hipótese possa ser considerada, deve reunir certos requisitos:
i. As hipóteses devem referir – se a uma situação social real;
ii. Os termos (variáveis) da hipótese devem ser compreensíveis, precisos e o mais
concreto possível;
iii. A relação entre variáveis propostas por uma hipótese deve ser clara e
verossímil (lógica);
iv. As hipóteses devem estar relacionadas ás técnicas disponíveis para comprová-
las.

1.4.3.2. Tipos de Hipóteses

Para Marconi & Lakatos (2007, p. 108) diz que existem dois tipos de hipóteses: hipótese
básica e hipóteses secundárias. Enquanto Sampieri, Collado & Lúcio (2006, p.123), existem
diversas formas de classificar as hipóteses:
i. Hipóteses de pesquisa;
ii. Hipóteses nulas;
iii. Hipóteses alternativas;
iv. Hipóteses estatísticas

Exemplo 1: Tema – O artesanato na região de Nampula.


☑ Questão principal (problema): Continua o artesanato uma actividade tradicional,
transmitida de geração para geração, ou se confira como uma opção para a mão –
de – obra ociosa?
☑ Hipótese: O artesanato é uma actividade completar que tende a uma diminuição,
face à concorrência dos produtos industrializados.
☑ Variáveis: x (variável independente), concorrência de produtos industrializados;
☑ Y1 (1ª variável dependente), diminuição da actividade artesenal;
☑ Y2 (2ª variável dependente), transformação do artesanato em actividade
complementar.

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Exemplo 2: A publicidade influencia a venda de cerveja.
☑ Variável independente: publicidade
☑ Variável dependente: venda de cerveja.

Exemplo 3: A poluição ambiental é responsável por alterações na vida vegetal.


☑ Variável independente: poluição ambiental
☑ Variável dependente: vida vegetal.

1.4.4. Resumo de objectivos e questões de investigação/ hipóteses


Para melhor percepção é melhor fazer uma tabela que contém os objectivos específicos,
questões de investigação e suas hipóteses. Mas nunca esquecer, este tipo de tabela varia
consoante o tipo de pesquisa que o investigar escolhe partindo de vários tipos de
investigação quanto abordagem vamos fazer diversas tabelas (por exemplo quatro casos
das diferentes tabelas que explicam cada tipo de pesquisa).

Caso I: Pesquisa Qualitativa


Tema:
Objectivo Geral:
Objectivo específico 1 Questão de investigação 1
Objectivo específico 2 Questão de investigação 2
Objectivo especifico 3 Questão de investigação 3

Exemplo: Com base no tema: O impacto da descentralização no desenvolvimento


económico e social da vila de Ribáué. Elabore, um objectivo geral e três objectivos
específicos, três questões de investigação.

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Exemplo resolvido
O impacto da descentralização no desenvolvimento económico e social da vila de Ribáué.
Objectivo Geral:
Analisar o impacto da descentralização no desenvolvimento da Vila Autárquica de Ribáué.
☑ Explicar o processo de implementação ☑ Como é feito o processo de
da governação descentralizada em implementação da governação
Ribáué; descentralizada de Ribaué?
☑ Descrever as realizações da governação ☑ Quais são as realizações da
autárquica na vila de Ribáué; governação da autarquia da vila
de Ribaué?
☑ Comparar o processo de implementação ☑ Quais são os aspectos positivos
da governação descentralizada com e negativos nos processos de
programa de governação autárquica da implementação da governação
Vila de Ribáué; descentralizada com o
programa de governação
autarquica da vila de Ribaué?

Exercícios de aplicação
Com base no tema: Implementação das directrizes do processo de Bolonha numa
Universidade X na Cidade de Nampula. Elabore, um objectivo geral e três objectivos
específicos, três questões de investigação.

Caso II: Pesquisa Qualitativa


Tema:
Objectivo Geral:
Objectivo específico 1 Hipótese 1
Objectivo específico 2 Hipótese 2
Objectivo especifico 3 Hipótese 3

Nota: As hipóteses colocadas neste tipo de pesquisa devem ser hipóteses testadas e
comprovadas, visto que nos estudos qualitativos não testam hipóteses.

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Exemplo: Com base no tema: . Elabore, um objectivo geral e três objectivos específicos,
três Hipóteses. “”
Exemplo resolvido
Tema:
Objectivo Geral:
Objectivo específico 1 Questão de investigação 1
Objectivo específico 2 Questão de investigação 2
Objectivo especifico 3 Questão de investigação 2

Exercícios de aplicação
Com base no tema: . Elabore, um objectivo geral e três objectivos específicos, três
objectivos especificos.
Tema:
Objectivo Geral:
Objectivo específico 1 Hipótese 1
Objectivo específico 2 Hipótese 2
Objectivo especifico 3 Hipótese 3

1.5. Justificativa da pesquisa

Para (Sampieri, Collado & Lucio, 2006, p.40) justificativa da pesquisa: indica o porquê da
pesquisa ao expor suas razões. Para justificar a realização da pesquisa é necessário que
responda os seguintes pontos:
☑ Conveniência;
☑ Relevância social;
☑ Implicações práticas;
☑ Valor teórico;
☑ Utilidade metodológica.

É importante verificar a viabilidade da pesquisa: possibilidade da realização de um estudo


em relação à disponibilidade de recursos. E as consequências da pesquisa: repercussões
positivas ou negativas que o estudo implica nos âmbitos ético e estético. Enquanto
Marconi & Lakatos (2007) explica que justificativa consiste numa exposição sucinta,

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porém completa, das razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática que
tornam importante a realização da pesquisa.

Justificativa difere da revisão da bibliografia porque não apresenta citações de outros


autores. Difere, também, da teoria de base, que vai servir de elemento unificador entre o
concreto da pesquisa e o conhecimento teórico da ciência na qual se insere. Ressaltar a
importância da pesquisa no campo da teoria. Ao conhecimento científico do pesquisador
soma – se boa parte de criatividade e capacidade de convencer, para a redação da
justificativa.

2. Revisão da literatura

2.1. Teórica;

2.2. Empírica

3. Procedimentos metodológicos

3.1. Classificação da investigação


Neste subtítulo subdividimos em tipos de pesquisa: quanto abordagem; quanto aos
objectivos; quanto aos procedimentos; e quanto a natureza. Dos quais passaremos a
explicar cada um dos tipos.

3.1.1. Tipos de pesquisa quanto abordagem

Para (Prodanov & Freitas, 2013; e Vilelas, 2020), os tipos de pesquisa quanto abordagem
são:

☑ Pesquisa qualitativa;

☑ Pesquisa quantitativa;

☑ Pesquisa mista ou pesquisa qualiquanti.

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Nesta temática os tipos de pesquisa subdividimos em três: pesquisa qualitativa; pesquisa
quantitativa e pesquisa mista que é também conhecida por pesquisa qualitativa e
quantitativa. Para distinção de cada uma das pesquisas foram utilizadas algumas normas
e regras para tentarmos compreender e explicar as características de cada uma dessas
pesquisas. Vamos começar por abordar a pesquisa qualitativa; depois pesquisa
quantitativa e por último a pesquisa mista.

Conforme Minayo (2001, p.14), diz que “a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de
significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a espaço
mais profundo das relações, dos processos e nos fenómenos que não podem ser
reduzidos a operacionalização de variáveis”. Ainda (Coutinho, 2011) afirma que a pesquisa
qualitativa deve ser compreendida como aquela capaz de incorporar a questão do
significado e da intencionalidade como inerentes aos actos, às relações e às estruturas
sociais, sendo estas últimas tomadas como construções humanas.

Nas visões destes autores acima mencionados a pesquisa qualitativa explica processos,
fenómenos não quantificando, mas sim interpretando respeitado as diversidades das
qualidades das opiniões dos intervenientes assim como elas são.

Como assinala Rosa (2011), trata-se de um tipo de pesquisa na qual a preocupação não
está para as representações numéricas, mas sim com o aprofundamento da compreensão
de um grupo social ou de uma organização, exprimindo o que convém ser feito. Sabendo
que pesquisa qualitativa “fundamenta principalmente em análises qualitativas,
caracterizando-se, em princípio pela não utilização de instrumentos estatísticos na análise
dos dados”. Esse tipo de análise tem por base conhecimentos teóricos-empíricos que
permitem atribuir-lhe cientificidade, (Martins & Theóphilo, 2009).

A pesquisa qualitativa é a adoptada quando se pretende compreender e interpretar


determinada prática em detalhe, buscar profundidade da informação em liberdade e
flexibilidade, não descurando o respeito pelos quadros de referência do entrevistado
(Prodanov & Freitas, 2013). Atento nessas abordagens sobre a pesquisa qualitativa, (Hill,
2014) explica que a pesquisa estuda com base nas categorias, que facilitam a
interpretação e a análise dos dados, trazendo assim uma melhor apresentação dos
resultados em torno do fenómeno estudado.

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Para (De Alvarenga, 2012, p. 39) pesquisa quantitativa baseia – se em investigações
exploratórias, descritivas, analíticas e correlacionais. Ainda fundamentam com estudos
comparativos, diferença de grupos, experimentais, e metaanálise. Cada um um desses
níveis nos remete a um estudo quantitativo. Enquanto (Will, 2012, p.60); considera que
todos os dados podem ser quantificados, inclusive as informações vindas de uma
entrevista, por exemplo, as quais devem ser traduzidas em números, para serem
classificadas e analisadas.

Quantificar os dados significa mensurar as variáveis estabelecidas, procurando verificar e


explicar sua influência sobre outras variáveis por meio de análise de frequência e
correlações estatísticas. Nesse modelo, por meio da matematização estatística e
probabilidade, o pesquisador descreve (dados), explica (pela frequência e correlação)
prediz (a partir de análise dos dados já existentes).

O último tipo de pesquisa quanto a abordagem é pesquisa mista, visto que, trata-se de
um estudo cuja análise exige a combinação de dados qualitativos e quantitativos, uma
vez que, a combinação entre os dados qualitativos e quantitativos permitirá
compreender de forma qualitativa e quantitativa dos dados (Severino, 2006).

O estudo de pesquisa mista baseia – se na junção de pesquisa qualitativa e pesquisa


quantitativa que (De Oliveira, 2011; Prodanov & Freitas, 2013; e Sampieri et al, 2006)
explicam que a combinação entre o estudo quantitativo e o qualitativo exige um domínio
completo destas duas metodologias e uma mentalidade aberta na sua interpretação. Elas
devem ser usadas devidamente numa pesquisa a partir dos instrumentos de recolha de
dados e a sua análise, a utilização das duas técnicas em simultâneo para confiabilidade da
interpretação dos resultados.

Em jeito de síntese desse tipo de pesquisa quanto abordagem, os três tipos de pesquisas
estudas: pesquisa qualitativa, pesquisa quantitativa e pesquisa mista resumo numa
metodologia a seguir para obter determinados resultados a dar resposta um processo ou
fenómeno pesquisado por investigador. Ao estudarmos, separadamente, os três tipos de
pesquisa, não significa dizer que os mesmos acontecem isoladamente na ação do
pesquisador. Com isso, voltamos à questão de que o pesquisar a partir de determinada

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temática deve perceber com base nos instrumentos que vai o usar com é a melhor
metodologia para a pesquisa ter sucesso. Depois definir a metodologia a usar. Todas
essas metodologias buscam a verdade a partir de uma determina temática por si
determinada, que interpreta o determinado fenómeno. Pois embora, a diferença esta na
explicação de cada uma delas, que umas podem ser verificais enquanto que as outras não
e no caminho pelo qual seguimos para defender a tal fenómeno.

3.1.2. Tipos de pesquisa quanto aos objectivos

Conforme (Prodanov & Freitas, 2013; e Vilelas, 2020), os tipos de pesquisa quanto aos
objectivos são:

☑ Pesquisa descritiva;

☑ Pesquisa exploratória;

☑ Pesquisa explicativa.

A pesquisa científica também deve ser classificada quanto aos seus objectivos. Assim
como as demais, essa classificação depende do objecto, da metodologia empregada e do
problema de pesquisa. Isso significa dizer que não se deve escolher de forma aleatória.
Mas ter um fim específico.

☑ Pesquisa exploratória
A pesquisa exploratória tem o objectivo de proporcionar maior familiaridade com um
problema e envolve levantamentos bibliográficos, entrevistas com pessoas que tiveram
experiências práticas com o problema, além da análise de exemplos.
Assumindo, em geral, a forma de pesquisas bibliográficas e estudos de caso.

Um exemplo é uma pesquisa com objectivo de entender como aconteceu o grande


evento político nas eleições do ano de 2019.

☑ Pesquisa descritiva
Em segundo lugar, a pesquisa descritiva tem como objectivo caracterizar certo
fenómeno. Como, por exemplo, descrever as características de certa população.
Assim, estabelecendo relações entre variáveis, o que envolve técnicas de colecta de
dados padronizados, como questionários e técnicas de observação.

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☑ Pesquisa explicativa
A última categoria, a pesquisa explicativa, visa identificar os factores que determinam
fenómenos e explicar o porquê das coisas.
Segundo Gil (2007, p. 43), uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de uma
pesquisa descritiva, posto que a identificação de factores que determinam um fenómeno
exige que esteja suficientemente descrito e detalhado.

3.1.3. Tipos de pesquisa quanto aos procedimentos

3.1.4. Tipos de pesquisa quanto a natureza

☑ Pesquisa pura
A pesquisa científica pura, também chamada de teórica ou básica, permite articular
conceitos e sistematizar a produção de uma determinada área de conhecimento”
(Minayo (2002, p. 52). Visa criar novas questões num processo de incorporação e
superação daquilo que já se encontra produzido”.
No entendimento de Trujillo Ferrari (1982), a pesquisa teórica procura melhorar o próprio
conhecimento. Isso significa contribuir, entender e explicar os fenómenos. Na pesquisa
teórica, os pesquisadores trabalham para gerar novas teorias.

☑ Pesquisa aplicada
A pesquisa científica aplicada tem como finalidade gerar soluções aos problemas
humanos, entender como lidar com um problema. Trujillo (1982, p. 171) enfatiza que “não
obstante a finalidade práctica da pesquisa, ela pode contribuir teoricamente com novos
fatos para o planeamento de novas pesquisas ou mesmo para a compreensão teórica de
certos sectores do conhecimento”.

3.2. Universo e amostra/Participantes

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3.3. Técnicas e instrumentos de recolha de dados

Na visão de (Vilelas, 2020), técnicas e instrumentos de recolha de dados são:

☑ Observação científica;

☑ Entrevista;

☑ Questionário.

3.3.1. Observação científica


3.3.2. Entrevista
3.3.3. Questionário

Técnicas e instrumentos de colecta de dados: entrevista, questionário e observação.


Nesta temática na entrevista vamos falar dos tipos de entrevista; preparação para
entrevista; das vantagens e desvantagens da entrevista; conceito da observação e tipos
de observação. Para elaboração deste trabalho utilizou – se pesquisa bibliográfica. Para
distinção de cada uma das técnicas de pesquisa foram utilizadas algumas normas e regras
para tentarmos compreender e explicar as características de cada uma delas. Vamos
começar por abordar a técnica de entrevista e depois de observação e por último vamos
falar dos instrumentos, sem dispensar os elementos como parte introdutória,
considerações finais e referencia bibliográfica.

As técnicas de recolha de dados abordados neste estudo são: entrevista e observação.


Para Richardson et al (2008, p.207), o termo entrevista é construído a partir de duas
palavras, entre e vista. Vista refere – se ao ato de ver, ter preocupação em algo. Entre
indica a relação de lugar ou estado no espaço que separa duas pessoas ou coisas.
Portanto, o termo entrevista refere – se ao ato de perceber realizado entre duas pessoas.
Entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha
informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza
profissional, Marconi & Lakatos (2007, p. 197).

Conforme Gil (2007, p.120-121) e Marconi & Lakatos (2007, p. 199), há diferentes tipos de
entrevistas, que variam de acordo com o propósito do entrevistador:

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i. Entrevista padronizada ou estruturada – é aquela em que o entrevistador segue
um roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são
predeterminadas. Ela si realiza de acordo com um formulário elaborado e é
efetuado de preferência com pessoas selecionadas de acordo com um plano. O
pesquisador não é livre para adaptar suas perguntas a determinada situação,
de alterar a ordem dos tópicos ou de fazer outras perguntas.

ii. Entrevista despadronizada ou não estruturada – o entrevistador tem liberdade


para desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada.
É uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão. As perguntas
são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal.

Entrevista focalizada ou dirigida – Há roteiro de tópicos relativos ao problema


que se vai estudar e o entrevistador tem liberdade de fazer as perguntas que
quiser: sonda razões e motivos, dá esclarecimento, não obedecendo, a rigor, a
uma estrutura formal. Para isso, são necessárias habilidades e perspicácia por
parte do entrevistador. Em geral, é utilizada em estudos de situações de
mudança de conduta.

Entrevista clínica: trata – se de estudar os motivos, os sentimentos, a conduta


das pessoas. Para esse tipo de entrevista pode ser organizada uma serie de
perguntas específicas.

Entrevista não dirigida – Há liberdade total por parte do entrevistado, que


poderá expressar suas opiniões e sentimentos. A função do entrevistador é de
incentivo, levando o informante a falar sobre determinado assunto, sem,
entretanto, força – lo a responder.

iii. Entrevista em forma de painel – consiste na repetição de perguntas, de tempo


em tempo, às mesmas pessoas, a fim de estudar a evolução das opiniões em
períodos curtos. As perguntas devem ser formuladas de maneira diversa, para
que o entrevistado não distorça as respostas com essas repetições.

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iv. Entrevista direta – é aquela que o entrevistador e o entrevistado estão no
mesmo local e cada um consegue observar o outro a olho no olho sem
interferência de nenhum aparelho.

v. Entrevista indireta – é aquela que o entrevistador e o entrevistado podem estar


ou não estar no mesmo local e cada um consegue ou não consegue observar o
outro a olho no olho com interferência de um aparelho.

Marconi & Lakatos (2007, p. 201), a preparação da entrevista é uma etapa importante da
pesquisa: requer tempo (o pesquisador deve ter uma ideia clara da informação de que
necessária) e exige algumas medidas:

i. Planejamento da entrevista: deve ter em vista o objetivo a ser alcançado.


ii. Conhecimento prévio do entrevistado: objetiva conhecer o grau de
familiaridade dele com o assunto.
iii. Oportunidade da entrevista: marcar com antecedência a hora e o local, para
assegurar – se de que será recebido.
iv. Condições favoráveis: garantir ao entrevistado o segredo de suas confidências
e sua identidade.
v. Contacto com líderes: espera – se obter maior entrosamento com o
entrevistado e maior variabilidade de informações.
vi. Conhecimento prévio do campo: evita desencontros e perda de tempo.
vii. Preparação específica: organizar roteiro ou formulário com as questões
importantes.

Os autores Marconi & Lakatos (2007, p. 200) afirmaram que a entrevista possuem as
seguintes vantagens: Pode ser utilizado com todos os segmentos da população:
analfabetos ou alfabetizados; Fornece uma amostragem muito melhor da população
geral: o entrevistado não precisa saber ler ou escrever; Há maior flexibilidade, podendo o
entrevistador repetir ou esclarecer perguntas, formular de maneira diferente; especificar
algum significado, como garantia de estar sendo compreendido; Oferece maior
oportunidade para a obtenção de dados que não se encontram em fontes documentais e
que sejam relevantes e significativos; Há possibilidade de conseguir informações mais

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precisas, podendo ser comprovadas, de imediato, as discordâncias; Permite que os dados
sejam quantificados e submetidos a tratamento estatístico.

Na vertente de Gil (2007) e Marconi & Lakatos (2007, p. 200), a entrevista apresenta
algumas limitações, que podem ser superadas ou minimizadas se o pesquisador for uma
pessoa com bastante experiência ou tiver bom – senso. As limitações são: Dificuldade de
expressão e comunicação de ambas partes; Incompreensão, por parte do informante, do
significado das perguntas, da pesquisa, que pode levar a uma interpretação; Possibilidade
de o entrevistado ser influenciado, consciente ou inconscientemente, pelo questionador,
pelo seu aspeto físico, suas atitudes, ideias, opiniões; Disposição do entrevistado em dar
as informações necessárias; Retenção de alguns dados importantes, receando que a sua
identidade seja revelada; Pequeno grau de controle sobre uma situação de coleta de
dados; Ocupa muito tempo e é difícil de ser realizada; e Os custos com o treinamento de
pessoal e a aplicação das entrevistas.

A outra técnica é a observação que utiliza os sentidos na obtenção de determinados


aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar
factos ou fenómenos que se deseja estudar (Marconi e Lakatos, 2007, p.107). Conforme
(Will, 2012), observação é uma actividade que pode ser desenvolvida por qualquer pessoa.
No entanto, as observações de caracter científico são completamente diferentes
daquelas realizadas do dia a dia. Conforme Richardson et al (2008), existem dois tipos de
observação: Observação directa e observação indirecta.

Em jeito de síntese, as técnicas e instrumentos de recolha de dados são muito importante


para elaboração de uma pesquisa, e o investigador ou pesquisador deve conhecer na
essência todas etapas para melhor usar essas técnicas sem violar as suas normas. Visto
que qualquer erro cometido na utilização dessas técnicas influenciara nos resultados da
pesquisa.

iv. Construção dos questionários


Os autores (Gil, 2007; Marconi & Lakatos, 2007; Richardson, 2008; & Sampieri, Collado &
Lúcio, 2006) afirmam que existem três casos de elaboração de questionário:

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i. Questionário de perguntas fechadas
Conforme Richardson et al (2008, p. 191) questionário de perguntas fechadas são
instrumentos em que as perguntas ou afirmações apresentam categorias ou alternativas
de respostas fixas e preestabelecidas. O entrevistado deve responder à alternativa que
mais se ajusta às características, ideias ou sentimentos.

Existem diversos tipos de perguntas fechadas. As mais utilizadas são as seguintes:


Perguntas com alternativas dicotômicas. Exemplos: No cabeçario já aparece assinale com
x a opção verdadeira.
Há baixa utilização dos serviços de maternidade no distrito de Nacala – Porto, pela má
qualidade no atendimento ao paciente.
( ) Sim ( ) Não;
Há baixa utilização dos serviços de maternidade no distrito de Nacala – Porto, é porque
existe má qualidade no atendimento ao paciente.
Verdadeira ( )
Falsa ( )
Há má qualidade no atendimento ao paciente nos serviços de maternidade no distrito de
Nacala – Porto, diminui aderência dos pacientes aos serviços de maternidade.
Certo ( ) Errado ( ).
Existem também tricotómicas (sim, não, não sabe), (alto, médio, baixo), (gosto, gosto
mais ou menos, não gosto).

i. Perguntas com respostas múltiplas


Perguntas com respostas múltiplas – aquelas que permitem marcar uma ou mais
alternativas. Exemplo:
Em que turno você prefere ir a maternidade?
( ) De manhã ( ) De tarde ( ) De noite ( ) Outra _________________

Perguntas com respostas múltiplas – aquelas que apresentam alternativas


hierarquizadas. Exemplo:
Com que frequência você usa os serviços de maternidade?
( ) Nunca ( ) Ocasionalmente ( ) Frequentemente

Exemplo - Você considera os serviços da maternidade:

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( ) Acomodado ( ) Alto ( ) Mau ( ) Médio ( ) Baixo

v. Aplicação do questionário
Richardson et al (2008, p. 196) diz que existem dois métodos para aplicar questionários a
uma população: contato direto e por correio (hoje por diversas redes).

4. Desenho de questionário
4.1. Conceito
Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma serie ordenada
de perguntas, que devem ser respondidas por escrito com ou sem a presença do
entrevistador, Marconi & Lakatos (2007, p. 203).

5. Construção dos questionários


Os autores Gil (2007); Marconi & Lakatos (2007); Richardson (2008) e Sampieri, Collado &
Lúcio (2006) afirmam que existem três casos de elaboração de questionário:

5.1.1. 1º Caso
1º Passo – Tema;
2º Passo – Fazer os objetivos (Geral e específicos);
3º Passo – Escolher o tipo de pesquisa quanto abordagem ou enfoque (Pesquisa
Qualitativa);
4º Passo – Elaborar questões de investigação com base nos objetivos;
5º Passo – Elaborar questionário com perguntas abertas (Não esquecendo fazer o
cabeçario com o tema e explicar para que fim serve o questionário).

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5.1.2. 2º Caso
1º Passo – Tema;
2º Passo – Fazer os objetivos (Geral e específicos);
3º Passo – Escolher o tipo de pesquisa quanto abordagem ou enfoque (Pesquisa
Quantitativa);
4º Passo – Elaborar hipóteses com base nos objetivos;
5º Passo – Elaborar questionário com perguntas fechadas (Não esquecendo fazer o
cabeçario com o tema e explicar para que fim serve o questionário).

5.1.3. 3º Caso
1º Passo – Tema;
2º Passo – Fazer os objetivos (Geral e específicos);
3º Passo – Escolher o tipo de pesquisa quanto abordagem ou enfoque (Pesquisa Mista);
4º Passo – Elaborar questões de investigação e hipóteses com base nos objetivos;
5º Passo – Elaborar questionário com perguntas abertas e perguntas fechadas (Não
esquecendo fazer o cabeçario com o tema e explicar para que fim serve o questionário).

No cabeçario podemos fazer um quadro da seguinte maneira, exemplo:

Olá, meu nome é Alexandre Tocoloa, sou estudante do curso de Administração Hospitalar
da Academia Militar, província de Nampula. Estou a fazer um estudo na área serviços
hospitalares e para tal conto com o seu apoio. Este instrumento visa a coleta de dados
para fins académicos, concretamente a elaboração do meu relatório do final de curso
para obtenção do grau de técnico de administração hospitalar, cujo tema é: Razões da
baixa utilização dos serviços hospitalares na província de Nampula. Os dados nele contido
só serão usados para o propósito acima referenciado.

5.2. Questionários quanto ao tipo de pergunta


Para RICHARDSON (2008, p. 190) os questionários podem ser classificados em três
categorias: questionários de perguntas fechadas; questionários de perguntas abertas e
questionários mistos (que combinam ambos tipos de perguntas).

5.2.1. Questionário de perguntas fechadas

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Conforme Richardson et al (2008, p. 191) questionário de perguntas fechadas são
instrumentos em que as perguntas ou afirmações apresentam categorias ou alternativas
de respostas fixas e preestabelecidas. O entrevistado deve responder à alternativa que
mais se ajusta às características, ideias ou sentimentos.

Existem diversos tipos de perguntas fechadas. As mais utilizadas são as seguintes:


ii. Perguntas com alternativas dicotômicas. Exemplos: No cabeçario já aparece
assinale com x a opção verdadeira.
Há baixa utilização dos serviços de maternidade no distrito de Nacala – Porto,
pela má qualidade no atendimento ao paciente.
( ) Sim ( ) Não;
Há baixa utilização dos serviços de maternidade no distrito de Nacala – Porto, é
porque existe má qualidade no atendimento ao paciente.
Verdadeira ( )
Falsa ( )
Há má qualidade no atendimento ao paciente nos serviços de maternidade no
distrito de Nacala – Porto, diminui aderência dos pacientes aos serviços de
maternidade.
Certo ( ) Errado ( ).
Existem também tricotómicas (sim, não, não sabe), (alto, médio, baixo),
(gosto, gosto mais ou menos, não gosto).

iii. Perguntas com respostas múltiplas


Perguntas com respostas múltiplas – aquelas que permitem marcar uma ou mais
alternativas. Exemplo:
Em que turno você prefere ir a maternidade?
( ) De manhã ( ) De tarde ( ) De noite ( ) Outra _________________

Perguntas com respostas múltiplas – aquelas que apresentam alternativas


hierarquizadas. Exemplo:
Com que frequência você usa os serviços de maternidade?
( ) Nunca ( ) Ocasionalmente ( ) Frequentemente

Na elaboração de perguntas fechadas, devem ser considerados dois aspetos importantes:

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As alternativas de respostas devem ser exaustivas, isto é, devem incluir todas as
possibilidades que se podem esperar.
As alternativas devem ser excludentes. O entrevistado não deve duvidar entre
duas ou mais alternativas que podem ter o mesmo significado.
Exemplo - Você considera os serviços da maternidade:
( ) Acomodado ( ) Alto ( ) Mau ( ) Médio ( ) Baixo

Nesse caso, o entrevistado pode duvidar entre “Mau” e “Baixo” que podem ter o mesmo
significado. A utilização do questionário com perguntas fechadas depende de diversos
aspetos:
i. Supõe – se que os entrevistados conheçam a temática tratada no questionário.
ii. Supõe – se que o entrevistador conheça suficientemente bem o grupo a ser
entrevistado, de modo que possa antecipar o tipo de respostas a serem dadas.

5.2.2. Questionário misto


Frequentemente, os pesquisadores elaboram questionários com ambos tipos de
perguntas. As perguntas fechadas, destinadas a obter informação sociodemográfica do
entrevistado (sexo, escolaridade, idade, etc) e respostas de identificação de opiniões (sim
– não) e perguntas abertas, destinadas a aprofundar as opiniões do entrevistador.
Por exemplo:
i. Com idade teve o primeiro filho?
( ) Menos 15 anos ( ) 15 – 18 anos ( ) 19 – 22 anos ( ) 23 – 26 anos ( ) Mais 27 anos
ii. Por ano, quantas vezes usa serviços da maternidade
( ) Uma vez ( ) Duas vezes ( ) Três vezes ( ) Mais de três vezes ( ) Nenhuma
vez
iii. Quantos filhos tem?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
iv. Se sim, onde foi feito o parto. Explique por que?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

6. Aplicação do questionário

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Richardson (2008, p. 196) diz que existem dois métodos para aplicar questionários a uma
população: contato direto e por correio (hoje por diversas redes).

Contato direto – o próprio pesquisador, ou pessoas especialmente treinadas por


ele, aplicam o questionário diretamente. Dessa maneira, há menos possibilidades
de os entrevistados não responderem ao questionário ou de deixarem as
perguntas em branco. E o pesquisador pode responder dúvidas que os
entrevistados tenham em certas perguntas.
Por correio – o questionário e todas as instruções são enviadas pelo correio ou
entregue a pessoas previamente escolhidas. O pesquisador espera uma, duas ou
três semanas para que o instrumento, sejam devolvidos. A partir dai, inicia etapa
de recuperação dos questionários não devolvidos, envia cartas ou telefona às
pessoas que não responderam, tentando convencê – las para que os preencham.
Aplicação por correio permite incluir grande número de pessoas e pontos
geográficos diferentes. As pessoas respondem quando acham necessários. Não se
pode estar seguro em relação a quem o responde.

7. Vantagens e Limitações do uso do questionário


7.1. Vantagens do questionário
Os autores (Gil, 2007; & Richardson, 2008) afirmaram que o questionário:
i. Possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas
numa área geográfica muito extensa, já que o questionário pode ser enviado
pelo correio;
ii. Implica menores gastos com o pessoal, posto que o questionário não exige
longos dias de formação;
iii. Garante o anonimato das respostas;
iv. Permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem mais
conveniente;
v. Não expõe os pesquisadores à influência das opiniões e do aspeto pessoal do
entrevistado;
vi. A tabulação de dados pode ser feita com maior facilidade e rapidez que outros
instrumentos (por exemplo, a entrevista).

7.2. Limitações do questionário

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Na vertente de Gil (2007), o questionário:
i. Exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas
circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da investigação;
ii. Impede o auxílio ao informante quando este não entende corretamente as
instruções;
iii. Impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido, o que pode
ser importante na avaliação da qualidade das respostas;
iv. Não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolvam – no
devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da
representatividade da amostra ou dos participantes;
v. Envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é
sabido que questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de
não serem respondidos;
vi. Proporciona resultados bastante críticos em relação à objetividade, pois os
itens podem ter significado diferente para cada sujeito pesquisado.

7.2.1. Guião de entrevista


Na visão de Richardson, et al (2008, p. 192) guião de entrevista são caracterizadas por
perguntas ou afirmações que levam o entrevistado a responder com frases ou orações. O
pesquisador não esta interessado em antecipar as respostas, deseja uma maior
elaboração das opiniões do entrevistado.

Por exemplo:
1. Quanto tempo leva da tua casa aos serviços da maternidade mais próximo do
distrito de Nacala – Porto?
2. Existe falta de abastecimento dos anti – conceptivos nas consultas de
planeamento familiar? Por favor, justifique.
3. As cobranças ilícitas aos pacientes na maternidade faz com que a população não
adere os serviços da maternidade do distrito? Justifique.

7.3. Técnicas de tratamento de dados

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7.4. Relação entre o tipo de pesquisa, técnica, instrumento recolha e análise de
dados

Tipo de pesquisa Técnica de Instrumento de coleta de Técnica de análise e


quanto recolha de dados dados interpretação de
abordagem dados
Qualitativa Entrevista Guião de entrevista Análise de conteúdo,
Observação* Ficha de observação análise documental
(fotografias, vídeos)

Quantitativa Questionário Inquérito por questionário Software Estatísticos


Observação* Ficha de observação (SPSS, STATA, R).
Testes (fotografias)

Mista Entrevista e Guião de entrevista e Análise de conteúdo,


*Pode ser usado
Questionário Inquérito por questionário análise documental,
Qualitativa ou no
quantitativa. Software Estatísticos
(SPSS, STATA, R)

Observação* Ficha de observação Software Estatísticos


(fotografias, vídeos) ou Análise de
conteúdo, análise
documental

8. Resultados esperados

9. Cronograma e orçamento

9.1. Cronograma
Na visão dos autores (Marconi & Lakatos, 2007, p.116), a elaboração do cronograma
responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo – se a
previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. Não esquecer que, se
determinadas partes podem ser executadas simultaneamente, pelos vários membros da
equipe, existem outras que dependem da anteriores, como é o caso da análise e
interpretação, cuja realização depende da codificação e tabulação, só possíveis depois de
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colhidos os dados.

É o plano de distribuição das diferentes actividades de pesquisa, em várias fases. Permite


verificar se o pesquisador tem conhecimento consistente acerca das diferentes
actividades planificadas para a realização da pesquisa e o tempo necessário para o efeito
(pode ver nos dois exemplos abaixo).

Exemplo 1:

N Actividades Período em semanas

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 14 15 16
3
1 Encontro com o x x x x x x x x x x x x x x x x
tutor
2 Compra de x x
material
3 Elaboração e x x
impressão dos
instrumentos
de RD
4 Contacto com x x
as empresas
5 Recolha dos x x x
dados
6 Tabulação dos x x x
dados
7 Análise e X x x
interpretação
dos dados
8 Digitação de X x
dados
9 Redação da x x
monografia

Exemplo 2:
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Actividades Jan. Fev. Março Abril Mai Jun Jul Agos Set Out

Construção do
projecto de
pesquisa

Revisão de
literatura
Recolha de
dados
Tratamento e
análise de
dados
Elaboração do
relatório final
Revisão do
texto final
Entrega da
versão final
Defesa da
Dissertação

9.2. Orçamento
Respondendo à questão quanto? O orçamento distribui os gastos por vários itens, que
devem necessariamente ser separados. Inclui:
☑ Pessoal – pesquisadores de campo, todos os elementos devem ter computadores
e seus ganhos, quer globais, mensais, semanais ou por hora/ actividades, incluindo
os programadores de computadores.
☑ Material subdividido em:
 elementos consumidos no processo de realização da pesquisa, como papel,
canetas, lápis, cartões, computadores, etc;
 elementos permanentes, cuja posse pode retornar à entidade financiadora, ou
serem alugados, como máquinas de escrever, calculadoras, celulares, etc.

O orçamento distribui os gastos previstos com a pesquisa tanto em relação ao pessoal


quanto com material. Contempla a fase da elaboração do projecto, a execução da
pesquisa e a elaboração do relatório final, tal como ilustra os exemplos abaixo. Pode
ainda incluir no orçamento despesas relativas a divulgação/ publicação.

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Exemplo 1:

Número Material Quantidade Preço unitário Preço global

01 Canetas 3 5,00 15,00

02 Resma 2 250,00 500,00

03 Computador 1 30. 000,00 30. 000,00

04 Comunicação 6 1.000,00 6.000,00

Sub total -------------------- ----------- -------------- 36.515,00

Imprevisto -------------------- ----------- --------------- 5.477,25


(15%)
Total ------------------- ------------ -------------- 41.992,25

Exemplo 2:

Descrição do material Quantidade Custo unitário Custo Total


Computador 1 25.000,00MTS 25.000,00MTS
Impressora 1 10.000,00 10.000,00MTS
Papel A4 4 caixas de resma 300,00MTS 1.200,00MTS
Gravador 1 5000,00MTS 5.000,00MTS
Transporte …. 100,00MTS 3.000,00MTS
Alimentação …. 500,00MTS 15.000,00MTS
TOTAL GERAL 52.200,00MTS

Nota: Não existe uma única tabela padrão, tem vários modelos, o importante é não
esquecer os pontos chaves que não devem faltar.

10. Apresentação, análise e discussão de resultados

10.1. Apresentação dos resultados (dados qualitativos vs dados quantitativos);

10.2. Análise e discussão dos resultados (análise qualitativa vs análise


quantitativa)

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11. Normas de apresentações dos trabalhos

12. Conclusão

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