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Manual de Metodologia de
Investigação Científica para os
cursos do mestrado
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ÍNDICE
ÍNDICE....................................................................................................................................................2
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................3
1.1. Contextualização do módulo....................................................................................................4
No final deste módulo o estudante deve ser capaz de elaborar trabalhos de investigação
académica e científica...........................................................................................................................4
1.2. Tema (como formular um tema para pesquisa) e delimitação da investigação (temática,
espacial e temporal).........................................................................................................................4
1.3. Problematização....................................................................................................................5
1.4. Objectivos e questões de investigação/ hipóteses...............................................................6
1.5. Justificativa da pesquisa.....................................................................................................11
2. Revisão da literatura...................................................................................................................12
2.1. Teórica..................................................................................................................................12
2.2. Empírica................................................................................................................................12
3. Procedimentos metodológicos..................................................................................................12
3.1. Classificação da investigação..............................................................................................12
3.2. Universo e amostra/Participantes.......................................................................................15
3.3. Técnicas e instrumentos de recolha de dados...................................................................16
7.3. Técnicas de tratamento de dados.......................................................................................23
7.4. Relação entre o tipo de pesquisa, técnica, instrumento recolha e análise de dados......24
8. Resultados esperados.................................................................................................................24
9. Cronograma e orçamento..........................................................................................................24
9.1. Cronograma.........................................................................................................................24
9.2. Orçamento...........................................................................................................................26
10. Apresentação, análise e discussão de resultados..................................................................27
10.1. Apresentação dos resultados..............................................................................................27
10.2. Análise e discussão dos resultados.....................................................................................28
11. Normas de apresentações dos trabalhos..................................................................................28
12. Conclusão.................................................................................................................................28
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................................29
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1. INTRODUÇÃO
Objectivos Gerais
Objectivos Específicos
☑ Ter capacidade de formular tema/problemas de investigação científica;
☑ Saber formular objectivos que correspondam ao tema/problema já estabelecidos;
☑ Ter habilidade de formular hipóteses e/ou Questões de Investigação;
☑ Saber seleccionar uma revisão bibliográfica a altura do problema levantado;
☑ Saber desenhar as metodologias correspondentes ao assunto em pesquisa;
☑ Ter habilidade de tratamento, análise e interpretação de dados;
☑ Conhecer as regras de elaboração do relatório final do trabalho.
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1.1. Contextualização do módulo
No final deste módulo o estudante deve ser capaz de elaborar trabalhos de investigação
académica e científica.
Para (Prodanov & Freitas, 2013) o tema ou título é o assunto que desejamos provar ou
desenvolver. Pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada pelo pesquisador, da sua
curiosidade científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da
própria teoria. Pode ter surgido pela entidade responsável, portanto, “encomendado”, o
que, porém, não lhe tira o caráter científico.
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1.2.3. Delimitação da investigação do tema (temática, espacial e temporal)
1.3. Problematização
O problema, em sentido geral, é uma questão que mostra uma situação necessita de
discussão, investigação, decisão ou solução.
Figura 1:
Como? O modo
Tema/Problema
Quem? O
agente
i. Compreensão do problema;
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ii. Elaboração de um plano de resolução;
Para (Richardson, et al 2008; & Sampieri; Collado & Lúcio, 2006) usualmente em uma
pesquisa podemos utilizar os verbos: escrever, identificar, levantar, descobrir, comparar,
construir, inserir, caracterizar, descrever, interpretar, diferenciar, traçar, medir, analisar,
avaliar, verificar, explicar, exemplificar, demonstrar, desenhar, recolher, provar, ilustrar,
justificar, designar, listar, classificar, definir, selecionar, capacitar, determinar, calcular,
distinguir, elaborar, medir, separar, apresentar, organizar, operar, preparar, produzir,
propor, resolver, resumir, traduzir, diagnosticar, indicar. Verbos a evitar: Aceitar,
conhecer, sentir, apreciar, reconhecer, perceber, saber, melhorar, entender,
compreender. Objetivos da pesquisa têm a finalidade de mostrar o que se deseja da
pesquisa e devem ser expresso com clareza, pois são orientações do estudo.
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i. Objetivo geral
Para Gil (2007) o objetivo geral tem caracter finalístico; referem – se àquilo que o
estudante será capaz de fazer após a conclusão da disciplina ou curso. Enquanto Marconi
& Lakatos (2007, p.106) afirmam que objetivo geral esta ligado a uma visão global e
abrangente do tema. Relaciona – se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e
eventos, quer das ideias estudadas. Vincula – se diretamente à própria significação do
relatório.
Por exemplo:
Capacitar o estudante para aplicação de princípios e técnicas do programa SPSS para
analise e interpretação de dados do relatório do fim do curso.
Analisar as razões que levam os jovens da cidade de Nampula a fazerem o aborto
induzido com maior frequência, no ano de 2018.
Avaliar os fatores que levam as raparigas da cidade de Nampula a preferirem o
aborto seguro no ano de 2018.
Por exemplo:
Identificar as principais técnicas para uso do programa SPSS.
Definir a base dados do questionário.
Inserir variáveis na base dados do SPSS.
Descrever os tipos de abortos realizados no Hospital Central de Nampula, no ano de
2018.
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Caracterizar cada tipo de aborto realizado no Hospital Central de Nampula, no ano de
2018.
Razões e implicações da baixa utilização dos serviços de maternidade por parte dos
membros da comunidade do distrito de Nacala – Porto, em 2018.
Impacto da implementação do abordo seguro no Hospital Central de Nampula, no
ano de 2018.
Implicações da utilização dos métodos anti – conceptivos por parte dos membros da
comunidade da cidade de Nampula, em 2018.
Avaliação das mortes maternas ocorridas na maternidade do Hospital Central de
Nampula, em 2018.
1.4.3. Hipóteses
Sampieri, Collado & Lúcio (2006, p.118) hipóteses são diretrizes para uma pesquisa. As
hipóteses indicam o que estamos buscando ou tentando provar e se definem como
tentativas de explicações do fenómeno pesquisado, formuladas como proposições.
Hipóteses: as tentativas de explicações do fenómeno pesquisado, formuladas como
proposições. Enquanto Carvalho (2009, p.124) afirma que hipóteses são suposições
colocadas como respostas plausíveis e provisorias para o problema de pesquisa. As
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hipóteses são provisorias porque poderão ser confirmadas ou refutadas com
desenvolvimento da pesquisa.
Na visão Sampieri, Collado & Lúcio (2006, p.123), no enfoque quantitativo, para que uma
hipótese possa ser considerada, deve reunir certos requisitos:
i. As hipóteses devem referir – se a uma situação social real;
ii. Os termos (variáveis) da hipótese devem ser compreensíveis, precisos e o mais
concreto possível;
iii. A relação entre variáveis propostas por uma hipótese deve ser clara e
verossímil (lógica);
iv. As hipóteses devem estar relacionadas ás técnicas disponíveis para comprová-
las.
Para Marconi & Lakatos (2007, p. 108) diz que existem dois tipos de hipóteses: hipótese
básica e hipóteses secundárias. Enquanto Sampieri, Collado & Lúcio (2006, p.123), existem
diversas formas de classificar as hipóteses:
i. Hipóteses de pesquisa;
ii. Hipóteses nulas;
iii. Hipóteses alternativas;
iv. Hipóteses estatísticas
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Exemplo 2: A publicidade influencia a venda de cerveja.
☑ Variável independente: publicidade
☑ Variável dependente: venda de cerveja.
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Exemplo resolvido
O impacto da descentralização no desenvolvimento económico e social da vila de Ribáué.
Objectivo Geral:
Analisar o impacto da descentralização no desenvolvimento da Vila Autárquica de Ribáué.
☑ Explicar o processo de implementação ☑ Como é feito o processo de
da governação descentralizada em implementação da governação
Ribáué; descentralizada de Ribaué?
☑ Descrever as realizações da governação ☑ Quais são as realizações da
autárquica na vila de Ribáué; governação da autarquia da vila
de Ribaué?
☑ Comparar o processo de implementação ☑ Quais são os aspectos positivos
da governação descentralizada com e negativos nos processos de
programa de governação autárquica da implementação da governação
Vila de Ribáué; descentralizada com o
programa de governação
autarquica da vila de Ribaué?
Exercícios de aplicação
Com base no tema: Implementação das directrizes do processo de Bolonha numa
Universidade X na Cidade de Nampula. Elabore, um objectivo geral e três objectivos
específicos, três questões de investigação.
Nota: As hipóteses colocadas neste tipo de pesquisa devem ser hipóteses testadas e
comprovadas, visto que nos estudos qualitativos não testam hipóteses.
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Exemplo: Com base no tema: . Elabore, um objectivo geral e três objectivos específicos,
três Hipóteses. “”
Exemplo resolvido
Tema:
Objectivo Geral:
Objectivo específico 1 Questão de investigação 1
Objectivo específico 2 Questão de investigação 2
Objectivo especifico 3 Questão de investigação 2
Exercícios de aplicação
Com base no tema: . Elabore, um objectivo geral e três objectivos específicos, três
objectivos especificos.
Tema:
Objectivo Geral:
Objectivo específico 1 Hipótese 1
Objectivo específico 2 Hipótese 2
Objectivo especifico 3 Hipótese 3
Para (Sampieri, Collado & Lucio, 2006, p.40) justificativa da pesquisa: indica o porquê da
pesquisa ao expor suas razões. Para justificar a realização da pesquisa é necessário que
responda os seguintes pontos:
☑ Conveniência;
☑ Relevância social;
☑ Implicações práticas;
☑ Valor teórico;
☑ Utilidade metodológica.
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porém completa, das razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática que
tornam importante a realização da pesquisa.
2. Revisão da literatura
2.1. Teórica;
2.2. Empírica
3. Procedimentos metodológicos
Para (Prodanov & Freitas, 2013; e Vilelas, 2020), os tipos de pesquisa quanto abordagem
são:
☑ Pesquisa qualitativa;
☑ Pesquisa quantitativa;
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Nesta temática os tipos de pesquisa subdividimos em três: pesquisa qualitativa; pesquisa
quantitativa e pesquisa mista que é também conhecida por pesquisa qualitativa e
quantitativa. Para distinção de cada uma das pesquisas foram utilizadas algumas normas
e regras para tentarmos compreender e explicar as características de cada uma dessas
pesquisas. Vamos começar por abordar a pesquisa qualitativa; depois pesquisa
quantitativa e por último a pesquisa mista.
Conforme Minayo (2001, p.14), diz que “a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de
significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a espaço
mais profundo das relações, dos processos e nos fenómenos que não podem ser
reduzidos a operacionalização de variáveis”. Ainda (Coutinho, 2011) afirma que a pesquisa
qualitativa deve ser compreendida como aquela capaz de incorporar a questão do
significado e da intencionalidade como inerentes aos actos, às relações e às estruturas
sociais, sendo estas últimas tomadas como construções humanas.
Nas visões destes autores acima mencionados a pesquisa qualitativa explica processos,
fenómenos não quantificando, mas sim interpretando respeitado as diversidades das
qualidades das opiniões dos intervenientes assim como elas são.
Como assinala Rosa (2011), trata-se de um tipo de pesquisa na qual a preocupação não
está para as representações numéricas, mas sim com o aprofundamento da compreensão
de um grupo social ou de uma organização, exprimindo o que convém ser feito. Sabendo
que pesquisa qualitativa “fundamenta principalmente em análises qualitativas,
caracterizando-se, em princípio pela não utilização de instrumentos estatísticos na análise
dos dados”. Esse tipo de análise tem por base conhecimentos teóricos-empíricos que
permitem atribuir-lhe cientificidade, (Martins & Theóphilo, 2009).
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Para (De Alvarenga, 2012, p. 39) pesquisa quantitativa baseia – se em investigações
exploratórias, descritivas, analíticas e correlacionais. Ainda fundamentam com estudos
comparativos, diferença de grupos, experimentais, e metaanálise. Cada um um desses
níveis nos remete a um estudo quantitativo. Enquanto (Will, 2012, p.60); considera que
todos os dados podem ser quantificados, inclusive as informações vindas de uma
entrevista, por exemplo, as quais devem ser traduzidas em números, para serem
classificadas e analisadas.
O último tipo de pesquisa quanto a abordagem é pesquisa mista, visto que, trata-se de
um estudo cuja análise exige a combinação de dados qualitativos e quantitativos, uma
vez que, a combinação entre os dados qualitativos e quantitativos permitirá
compreender de forma qualitativa e quantitativa dos dados (Severino, 2006).
Em jeito de síntese desse tipo de pesquisa quanto abordagem, os três tipos de pesquisas
estudas: pesquisa qualitativa, pesquisa quantitativa e pesquisa mista resumo numa
metodologia a seguir para obter determinados resultados a dar resposta um processo ou
fenómeno pesquisado por investigador. Ao estudarmos, separadamente, os três tipos de
pesquisa, não significa dizer que os mesmos acontecem isoladamente na ação do
pesquisador. Com isso, voltamos à questão de que o pesquisar a partir de determinada
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temática deve perceber com base nos instrumentos que vai o usar com é a melhor
metodologia para a pesquisa ter sucesso. Depois definir a metodologia a usar. Todas
essas metodologias buscam a verdade a partir de uma determina temática por si
determinada, que interpreta o determinado fenómeno. Pois embora, a diferença esta na
explicação de cada uma delas, que umas podem ser verificais enquanto que as outras não
e no caminho pelo qual seguimos para defender a tal fenómeno.
Conforme (Prodanov & Freitas, 2013; e Vilelas, 2020), os tipos de pesquisa quanto aos
objectivos são:
☑ Pesquisa descritiva;
☑ Pesquisa exploratória;
☑ Pesquisa explicativa.
A pesquisa científica também deve ser classificada quanto aos seus objectivos. Assim
como as demais, essa classificação depende do objecto, da metodologia empregada e do
problema de pesquisa. Isso significa dizer que não se deve escolher de forma aleatória.
Mas ter um fim específico.
☑ Pesquisa exploratória
A pesquisa exploratória tem o objectivo de proporcionar maior familiaridade com um
problema e envolve levantamentos bibliográficos, entrevistas com pessoas que tiveram
experiências práticas com o problema, além da análise de exemplos.
Assumindo, em geral, a forma de pesquisas bibliográficas e estudos de caso.
☑ Pesquisa descritiva
Em segundo lugar, a pesquisa descritiva tem como objectivo caracterizar certo
fenómeno. Como, por exemplo, descrever as características de certa população.
Assim, estabelecendo relações entre variáveis, o que envolve técnicas de colecta de
dados padronizados, como questionários e técnicas de observação.
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☑ Pesquisa explicativa
A última categoria, a pesquisa explicativa, visa identificar os factores que determinam
fenómenos e explicar o porquê das coisas.
Segundo Gil (2007, p. 43), uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de uma
pesquisa descritiva, posto que a identificação de factores que determinam um fenómeno
exige que esteja suficientemente descrito e detalhado.
☑ Pesquisa pura
A pesquisa científica pura, também chamada de teórica ou básica, permite articular
conceitos e sistematizar a produção de uma determinada área de conhecimento”
(Minayo (2002, p. 52). Visa criar novas questões num processo de incorporação e
superação daquilo que já se encontra produzido”.
No entendimento de Trujillo Ferrari (1982), a pesquisa teórica procura melhorar o próprio
conhecimento. Isso significa contribuir, entender e explicar os fenómenos. Na pesquisa
teórica, os pesquisadores trabalham para gerar novas teorias.
☑ Pesquisa aplicada
A pesquisa científica aplicada tem como finalidade gerar soluções aos problemas
humanos, entender como lidar com um problema. Trujillo (1982, p. 171) enfatiza que “não
obstante a finalidade práctica da pesquisa, ela pode contribuir teoricamente com novos
fatos para o planeamento de novas pesquisas ou mesmo para a compreensão teórica de
certos sectores do conhecimento”.
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3.3. Técnicas e instrumentos de recolha de dados
☑ Observação científica;
☑ Entrevista;
☑ Questionário.
Conforme Gil (2007, p.120-121) e Marconi & Lakatos (2007, p. 199), há diferentes tipos de
entrevistas, que variam de acordo com o propósito do entrevistador:
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i. Entrevista padronizada ou estruturada – é aquela em que o entrevistador segue
um roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são
predeterminadas. Ela si realiza de acordo com um formulário elaborado e é
efetuado de preferência com pessoas selecionadas de acordo com um plano. O
pesquisador não é livre para adaptar suas perguntas a determinada situação,
de alterar a ordem dos tópicos ou de fazer outras perguntas.
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iv. Entrevista direta – é aquela que o entrevistador e o entrevistado estão no
mesmo local e cada um consegue observar o outro a olho no olho sem
interferência de nenhum aparelho.
Marconi & Lakatos (2007, p. 201), a preparação da entrevista é uma etapa importante da
pesquisa: requer tempo (o pesquisador deve ter uma ideia clara da informação de que
necessária) e exige algumas medidas:
Os autores Marconi & Lakatos (2007, p. 200) afirmaram que a entrevista possuem as
seguintes vantagens: Pode ser utilizado com todos os segmentos da população:
analfabetos ou alfabetizados; Fornece uma amostragem muito melhor da população
geral: o entrevistado não precisa saber ler ou escrever; Há maior flexibilidade, podendo o
entrevistador repetir ou esclarecer perguntas, formular de maneira diferente; especificar
algum significado, como garantia de estar sendo compreendido; Oferece maior
oportunidade para a obtenção de dados que não se encontram em fontes documentais e
que sejam relevantes e significativos; Há possibilidade de conseguir informações mais
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precisas, podendo ser comprovadas, de imediato, as discordâncias; Permite que os dados
sejam quantificados e submetidos a tratamento estatístico.
Na vertente de Gil (2007) e Marconi & Lakatos (2007, p. 200), a entrevista apresenta
algumas limitações, que podem ser superadas ou minimizadas se o pesquisador for uma
pessoa com bastante experiência ou tiver bom – senso. As limitações são: Dificuldade de
expressão e comunicação de ambas partes; Incompreensão, por parte do informante, do
significado das perguntas, da pesquisa, que pode levar a uma interpretação; Possibilidade
de o entrevistado ser influenciado, consciente ou inconscientemente, pelo questionador,
pelo seu aspeto físico, suas atitudes, ideias, opiniões; Disposição do entrevistado em dar
as informações necessárias; Retenção de alguns dados importantes, receando que a sua
identidade seja revelada; Pequeno grau de controle sobre uma situação de coleta de
dados; Ocupa muito tempo e é difícil de ser realizada; e Os custos com o treinamento de
pessoal e a aplicação das entrevistas.
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i. Questionário de perguntas fechadas
Conforme Richardson et al (2008, p. 191) questionário de perguntas fechadas são
instrumentos em que as perguntas ou afirmações apresentam categorias ou alternativas
de respostas fixas e preestabelecidas. O entrevistado deve responder à alternativa que
mais se ajusta às características, ideias ou sentimentos.
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( ) Acomodado ( ) Alto ( ) Mau ( ) Médio ( ) Baixo
v. Aplicação do questionário
Richardson et al (2008, p. 196) diz que existem dois métodos para aplicar questionários a
uma população: contato direto e por correio (hoje por diversas redes).
4. Desenho de questionário
4.1. Conceito
Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma serie ordenada
de perguntas, que devem ser respondidas por escrito com ou sem a presença do
entrevistador, Marconi & Lakatos (2007, p. 203).
5.1.1. 1º Caso
1º Passo – Tema;
2º Passo – Fazer os objetivos (Geral e específicos);
3º Passo – Escolher o tipo de pesquisa quanto abordagem ou enfoque (Pesquisa
Qualitativa);
4º Passo – Elaborar questões de investigação com base nos objetivos;
5º Passo – Elaborar questionário com perguntas abertas (Não esquecendo fazer o
cabeçario com o tema e explicar para que fim serve o questionário).
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5.1.2. 2º Caso
1º Passo – Tema;
2º Passo – Fazer os objetivos (Geral e específicos);
3º Passo – Escolher o tipo de pesquisa quanto abordagem ou enfoque (Pesquisa
Quantitativa);
4º Passo – Elaborar hipóteses com base nos objetivos;
5º Passo – Elaborar questionário com perguntas fechadas (Não esquecendo fazer o
cabeçario com o tema e explicar para que fim serve o questionário).
5.1.3. 3º Caso
1º Passo – Tema;
2º Passo – Fazer os objetivos (Geral e específicos);
3º Passo – Escolher o tipo de pesquisa quanto abordagem ou enfoque (Pesquisa Mista);
4º Passo – Elaborar questões de investigação e hipóteses com base nos objetivos;
5º Passo – Elaborar questionário com perguntas abertas e perguntas fechadas (Não
esquecendo fazer o cabeçario com o tema e explicar para que fim serve o questionário).
Olá, meu nome é Alexandre Tocoloa, sou estudante do curso de Administração Hospitalar
da Academia Militar, província de Nampula. Estou a fazer um estudo na área serviços
hospitalares e para tal conto com o seu apoio. Este instrumento visa a coleta de dados
para fins académicos, concretamente a elaboração do meu relatório do final de curso
para obtenção do grau de técnico de administração hospitalar, cujo tema é: Razões da
baixa utilização dos serviços hospitalares na província de Nampula. Os dados nele contido
só serão usados para o propósito acima referenciado.
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Conforme Richardson et al (2008, p. 191) questionário de perguntas fechadas são
instrumentos em que as perguntas ou afirmações apresentam categorias ou alternativas
de respostas fixas e preestabelecidas. O entrevistado deve responder à alternativa que
mais se ajusta às características, ideias ou sentimentos.
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As alternativas de respostas devem ser exaustivas, isto é, devem incluir todas as
possibilidades que se podem esperar.
As alternativas devem ser excludentes. O entrevistado não deve duvidar entre
duas ou mais alternativas que podem ter o mesmo significado.
Exemplo - Você considera os serviços da maternidade:
( ) Acomodado ( ) Alto ( ) Mau ( ) Médio ( ) Baixo
Nesse caso, o entrevistado pode duvidar entre “Mau” e “Baixo” que podem ter o mesmo
significado. A utilização do questionário com perguntas fechadas depende de diversos
aspetos:
i. Supõe – se que os entrevistados conheçam a temática tratada no questionário.
ii. Supõe – se que o entrevistador conheça suficientemente bem o grupo a ser
entrevistado, de modo que possa antecipar o tipo de respostas a serem dadas.
6. Aplicação do questionário
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Richardson (2008, p. 196) diz que existem dois métodos para aplicar questionários a uma
população: contato direto e por correio (hoje por diversas redes).
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Na vertente de Gil (2007), o questionário:
i. Exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas
circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da investigação;
ii. Impede o auxílio ao informante quando este não entende corretamente as
instruções;
iii. Impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido, o que pode
ser importante na avaliação da qualidade das respostas;
iv. Não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolvam – no
devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da
representatividade da amostra ou dos participantes;
v. Envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é
sabido que questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de
não serem respondidos;
vi. Proporciona resultados bastante críticos em relação à objetividade, pois os
itens podem ter significado diferente para cada sujeito pesquisado.
Por exemplo:
1. Quanto tempo leva da tua casa aos serviços da maternidade mais próximo do
distrito de Nacala – Porto?
2. Existe falta de abastecimento dos anti – conceptivos nas consultas de
planeamento familiar? Por favor, justifique.
3. As cobranças ilícitas aos pacientes na maternidade faz com que a população não
adere os serviços da maternidade do distrito? Justifique.
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7.4. Relação entre o tipo de pesquisa, técnica, instrumento recolha e análise de
dados
8. Resultados esperados
9. Cronograma e orçamento
9.1. Cronograma
Na visão dos autores (Marconi & Lakatos, 2007, p.116), a elaboração do cronograma
responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo – se a
previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. Não esquecer que, se
determinadas partes podem ser executadas simultaneamente, pelos vários membros da
equipe, existem outras que dependem da anteriores, como é o caso da análise e
interpretação, cuja realização depende da codificação e tabulação, só possíveis depois de
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colhidos os dados.
Exemplo 1:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 14 15 16
3
1 Encontro com o x x x x x x x x x x x x x x x x
tutor
2 Compra de x x
material
3 Elaboração e x x
impressão dos
instrumentos
de RD
4 Contacto com x x
as empresas
5 Recolha dos x x x
dados
6 Tabulação dos x x x
dados
7 Análise e X x x
interpretação
dos dados
8 Digitação de X x
dados
9 Redação da x x
monografia
Exemplo 2:
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Actividades Jan. Fev. Março Abril Mai Jun Jul Agos Set Out
Construção do
projecto de
pesquisa
Revisão de
literatura
Recolha de
dados
Tratamento e
análise de
dados
Elaboração do
relatório final
Revisão do
texto final
Entrega da
versão final
Defesa da
Dissertação
9.2. Orçamento
Respondendo à questão quanto? O orçamento distribui os gastos por vários itens, que
devem necessariamente ser separados. Inclui:
☑ Pessoal – pesquisadores de campo, todos os elementos devem ter computadores
e seus ganhos, quer globais, mensais, semanais ou por hora/ actividades, incluindo
os programadores de computadores.
☑ Material subdividido em:
elementos consumidos no processo de realização da pesquisa, como papel,
canetas, lápis, cartões, computadores, etc;
elementos permanentes, cuja posse pode retornar à entidade financiadora, ou
serem alugados, como máquinas de escrever, calculadoras, celulares, etc.
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Exemplo 1:
Exemplo 2:
Nota: Não existe uma única tabela padrão, tem vários modelos, o importante é não
esquecer os pontos chaves que não devem faltar.
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11. Normas de apresentações dos trabalhos
12. Conclusão
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
☑ Amado, João (2014). Manual de investigação qualitativa em educação. (2ª Ed.).
Universidade de Coimbra. ISBN Digital 978 – 989 – 26 – 0879 – 2.
☑ De Aragão, José Wellington Marinho & Mendes Neta; Maria Adelina (2017).
Metodologia científica. Salvador: UFBA. ISBN: 978 – 85 – 8292 – 131 – 9.
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☑ Hill, M. M. (2014). Desenho de questionário e análise dos dados - alguns
contributos. In Metodologia de Investigação em Ciências Sociais da Educação.
Edições Húmus.
☑ Luiz, Ercília Maria de Moura Garcia (2019). Escrita académica: princípios básicos. (1ª
Ed.). Santa Maria, Brasil: Universidade Federal de Santa Maria. ISBN 978-85-8341-
215-1
☑ Marconi, Marina De Andrade & Lakatos, Eva Maria (2007). Metodologia do trabalho
científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório e
trabalhos científicos. (7ª Ed.), São Paulo, Brasil: Atlas S. A. ISBN 978 – 85 – 224 –
4878 – 4.
☑ Marconi, M. A. & Lakatos, E. M. (2007). Fundamentos de metodologia cientifica. (6ª
Ed.), São Paulo, Brasil: Atlas S. A.
☑ Martins, Ronei Ximenes (2013). Metodologia de pesquisas: guia de estudo. Minas
Gerais, Brasil: Universidade Federal de Lavras.
☑ Martins, G. & Theóphilo, C. (2009): Metodologia da Investigação Científica para
Ciências Sociais Aplicadas. (2ª Ed.). São Paulo: Editora Atlas.
☑ Menezes, Afonso Henriques Novaes; Duarte, Francisco Ricardo; Carvalho, Luís
Osete Ribeiro; & Souza, Tito Eugênio Santos (2019). Metodologia científica teoria e
aplicação na educação a distância. Petrolina: Universidade Federal do Vale do São
Francisco.
☑ Minayo, K. (2001). Metodologia científica: técnicas e métodos. São Paulo: Atlas
editora.
☑ Nascibem, Fábio Gabriel (2022). O saber popular e o saber científico: uma
convergência possível? São Paulo: Edgard Blucher Ltda. ISBN 978 – 85 – 8039 –
432 – 0.
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