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Universidade Púnguè Extensão de Tete Faculdade de Educação
Universidade Púnguè Extensão de Tete Faculdade de Educação
Faculdade de Educação
Handson Laimone
Ivanisse Anísio
James Orlando Soares Pires
Kilton Quembo
Julecas de Luís Estima
José Alfandega
Ferreira Queijo
Tete
Março de 2024
Handson Laimone
Ivanisse Anísio
James Orlando Soares Pires
Kilton Quembo
Julecas de Luís Estima
José Alfandega
Ferreira Queijo
Tete
Março de 2024
ÍNDICE
1. Introdução.................................................................................................................................1
2. Metodologia de Pesquisa..........................................................................................................2
3. Revisão de literatura.................................................................................................................3
4. Conclusão.................................................................................................................................8
5. Referências Bibliográficas.......................................................................................................9
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1. Introdução
A teoria sócio- histórico, cultural de Vygotsky representa uma abordagem inovadora que
enfactiza a interacção entre o indivíduo e o meio social como um determinante fundamental do
desenvolvimento humano. Para Vygotsky, o homem é um ser histórico-cultural, moldado por
suas interações sociais e influenciado pelo contexto cultural e histórico em que vive.
Nesta breve biografia, exploraremos a vida e o trabalho de Lev Vygotsky, destacando suas
contribuições para a compreensão do desenvolvimento humano e sua influência no campo da
psicologia. Além disso, examinaremos de perto os principais conceitos e ideias de sua teoria
sócio- histórico, cultural, como a Zona de Desenvolvimento Proximal e a importância da
linguagem na construção do pensamento.
Este trabalho caracteriza-se quanto ao escopo, como um teórico de natureza exploratória. Os
estudos exploratórios buscam maiores informações sobre o tema em questão, daí a importância
da revisão bibliográfica.
2. Metodologia de Pesquisa
A categorização metodológica de acordo com os objectivos desta pesquisa pode ser classificada
como exploratória. Segundo Artur (2011), as pesquisas exploratórias têm a finalidade de
proporcionar um maior entendimento do tema em questão, visando esclarecê-lo ou formular
hipóteses. Essas pesquisas têm como foco principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta
de intuições.
O método de abordagem selecionado para este estudo é qualitativo, com o propósito de
investigar as hipóteses levantadas, analisar factos e avaliar um assunto com base em suas
variáveis principais.
No que se refere aos procedimentos técnicos, o presente estudo adota a pesquisa bibliográfica. A
pesquisa bibliográfica envolve atividades como catalogar, relacionar, referenciar, analisar,
resumir e arquivar informações relacionadas ao tema da pesquisa. Assim, neste estudo, os dados
foram coletados a partir de fontes previamente publicadas, consideradas fontes secundárias,
predominantemente constituídas por livros e artigos de periódicos científicos. Adicionalmente,
foram explorados artigos disponíveis em portais científicos na internet.
Por meio dessa abordagem, busca-se aprofundar a compreensão do tema, fundamentando-o em
conhecimentos já existentes e contribuindo para a construção de um embasamento sólido para a
pesquisa em questão.
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3. Revisão de literatura
Vygotsky nega a existência da "natureza e essência humanas", pois, segundo ele, “somos
primeiro sociais e depois nos individualizamos” (Neves & Damiani, 2016).
Segundo Castorina (2013), “o homem é membro de uma espécie para cujo desenvolvimento a
aprendizagem tem um papel central, especialmente, no que diz respeito às funções superiores,
tipicamente humanas”.
A criança, através da interacção social, recebe das pessoas que a cercam (adultos, pais,
professores e colegas mais capazes e experientes), uma série de “dados cognitivos”, a partir dos
quais ela vai-se apropriar do conhecimento, através do processo de internalização - reconstrução
interna de funções mentais que resultam da interacção sujeito-meio social – (Coutinho &
Moreira, 2011). Desses recursos que precedem a evolução histórico-cultural, importa referir que
chegam à criança por meio da linguagem que constitui um dos instrumentos fulcrais no processo
de comunicação e de verbalização do pensamento (Palangane, 2011).
À luz da teoria sócio- histórico, cultural, pode-se ilustrar, através de um exemplo, que nas
brincadeiras em que a criança desempenha o papel de mãe ou de pai (“brincadeiras de mamã-
papá”), ela projecta-se nas actividades dos adultos, ensaiando atitudes, valores, hábitos,
significados que transcendem as suas possibilidades efectivas e que poderão ser posteriormente
incorporados na sua forma de agir e de pensar. Mesmo havendo uma distância enorme entre o
comportamento na vida real e o comportamento nas brincadeiras, a actuação no mundo
imaginário cria uma zona de desenvolvimento proximal, composta de conceitos e processos de
desenvolvimento, visto que, ao incorporar o papel da mãe, a criança está, ao mesmo tempo,
tomando consciência das regras que regem o comportamento maternal. Portanto, as interacções
requeridas pelas brincadeiras, possibilitam a internalização do real e promovem o
desenvolvimento cognitivo (Palangane, 2011).
De acordo com Salvador (2020), Vygotsky, com o objectivo de explicar o carácter bidimencional
e dinâmico da relação aprendizagem-desenvolvimento, define e distingue dois níveis de
desenvolvimento, nomeadamente:
conhecimento potencial torna-se real, promovendo, desta feita, a aprendizagem, que culmina
com a formação das funções psicológicas superiores e do desenvolvimento cognitivo.
nome correcto do objecto e modelando uma frase completa, como "Você quer a bola?" Isso não
só amplia o vocabulário da criança, mas também demonstra a estrutura gramatical adequada das
frases.
Além disso, a linguagem é utilizada como uma ferramenta cultural para transmitir informações,
valores e tradições de uma geração para outra. Por exemplo, através de histórias, canções e
rituais, as crianças aprendem sobre sua cultura e herança cultural. Esses aspectos culturais da
linguagem não apenas enriquecem a experiência de aprendizagem da criança, mas também
moldam sua compreensão do mundo ao seu redor.
Em suma, o exemplo da aprendizagem da linguagem ilustra como a teoria sócio-histórico-
cultural de Vygotsky destaca a importância das interações sociais, da mediação adulta e da
cultura na promoção do desenvolvimento cognitivo e da aprendizagem infantil. Ao reconhecer o
papel central do ambiente social e cultural na aquisição da linguagem, os educadores podem criar
ambientes de aprendizagem ricos e estimulantes que promovam o desenvolvimento integral das
crianças.
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4. Conclusão
5. Referências Bibliográficas
Castorina, J. A. (2013). Piaget-Vygotsky: Novas contribuições para o debate. 6ª ed. São Paulo:
Ática.
Frawley, W. (2010). Vygotsky e a Ciência Cognitiva: Linguagem e integração das mentes social
e computacional. Porto Alegre: Artmed.