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Arqueologia e A Bíblia Sagrada - Arqueologia Bíblica
Arqueologia e A Bíblia Sagrada - Arqueologia Bíblica
O mesmo poderia ser dito sobre os nomes de alguns israelitas, que são
puramente egípcios. Merari, Finéias e Moisés são apenas alguns exemplos. O
nome do “herói” hebreu é o exemplo mais conhecido. Moisés vem do verbo
egípcio ms-n (a pronúncia aproximada seria algo como mase-n), que significa
“nascido de”. Esse é um verbo muito utilizado no nome de outros faraós:
Ramsés, Ahmose, Thutmose, etc.
c) Assim como a opinião dos críticos teve que ser radicalmente mudada a
respeito de Babilônia e de Nabucodonosor, o mesmo aconteceu com Belsazar,
o último rei da Babilônia. Críticos modernos não concordavam com essa
informação. Novamente a arqueologia refutou essa opinião. Vários tabletes
cuneiformes confirmam que Nabonido, o último rei de Babilônia, deixou seu
filho Bel-Shar-Usur (Belsazar) cuidando do Império enquanto ele estava em
Temã, na Arábia. Você pode confirmar em Daniel 5:7 que Belsazar ofereceu
para Daniel o terceiro lugar no reino, já que o pai, Nabonido, era o primeiro e
ele, Belsazar, o segundo.
1) Como foi demonstrado acima, Daniel escreveu seu livro muito antes do
cumprimento de suas profecias. Logo, isso nos mostra a Soberania e
Autoridade de Deus sobre a história da civilização. Se Deus é capaz de
comandar o futuro, Ele é a única resposta para os problemas da humanidade.
O endereço do Mestre
A seguir, cada uma das partes desta estrutura será mostrada juntamente com
o seu correspondente bíblico:
4) Depósito do tratado. O documento deveria ser bem guardado para ser lido
novamente em outras ocasiões. A “Arca da Aliança” era assim chamada por
conter em seu interior as estipulações de Deus para Seu povo (Êx 25:16).
6) Bênçãos e maldições. Isto é, aquilo que o suserano faria caso seu vassalo
fosse fiel ou não. Em Levítico 26, temos referências a bênçãos (pela
obediência) e maldições (pela desobediência).
Avaliação da evidência
Uma vez que as alianças do Pentateuco possuem a mesma estrutura dos textos
hititas do 14º e 13º século a.C., parece mais razoável aceitarmos que a data
da composição do texto bíblico seja a mesma de tais tratados e não depois,
como os críticos afirmam.
A região escavada por Levy e seus colegas na Jordânia é uma velha suspeita
de ter abrigado as famosas minas salomônicas. Nos anos 1940, o arqueólogo
americano Nelson Glueck já tinha defendido a idéia. No entanto, foi só com as
escavações em larga escala no sítio de Khirbat en-Nahas (em árabe, "as ruínas
de cobre"), ao sul do Mar Morto, que o tamanho da atividade mineradora ali
ficou claro. Estima-se que, só em sobras da extração do minério, existam no
local entre 50 mil e 60 mil toneladas de detritos.
Numa escavação iniciada em 2006, Levy e seus colegas desceram pouco mais
de 6 m e montaram um quadro em alta resolução da história de Khirbat en-
Nahas. A ocupação começa com uma estrutura retangular de pedra, com
protuberâncias ou "chifres". "Pode ter sido um altar", conta o arqueólogo -
esses "chifres" eram usados como plataforma para besuntar o sangue dos
animais sacrificados na antiga Palestina. Acima dessa estrutura, ao menos
duas grandes fases de extração de cobre estão documentadas, com paredes
de pedra que serviam como instalação industrial.
Levy diz que os dados obtidos em Khirbat en-Nahas são compatíveis com o
quadro do Antigo Testamento, mas mostra cautela. "Se as atividades lá podem
ser atribuídas ao controle da produção de metal pela Monarquia Unida
israelita, pelos edomitas ou por uma combinação de ambos, ou até por um
outro grupo, é algo que nossa equipe na Jordânia ainda está investigando",
ressalta ele.
"Na época em que Nahas está ativa, não há um único sítio arqueológico no
platô de Edom, que só passa a ser ocupado nos séculos 8 a.C. e 7 a.C.", diz o
pesquisador israelense. "A mineração em Nahas não tem a ver com o
povoamento de Edom, mas com o do vale de Bersabéia [parte do reino
israelita de Judá], que fica a oeste, ao longo das estradas pelas quais o cobre
era transportado até o Mediterrâneo", afirma.
(G1 Notícias)
Postado por Michelson às 5:41 PM
QUINTA-FEIRA, AGOSTO 28, 2008
Referências:
Desta vez, o selo encontrado foi de Gedalias, filho de Pasur! E tem mais: os
nomes impressos sobre eles estão completos e em perfeitas condições de
serem lidos. A informação torna-se mais impressionante, já que estamos
falando de documentos de 2600 anos atrás!
Nas palavras dela: “Não é muito freqüente que uma descoberta aconteça em
que figuras reais do passado agitam a poeira da história e tão vividamente
revivem as histórias da Bíblia.”
O fiasco de um rei
Layard pediu para seus homens trabalharem apenas mais um dia. Minutos
depois de eles terem voltado às escavações, todo esforço foi recompensado.
Eles fizeram uma das descobertas mais importantes da arqueologia bíblica!
Trata-se do Obelisco* Negro de Salmanasar III, rei assírio que reinou entre os
anos 858 até 824 a.C.
O texto, que está logo após o relevo do personagem bíblico, diz: “Tributo de
Jeú, filho de Omri. Prata, ouro, vasos de prata... cetros para a mão do rei [e]
dardos, [Salmanasar] recebeu dele.” O rei de Israel não deveria reverenciar
um ser humano, já que essa é uma prática que a própria Bíblia condena (Êx
20:3). Só essa informação já nos basta para descobrir que Jeú não era um bom
servo de Deus. A Bíblia diz que ele “não teve o cuidado de andar de todo o
coração na lei do Senhor, Deus de Israel” (2Rs 10:31).
Hoje, o Obelisco Negro de Salmanasar III pode ser visto no Museu Britânico,
em Londres. Provavelmente, Jeú nem imaginava que sua atitude errada seria
registrada numa “foto” e que ela seria guardada para a posteridade! É por
isso que devemos cuidar das nossas atitudes. Nosso caráter é revelado
justamente em momentos em que pensamos que ninguém está nos vendo.
(G1 Notícias)
Nota do pastor Sérgio Santeli: A arqueologia vem confirmando cada vez mais
a historicidade do texto bíblico, o que demonstra que a fé dos cristãos está
baseada em fatos históricos. A matéria acima fez uma ligação da descoberta
arqueológica com uma lenda antiga que afirma que a rainha de Sabá e
Salomão tiveram um filho, e que Salomão teria mandado a Arca do Concerto
para a Etiópia ficando com uma réplica em Jerusalém - o que, de fato, é pura
lenda. Quanto à afirmação de que Salomão fosse adorador da estrela Sírius,
pode até ser verdade, uma vez que o rei apostatou durante uma parte da vida
e seguiu "deuses estrangeiros" (1Rs 11:1-8).
Postado por Michelson às 6:54 PM
TERÇA-FEIRA, FEVEREIRO 26, 2008
Nessa mesma época, por volta do ano 930 a.C., o Egito estava sofrendo com
um problema parecido. A 21ª dinastia teve uma dupla administração, uma em
Tanis, no norte, e outra em Tebas, no sul. Era um período de decadência no
país dos faraós. A tão valorizada arte egípcia não era nada nesse período e a
força militar poderia ser vencida facilmente.
Esse quadro mudou rapidamente quando o faraó Sheshonk (ou Sisaque) subiu
ao trono e deu início à 22ª dinastia conhecida como líbia. Ele reunificou o
reino e estabeleceu uma política de encher os cofres vazios do Egito. De
acordo com 2 Crônicas 12:1-12, esse faraó invadiu o reino de Judá no ano 925
a.C. Ali é nos dito que ele levou para o Egito tesouros do Templo, escudos de
ouro da época de Salomão e muitos bens da casa do rei.
Eilat Mazar, que concentra grande parte de suas investigações no período mais
antigo da história de Israel, é responsável também por outras descobertas
importantes, como a da base de uma estrutura arquitetônica localizada em
Jerusalém e que poderia corresponder ao palácio do mítico rei Davi.
(G1 Notícias)
Postado por Michelson às 10:23 AM
DOMINGO, JANEIRO 13, 2008
O testemunho de um muro
Isso porque já se suspeitava que o artefato, obtido nos anos 1960 por um
arqueólogo israelense no mercado de antigüidades, tivesse pertencido a
Jezabel. Mas havia um problema bizarro: o suposto nome da rainha, gravado
na opala, estava escrito errado - o que levou muita gente a achar que se
tratasse de uma outra pessoa, embora de nome parecido.
Além disso, o objeto era muito maior que os outros da mesma época e repleto
de símbolos associados à realeza e ao sexo feminino, como uma esfinge com
coroa de rainha, serpentes e falcões. Para Morjen, tudo isso torna altíssima a
probabilidade de que o sinete realmente tenha pertencido a Jezabel.
Jezabel (de origem fenícia, segundo a Bíblia) e seu marido Acabe reinaram
numa época em que o antigo reino israelita estava dividido em duas partes
rivais: Judá, no sul, cuja capital era Jerusalém e cujo povo deu origem aos
atuais judeus; e Israel, no norte, onde o casal governava e cuja capital era
Samaria.
No Primeiro Livro dos Reis, na Bíblia, Jezabel é retratada como uma mulher
corrupta, que faz os habitantes de Israel adorarem deuses pagãos e ainda
induz seu marido Acabe a tomar injustamente as terras de seus súditos. Juízos
de valor à parte, o sinete parece mostrar que a rainha de fato era muito
influente: ele era usado para ratificar documentos, o que significa que ela
podia "despachar" por conta própria em seu palácio.
(G1 Notícias)
Postado por Michelson às 6:05 AM
QUARTA-FEIRA, SETEMBRO 05, 2007
"Dá para dizer que esta era uma indústria organizada, parte de uma economia
organizada, numa cidade ultra-organizada", disse Mazar.
(O Estado de S. Paulo)
Mas não foram apenas os egípcios que travaram batalhas contra esse povo. O
rei assírio Tiglat Pileser I (Ca. 1100 a.C.) gloriava-se em seus registros de ter
vencido diversos combates na "Terra de Hatti". As mencões a esse povo só
desapareceram em 717 a.C., quando Carchemish, uma das principais cidades
hititas, foi destruída.
Foi através desse conhecimento que uma de suas principais descobertas veio
ao mundo. Certa ocasião, um desses tabletes chegou às mãos dele. Ao
começar a tradução, ele se lembrou de uma antiga inscrição egípcia no
templo de Karnak, onde Ramsés II selava um tratado (aliança) com o rei
Hatusilis III, do país de Hatti. Na verdade, o que Winckler tinha em mão era
uma das cartas trocadas entre o próprio Ramsés II com o monarca hitita,
discutindo o tratado.
Quem eram os hititas? Qual a sua relação com o relato bíblico? No que as
descobertas envolvendo esse povo ajudam para a fé nas Escrituras Sagradas?
Nesta série de artigos, apresentaremos de forma resumida o que a
arqueologia bíblica tem a dizer sobre um dos maiores impérios da
antiguidade.
A tabuleta data de 595 a.C. e trata de uma oferenda de ouro apresentada por
Sarsequim no templo principal da Babilônia, provavelmente em honra aos
deuses. O objeto, gravado com escrita cuneiforme, a mais antiga conhecida
pelo homem, é anterior à destruição de Jerusalém pelo Império da Babilônia,
em 587 a.C.
(Terra)
Sem dúvida, uma das maiores razões que temos para crer é o fato de Deus ter
Se revelado numa coleção de livros especiais chamados Bíblia. Mas será que
ela é mesmo confiável? Será que um livro tão antigo tem algo a dizer para as
pessoas que vivem no século 21? Um dos aspectos surpreendentes da Bíblia são
suas profecias perfeitamente cumpridas. Vamos dar apenas um exemplo entre
tantos: a destruição anunciada da cidade de Tiro.
Tiro era uma importante cidade situada em uma ilha que hoje está ligada ao
continente por meio de um aterro. No tempo de Ezequiel (séc. VI a.C.), ela
era o mais importante porto fenício. Jamais havia sido dominada por um rei
estrangeiro. Nem Senaqueribe ou Assurbanipal, os maiores conquistadores da
Assíria, conseguiram, de fato, anexá-la ao seu vasto império. Dizem os
historiadores que a posição geográfica de Tiro era o que a tornava uma
fortaleza praticamente inexpugnável. Não é por menos que o nome Tiro
significa “rocha” ou “muralha petrificada”.
Até que surge em cena o império macedônico e com ele Alexandre, o Grande,
que veio terminar o que Nabudocodonor havia começado. Construindo um
aterro que ia do continente à ilha, Alexandre e seus homens atingiram os
portões da cidade. O povo, no entanto, desdenhou do pequeno exército,
confiando novamente na firmeza de seus muros e na segurança dos portões.
Porém, não demorou muito para que os muros fossem destruídos e a cidade
fosse completamente arrasada. O resultado disso? Os macedônios literalmente
fizeram o que está escrito no verso 12. Roubaram as riquezas e mercadorias e
ainda derrubaram as muralhas e casas luxuosas. O que sobrou de pedras e
entulhos, eles jogaram no mar, aumentando ainda mais o aterro construído.
Até hoje existe esse aterro feito por Alexandre e seus homens, unindo a velha
ilha ao continente. O local tornou-se uma desolada península que abriga
pequenas vilas de pescadores. Aliás, para os habitantes da região a pesca
ainda é uma das grandes fontes de renda. Por isso, é comum encontrar nas
encostas do aterro, pescadores que ali põem suas redes para secar ao sol –
exatamente como havia sido profetizado há mais de 2.500 anos!
Laquis era uma cidade tão importante que, ao voltar para Nínive, Senaqueribe
mandou colocar na parede do salão principal de seu imenso palácio um grande
painel em alto relevo comemorando essa conquista. Esse painel foi descoberto
por arqueólogos, em meados do Século XIX, ao desenterrarem o fantástico
palácio de Senaqueribe, que tinha nada menos que 80 grandes cômodos,
ocupando uma área de 200 metros de largura por 210 metros de comprimento!
Hoje, esse painel está exposto no Museu Britânico, em Londres.
E, de fato, não entrou! Uma terrível praga dizimou o exército assírio e obrigou
Senaqueribe a voltar para sua terra. Nas paredes de seu palácio, ele pôde
comemorar a conquista apenas da segunda cidade mais importante, não da
primeira!
Os autores bíblicos criam nessa narrativa. Mas será que só a Bíblia menciona
uma cidade que foi destruída por causa do seu pecado? Os achados
arqueológicos sugerem algo sobre esse tema? Há evidências de uma cidade
chamada Sodoma fora das Escrituras? A resposta é sim, existe!
Mas por que um Deus de amor (1Jo 4:8) destruiria uma cidade de forma tão
violenta? A resposta pode ser encontrada em Judas 7. Ali lemos que Sodoma
foi destruída por causa da sua prostituição. Em grego, a palavra é porneia,
que deu origem ao nosso vocábulo "pornografia". A idéia básica de porneia é
toda e qualquer relação sexual, dentro ou fora do casamento, não aprovada
por Deus. Adultério, fornicação, masturbação é apenas uma pequena amostra
de uma vasta lista de degradações. Quando olhamos para a triste história de
Sodoma, vemos um Deus que é amor, mas também é justo. “Não vos enganeis:
de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também
ceifará” (Gl 6:7). Que triste notícia para aqueles que querem continuar no
pecado.
Num dos escombros das casas da antiga cidade mesopotâmica chamada Mari,
foram encontrados ossos de camelos que datavam entre os séculos XV-XIV a.C.
O arqueólogo francês André Parrot foi o responsável pela escavação. Mas as
evidências não param por aí.
A menção de camelos por parte do escritor bíblico não deve ser considerado
como as histórias de Alladin com seus camelos na Arábia. Elas são atestadas
pela história e pela arqueologia.
Uma das principais histórias do Gênesis é aquela em que Esaú troca sua
primogenitura por um prato de lentilha preparado por Jacó. Práticas assim
também são conhecidas em Nuzi, onde vemos um certo Tupkitilla trocando
sua herança por três ovelhas do seu irmão! A curiosa atitude de Raquel em
roubar os ”ídolos do lar“ (Gn 31:19) é atestada nesses tabletes. Num deles
lemos a história de um homem chamado Nashwi que adotou um jovem Wullu.
O texto continua dizendo que quando seu pai adotivo morreu, ele se tornou
proprietário das suas terras, isso porque ele tomou para si os ídolos do lar que
lhe pertenciam. Por que Raquel roubou os ídolos do lar de seu pai? Para se
tornar dona de todas as propriedades dele!
Vamos por partes. A língua em que foi escrito o pentateuco foi o hebraico.
Algumas palavras usadas pelo seu autor são claramente egípcias. O termo
"selo", por exemplo, que aparece em Gênesis 41:42 em hebraico é hotam, já
em egípcio é hetem. A palavra hebraica, na passagem referida acima, para
linho fino na língua do AT é shesh e em egípcio é shash. Não são apenas esses
casos, existem outros mais. É importante mencionarmos que esse intercâmbio
entre essas duas línguas não aparece nos outros livros do AT.
Diversos outros nomes importantes para o início da nação israelita são bem
documentados em fontes arqueológicas. O nome Jacó, por exemplo, aparece
em conexão com o nome de um chefe hykso (Ya‘qub-el), num texto do século
XIII a.C. encontrado em Chagar-Bazar, na Alta Mesopotâmia. Já o nome
Abraão, o pai dos patriarcas, surge entre os mais de 15 mil tabletes
encontrados nas ruínas da antiga cidade de Ebla, na Síria. A grafia Aba-am-ra-
am é muito próxima do hebraico ‘avraham. Os tabletes encontrados ali por
Paolo Mathiae e G. Petinatto são datados seguramente entre 2500 e 2000 a.C.
Uma das histórias mais impressionantes que lemos nas páginas da Bíblia é a do
cerco de Senaqueribe, rei do Império Assírio, em Jerusalém, que naquela
ocasião era regida por Ezequias (2Rs 18:13–19:37; 2Cr 32:1-23; Is 36:1-37, 38).
Os dois personagens tiveram educação bem semelhante. O pai de Senaqueribe
era ninguém menos que Sargão II, o Dur Sharrukin dos textos assírios, aquele
que destruiu Samaria, capital do reino do norte em 722 a.C. Já o pai de
Ezequias era o ímpio rei Acaz. O nome Acaz é a forma abreviada do nome
Acazias. A diferença é que o primeiro não tem o elemento teofórico comum
nos nomes hebraicos (ex.: Daniel = Deus é meu juiz). Provavelmente, o
pecado reinava tanto na vida desse rei que ele retirou o elemento divino do
próprio nome!
Os assírios, nessa ocasião (701 a.C., cf. Is 36:1), eram os garotos mais
rebeldes do bairro “Antigo Oriente Médio”. Senaqueribe já tinha conquistado
46 cidades de Judá, inclusive a conhecida cidade de Laquis. Os relevos
ilustrando a destruição dessa cidade eram uma das decorações do palácio do
monarca assírio. Um dos seus oficiais, Rabsaque (do acadiano Rab sikkati =
dignitário), que não é um nome mas sim uma função, dirigiu palavras duras
contra os porta-vozes de Ezequias. Deus mesmo entregou a capital de Judá
nas mãos dos assírios (Is 36:10); nenhum deus das outras nações conquistadas
as livrou das mãos dos seus inimigos e a mesma coisa aconteceria com o reino
judeu (Is 36:18-20). Em outras palavras, não havia esperança.
Porém, o rei de Judá recorreu o profeta Isaías e este lhe deu a seguinte
mensagem da parte do Senhor: “Não entrará nesta cidade, nem lançará nela
flecha alguma [...], pelo caminho que ele [Senaqueribe] vier, por esse
voltará, mas nesta cidade não entrará, diz o Senhor” (Is 37:33 e 34).
No livro do profeta Isaias, lemos que o anjo do Senhor feriu 185 mil soldados
do exército assírio numa madrugada, e na manhã seguinte tudo o que restava
daquela poderosa milícia eram apenas cadáveres (37:36, 37). Senaqueribe
voltou para Nínive, sua capital, e Jerusalém foi libertada milagrosamente.
O que motivou Lucas a escrever sua obra? Logo no prólogo do seu evangelho,
ele a justifica (1:1-4). Ele diz que sua “acurada investigação” (v. 3) era
destinada para Teófilo. O autor o chama de “excelentíssimo” (kratiste em
grego) e ele devia ser alguém muito importante, já que esse termo é usado
outras duas vezes, para Félix (23:26) e Festo, e ambos possuíam cargos
extremamente importantes na política da época. Não só isso, mas o texto da
obra se assemelha muito a dossiês jurídicos do I século. Provavelmente Teófilo
tenha sido um advogado que estaria defendendo o apóstolo Paulo perante o
júri romano.
Em favor dessa opinião, temos três detalhes importantes: 1) Em Lucas 1:3 ele
usa a palavra grega akribos, minucioso em detalhes, tinha de ser algo preciso;
2) a partir de Atos 13 o foco é quase totalmente voltado para Paulo; e 3) o
segundo volume da obra termina com Paulo na prisão.
Referências:
1. Ramsay, William M. St. Paul: the Traveller and the Roman Citizen. Grand
Rapids, MI: Baker Book House, 1962. p. 8.
2. Ramsay, p. 48. Ele está citando um autor chamado Schürer, que não
acreditava no relato bíblico.
3. Thompson, J. A. The Bible and Archaeology. Grand Rapids, MI: Wm. B.
Eerdmans Publishing Co., 1972. p. 382
4. Bornkamm, Günter. Paulo: Vida e Obra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1992. p. 16.
5. Yamauchi, Edwin. Las Excavaciones y las Escrituras. Casa Bautista de
Publicaciones. 1977. p. 104, 105.
Postado por Michelson às 3:10 PM
QUARTA-FEIRA, ABRIL 18, 2007
Nesse local, foi também encontrado um grande prédio, que incluía três salas
equipadas com prensas para a produção de vinho – produto responsável por
grande parte da fama e glamour da cidade e que animava suas festas (Juízes
16:25). Num prédio próximo, foram encontradas balanças de bronze com
pesos de pedra. Ao lado, foi encontrado um caco de cerâmica em que se
escreveu o recibo de uma carga de grãos, paga com prata.
As obras da lei
Quem teria escrito os famosos Manuscritos do Mar Morto? Por que teriam sido
escondidos nas cavernas do remoto e inóspito Deserto da Judéia? Que
segredos eles escondem? Essas perguntas continuam sendo debatidas até hoje
por arqueólogos, historiadores, filólogos e teólogos. Mas algumas respostas
surpreendentes já foram encontradas.
O que Paulo queria dizer por “obras da lei”? Alguns acharam que ele estava se
referindo à obediência à Lei de Deus e concluíram, muito apressadamente,
que os cristãos não precisavam mais obedecer aos Dez Mandamentos. O MMT,
contudo, aponta para um significado totalmente diferente.
São muitos os críticos da Bíblia em nossos dias. As razões usadas por eles para
negar o relato bíblico vão desde a incapacidade de existirem eventos
sobrenaturais até as supostas contradições cronológicas. Um dos argumentos
mais comuns é a afirmação de que o ambiente histórico da narrativa bíblica é
diferente do ambiente reconstruído pela Arqueologia. Será isso verdade?
Fontes:
Kenneth Kitchen. The Patriarcal Age: Myth or history? (BAR, Março-Abril.
1995, pág. 52.)
Roland De Vaux. Instituições de Israel no Antigo Testamento, págs. 109 e 110.
Dr. Milton Torres - Há algumas razões muito fortes para se duvidar de que o
assim chamado túmulo de Talpiot ou “Tumba da Família de Jesus” tenha, de
fato, pertencido a Jesus e Sua família. Em primeiro lugar, a alegação dos
responsáveis pelo documentário é de que uma análise estatística prova que a
combinação de tantos nomes associados com o relato evangélico só seria
possível caso a tumba pertencesse à família de Jesus ou a algum rico patrono
que pudesse pagar pelo túmulo. Foram encontrados, no túmulo, os seguintes
nomes: (1) “Jesus, filho de José”; (2) Mateus; (3) um apelido para o nome
José; (4) Maria, em aramaico; (5) Mariane, em grego; e (6) “Judas, filho de
Jesus”. A estatística é um procedimento válido e costumeiramente usado na
arqueologia, mas fazer toda uma interpretação depender principalmente de
suas quantificações é um processo arriscado.
O problema é que o nome de Jesus era tão comum em sua época que ele
ocorre em 98 outras tumbas e 21 outros ossuários. Além disso, não há
evidência alguma de que a Mariane identificada na tumba seja Maria
Madalena, nem tampouco de que os seguidores de Jesus jamais o houvessem
chamado de “Jesus, filho de José”. Seria muito improvável que os discípulos
ou familiares de Jesus pusessem essa inscrição na tumba, desrespeitando,
assim, sua memória, quando o próprio Jesus, diversas vezes, já havia se
identificado como o “Filho de Deus”.
Por que o Brasil não tem tradição no estudo da Arqueologia Bíblica? Quais
são os grandes centros de pesquisa dessa ciência?
Dr. Torres - O meu doutorado não é bem na área de arqueologia bíblica, mas
arqueologia clássica; embora tenha tentado fazer um estudo interdisciplinar
voltado tanto para a arqueologia de Roma e Grécia quanto para a arqueologia
cristã. A motivação principal foi minha paixão pela língua em que foi escrito o
Novo Testamento e meu desejo de ter um conhecimento de primeira mão da
história da Igreja Cristã primitiva. Roma era a metrópole do mundo naquela
época e exerceu profunda influência sobre o desenvolvimento do Cristianismo.
Eu quis voltar no tempo, até o Império Romano, a fim de verificar em que
sentidos esse poder secular exerceu impacto sobre a fé dos primeiros cristãos.
Minha tese de doutorado diz respeito às razões por que a basílica, um edifício
secular comumente usado pelos gregos e romanos muito antes da fundação do
Cristianismo, foi adotada como principal edifício de culto dos cristãos. Minha
hipótese é que esse edifício, ocasionalmente usado para os velórios dos
romanos (inclusive o velório de Augusto, primeiro e mais famoso dos
imperadores), foi, por isso, a escolha lógica da comunidade cristã, que aderira
a uma religião considerada ilícita pelas autoridades romanas e que usava os
sepultamentos de seus membros como uma desculpa para a realização de
cultos religiosos. Além disso, havia muitas semelhanças entre a cerimônia
fúnebre realizada pelo adepto das religiões tradicionais de Roma no âmbito do
túmulo-casa romano e os velórios realizados pelos cristãos na basílica
cemiterial, inclusive a propensão tanto de pagãos quanto de cristãos para a
realização de banquetes fúnebres nesse contexto. A Igreja Cristã nasceu, em
Roma, no contexto dos cemitérios, inclusive as catacumbas, nada mais
apropriado do que escolher um edifício que lhe facilitasse as reuniões nesse
ambiente.
Teria alguma escavação em especial que o marcou?
Dr. Torres - Participei de três escavações até hoje, todas como requisitos para
a obtenção do Ph.D. em arqueologia clássica. A que mais me chamou a
atenção foi a escavação de uma sinagoga, talvez pertencente ao primeiro
século A.D., localizada em Ostia Antica, o antigo porto da cidade de Roma. De
fato, não escavamos toda a sinagoga, que já havia sido escavada na década de
1960, mas fizemos sondagens em pontos estratégicos do solo da sinagoga a fim
de confirmar algumas hipóteses levantadas pelo Dr. Michael White, professor
de Arqueologia Cristã na Universidade do Texas em Austin e diretor do
Institute for the Study of Antiquity and Christianity (ISAC). Como se tratava de
um edifício de tamanho considerável, o grupo de arqueólogos foi dividido em
equipes e coube a minha turma medir e desenhar o prédio à medida que o
limpávamos e perfurávamos. Foi uma experiência fantástica.
Cidades muradas
A cidade de Ramessés
Um segundo grupo defende data mais recente, algo em torno de 1300 a.C.,
exatamente no período do faraó Ramsés II, que viveu na XIX dinastia e é um
dos monarcas mais conhecidos na história egípcia. Número significativo de
pesquisadores do Antigo Testamento recorrem a Êxodo 1:11 para defender o
Êxodo como tendo ocorrido na XIX dinastia,[7] onde é dito que os israelistas
construíram duas cidades celeiros para o faraó: Pitom e Ramessés.
** ALTERNATIVAS DE SOLUÇÃO
Tanis é a atual San el-Hagar e teve seus primeiros trabalhos feitos por Auguste
Marriette (1860-1880), posteriormente por Flinders Petrie (1883-1886) e de
forma significativa por Pierre Montet (1921-51). Ali foram encontrados vários
templos dedicados às divindades Amum, Ptah, Re, etc., mas o palácio real de
Ramsés II não foi encontrado. A identificação de Tanis com a Per Ramesse
egípcia torna-se mais difícil ainda se levarmos em consideração as pesquisas
posteriores ao trabalho de Montet. Os objetos encontrados lá, ou seja, em
Sane l-Hagar, foram colocados ali posteriormente para construções, não no
período do faraó Ramsés II. William Shea afirma que não há nenhuma
confirmação arqueológica de habitação em Tanis antes da XXI dinastia, c.
1100 a.C.[15]
Seu nome atual é Tell el-Dab’a e foi escavada por Manfred Bietak, diretor do
Austrian Archaeological Institute, em meados da década de 1950. Os restos de
ocupação dessa cidade por volta das dinastias XII e XIII revelam um fim por
meio de uma grande e violenta destruição. Após a destruição, três estratos
dos hyksos, sendo que o terceiro e último revela outra destruição violenta.
Esta última pode ser relacionada com o início da XVIII dinastia, quando o faraó
Ahmose expulsou os governantes semitas do Delta. Evidências apontam para o
fato de que os faraós desta dinastia (XVIII) não tenham usado essa cidade, mas
na dinastia seguinte (a XIX) ela foi reconstruída.[16]
Porém, é importante lembrar que boa parte das cidades egípcias começadas
com o prefixo Pi ou Per, mencionadas nas páginas do Antigo Testamento (cf.
Nm 33:8[20]; Ez 30:17) não o perderam. Se a Per Ramesse egípcia é a
Ramessés bíblica, por que seu prefixo não aparece no texto? Per-Ramesse,
portanto, não parece ser uma alternativa satisfatória para nossa pesquisa.
Gleason Archer Jr. liga o nome Ramose à cidade Ramesses de Êxodo 1:11. A
semelhança na escrita para ele é significativa, já que o nome Ramose em
egípcio antigo (r m s) tem uma grafia muito próxima do hebraico rm‘s.[25]
Porém, lemos no próprio texto que a cidade foi construída para Faraó, não
para um nobre ou vizir. Além disso, carecemos de exemplos de vizires no
Egito antigo que se auto-homenageavam por meio de “cidades”. Ramose não
parece ser uma alternativa satisfatória em nossa pesquisa.
** CONCLUSÃO
Referências
1. Ver por exemplo FINKELSTEIN, Israel; SILBERMAN, Neil Asher. E a Bíblia não
tinha razão. São Paulo: A Girafa, 2003.
2. PRICE, Randall. Pedras que clamam. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 114-
115. O grande número de nomes egípcios entre o povo de Israel é um ótimo
argumento para a estadia dos israelitas no país dos faraós. Temos, por
exemplo, o nome Finéas, que aparece em conexão com um sacerdote.
PRITCHARD, James B. Ancient Near Eastern Texts: Relating to the Old
Testament. Third edition with supplement. Princeton, NJ: Princeton
University Press, 1969. p. 216, n. (6). Algumas palavras que compõem o
vocabulário hebraico do pentateuco são puramente egípcias. A palavra selo
(cf. Gn 41:42), por exemplo, em hebraico é hotam e em egípcio htm. Linho
fino em egípcio antigo é shash, já em hebraico, shesh (cf. Gn 38:18 e 25).
SCHWANTES, Siegfried J. Arqueologia. São Paulo: IAE, 1988. p. 28-29. Por
muito tempo, a hipótese documentária, que teve como principal defensor o
alemão J. Welhausen, trabalhou com a idéia de que o pentateuco era na
verdade uma compilação de textos feita por volta do VI século a.C. O apogeu
da língua egípcia foi em torno do segundo milênio a.C., não na metade do
primeiro milênio, ou seja, tais semelhanças no vocabulário só fazem sentido
quando datamos a obra por volta do XV século a.C. Como introdução ao tema
da hipótese documentária, ver: CASSUTO, Umberto. The documentary
hypothesis and the composition of the Pentateuch. Jerusalem: Magnes Press,
The Hebrew University, 1983.
3. Thiele.
7. LASOR, William S.; HUBBARD, David A.; BUSH, Frederic W. Old Testament
Survey: The message, form and background of the Old Testament. 1. ed.
Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1992. p. 126. LIVINGSTON, G. Hebert. The
Pentateuch in its cultural environment. Grand Rapids, MI: Baker, 1987, p. 47-
48. ZUCK, Roy. gen. ed. Vital Apologetic Issues: Examinig Reason and
Revelation in Bible Perspective. Grand Rapids, MI: Kregel, 1995, p. 250.
FINEGAN, Jack. Handbook of biblical chronology: Principles of time reckoning
in the ancient world and problems of chronology in the Bible. Princeton, NJ:
Princeton University Press, 1964. p. 300.
8. MONTET, Pierre. Egypt and the Bible. Philadelphia: Fortress Press, 1968. p.
54.
9. BIMSON, John J., Redating the exodus and conquest. Sheffield, England:
The Almond Press, 1981. p. 33-34
11. HILL, Andrew E.; HALTON, John H. A survey of Old Testament. Grand
Rapids: Zondervan Publishing House, 1991. p. 109).
16. Ibid.
17. SHANKS, Hershel. The Exodus and the Crossing of the Red Sea, According
to Hans Goedicke. Biblical Archaeology Society on line Archive. Disponível
aqui. Acessado em 14-05-06.
20. SARNA, Nahum. Israel in Egypt: The Egyptian Sojourn and the Exodus.
Biblical Archaeology Society Online Archive. Disponível aqui. Acessado em 25-
05-06. Outra alternativa para a historicidade do Êxodo ser corroborada é
quando analisamos as listas geográficas do Pentateuco. Neste artigo, Sarna
apresenta evidências para a realidade histórica do evento.
23. DYER, Charles H. The Date of the Exodus Reexamined. Disponível aqui.
Acessado em 19-05-06.
24. GEISLER, Norman. Ed. Inerrância da Bíblia. São Paulo: Ed. Vida, 2001. p.
85.
25. Ibid.
Postado por Michelson às 2:36 AM
QUARTA-FEIRA, FEVEREIRO 07, 2007
“Por que o Jesus ressurreto não apareceu aos fariseus?” é uma pergunta
comum feita pelos céticos. A resposta pode ser porque não teria sido
necessário. Isso é normalmente desprezado, mas muitos sacerdotes de
Jerusalém tornaram-se cristãos. Lucas escreve: “Crescia rapidamente o
número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de
sacerdotes obedecia à fé” (Atos 6:7). Se você está tentando fazer que uma
mentira seja vista como verdade, não facilita as coisas para os seus inimigos,
permitindo que exponham a sua história. A conversão dos fariseus e a de José
de Arimatéia eram dois detalhes desnecessários que, se fossem falsos, teriam
acabado com a “farsa” de Lucas.
À luz dos diversos detalhes divergentes do NT, está claro que os autores não
se reuniram para harmonizar seus testemunhos. Isso significa que certamente
não estavam tentando fazer uma mentira passar por verdade. Se estavam
inventando a história do NT, teriam se reunido para certificar-se de que eram
coerentes em todos os detalhes.
Apenas um dos rolos havia sido escrito em finas folhas de cobre. Todos os
demais foram escritos em pergaminho (pele de animal especialmente
preparada para essa finalidade). Assim, por terem utilizado material orgânico,
esses livros bíblicos puderam ser submetidos ao processo de datação
conhecido como Carbono 14. Outro método utilizado para determinar a época
em que foram escritos foi a análise paleográfica (análise da forma da escrita,
que em cada época tem características típicas). Surpreendentemente,
constatou-se que os manuscritos haviam sido produzidos entre o século II a.C.
e o século I d.C. – portanto, em dias anteriores e contemporâneos a Jesus!
Judeus zelosos dessa época, provavelmente para salvar os livros sagrados de
algum perigo iminente, devem tê-los escondido nas remotas e quase
inacessíveis cavernas do Mar Morto. E – maior surpresa ainda! – quando
comparados, constatou-se que os livros do Antigo Testamento que temos hoje
são essencialmente idênticos aos textos que existiam nos dias de Jesus!
Jesus certa vez disse: “Vós examinais as Escrituras porque julgais ter nelas a
vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim” (João 5:39). Como é
confortador saber que as Escrituras que temos hoje em nossas mãos são
aquelas mesmas que Jesus lia e ensinava!
Jorge Fabbro é arqueólogo e presidente da Associação de Amparo à Criança e
ao Adolescente (Educriança)
Postado por Michelson às 6:06 AM
TERÇA-FEIRA, JANEIRO 23, 2007
A armadura do rei
Alguns anos atrás, escavações confirmaram que havia dois templos naquele
local. De quem? Um de Dagom e outro de Astarote. Os edifícios eram
separados por um corredor. Os filisteus haviam adotado Astarote como uma
de suas deusas. A Bíblia estava certa mais uma vez.
Deus sempre sabe mesmo o que faz! Pense bem: se o alfabeto tivesse sido
realmente inventado pelos fenícios, cuja existência foi bem posterior à de
Moisés, e se as escritas anteriores – hieroglífica e cuneiforme – foram apenas
decifradas no século passado, como poderia Moisés ter escrito aqueles livros?
Os rolos do Mar Morto que estão completos já foram publicados, como os dois
com os manuscritos do profeta Isaías e parte de todos os livros do Antigo
Testamento, excetuando-se o de Ester. A única porção ainda não publicada é
composta de fragmentos de textos, que são difíceis de serem interpretados.
Os eruditos estão idosos e muitas pessoas ficam aborrecidas porque o trabalho
de interpretação tem sido vagaroso. Porém, esses fragmentos estão sendo
transferidos para profissionais mais jovens, e esperamos que nos próximos
anos todos eles sejam publicados. Existe a expectativa de que os resultados
trarão novidades animadoras.
Descanso do coração
O número sete era muito popular nos países do Oriente Médio, mas os judeus
foram os únicos que o mantiveram como um dia sagrado. Existem também
evidências de que os cristãos continuaram observando o sábado até o terceiro
e quarto séculos da Era Cristã. Hoje, embora existam diferenças nos
calendários referentes aos anos ou meses, não há desentendimento em
relação aos dias da semana.
Dilúvio e Babel
Não temos os ossos para submeter a idade dos antediluvianos a qualquer tipo
de análise. Acredito que realmente a idade dos patriarcas chegou a ser em
torno de mil anos. É evidente que foi uma era de ouro. As pessoas tinham uma
vida muito saudável e feliz. Porém, depois do dilúvio, tornou-se mais difícil
viver na face da Terra, e a média de duração da vida dos patriarcas caiu para
cem anos.
Na minha opinião, o faraó do Êxodo foi Tutmés III, que morreu em 1450 a.C. A
data de sua morte confere com a cronologia bíblica. Apesar da existência da
múmia de Tutmés III, no Museu do Cairo, comprovou-se que ela não é a múmia
desse faraó. Talvez seja de seu pai ou de seu filho. Pode ser uma múmia
substituta que colocaram no lugar do seu túmulo, pois o faraó Tutmés morreu
no Mar Vermelho. Chega-se a essa conclusão através de exames de raios X nos
ossos da múmia.
Alguns eruditos dizem que eles não tiveram tempo para transpor o Rio Jordão,
e acham que a Arca poderia ter sido escondida no monte em que estava o
templo de Salomão. Nesse lugar havia várias cavernas. A verdade é que ela
desapareceu durante a destruição de Jerusalém e não sabemos onde ficou.
Seria um fato maravilhoso se pudéssemos localizá-la.
(Paraná Online)
Postado por Michelson às 6:27 AM
Nos tempos bíblicos, os vasos de argila eram bastante usados pelas pessoas em
geral. Eles eram essenciais para os trabalhos do dia-a-dia. Cacos de antigos
vasos são o que mais se encontram nas escavações arqueológicas das terras
bíblicas. Muitos deles eram enterrados no chão das casas e serviam como uma
espécie de silo onde o trigo e os grãos poderiam ser estocados sem estragar.
Povos antigos também usavam os vasos para tirar água das cisternas e levar
para casa, onde ficaria estocada mantendo uma temperatura agradável. Aliás,
ainda hoje algumas famílias de beduínos (grupo de pessoas que moram no
deserto) conservam o costume de estocar alimentos e água em grandes vasos
de barro. Eu mesmo já tive a oportunidade de ficar num acampamento de
beduínos no deserto de Bayuda (que faz parte do Saara) onde havia vários
vasos de barro guardando alimento. Apesar do calor, a água que me serviam
era fria e agradável. Parecia até que tinha ficado por alguns minutos na
geladeira...
Os vasos também permitiam aos antigos estocar vinho e óleo que, enterrados
no chão, mantinham uma temperatura fresca fazendo com que o conteúdo
não ficasse morno devido ao intenso calor.
Agora que você sabe a importância do vaso para o dia-a-dia dos povos antigos
fica fácil compreender porque a Bíblia compara nossa vida a um vaso que está
saindo das mãos do oleiro. Deus, o nosso Oleiro, nos fez com muito carinho.
Ele nos modela a cada dia de nossa vida e nos pede para sermos como um bom
vaso de barro, estocando em nosso interior as águas do amor de Cristo.
As pragas do Egito
Ora, por que os egípcios iriam registrar para o mundo o vexame que passaram
com a saída dos hebreus? É claro que eles ficariam calados a respeito disso.
Contudo, outros povos, fora da Bíblia, testemunharam a ocorrência das pragas
que Deus enviou através do profeta Moisés e mesmo dentre a correspondência
particular de alguns egípcios é possível encontrar pistas do que aconteceu ali
naquela época.
“Nos tempos antigos houve uma grande praga no Egito e muitos a atribuíram
ao fato de Deus estar ofendido com eles por causa dos estrangeiros que
estavam em seu país... Os egípcios concluíram que, a menos que os
estrangeiros fossem mandados embora de seu país, eles jamais se livrariam de
suas misérias. Sobre isto, conforme nos informaram alguns escritores, os mais
eminentes e estimados daqueles estrangeiros que estavam no Egito foram
obrigados a deixar o país ... [portanto] eles se retiraram para a província que
agora se chama Judéia. Ela não fica longe do Egito e estava desabitada na
ocasião. Aqueles emigrantes foram pois conduzidos por Moisés, que era
superior a todos em sabedoria e poder. Ele lhes deu leis e ordenou que não
fizessem imagens de deuses, pois só há um Deus no Céu que está sobre tudo e
é Senhor de tudo.”
Essas palavras são muito parecidas com as pragas descritas em Êxodo 7:14-24,
especialmente a primeira e a última. A referência aos escravos que agora se
vão e ainda levam consigo algumas riquezas parece ecoar o testemunho
bíblico de que os hebreus foram “e pediram aos egípcios objetos de prata e de
ouro ... de modo que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os
egípcios” (Êxodo 12:35-36).
A riqueza de Herodes
Nada disso, porém, trouxe paz à família real que vivia às voltas com
assassinatos entre parentes, adultérios, ganância e louca busca pelo poder.
Hoje, acredite se quiser, o túmulo da família de Herodes – que fica numa
praça de Jerusalém – teve que ser lacrado pela prefeitura, pois acabou se
tornando depósito de lixo e ponto de encontro para delinqüentes e traficantes
de drogas.
Quando Joaquim completou 18 anos, foi escolhido para ser o rei de Israel, em
lugar do pai, Jeoaquim. A Bíblia diz que ele “fez o que era mau perante o
Senhor” (II Crônicas 36:9). Reis e homens poderosos, mesmo que sejam maus
e corruptos, sempre atraem seguidores – alguns incautos, outros
inescrupulosos; pessoas que fazem de tudo para estar perto dos poderosos
tentando obter alguma vantagem pessoal.
Esse tipo de “selo” era comum na Antiguidade. Eles se pareciam mais com
carimbos, feitos de metal ou pedra. Quando os vasos de barro estavam ainda
frescos, antes de serem endurecidos pelo fogo, usava-se o selo para imprimir
uma marca em sua superfície. Essa marca geralmente trazia o nome do rei ou
de alguém importante. Era uma maneira de identificar os utensílios que
pertenciam ao palácio, ao templo, ou a alguma família rica. Por outro lado,
freqüentemente, era também uma expressão de poder, de vaidade.
A Cidade de Davi
Conta-se que, no começo do Século 16, o sultão Suleiman teve um sonho que
o deixou grandemente impressionado. Ele viu os muros de Jerusalém caídos e
sentiu-se chamado a reerguê-los, sob risco, se não o fizesse, de ser queimado
no inferno! Supersticioso como era, o sultão não quis correr riscos e, sem
jamais ter ido a Jerusalém, ordenou que seus muros fossem reconstruídos. As
obras começaram em 1537 e foram concluídas em 1541 (portanto, pouco
tempo depois do descobrimento do Brasil). Quem visita Israel pode, ainda
hoje, ver esses imponentes muros e seus majestosos portais circundando a
velha Jerusalém.
Uma parte da cidade, porém, ficou do lado de fora dos muros! Talvez tenha
sido por erro dos arquitetos ou, talvez, por ganância, pois, fazendo um muro
menor, sobraria algum dinheiro para eles. O fato é que, irado com isso, o
sultão ordenou a morte dos construtores.
As cisternas de Jeremias
Arad é uma antiga fortaleza, mencionada algumas vezes na Bíblia. Ela foi
construída, provavelmente, pelo rei Salomão e utilizada por todos os seus
sucessores. Sua localização era importante para proteger a fronteira do sul de
Israel, mas tinha um grave inconveniente: ficava num lugar extremamente
árido, nas bordas do deserto do Negev. Água, ali, era uma raridade.
Por isso, os habitantes fizeram o que era muito comum naquela época.
Cavaram um imenso buraco no chão, uma cisterna, para guardar a água do
breve período de chuvas e, assim, poderem sobreviver no prolongado período
de seca. As cisternas precisavam, naturalmente, ser cavadas na rocha pura,
onde não houvesse rachaduras ou porosidade. Caso contrário, a água vazaria
totalmente.
Era numa dessas cisternas que eu estava entrando; um poço de boca bem
grande, de uns 4 metros de largura por 3 metros de profundidade. Quando
cheguei no fundo, observei que ele não terminava ali, mas continuava
horizontalmente, por baixo da fortaleza, como se fosse um longo túnel,
escuro, talvez de uns 20 metros de comprimento. Felizmente, estava vazio e
seco. Mas estava muito mal cheiroso, cheio de moscas e alguns morcegos.
Uma vez mais o relato bíblico estava confirmado. Daniel vivia na corte de
Babilônia e estava familiarizado com esse costume de o filho assumir o cargo
do pai, quando este saía em excursões militares. Por mais que alguns tentem
desmerecer a Bíblia, ela tem resistido às críticas e ajudado muitas pessoas a
serem felizes. Você já leu sua Bíblia hoje?
Os meninos arqueólogos
Mas, ignorando a estranha guerra dos adultos, havia ali um grupo de crianças
que preferia aproveitar a vida brincando e fazendo amizades a odiar ou matar
seu semelhante. Eles eram pobres e suas mães costumavam lavar roupas no
tanque público de Siloé, que fica na parte sul da cidade. O tanque também é
muito antigo. Suas águas vêm de um túnel de mais ou menos 540 metros que
dá nas fontes de Gihom.
Para sua frustração, o que encontraram nos potes não foram tesouros, mas
imensos rolos de manuscritos envoltos em tecido. Ali estavam os famosos
manuscritos do Mar Morto, as mais antigas cópias da Bíblia de que se tem
notícia. Elas foram escritas dezenas de anos antes mesmo do nascimento de
Jesus!
Letras sagradas
Isso não seria nada surpreendente se a história tivesse acontecido hoje. Mas
isso foi há mais de três mil anos e o garoto sabia escrever! Esse episódio
indica que, já naquela época, muitas pessoas liam e escreviam. Os
arqueólogos que trabalham no Oriente Médio têm encontrado milhares de
inscrições antigas.
O irmão de Jesus
Mais recentemente, uma outra descoberta fantástica veio à luz. Desta vez,
muito provavelmente, graças aos ladrões de cemitério! Em 2002, André
Lemaire, arqueólogo da Universidade de Sorbonne, visitando uma loja de
antiguidades em Israel, encontrou uma urna funerária de origem
desconhecida. Para sua enorme surpresa, a urna trazia a inscrição, em
hebraico antigo: “Tiago, filho de José, irmão de Jesus”.
Por isso, a Arqueologia tem sido muito útil para se estudar os lugares, os
povos e as pessoas mencionados na Bíblia. Embora eles tenham existido num
passado bastante remoto, ainda hoje podemos encontrar seu “lixo”, isto é,
seus remanescentes materiais. A Arqueologia, portanto, nos ajuda a perceber
que aquelas pessoas existiram de fato e, ainda mais importante, nos ajuda a
entender seu modo de vida, seus costumes e suas crenças. Em suma, a
Arqueologia é uma importante ferramenta para que possamos compreender
melhor a Bíblia.