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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

ESCOLA SUPERIOR POLITÉCINCA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRICULTURA

NOME ********* ************

RU: ************

RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

ESTUDO EM MATA ATLANTICA – SP

BRASIL 2023

1 DESCRIÇÃO DO LOCAL

Este bioma ocupava uma área de 1.110.182 Km², e correspondia a 15% do território nacional
mas hoje restam apenas 12,5% da floresta que existia originalmente. É constituída
principalmente por mata ao longo da costa litorânea que vai do Rio Grande do Norte ao Rio
Grande do Sul. A Mata Atlântica passa pelos territórios dos estados do Espírito Santo, Rio de
Janeiro e Santa Catarina, e parte do território do estado de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande
do Sul, São Paulo e Sergipe. A Mata Atlântica apresenta uma variedade de formações, engloba
um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com estrutura e composições florísticas
bastante diferenciadas, acompanhando as características climáticas da região onde ocorre.
Cerca de 70% da população brasileira vive no território da Mata Atlântica. As nascentes e
mananciais abastecem as cidades, sendo um dos fatores que tem contribuído com os
problemas de crise hídrica, associados à escassez, ao desperdício, à má utilização da água,
ao desmatamento e à poluição.

1.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

O relevo da Mata Atlântica é constituído por principalmente por planícies costeiras e colinas
que são acompanhadas por uma cadeia de montanhas. Os solos da Mata Atlântica não
possuem fertilidade elevada. Apesar disso, a área com relevo acidentado constitui limitação
forte para uso intensivo das terras com cultivos anuais. No interior da Mata Atlântica, o solo é
considerado pobre e se mantém devido à decomposição acelerada da matéria orgânica
derivada dos restos vegetais que atingem o solo.

O clima da Mata Atlântica é predominantemente tropical úmido, influenciado pelas massas de


ar úmidas vindas do Oceano Atlântico. A floresta também apresenta outros microclimas, uma
vez que as grandes árvores que compõem a vegetação geram sombra e umidade. Além do
clima tropical litorâneo úmido, presente na região nordestina, a Mata atlântica engloba
também os climas tropical de altitude, na região sudeste, e o subtropical úmido, na região sul.
Suas temperaturas médias e umidade do ar são elevadas durante o ano todo e as chuvas são
regulares e bem distribuídas.

A Mata Atlântica abriga uma intrincada rede de bacias hidrográficas formadas por grandes
rios como o Paraná, o Tietê, o São Francisco, o Doce, o Paraíba do Sul, o Paranapanema e o
Ribeira de Iguape

1.2 CARACTERÍSTICAS BIÓTICAS

Nas regiões onde ainda existe, a Mata Atlântica caracteriza-se pela vegetação exuberante,
com acentuado higrofitismo, ou seja, plantas que se adaptam bem a água. Entre as espécies
mais comuns encontram-se algumas briófitas, cipós, e orquídeas. A fauna endêmica é formada
principalmente por anfíbios (grande variedade de anuros), mamíferos e aves das mais diversas
espécies. É uma das áreas mais sujeitas a precipitação no Brasil. As chuvas são orográficas,
em função das elevações do planalto e das serras. A biodiversidade da Mata Atlântica é
semelhante à biodiversidade da Amazônia. Há subdivisões do bioma da Mata Atlântica em
diversos ecossistemas devido as variações de latitude e altitude. Há ainda formações
pioneiras, seja por condições climáticas, seja por recuperação, zonas de campos de altitude e
enclaves de tensão por contato. A interface com estas áreas cria condições particulares de
fauna e flora.

Principais exemplos vegetais: Pau-Brasil, Cedro, canela, ipê, jacarandá , jatobá, jequitibá,
palmeira, epífitas (orquídeas e outros), cipós etc.

A fauna da Mata Atlântica é destaque devido ao grande número de espécies. A floresta serve
de habitat para muitas espécies de animais.

Vivem Mata Atlântica cerca de:

850 espécies de aves

370 de anfíbios
200 de répteis

265 de mamíferos

350 de peixes.

Várias espécies originárias da Mata Atlântica estão em extinção, destacando-se os micos-


leões, as lontras, as onças-pintadas, dentre outros. Existem várias espécies endêmicas no
bioma, ou seja, espécies animais que só existem neste tipo de bioma.

2 DESCRIÇÃO DO DANO E TIPO DE DANO

Desmatamento na Mata Atlântica

A Mata Atlântica é o bioma mais devastado do Brasil, sendo que, na atualidade, restam menos
de 12,5% da cobertura original desse tipo vegetacional. No último ano, de acordo com dados
do MapBiomas, cerca de 10 mil hectares da Mata Atlântica foram derrubados. Entre as
principais causas dos desmatamento nesse bioma, estão a extração de recursos naturais, a
utilização de madeira para produção de carvão vegetal e celulose, e, ainda, o avanço da
urbanização. A criação de loteamentos ilegais, em áreas rurais e de preservação, fomentados
pelo crescimento das cidades, gera grande parte do volume de corte da Mata Atlântica na
atualidade.

2.1 ABRANGÊNCIA E EXTENSÃO

A principal consequência do desmatamento está atrelada ao desequilíbrio ambiental


provocado pela perda da vegetação nativa. A remoção da vegetação provoca uma grande
perda da biodiversidade assim como a perda do habitat de animais e plantas, e, ainda, impacta
diretamente na elevação do número de espécies em extinção. Desse modo, o desmatamento
causa um conjunto de impactos ambientais que geram uma grande mudança no ecossistema
local, alterando drasticamente as características geográficas e biológicas da área desmatada.
Além disso, o desmatamento provoca consequências sociais negativas, em especial, nas
comunidades tradicionais e muito dependentes das florestas. O processo de mudança das
condições climáticas verificado no globo nos últimos anos é um fenômeno que tem como um
dos causadores a crescente destruição da vegetação nativa de diferentes biomas nele.
Ademais, a elevação da temperatura e a ocorrência de eventos climáticos extremos são
apontadas por alguns pesquisadores como resultantes de processos de origem antrópica,
sendo um dos principais o desmatamento. Além disso, o desmatamento acelera a ocorrência
de processos naturais que são intensificados pela ação humana. A remoção da vegetação
impacta diretamente no aumento da erosão e da desertificação, por exemplo. No mais, o
desmatamento interfere no ciclo hidrológico e ocasiona efeitos como o esgotamento das
fontes de água, já que a retirada da vegetação dificulta a absorção da água da chuva pelo
subsolo e o consequente abastecimento das reservas subterrâneas e das nascentes.

3 PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Soluções para o desmatamento

As soluções para o desmatamento em nível global e regional devem estar concentradas na


possibilidade de diminuir-se o volume desmatado, preservar-se a biodiversidade e garantir-se
condições de vida adequadas para a população. Desse modo, as soluções para o
desmatamento perpassam por:

Implementação de um modelo econômico de produção baseado no desenvolvimento


sustentável;

Participação do poder público e da iniciativa privada no desenvolvimento de ações de


preservação ambiental;
Aplicação da legislação ambiental por meio da fiscalização e da punição de crimes
ambientais;

Bonificação para produtores rurais e outros atores econômicos que contribuem para a
preservação de áreas de floresta;

Criação de unidades de conservação e preservação ambiental com foco em regiões com alta
biodiversidade;

Promoção de políticas de reflorestamento de áreas devastadas com espécies nativas e


repovoamento de animais.

3.1 OBJETIVO DO PROJETO

A manutenção e preservação das florestas garante estabilidade no regime de chuvas e cheias


de rios, biodiversidade de fauna e flora, limpeza do ar, e até mesmo barreiras físicas contra
poluição alagamentos e sons em grandes cidades. As florestas reduzem a erosão e aumentam
a fertilidade do solo. Ao controlar a erosão, elas diminuem a quantidade de sedimentos – terra
e solo – que entram nos rios, melhorando a qualidade da água como um todo.

3.2 MÉTODOS OU TÉCNICAS

1- Fazer o cercamento da área

Primeiramente, a área degradada deve ser cercada para impedir a entrada de animais
herbívoros domésticos, como vacas, pois eles comem as mudas das espécies vegetais, além
de pisotearem o solo até a sua compactação, o que prejudica a regeneração da área.

2- Realizar intervenções de prevenção

Após o exame do solo, devem ser realizadas intervenções com técnicas apropriadas para
prevenir erosões. Para isso, os plantios devem ser realizados em curvas de nível. Além disso,
devem ser cavados canais escoadouros e fazer o terraceamento da área.

3- Corrigir os nutrientes e o pH do solo

Para avaliar a capacidade agronômica da área, é importante realizar a análise do solo. Dessa
forma, é possível corrigir os nutrientes e o pH do solo para viabilizar o crescimento da
vegetação. Quando o solo é pobre, ele não consegue oferecer suporte à flora. Por isso, ele
deve ser recomposto com material orgânico para se tornar novamente fértil.

4- Considerar o tipo de bioma

Para uma nova dinâmica de sucessão ecológica, o tipo de bioma onde se encontra o sítio
degradado deve ser considerado. Com isso, torna-se mais fácil escolher as espécies vegetais
mais adequadas ao local. Sem falar que essas variáveis ambientais também ajudam na
escolha da técnica mais propícia à recuperação.

5- Escolher a técnica mais propícia à recuperação

Uma das técnicas mais favoráveis à recuperação de áreas degradadas é a nucleação. Por
meio dela, são criados pequenos capões de mato, usando espécies vegetais pioneiras e não
pioneiras com maior potencial de multiplicação. Com isso, a floresta se propaga sem grandes
investimentos. Além disso, a técnica emprega geometrias, que favorecem o pegamento das
mudas.

6- Viabilizar a criação de um banco de sementes

O banco de sementes viabiliza a germinação das espécies vegetais e proporciona


variabilidade genética. Para a sua criação, basta distribuir galhos sobre o solo para abrigar
pequenos animais, que trazem consigo sementes. Outra técnica interessante é distribuir
poleiros pela área para que as aves possam pousar neles. Quando elas defecarem, suas fezes
espalham as sementes no local.

7- Realizar monitoramento periódico

Para o sucesso da recuperação ou restauração, é indispensável realizar o monitoramento


periódico das áreas que foram submetidas às técnicas. Continuamente, deve ser observado o
crescimento da floresta para verificar se as mudas pegaram (ou não). O coroamento e a
roçada também são práticas importantes a serem adotadas.

3.3 MONITORAMENTO

Elaboração de uma proposta de monitoramento e avaliação da efetividade da recuperação


após a execução do plantio; Levantamento dos custos, insumos necessários; Elaboração de
cronograma físico-financeiro referente a execução e consolidação da recuperação da área

PRAD não possui validade específica, ele está condicionado aos prazos de elaboração,
análise, execução e monitoramento. Dentre os elementos listados anteriormente, estes estão
condicionados a sub elementos que estão evidenciados a seguir:

Prazo de Elaboração: este item dependerá de visitas técnicas para levantamento da área
degradada e poderá demandar estudos complementares como levantamento topográfico,
levantamento arbóreo, amostra de solos, sondagens, entre outros Prazo de Análise: como a
análise ocorre por intermédio do órgão ambiental, esta etapa dependerá da quantidade de
analistas capacitados, da demanda de serviços que os mesmos possuem, da disponibilidade e
recursos para realização de vistorias na área e caso as análises estejam a regularização
ambiental do empreendimento. Prazo de Execução: a execução está condicionada ao capital
disponível do empreendedor/empreendimento, este terá que ditar o planejamento de
aquisições e contratações de empresas especializadas para a realização do PRAD, sendo
estes previstos no cronograma da elaboração. Prazo de Monitoramento: o monitoramento
deverá acontecer até o estágio final, que trata da recuperação/reabilitação da área,
entretanto, o tempo que leva para chegar ao ponto final depende da extensão da área, qual
tipo de degradação/perturbação esta sofreu, entre outros fatores.

REFERÊNCIAS

SCIELO

GOOGLE

https://www.ibflorestas.org.br/bioma-mata-atlantica

https://www.sosma.org.br

https://beduka.com

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