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Vygotsky
para a Aprendizagem
Conteudista
Prof.ª Ana Alice Reis Pieretti
Revisão Textual
Camila Yuraki Ferrari
Revisão Técnica
Prof. Me. Bruno Pinheiro Ribeiro
Sumário
Objetivos da Unidade.............................................................................................................3
Contextualização................................................................................................................... 4
Desenvolvimento da Percepção.......................................................................................20
Desenvolvimento da Atenção........................................................................................... 22
Em Síntese............................................................................................................................. 25
Material Complementar..................................................................................................... 26
Referências............................................................................................................................ 27
Objetivos da Unidade
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VOCÊ SABE RESPONDER?
Contextualização
As concepções de Lev Semyonovich Vygotsky são fundamentais para uma com-
preensão mais complexa dos processos educacionais, tendo em vista que sua te-
oria leva em conta as dinâmicas sociais e psicológicas no interior dos processos
de aprendizagem. Sendo assim, Vygotsky nos oferece ferramentas importantes
para as práticas e as reflexões pedagógicas atuais, dinamizando-as a partir de
múltiplos elementos.
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O ponto central da perspectiva de Vygotsky é que o desenvolvimento psicológi-
co dos seres não se dá de maneira exclusivamente individual, como se fosse um
acúmulo restrito às transformações internas e particulares. Vygotsky acredita que o
desenvolvimento é:
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Nesse processo de investigação histórica, Vygotsky não dissocia a história
do indivíduo da história da cultura; para ele, é justamente a inter-relação
entre esses dois elementos que pode sustentar o pensamento científico.
A produção epistemológica se dá, então, de maneira dialética, assumindo
que o movimento entre as instâncias individuais e coletivas é que forja as
bases psicológicas.
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Os sistemas de signos – que organizam
a linguagem, a escrita, os números, as
artes etc. – são criados pela socieda-
de ao longo da história e, assim como
os sistemas de instrumentos, também
são mediadores de intervenção na re-
alidade e operam o desenvolvimento
cultural das sociedades que constro-
em esses sistemas. Contudo, para Vy-
gotsky, há uma diferença fundamental
entre os sistemas de signos e os sis-
temas de instrumentos; no primeiro,
a ação se dirige às instâncias psicoló-
gicas dos indivíduos, afetando, assim,
o seu comportamento; já no segundo
caso, a ação se destina à transforma-
ção do objeto no qual o instrumento,
por meio da ação humana, age.
Dentro desse sistema de signos que a sociedade produz ao longo de sua história, e
que, portanto, está em constante movimento, Vygotsky se concentra nos estudos
da linguagem e em suas consequências para o desenvolvimento das chamadas es-
truturas psicológicas superiores (consciência) da criança. A visão de Vygotsky sobre
o materialismo histórico-dialético é sofisticada, e, diga-se de passagem, é uma boa
legatária de Karl Marx nesse sentido. Para o autor russo, as experiências sócio-his-
tóricas não estão sedimentadas somente nas criações materiais, essas experiências
também se sedimentam nas formas verbais que transmitem conteúdos e, portanto,
viabilizam a comunicação entre seres humanos.
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De acordo com Vygotsky, do desenvolvimento cultural da criança, toda
função aparece duas vezes: primeiro em nível social e, mais tarde, em nível
individual. Esse processo de internalização, quer dizer, de transformação,
de um processo interpessoal em processo intrapessoal, implica a utilização
de signos e supõe uma evolução complexa em que ocorre uma série de
transformações qualitativas da consciência da criança. Dessa forma, estu-
dar a constituição da consciência na infância não se resume em analisar
o mundo interno em si mesmo, mas sim em resgatar o reflexo do mundo
externo no mundo interno, ou seja, a interação da criança com a realidade.
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Essa dificuldade de comunicação tam-
bém ocorre porque, na fala, incorpo-
ramos elementos afetivos, emoções,
intenções, desejos etc. Isso faz com
que as palavras também derivem signi-
ficados a partir da forma como elas são
ditas e, ao mesmo tempo, elas também
são interpretadas por quem as ouve,
de acordo com vários elementos do
ouvinte.
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Os Níveis das Zonas de
Desenvolvimento Cognitivo
e a Aprendizagem
Inicialmente é importante apontar que, para Vygotsky (1991), o aprendizado começa
a ocorrer antes do período escolar, ou seja, o processo que acontece nessa insti-
tuição já possui alguma história prévia. Esse processo de ensino e aprendizagem
dentro da escola deve ser combinado com o desenvolvimento da criança, ou seja,
é necessário conhecer em que ponto do desenvolvimento esse aluno se encontra e
adequar o ensino de acordo com essa realidade.
Para o autor, o desenvolvimento humano não pode ser compreendido sem levar
em consideração o contexto histórico-cultural no qual o indivíduo está inserido.
Outro diferencial da proposta de Vygotsky é que seu foco é a compreensão dos
mecanismos de desenvolvimento, e não apenas dos produtos desse processo
(MARTINS, 1997).
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Um exemplo disso é o teste do
vasilhame com água. Um vasilha-
me é apresentado para a criança,
e a água é passada para outro va-
silhame com formato diferente.
Dependendo do nível de desenvol-
vimento da criança, ela não conse-
gue identificar que a matéria (água)
foi conservada, apesar de estar em
outro formato.
Nível de Desenvolvimento
Potencial
O desenvolvimento potencial será determinado pela solução de problemas com auxí-
lio de outros, como professores, pais, familiares, amigos mais velhos etc. (VYGOTSKY,
1991). É importante considerar esse nível de desenvolvimento, pois, em alguns mo-
mentos, a criança não é capaz de fazer algumas tarefas sozinha, apenas se tiver auxílio
de outros por meio de dicas, instruções, entre outros (OLIVEIRA, 1993). Por exemplo,
se a criança precisa de ajuda para escrever seu nome, pode-se considerar que essa
habilidade ainda se encontra na zona de desenvolvimento potencial.
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• Representa um momento do desenvolvimento, de forma que não é em qual-
quer momento que a criança consegue se beneficiar da ajuda do outro, ou seja,
para que a criança peça auxílio do outro, é necessário que sua habilidade de
pedir ajuda esteja desenvolvida;
Mais uma vez, nessa citação, fica claro que, para Vygotsky, a presença e a interação
com o outro são essenciais para o desenvolvimento humano.
A Zona de Desenvolvimento
Proximal
A zona de desenvolvimento proximal foi um conceito desenvolvido por Vygotsky
para explicar questões do aprendizado escolar e é definida como a distância entre
o desenvolvimento real e o desenvolvimento potencial. Essa zona vai definir as fun-
ções que ainda não amadureceram, ou seja, que estão em processo de maturação
(VYGOTSKY, 1991). Por exemplo, se a criança já sabe escrever e se consegue escre-
ver sozinha ou apenas com ajuda. Ainda é importante apontar que a zona de desen-
volvimento proximal é dinâmica e está em constante mudança (OLIVEIRA, 1993).
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Segundo Vygotsky (1991), os
processos de desenvolvimento
e aprendizagem não são coinci-
dentes, de forma que, enquanto o
aprendizado acontece primeiro, e
de forma mais acelerada, o desen-
volvimento ocorre de forma mais
lenta, sendo as zonas de desen-
volvimento proximal um resultado
dessa sequenciação: de primeiro
haver a aprendizagem para então
ocorrer o desenvolvimento.
Isso pode ser observado quando se compara uma criança no começo e no final de
ano, considerando aquilo que ela já sabia, aquilo que aprendeu a fazer com ajuda dos
professores e as habilidades que consegue realizar sozinha.
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Em Síntese
Neste tópico, foram abordados os conceitos de zona de desen-
volvimento real, enquanto habilidade que a criança já consegue
realizar de maneira independente; zona de desenvolvimento
potencial, que trata das habilidades nas quais a criança neces-
sita da ajuda do outro para realizar, e a zona de desenvolvimen-
to proximal, que é entendida como a “distância” entre as duas
primeiras zonas. Ressaltou-se, também, a importância do outro
na educação da criança, principalmente no nível de desenvolvi-
mento potencial.
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O Papel do Professor
no Aprendizado
A noção de zona de desenvolvimento proximal, apresentada anteriormente, apon-
ta para a importância das relações sociais para o desenvolvimento do indivíduo. O
organismo não consegue se desenvolver completamente sem o suporte de outros
organismos de sua espécie (OLIVEIRA, 1993).
Na citação, fica claro que, para a teoria de Vygotsky, o campo de interação entre o
aluno e o professor é fundamental, de modo que é nessa interação que as transfor-
mações necessárias para o processo de ensino e aprendizagem ocorrem.
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Em Síntese
Neste tópico, será abordado o papel do professor enquanto me-
diador entre o sujeito (estudante) e os objetos do mundo. Além
disso, também será abordado sobre qual a atuação do professor
no desenvolvimento do aluno, pela zona de desenvolvimento
proximal.
Figura 5 – Mediadora
Fonte: Freepik
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No processo de ensino e aprendizagem, os conceitos científicos são adquiridos por
meio da mediação cultural dos professores e dos colegas. Os conceitos adquiri-
dos passarão, então, a ser mediadores da aprendizagem de novos conhecimentos
(MARTINS, 1997). Um exemplo é a linguagem; a partir do momento que um sujeito
aprende a ler, ele pode utilizar da leitura para aprender outros conceitos.
Importante
Assim, a mediação é importante na constituição e no desenvol-
vimento das funções psicológicas superiores, que são aquelas
que caracterizam o comportamento consciente do ser humano.
Além disso, é um elemento essencial na relação do sujeito com
seu ambiente, permitindo que o processo de ensino-aprendi-
zagem ocorra, sendo o professor essencial nesse sentido. A se-
guir, veremos a atuação do professor como mediador na zona
de desenvolvimento proximal.
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No fundo, a ZDP é uma verdadeira janela de oportunidade para a apren-
dizagem, sendo necessário que o professor a prepare e conceba e ponha
em prática tarefas de ensino e aprendizagem que potenciem essa janela.
Os instrumentos principais que o professor pode usar, no sentido de po-
tenciar a janela de oportunidade (a ZDP), são a linguagem e o contexto
cultural, os quais são considerados por Vygotsky como as mais importan-
tes ferramentas ao serviço da aprendizagem e do desenvolvimento. Para
além dessas ferramentas, o professor deve assumir-se como mediador
entre a criança e os objetos e entre as crianças e os pares. Se o professor
propõe tarefas que estão para além da zona de desenvolvimento proxi-
mal, é quase certo que a criança não vai entender a tarefa, não vai ser
capaz de a realizar ou vai concretizá-la incorretamente.
Assim, o foco do autor está no sistema social em que a criança passa pelo processo
de ensino e aprendizagem (ZANELLA, 1994).
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Em Síntese
Neste tópico, foi abordada a mediação como elemento essen-
cial para a relação do sujeito com o ambiente e no processo
de ensino e aprendizagem, tendo o professor um papel muito
importante nesse sentido. Além disso, o professor também atua
diretamente na zona de desenvolvimento proximal, podendo
permitir que o sujeito se desenvolva da melhor forma possível.
Vimos, assim, uma das questões centrais em Vygotsky, que é
levar em consideração não apenas a relação do sujeito com o
ambiente de maneira física e direta, como também ter em vis-
ta as relações indiretas, chamadas de mediadas, importantes
para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, as
quais serão tratadas no tópico seguinte.
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Figura 9 – Leaves, de Avigdor Arikha
Fonte: Wikimedia Commons
Desenvolvimento da Percepção
Na perspectiva de Vygotsky (1991), a percepção consiste inicialmente na estru-
turação do campo visual para resolução de problemas, porém vai se tornando um
processo cada vez mais distante do que é observado nos animais e serve de base
para os processos psicológicos superiores. Os principais processos envolvidos na
percepção são a mediação simbólica e a origem sociocultural dos processos psico-
lógicos superiores (OLIVEIRA, 1993).
A percepção é uma das operações mais afetadas pela relação entre o uso
de instrumentos e a fala. As crianças inicialmente possuem uma percepção
“natural” semelhante à de alguns animais, ou seja, ela é definida basicamen-
te pelo aparato sensorial humano. Contudo, essa função não se desenvolve
de maneira contínua e direta dessa percepção animal – os animais não con-
seguem modificar o campo sensorial de maneira voluntária –, de maneira
que a percepção se desenvolve conjuntamente com a linguagem humana
(OLIVEIRA, 1993; VYGOTSKY, 1991).
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Nessa perspectiva, é possível compreender, então, que a percepção inicia por meio
das estruturas biológicas, e, com o desenvolvimento inicial da linguagem, ela passa
a interpretar o mundo também pela fala. No período de rotulação, no qual a criança
utiliza da linguagem para identificar os objetos, a percepção passa a ser controlada
pelos atributos físicos isolados para objetos e eventos rotulados em conformidade
com a cultura – chamando uma bola por esse nome num contexto que fale portu-
guês brasileiro, por exemplo.
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Em Síntese
Portanto, é necessário compreender que a percepção parte de
uma base biológica definida pelo aparato sensorial humano,
mas, quando passa a ser mediada pela linguagem, adquire signi-
ficado, de maneira que a criança começa a perceber os objetos
ao seu redor além dos atributos físicos isolados, mas também
compreende a relação cultural deles. Outra função psicológica
superior importante é a atenção, que tem como uma das fun-
ções a organização do campo visual e será tratada a seguir.
Desenvolvimento da Atenção
A atenção tem como função primordial organizar o campo visual espacial e se ba-
seia, inicialmente, nos mecanismos fisiológicos, que vão sendo submetidos a pro-
cessos de mediação ao longo da vida dos sujeitos.
Importante
É importante apontar que as espécies nascem com alguns me-
canismos de atenção, como: atenção para determinados ba-
rulhos e sons, para mudanças de iluminação, temperatura etc.
Porém, com o decorrer do desenvolvimento, o indivíduo é ca-
paz de dirigir sua atenção para objetos que forem relevantes.
A relevância das informações vai depender da ação que o in-
divíduo estiver desempenhando e do significado atribuído por
ele (OLIVEIRA, 1993). Por exemplo, uma pessoa consegue dirigir
sua atenção para uma conversa específica em um restaurante
lotado com outras pessoas conversando.
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Uma das diferenças entre a inteligência prática das crianças e dos animais é que as
crianças são capazes de reconstruir sua percepção e, com o domínio da linguagem,
vão adquirindo domínio sobre sua atenção. Esse domínio tem como consequência
uma reorganização da percepção, de maneira que o campo de atenção da criança
engloba uma série de campos perceptivos (VYGOTSKY, 1991). Assim, é possível no-
tar, como já foi dito anteriormente, que o desenvolvimento da percepção vai servir
de base para outras funções psicológicas superiores, nesse caso, a atenção.
Memória natural
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Memória mediada
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Em Síntese
Neste tópico, foram abordadas as funções psicológicas superiores e a maneira como
elas se desenvolvem ao longo da vida do ser humano, partindo de uma base biológica,
que consiste no aparato fisiológico humano, passando a serem mediadas e modifi-
cadas pela linguagem. É importante entender como Vygotsky vê esses conceitos e
como sua visão se diferencia por considerar o aparato biológico desenvolvido pela
espécie e também a influência sociocultural na estruturação dessas funções.
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Material Complementar
Vídeos
Teoria Histórico – Cultural de Vygotsky e a Prática Educativa
https://youtu.be/kSC8SKcMTtI
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Referências
NOVA ESCOLA. Construção da escrita: primeiros passos – parte 1. Nova Escola. [S. l.].
[2001]. 1 vídeo (8 min.). Publicado pelo canal Nova Escola. Disponível em: <https://novaes-
cola.org.br/conteudo/3671/construcao-da-escrita-primeiros-passos-parte-3?gclid=-
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IVIC, I. Lev Semionovich Vygotsky. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2010. (Co-
leção Educadores MEC).
O ENCOURAÇADO Potemkin (1925). [s. l.]. 14/06/2020. 1 vídeo (71 min.). Publica-
do pelo canal Cine Antiqua. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-
TrEmh2UGzwI&ab_channel=CineAntiqua>. Acesso em: 09/08/2023.
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Referências
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
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